Vamos celebrar, dia 22 de Setembro, entre as 08.00 - 08.30 - horas, domingo, o Equinócio do Outono - Partilhe connosco o auspicioso momento, junto ao altar sacrificial de um dos mais antigos observatórios astronómicos da pré-história - Se puder, não falte - Pois não dará por perdido o seu tempo
Aproveite o fim de semana - O passeio é maravilhoso.- Apesar das pedras estarem enegrecidas, terrivelmente negras pelo devastador incêndio que nos deixou desolado e o coração partido
“Não foi sem razão que os antigos Persas edificaram
as aras nos mais elevados lugares, no cume
das montanhas que contemplam a terra, e assim escolhem
um templo verdadeiro e sem muros, onde encontram
o Espírito para quem tão pequeno é o valor dos santuários
erguidos pelas nossas mãos. Vinde então comparar
colunas e altares de ídolos, góticos ou gregos,
com os lugares sagrados da Natureza, a terra e o ar,
e não vos confineis a templos que limitam as vossas preces.”
Byron
Veja a mesma imagem do nascer do sol atravessando o gracioso portal no Equinócio do Outono, dia 22 de Setembro 2013
VINDE E SEDE BEM-VINDOS
Primavera - 2012 - Publicado em 20/03/2012
COMPANHIA DE DANÇA DE LISBOA
Amalgama Companhia de Dança,
Daniel Cardoso - Quorum Ballet
Vai ser celebrado no próximo domingo, dia 22, ao nascer do sol, a partir das oito horas da manhã - De uma forma singela, sem gaiteiros e outros habituais festejos - pois os tempos não permitem grandes rasgos e devaneios - sem instrumentos musicais que não apenas - e essa é inigualável - a luminosa harpa solar, saudando e contemplando os magníficos raios do esplendoroso leão dos Céus, que nos anuncia - com o mesmo brilho de outras eras, tal como se mostrou aos povos que ali cultuaram e veneraram a auspiciosa entrada do Outono- O momento em que o dia e a noite se reparte de igual modo, entre a luz e as trevas - mas desta vez com luar e as noites luminosas. Hora de júbilo e de ascensão que saúda e brinda a generosa estação da colheitas, dos frutos já amadurecidos pelos dias tórridos do Verão, mas que agora se nos oferecem, como dádiva divina, tal o colorido nostálgico, os odores e os sabores, as fragrâncias, os perfumes, o incomparável garrido das aguarelas das suas folhas, com que nos são presenteados.
Assim o permitam os mistérios que regem os fenómenos atmosféricos. Ao menos durante aquela hora sagrada. Pois, a chuva, é bem precisa, já que por ali brada e clama a sua urgência - Visto que os incêndios, devastaram e denegriram estas paragens, deixando as fragas, os pétreos bustos, mais solitários e os penhascos ainda mais ermos e cinzentos - Quase num apelo desesperado à nossa introspeção e reflexão, de que, afinal, a vida é efémera e que a eternidade, ali espelhada, apenas está ao alcance dos nossos olhos, conquanto a saibamos incorporar, com todos os nossos sentidos, na imensidão e no envolvimento cósmico e intemporal, que, naquele amplo e enigmático planalto, se abre e distende, pelos espaços infindos, em torno de nós - Dando-nos conta de quão frágil é a nossa existência, qual centelha do Universo, simultaneamente pequena, diluída e imensa.
VINDE E SEDE BEM-VINDOS
TAMBÉM ALI FESTEJAMOS O SOLSTÍCIO DO VERÃO
VIDEO REGISTADO AO PÔR DO SOL DO DIA SEGUINTE
repletos de silêncio, de solidão e de rocha,
povoados por ígneos perfis, fulminadas pedras,
que ora surgem isoladas e se destacam
nas vertentes rochosas, no cimo de duríssimas escarpas,
ora se amontoam, encasteladas, quase se diluem e confundem,
desfiguradas, por toda a vasta mancha acidentada,
agora mais tisnadas e calvas, na erma paisagem!
Vinde estender o vosso olhar sobre os grandes espaços abertos,
onde as mais poderosas energias da terra e do cosmos
se fundem e expandem, subtilmente,
vos saúdam e acolhem, alegremente,
para que, assim, bem recebidos,
nos altares daqueles puríssimos ares,
possais contemplar o que é divino,
aquilo que, a todos, fala a linguagem da
imortalidade,
a silenciosa voz das coisas sublimes,
generosa dádiva que, a todos
por igual, é oferecida! -
com os vossos próprios olhos, límpidos,
a vossa sensibilidade, bem desperta,
de coração tranquilo, mas bem aberto e escancarado,
de como é incomparável a beleza,
inefável o fascínio
e até, indefiníveis e misteriosas
as pulsações energéticas, vibráteis,
telúricas e transcendentais,
que esses pétreos vultos, solitários e eternos,
essas gigantescas pedras, melancólicas e abstratas
exercem sobre o corpo, a mente, a própria natureza humana!
Paisagem lunar, elegíaca e dramática, surreal,
deificada por esfíngicas divindades,
pontilhada por formas descomunais,
silenciosas e enigmáticas,
onde o maravilhoso, a quimera, o fantástico,
o patético, se unem e abraçam,
transfiguram e enlaçam,
num misto de assombro, fantasmagoria e alarme,
num misto de assombro, fantasmagoria e alarme,
envolvendo-nos numa serena e quieta harmonia,
num verdadeiro espanto sobrenatural!
Jorge Trabulo Marques
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