Jorge Trabulo Marques - Jornalista - Autor da descoberta e dinamizador do evento
O Solstício de Verão ocorrerá no dia 20 de junho de 2020 às 22h44 min,
marcando o início da estação no hemisfério norte (a mais quente apesar da Terra
vir a estar o mais longe do sol a 4 de Julho). O sol neste dia de solstício
estará o mais alto possível no céu e aquando da sua passagem meridiana atingirá
a altura máxima de 75° em Lisboa. A duração do dia será de 14:53:08 horas, o que é
apenas 1 segundo a mais do que no dia seguinte. http://oal.ul.pt/solsticio-de-verao-2020/
Observado de véspera |
Por via das restrições impostas pelos cuidados sanitários, não haverá o tradicional cortejo druida e a presença dos gaiteiros, que costumam dar também o seu brilhantismo à cerimónia evocativa - No entanto, nem por isso deixaremos de saudarmos a entrada da estação mais desejada do ano, com a leitura de recitais de poemas, junto ao altar do majestoso monumento megalítico
A Pedra do
Solstício tem forma arredondada e, no próximo dia 20, sábado, os raios solares
"tocam" o seu eixo imaginário, ficando perpendicularmente alinhados
"com a crista do monumental megalítico em forma esférica, o circulo
evocativo a nascente e o disco luminoso ao esconder-se
a poente
MARAVILHA DE UM PORTUGAL DE MISTÉRIOS E DE VALIOSA HERANÇA ANCESTRAL- É umas das enormes pedras que os povos da pré-história terão erguido para celebrar o dia maior do ano, cultuar os seus deuses, num dos cruzamentos ou veios da Terra, que os radiestesistas classificam de pontos nodais, com propriedades telúricas, energéticas ou talvez mesmo curativas.
MARAVILHA DE UM PORTUGAL DE MISTÉRIOS E DE VALIOSA HERANÇA ANCESTRAL- É umas das enormes pedras que os povos da pré-história terão erguido para celebrar o dia maior do ano, cultuar os seus deuses, num dos cruzamentos ou veios da Terra, que os radiestesistas classificam de pontos nodais, com propriedades telúricas, energéticas ou talvez mesmo curativas.
Tom Graves, o autor do fascinante livro
"Agulhas de Pedra A Acupunctura da Terra", obra de
referência acerca do papel da radiestesia na pesquisa dos Mistérios da Terra,
também ali quis estar para testar a sua teoria -
O investigador de nacionalidade
inglesa, deslocou-se, propositadamente da Austrália, onde reside para ali fazer
vários estudos, a que nos referimos em http://www.vida-e-tempos.com/2008/10/tom-graves-veio-da-australia-para.html
O majestoso monumento megálitico, configurando
o disco solar e a esfera terrestre, ergue-se,
sobranceiro ao aprazível vale da Ribeira Centieira, afluente do Rio Côa (na foz
do qual existe um dos mais belos núcleos de gravuras rupestres do paleolítico, classificados como Património da Humanidade. Destacando-se na
vertente do Castro do Curral da Pedra, a curta distância do Santuário Rupestre da Cabeleira de
Nossa Senhora, outro gigantesco monolito, cuja gruta, em forma de semi-arco, na
sua base, é atravessada pelos raios solares do nascer-do-sol sol nos equinócios.
Visto, perpendicularmente, em direcção ao
pôr-do-sol no solstício, assume a forma redonda. Observado, porém, noutro
ângulo, deforma-se e toma a forma de um busto feminino, de perfil a norte
e, masculino, de perfil a sul
De manhã, o solstício do verão, é celebrado ao nascer do sol em Stonehenge, no condado de Wilshire, Inglaterra . E, ao pôr-do-sol, nos Tambores-Mancheia - aldeia de Chãs.
A cerimónia decorre no lugar de Quebradas-Tambores, num planalto sobre o Vale da Ribeira de Piscos, em cujo curso se situam alguns dos principais núcleos de gravuras rupestres classificados como Património da Humanidade.
Este é um dos raros lugares da Europa – e talvez do mundo – onde ainda persistem calendários pré-históricos alinhados com todas as estações do ano – As festividades evocativas, iniciam-se com o tradicional cortejo druida às 18 horas, acompanhadas pelo Grupo de gaiteiros Mirandum -
ALINHAMENTO SAGRADO COM O PÔR-DO-SOL NO SOLSTÍCIO DE VERÃO - Esta extraordinária imagem, configurando uma gigantesca esfera terrestre ou a esplendorosa configuração de um enorme globo solar projetando os seus dourados raios, a poente, foi registada, pela primeira vez, cerca das 20.45 horas do dia 21 de Junho de 2003 e repete-se todos os anos, ao fim do dia mais longo do ano e à mesma hora, desde que as condições atmosféricas o permitam.
