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terça-feira, 23 de junho de 2020

Solsticio do Verão 2020 - Com “A Festa do Silêncio” de António Ramos Rosa, “A Lágrima” de Guerra Junqueiro – Nos Templos do Sol , Chãs Foz Côa - Além de outros poemas de Manuel Daniel, Cardeal José Tolentino de Mendonça, Fernando Pessoa, Teixeira de Pascoaes, David Mourão Ferreira, Francisco José Tenreiro e Assunção Carqueja. – Momentos de poesia com trago de encantamento e inevitável sentimento de tristeza

JORGE TRABULO  MARQUES - JORNALISTA E COORDENADOR DO EVENTO




A chegada do Verão é a estação mais desejada das quatro estações  -   O evento, onde saudamos o dia maior do ano, ao fim da tarde, do passado dia 20, esteve lindo e de céu azul  - E cremos que também terá estado em todo o pais.


No entanto,  mesmo ante  a presença física de uma tão vasta e bela amplidão de  horizontes, sob o teto de tão radioso tempo, era pois  desejável que o significado do dia inundasse de alegria todos os corações, mas quem é que poderia sentir-se inteiramente feliz?  Sim, face às noticias que, por via da conhecida pandemia,  diariamente  vêem atormentando e gerando sentimentos de incerteza, angústia e de intranquilidade!







Recinto do santuário da  Pedra de Nª Srª da Cabeleira 
As celebrações dos Equinócios e dos Solstícios, nos chamados Templos do Sol, no afloramento granítico dos Tambores, arredores da aldeia se Chãs, de Foz Côa, a bem dizer,  já  se impuseram,  naturalmente, no calendário das festividades dos ciclos das estações do ano, como uma  redescoberta dos saberes ancestrais esquecidos, num retorno à terra, às mais genuínas tradições do homem com a Natureza, da qual tanto se vai  divorciando,  em favor de uma sociedade apologista do culto individual,  egoísta e mercantilista, movida unicamente por  fúteis exibicionismos  e aparências

Numa das celebrações de anos anteriores
Decorrem desde o principio deste século, ou seja, desde 2002, altura em que, por um feliz acaso, nos começámos aperceber da existência dos chamados alinhamentos sagrados . Este ano, e pela primeira vez, foi com menos público e também com menos alegria

Inicialmente, até chegámos a contar com  a cobertura das televisões e mesmo de alguma imprensa estrangeira, mas, depois disso, os holofotes voltam-se, sobretudo, para o  midiático cromeleque de Stonehenge . a já famosa es   estrutura ccirular –

E sendo circular, naturalmente, que, pelo espaço de alguns enormes blocos, haveria de entrar o sol – Não pretendemos questionar se o conhecido santuário neolítico foi concebido também com a finalidade de servir de posto astronómico – É provável que sim, até porque, o culto do sol, é tão antigo como a própria humanidade – Como é sabido, muitas das antigas igrejas e catedrais, foram erguidas no sentido nascente-poente.

De facto, os poemas “A FESTA DO SILÊNCIO”  de  António Ramos Rosa” e   “A LÁGRIMA,   de Guerra Junqueiro, títulos poéticos, que, só por si, expressam, de algum modo, os sentimentos que, este ano, por via da conhecida pandemia, marcaram a  celebração da entrada do Verão,.mas também os demais poemas que ali lemos, graças à carolice de um punhado de devotos peregrinos, que, uma vez mais, quiseram dar-nos o prazer da sua presença , nas cerimónias evocativas









POEMA AO SOL - Amenófis IV
Tu és belo no céu... oh! Sol vivo!
Quando te levantas a leste
enches todas as terras com tua beleza,
porque és belo, és grande e brilhas acima da Terra.
Teus raios beijam os povos e tuas criações.
Tu és deus e nos seduziste a todos.
Tu nos impuseste os liames de teu amor,
e, ainda que longe, teus raios atingem a Terra
e, ainda que alto, teus passos marcam o dia.

