Breve diálogo à mistura com sons de fado de Coimbra, ocorrido espontaneamente, a um dos atores mais famosos portugueses, que recusava dar entrevistas e que passou grande parte da sua vida fora do seu país - Do meu extenso arquivo de repórter da RDP-Rádio Comercial
Neste dia, em que se assinala o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, recordo o canto e a Voz de um dos mais famosos atores portugueses do século XX
O
mais internacional galã do Cinema Português – Lisboa 13-11- 1912 – Madrid
16-08-1995 - Que imortalizou na 7ª arte a personagem de Camões, um filme português
de Leitão de Barros que relata a vida e os feitos do grande poeta Luís de
Camões - Concorreu à primeira edição do Festival de Cinema de Canes, em 1846
António Vilar – o Ator mais célebre do cinema português dos anos 50, tanto no
país como no estrangeiro (nomeadamente em Espanha, França, Itália, Argentina e
Brasil)

Lisboa – 1981 - Registo gravado espontaneamente num gravador de cassetes e agora recuperado para vídeo – Do ator mais célebre do cinema português dos anos 50 - Actor português, nascido em 1912 em Lisboa e falecido em Madrid em 1995. Contracenou com Brigitte Bardot, no filme La Femme et le Pantin de Julian Duvivier (1959). Mais nenhum português pode dizer que teve a Bardot nos braços. . Foi um dos actores mais famosos do seu tempo, trabalhando tanto no país como no estrangeiro (nomeadamente em Espanha, França, Itália, Argentina e Brasil), com uma projecção internacional, numa carreira nunca igualada.
CONSIDERAVA-SE PROFUNDAMENTE CONSERVADOR - Disse-me que veio ao Botequim para "conversar com a Natália e tomar uma copa e depois se ir deitar " - O ator português que mais anos passou fora do seu país.


"Foi o mais internacional galã do cinema português. Estreou-se nos palcos em 1931 na peça Romance, no Nacional e, no mesmo ano conseguiu um pequeno papel no primeiro filme sonoro português, Severa, de Leitão de Barros."
Não foi fácil arrancar-lhe algumas palavras. A voz soltava-se-lhe facilmente para cantar mas não para ser entrevistado – Não vinha ali para entrevistas: “Vim ao Botequim da Natália para conversar um pouco com ela, tomar uma copa e depois vou-me deitar” –Declarou-me, entre outras coisas, que poderá ouvir no vídeo.
“Quando eu era pequenina"
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As tertúlias no boletim eram habitualmente musicadas. Os sons não perturbavam o convívio e as conversas. Bem pelo contrário, era um condimento desejável. Por isso, não faltavam improvisações musicais: umas vezes para harmonizar o ambiente, outras para acompanhar quem se sentisse dotado ou inspirado no momento. Foi o que sucedeu na noite em que ali encontrei o famoso ator António Vilar, expondo os seus dotes musicais , que, nalguns dos filmes e peças de teatro onde participou, também chegou a revelar o seu talento de cantor e tocador de guitarra e viola.


Já me tinha apercebido que ele não gostava de dar entrevistas a ninguém, e, chegou mesmo a dizer-me, que não aceitava estar a “toureá-lo, ou mesmo é dizer, a fintá-lo; a lograr os meus intentos, porém, lá o fui conseguindo, com alguma persistência e tato, ora gravando-o a cantar ora dialogando com ele, acabando, no fim, por ser prendado com a popular cantiga brasileira, de Toquinho: Você abusou, tirou partido de mim, abusou / Você abusou / Tirou partido de mim, abusou / Tirou partido de mim, abusou / Tirou partido de mim, abusou!”


“Nele fizeram-se, desfizeram-se revoluções, governos, obras de arte, movimentos cívicos; por ele passaram presidentes da República, governantes, embaixadores, militares, juízes, revolucionários, heróis, escritores, poetas, artistas, cientistas, assassinos, loucos, amantes em madrugadas de vertigem, de desmesura.
A magia do Botequim tornava-se, nas noites de festa, feérica. Como um iate de luxo, navegava-se delirantemente em demanda de continentes venturosos, de ilhas de amores a encontrar. O futuro foi ali, como em nenhuma outra parte do País, festivamente antecipado. Nunca houve, nem por certo haverá, nada igual entre nós “ – Fernando Dacosta, na contracapa do referido livro sobre o Botequim
Se puder não deixe de ler - Natália Correia – “O Livro dos Mortos” – “Quando me derem por morta de lágrimas nem uma pinga” - Ouça estas palavras na voz de quem as escreveu e que vamos homenagear na Pedra dos Poetas e na Pedra do Solstício do Verão, aldeia de Chãs, Foz Côa, 21 de Junho https://templosdosol-chas-fozcoa.blogspot.com/2015/05/natalia-correia-o-livro-dos-mortos.html
Biografia de António Vilar


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