A partir do ponto onde o sol então se pôs ( e voltará a pôr-se) começa o Verão e, de igual modo, a grande estrela-fiel inicia o movimento aparente da sua declinação para o Hemisfério Sul – E, até atingir esse ponto extremo, no Solstício do Inverno, distam vários quilómetros: ou seja, desde o ponto do horizonte, onde ele se vai pôr, em perfeito alinhamento com a crista do esférico bloco e o centro do pequeno círculo que se encontra cavado, a alguns metros a oriente, na mesma laje da sua base de apoio
NASCER DO SOL NA PEDRA NO SANTUÁRIO RUPESTRE DA PEDRA DE Nª SRª DA CABELEIRA, ASSINALA A ENTRADA DA PRIMAVERA E DO OUTONO
NASCER DO SOL NA PEDRA NO SANTUÁRIO RUPESTRE DA PEDRA DE Nª SRª DA CABELEIRA, ASSINALA A ENTRADA DA PRIMAVERA E DO OUTONO
Os Equinócios ocorrem duas vezes por ano, na primavera e no outono, nas datas em que o dia e a noite têm igual duração. A partir daqui até ao início do outono, o comprimento do dia começa a ser cada vez maior e as noites mais curtas, devido ao Sol percorrer um arco mais longo e mais alto no céu todos os dias, atingindo uma altura máxima no início do Solstício de Verão. É exatamente o oposto no Hemisfério Sul, onde o dia 20 de março marca o início do Equinócio de Outono. http://oal.ul.pt/equinocio-da-primavera-2019/
Na verdade, sítios há que são uma tentação, um verdadeiro centro de emanações e de eflúvios, propensos ao deleite, ao esquecimento e à sublimação. Muitas destes espaços graníticos, são um permanente convite, áurea unção e arroubamento aos sentidos.
Aparentemente, mais lembra terra de ninguém, parda e vazia paisagem de um qualquer pedaço lunar, porém, estou certo que não haverá alguém que, ao pisar o milenar musgo ressequido destas cinzentas fragas, ao inebriar-se com os seus bálsamos, subtis fragrâncias, e volvendo o olhar em torno dos vastos horizontes que se rasgam por largos espaços, fique indiferente ao telúrico pulsar, à cósmica configuração e representação divina, que ressalta em cada fraguedo ou ermo penhasco
Aparentemente, mais lembra terra de ninguém, parda e vazia paisagem de um qualquer pedaço lunar, porém, estou certo que não haverá alguém que, ao pisar o milenar musgo ressequido destas cinzentas fragas, ao inebriar-se com os seus bálsamos, subtis fragrâncias, e volvendo o olhar em torno dos vastos horizontes que se rasgam por largos espaços, fique indiferente ao telúrico pulsar, à cósmica configuração e representação divina, que ressalta em cada fraguedo ou ermo penhasco
Vinde comparar os altares erguidos por nossas mãos
com os sagrados lugares da Natureza, que,
unindo a Terra aos Céus,
não limitam, nem os nossos passos,
nem cerceiam a nossa imaginação,
na infindável procura de se encontrarem,
com paixão e amor,
os laços verdadeiros que nos unem a Deus,
em uníssono diálogo e profundo cântico interior
com a Criação, a Sua Altíssima Vontade,
as Maravilhas e Alegria dos Seus Prodígios!
Vós, a quem humildemente me dirijo,
vinde contemplar, livremente,
em plena paz de espírito,
os genuínos templos celestiais, erigidos
ao culto e em celebração da altíssima
unidade Universal!
Vinde ver estes calmos e míticos lugares
repletos de silêncio, de solidão e de rocha,
povoados por ígneos perfis, fulminadas pedras,
que ora surgem isoladas e se destacam
nas vertentes rochosas, no cimo de duríssimas escarpas,
ora se amontoam, encasteladas, quase se diluem
e confundem,desfiguradas,
por toda a vasta mancha acidentada,
tisnada e calva, da erma paisagem!
Vinde, pois, estender o vosso olhar sobre os grandes espaços abertos,
onde as mais poderosas energias
da terra e do cosmos se fundem e expandem,
subtilmente, vos saúdam e acolhem, alegremente,
para que, assim, bem recebidos,
nos altares destes puríssimos ares,
possais contemplar o que é divino,
aquilo que, a todos, fala a linguagem da imortalidade,
- a silenciosa voz das coisas sublimes,
dádiva generosa que, a todos nós
e por igual, nos é oferecida! –
Jorge Trabulo Marques
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