Excerto

Amenófis IV  - Nome do faraó egípcio, casado com Nefertiti, que reinou aproximadamente entre 1370 e 1357 a. C., filho de Amenófis III e da rainha Tiy, e que se denominou também Akenaton, ou seja, filho de Áton, deus do Sol. https://www.infopedia.pt/$amenofis-

Na verdade,  estas  festividades, que aqui ocorrem,  têm-se constituído, tanto pela sua originalidade, como regularidade, com  singulares momentos de contemplação e de reflexão, de alegres e saudáveis manifestações de cariz místico-cultural, num esplendoroso exemplo de saudação ao Criador pelas suas maravilhas expostas à Luz do Sol, fonte de luz, de energia e de vida.  Porém, mesmo esta concepção panteísta,  tem sido  deixada ao livre arbítrio de cada participante.

 Não  visam a apologia de um qualquer culto de especifico, seja pagão ou religioso, seja que culto for: -  Pretende-se, isso sim, que promovam o reencontro e o convívio humano, que se afirmem como genuínas manifestações populares,  de uma alegre e festiva comunhão   com aquele fantástico cenário natural - E, se possível, de louvor e de fé, imbuído nos mais nobres valores espirituais e lúdicos: sejam no evocar tradições antiquíssimas caídas no esquecimento, seja nos valores de que, cada crença, julga ser seguidora e defensora.

Não se advogam cultos, cada um participa de acordo com os seus credos e sentimentos: para abrilhantar o evento, já ali contámos com a participação de  escolas  de dança e ballet, ( danças e cânticos saudaram primavera chuvosa, por grupos de gaiteiros e de concertinas, duetos de violinistas (tal como agora sucedeu)  - Já realizámos, noutro alinhamento sagrado, um  festival solsticial com a presença de pagãos ibéricos. Já ali saudámos o equinócio da primavera com os hare krishnas -  Agora,  foi a vez de uma celebração muito mais cristã ou católica de que pagã


Tem sido  propósito das celebrações  dos Equinócios e Solsticios, além da evocação das  antigas tradições desaparecidas dos povos que aqui viveram, de cujo legado existem abundantes vestígios desde o neolítico e calcolitico, sim, que por aqui ergueram  os seus santuários e  se abrigaram no seio dos  penhascos, aproveitando o vasto maciço granítico como muralha e defesa natural, assim como os recursos da   fertilidade  do  maravilhoso vale sobranceiro, ser nosso desejo, não apenas aprofundar o estudo desse passado, como, ao mesmo tempo,  aproveitar  para simbolicamente homenagear e recordar figuras cujo exemplo se considere merecedor de ser lembrado ou sublinhado.

Daí que a leitura de poemas, conquanto não tenha um carácter  de festival, se venha enquadrando naturalmente no espírito das celebrações – Quer nos santuários – Pedra da cabeleira de Nº Srª e  na Pedra do Solstício ou Pedra do Sol, quer também na Pedra dos Poetas – Nome dado a um pequeno altar onde o poeta, Fernando Assis Pacheco, ergueu os braços, por nossa sugestão, um mês antes da sua morte, na visita que efetuou a nosso convite a estes lugares, depois de ter passado pelo núcleo de gravuras da Canada do Inferno, onde se deslocara em reportagem da revista Visão..

POEMAS DITOS, QUASE  COMO SE FOSSEM PEQUENAS ORAÇÕES  - lidos poemas  de Fernando Pessoa, Guerra Junqueiro, Manuel Daniel,  David Mourão Ferreira,  do antigo Faraó Amenófis, . Dom Manuel dos Santos, Bispo de São Tomé, Maria de Assunção Carqueja,  José Tolentino Mendonça, António Ramos Rosa,  e o poeta santomense, Francisco José  Tenreiro.

Já todos eles foram recordados neste site - Por isso, para  não tornarmos a postagem demasiado extensa, por agora deixamos-lhe aqui breves traços de alguns deles.  imagens e videos.

