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segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Equinócio do Outono – celebrado ao nascer do sol na Pedra da Cabeleira - Vinde ver esses antigos sacrários! Vinde Visitá-los! Vinde comparar os altares erguidos por nossas mãos com os sagrados lugares da Natureza



Vamos celebrar, dia 22 de Setembro, entre as 08.00 - 08.30 - horas, domingo, o Equinócio do Outono  - Partilhe connosco o auspicioso momento, junto ao altar sacrificial de um dos mais antigos observatórios astronómicos da pré-história - Se puder, não falte - Pois não dará por perdido o seu tempo
                  


Aproveite o fim de semana - O passeio é maravilhoso.- Apesar das pedras estarem enegrecidas, terrivelmente negras  pelo devastador incêndio que nos deixou desolado e o coração partido





“Não foi sem razão que os antigos Persas edificaram
as aras nos mais elevados lugares, no cume
das montanhas que contemplam a terra, e assim escolhem
um templo verdadeiro e sem muros, onde encontram
o Espírito para quem tão pequeno é o valor dos santuários
erguidos pelas nossas mãos. Vinde então comparar
colunas e altares de ídolos, góticos ou gregos,
com os lugares sagrados da Natureza, a terra e o ar,
e não vos confineis a templos que limitam as vossas preces.”
Byron

Veja a mesma imagem do nascer do sol atravessando o gracioso portal no Equinócio do Outono, dia 22 de Setembro 2013 


VINDE E SEDE BEM-VINDOS



Primavera - 2012 - Publicado em 20/03/2012




COMPANHIA DE DANÇA DE LISBOA 




Amalgama Companhia de Dança,


 Daniel Cardoso - Quorum Ballet 



Vai ser celebrado no próximo domingo, dia 22, ao nascer do sol, a partir das oito horas da manhã - De uma forma singela, sem gaiteiros e outros habituais festejos - pois os tempos não permitem grandes rasgos e devaneios - sem instrumentos musicais que não apenas - e essa é inigualável - a luminosa harpa solar, saudando e contemplando  os magníficos  raios do esplendoroso leão dos Céus, que nos anuncia - com o mesmo brilho de outras eras, tal como se mostrou  aos povos que ali cultuaram e veneraram a auspiciosa entrada do Outono- O momento em que o dia e a noite se reparte  de igual modo, entre a luz e as trevas - mas desta vez com luar e as noites luminosas.  Hora de júbilo e de  ascensão que saúda e brinda a generosa estação da colheitas, dos frutos já amadurecidos pelos dias  tórridos do Verão, mas que agora se nos oferecem, como dádiva divina, tal o colorido nostálgico, os odores e os sabores, as fragrâncias,  os perfumes, o incomparável garrido das aguarelas  das suas folhas, com que nos são presenteados. 

Assim o permitam os mistérios que regem os fenómenos atmosféricos. Ao menos durante aquela hora sagrada. Pois, a chuva, é  bem precisa,  já que por ali  brada e clama a sua urgência  - Visto que  os incêndios, devastaram e denegriram estas paragens, deixando as fragas, os pétreos bustos, mais solitários e os penhascos  ainda mais ermos  e  cinzentos   - Quase num apelo desesperado à nossa introspeção e reflexão, de que, afinal, a vida é efémera e que a eternidade, ali espelhada, apenas está ao alcance dos nossos olhos, conquanto  a saibamos incorporar, com todos os nossos sentidos, na imensidão e no envolvimento cósmico e intemporal, que, naquele amplo e  enigmático planalto,  se abre e distende, pelos espaços infindos,  em torno de nós - Dando-nos conta de quão frágil é a nossa existência, qual centelha do Universo, simultaneamente pequena, diluída  e imensa.



VINDE E SEDE BEM-VINDOS










TAMBÉM ALI FESTEJAMOS O SOLSTÍCIO DO VERÃO

VIDEO REGISTADO AO PÔR DO SOL DO DIA SEGUINTE


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VINDE E SEDE BEM-VINDOS

(...) Vinde ver esses calmos e míticos  lugares
repletos de silêncio, de solidão e de  rocha,
povoados  por ígneos perfis, fulminadas pedras,
que ora surgem isoladas e se destacam
nas vertentes rochosas, no cimo de duríssimas escarpas,
ora se amontoam, encasteladas, quase se diluem e confundem,
desfiguradas, por toda a vasta mancha acidentada,
agora mais tisnadas e calvas, na erma paisagem!



Vinde estender o vosso olhar sobre os grandes espaços abertos,
onde as mais poderosas energias da terra e do cosmos
se fundem e expandem, subtilmente,
vos saúdam e acolhem, alegremente,
para que, assim, bem recebidos,
nos altares daqueles puríssimos ares,
possais contemplar o que é divino,
aquilo que,  a todos, fala  a linguagem da imortalidade,
a silenciosa voz das coisas sublimes,
generosa dádiva que, a todos
por igual, é oferecida! -




Vinde, pois, certificar-vos,
com os vossos próprios olhos, límpidos,
a vossa sensibilidade, bem desperta, 
de coração tranquilo, mas bem aberto e escancarado,
de como é incomparável a beleza,
inefável o fascínio
e até, indefiníveis e misteriosas
as pulsações energéticas, vibráteis,
telúricas e transcendentais,
que esses pétreos vultos, solitários e eternos,
essas gigantescas pedras, melancólicas e abstratas
exercem sobre o corpo, a mente, a própria natureza humana!


Paisagem lunar, elegíaca e dramática, surreal,
deificada por esfíngicas divindades,
pontilhada por formas descomunais,
silenciosas e enigmáticas,
onde o maravilhoso, a quimera, o fantástico,
o patético, se unem e abraçam, 
transfiguram e enlaçam,
num misto de assombro, fantasmagoria e alarme,
envolvendo-nos numa serena e quieta harmonia,
num verdadeiro espanto sobrenatural!

Jorge Trabulo Marques




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