MARIA DE ASSUNÇÃO CARQUEJA  - Disse,  Manuel Pires Daniel, no Jornal “OFOZCOENSE”   - "Descobri o seu nome pelos idos de 50, pela mão do meu querido amigo Prof. Adriano Vasco Rodrigues, que veio a ser o seu marido e que, então, coordenava no quinzenário "Luz da Beira'', da Meda, um suplemento literário que veio a inserir trabalhos de jovens como José Augusto Seabra, Eurico Consciência e outros.


Maria da Assunção Carqueja era já uma excelente poeta, natural do Felgar - Moncorvo e estudante da Universidade de Coimbra. Desde logo a fixei. Os seus versos fluíam, como água corredia, quase em surdina, mas dizendo muito. Poesia daquela que nos fala à alma e que se exprime tao bem que chega a dizer muito em muito pouco.


MANUEL DANIEL - HOJE SEUS OLHOS JÁ NÃO PODEM CONTEMPLAR A LUZ DO DIA  - ESTÁ COMPLETAMENTE CEGO  -  Os seus belos versos fazem parte das tradicionais celebrações evocativas nos Templos do Sol   - São indispensáveis.

  UMA VIDA INTENSA E MULTIFACETADA – ADVOGADO, POETA, ESCRITOR, DRAMATURGO E O HOMEM AO SERVIÇO DA CAUSA PÚBLICA

 Em 2003 - Na altura em que ainda podia andar e ver

Manuel J. Pires Daniel, nasceu  em Vila de Meda (hoje cidade) em 18 de Novembro de 1934. Sem dúvida,  um admirável exemplo de labor e de tenacidade, de apaixonado pelas letras  e de sentido e dedicação ao bem comum 

A sua vida tem sido pautada pela dedicação mas também pela descrição. Atualmente, debatendo-se com extremas limitações da sua vista, por via de ter ficado completamente cego, no entanto, pese tão dura limitação, nem por isso a verbe do poeta se esgota  e, dentro do que lhe é possível, com apoio amigo da família, lá vai compondo os seus versos e editando livros.  Em cujos poemas  perpassa o que de melhor têm a poesia portuguesa -  Domina com mestria os mais diversos géneros poéticos e neles se expressa, a par de um  profundo sentimento de religiosidade, o amor à terra, à natureza, aos espaços que lhe são queridos,  suas inquietações e interrogações, sobre a efemeridade da vida  e o destino do Homem - Em Manuel Pires Daniel, não há jogo de palavras mas palavras que vêm  do coração, que brotam  naturalmente, como água da  melhor fonte, que corre das entranhas  do xisto ou do granito da nossa terra.

PAI E SENHOR - VENHA A NÓS A LUZ DO VOSSO REINO E SANTIDADE  -




Dom Manuel dos Santos, foi uma das presenças na celebração do equinócio do Outono, em 23 de Setembro de 2015, 
Receb
era-nos na sua residência, em Outubro de 2014 - Tendo vindo a Portugal para o lançamento do seu  livro poético, , "Aqui onde estou os meus sonhos são verdes"  que veio a decorrer   no dia 4 de Outubro no Auditório Santo António Maria Claret, no Santuário do Coração de Maria e   no dia  6, em Setúbal, quis dar-nos o prazer  e  honra da sua visita,  da qual se manifestou muito encantado
.  - 

ANTÓNIO RAMOS ROSA -  17 de Novembro de 1924 – 23 de Setembro de 2013 A sua obra poética ultrapassa os cinquenta títulos. É ainda autor de ensaios, entre os quais se salienta A Poesia Moderna e a Interrogação do Real (1979-1980). Em 1988 foi distinguido com o Prémio Pessoa

Destacado poeta e crítico português nascido em Faro -  DEU-ME A HONRA E O PRAZER DE SER SEU AMIGO  - Recebeu-me, muitas vezes, em sua casa, a título pessoal ou por razões profissionais para a Rádio Comercial - Proporcionou-me agradáveis e inesquecíveis  momentos  de convívio  e até no café onde costumava ir. Tornámo-nos  amigos e visita praticamente familiar. Datilografei-lhes e passei-lhes alguns dos seus poemas para o meu  computador - ele não o usava, nem gostava dessa palavra mas havia outras que, ouvindo-as pronunciar, podiam ser o ponto de partida para um lindo poema 

 A FESTA DO SILÊNCIO 
Numa das anteriores celebrações
Escuto na palavra a festa do silêncio.
Tudo está no seu sítio. As aparências apagaram-se.
As coisas vacilam tão próximas de si mesmas.
Concentram-se, dilatam-se as ondas silenciosas.
É o vazio ou o cimo? É um pomar de espuma.

Uma criança brinca nas dunas, o tempo acaricia,
o ar prolonga. A brancura é o caminho.
Surpresa e não surpresa: a simples respiração.
Relações, variações, nada mais. Nada se cria.
Vamos e vimos. Algo inunda, incendeia, recomeça.

Nada é inacessível no silêncio ou no poema.
É aqui a abóbada transparente, o vento principia.
No centro do dia há uma fonte de água clara.
Se digo árvore a árvore em mim respira.
Vivo na delícia nua da inocência aberta.


António Ramos Rosa, in "Volante Verde"

A Lágrima - Guerra Junqueiro
                 
 Manhã de Junho ardente. Uma encosta escavada,
Seca, deserta e nua, à beira d'uma estrada.
Terra ingrata, onde a urze a custo desabrocha,
Bebendo o sol, comendo o pó, mordendo a rocha.

Sabre uma folha hostil duma figueira brava,
Mendiga que se nutre a pedregulho e lava,

A aurora desprendeu, compassiva e divina,
Uma lágrima etérea, enorme e cristalina.

Lágrima tão ideal, tão límpida, que ao vê-la,
De perto era um diamante e de longe uma estrela.




POEMA DE FRANCISCO JOSÉ TENREIRO, QUE O ANO PASSADO OI LIDO POR ISABEL SANTIAGO  - Uma cidadã luso.santomense  




Francisco José Tenreiro, nasceu na Roça Boa Entrada, a 20 de Janeiro de 1921. Fazia anos no mesmo dia do mês em que eu mais tarde nasci e faleceu na madrugada de 31 de Dezembro de 1963, dois meses depois de eu ter desembarcado na sua Ilha de Nome Santo. .  Se fosse vivo, teria 93 anos. Presumo que ainda vivam muitos são-tomenses com a sua idade e lúcidos.


Com Isabel   Santiago 
POENTE  - Poema de Francisco José Tenreiro -Foto de Renato Sena Santos

Envolve-se pudicamente o sol, nos lençóis do mar
e súbito vem a noite. Muito súbito e muito rápido.
Logo no céu de cabelos revolta a lua nasce
banhando de sossego a cidade  escaldada
donde se evolam os fumozinhos da humanidade.

Das mangueiras nascem  morcegos de vigília:
poetas mamíferos a quem a noite dá asas
acompanhado de sonhos o poeta das insónias.


E a cidade  adormece para o vício  e para o amor! 

HOMENAGEM  AO POETA SANTOMENSE FRANCISCO JOSÉ TENREIRO  NO ALTAR DA PEDRA DOS POETAS  - POR ISABEL SANTIAGO   




 

Na imagem ao lado, depois da celebração, e num passeio pelas muralhas do Castro do 
Curral da Pedra  Dom Manuel dos Santos, junto de uma carrasqueira e de António Lourenço, ensinando a assobiar com a casca de uma bolota e recuando aos tempos em que andava atrás das ovelhas com o seu pai -

Os homens da pedra lascada, dispunham apenas de rudimentares utensílios de sílex, daí, talvez a razão pela qual empregassem apenas a sua primitiva ferramenta para dar as formas naquilo que lhes era estritamente indispensável ou necessário. De resto, a estilização da arte pré-histórica, verifica-se desde as gravuras do paleolítico, e é do que nos maravilham alguns dos caprideos desenhados nas pedras xistosas do Côa. 


Este fenómeno solar não é único. Muitos desses blocos ( tais como, menires, estelas, dólmenes, recintos megalíticos), fazem parte de uma antiga herança do passado e, de facto, muitos deles, devido à posição que tomam, são geralmente conhecidos por alinhamentos sagrados, visto estarem em perfeito alinhamento com o sol, a lua ou outros corpos celestes.

A sua origem está ainda envolta nalgum mistério e nalgumas sombras, tal como, aliás,  toda a Pré-História. Presume-se, porém, que tenham sido erguidos por antigas civilizações pré-célticas e, também, sabiamente aproveitados por estas culturas que, compreendendo o poder e o significado que representavam, os utilizaram e cultuaram nos seus rituais e festividades, ligadas aos ciclos das estações.

Existem em várias partes do mundo, cada um com as suas especificidades. Porém, uma parte desses monólitos foram destruídos, perderam-se ou caíram no esquecimento: diluíram-se por entre as ruínas dos abrigos e povoados – Tal como este, até ao dia em que nos apercebemos  da singularidade da sua forma, da sua exposição,  entre outros aspetos, acreditando que não poderia ser obra do acaso: sim, demasiadas coincidências para se tratar um vulgar penedo, entre os inúmeros que por ali se espalham, a monte ou isolados, por ação e obra da Mãe-Natureza, desde o fundo do vale e por toda a vasta área planáltica do afloramento granítico.

Há quem pense que o mundo da luz e do conhecimento só começou com a descoberta da eletricidade. Mas os que assim pensam estão enganados. O homem existe há milhões de anos! E, por conseguinte, desde há muito que ele aprendeu a aperfeiçoar as suas técnicas de sobrevivência, a conviver com a natureza, e a conhecer-lhe muitos dos seus segredos, que, certamente, se foram perdendo à medida que se foi divorciando do seu contacto.


Vejam-se as mundialmente famosas estátuas da Ilha da Páscoa, enigmáticas figuras gigantescas com os olhos voltados aos céus, ou ainda, nos Andes, a não menos impressionante Porta do Sol, presume-se que da cultura Asteca, expressando a mais estreita aliança e união do espírito com a matéria - Isto para já não falar das ruínas de Stonehenge, sobre as quais, investigadores de todos os domínios, se continuam a interrogar, sem, contudo, encontrarem as respostas que os satisfaçam.


DAVID MORÃO FERREIRA   - Poeta e escritor -  Nasceu em Lisboa, em 1927 e morreu, também nesta cidade, em 1996. Licenciou-se em Filologia Românica em Lisboa, onde chegou a ser professor catedrático, organizando e regendo, entre outras, a cadeira de Teoria da Literatura. Foi secretário de Estado da Cultura, entre 1976 e 1979;
Diretor do diário A Capital; diretor do Boletim Cultural do Serviço de Bibliotecas Itinerantes e Fixas da Fundação Calouste Gulbenkian, entre 1984 e 1996; diretor da revista Colóquio/Letras; presidente da Associação Portuguesa de Escritores (1984-86) e vice-Presidente da Association Internationale des Critiques Littéraires. A sua obra reparte-se pela poesia; pela crítica literária, como Os Ócios do OfícioVinte Poetas ContemporâneosHospital das Letras ou Lâmpadas no Escuro (de Herculano a Torga); pelo ensaio; pela tradução; pelo teatro; pelo romance; e também pelo jornalismo. https://www.wook.pt/autor/david-mourao-ferreira/12656

Teixeira de Pascoaes

Joaquim Pereira Teixeira de Vasconcelos nasceu a 2 de novembro de 1877, em Amarante. Segundo de sete irmãos, desde cedo se revelou muito introspetiva, embora sensível, no seio desta família da aristocracia rural

Foi um saudosista por natureza e pela sua letra. Aquilo que escreveu representou esse estado de espírito, que o transpôs para o atribulando tempo republicano, vivendo-o assim como experienciou também o monárquico e o ditatorial. Atravessando estas três partes constituintes da história nacional, contactou com diversos outros nomes grandes da literatura portuguesa, mas foi nos seus aposentos a norte que se foi firmando, tornando-se num dos mais curiosos metafísicos da literatura lusa.. https://www.comunidadeculturaearte.com/teixeira-de-pascoaes-sem-poesia-nao-ha-humanidade/




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