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terça-feira, 24 de dezembro de 2019

Columbano Bordalo Pinheiro – Retrato feminino (inédito) ao estilo do artista na fase em que, o olhar míope dos formalistas, lhe diabolizavam a mestria, vendo apenas retrato concluído quando este fosse a cópia fotográfico de um rosto. - Valioso contributo para o aprofundamento das técnicas, das fases pictóricas e dos materiais usados pelo ”maior pintor do século XIX português" – Pintura assinada e com o carimbo estampado no verso da tela pela “FABRIQUE DE COULEURS FINES” – Rue de Medices – Paris



Jorge Trabulo Marques - Jornalista e Investigador
  - Postagem mais atualizada e com opinião de retratista português em


Obra inédita o genial COLUMBANO BORDALO PINHEIRO – Considerado um dos maiores pintores portugueses, "observador de almas".- Autor de poderosos "retratos psicológicos" tirados a importantes personagens na viragem do século XIX,

Obra aparentemente inacabada aos olhos viegos de quem entende que um retrato tem de ser a cópia fiel de uma fotografia - Por isso, dada a sua antiguidade, quando o concebeu, talvez já o despontar da criação artística de um genial pintor que cedo procurou encontrar os caminhos e a liberdade da sua própria linguagem estética - Atente-se nestas linhas:

Carlos Henriques - QUADRO A ÓLEO INÉDITO DE COLUMBANO BORDALO PINHEIRO Belíssimo quadro inédito do artistas português, Columbano Bordalo Pinheiro, que mostrámos ao pintor Carlos Manuel Henriques, um dos mais exímios e talentosos retratistas portugueses da atualidade, deixou-o encantado, contemplativo e quase sem palavras, na breve entrevista que nos concedeu no seu estúdio, no bairro da Quinta das Conchas, em Lisboa, a quem mostrámos um retrato feminino, provavelmente de Maria Cristina Bordalo Pinheiro. Entrevistado no seu estúdio, com o quadro em suas mãos, Isto é maravilhoso! Uma obra esplêndida! Sente-se o traço da pincelada! A rapidez da execução! A segurança!.. De uma pessoa que domina tranquilamente o retrato, que já é quase como a respiração! Como quem respira e não sabe que respira!... É de uma beleza, de uma delicadeza!... As nuances!... Podia-se estar-se horas a contemplar esta obra!...Esta mistura de cores!... Esta expressão silenciosa!... É magistral!... É uma pessoa que executou centenas de retratos!

"Preterido em dois concursos para bolseiro do Estado em Paris, notado pela crítica que se divide em opiniões contrárias, havendo quem acuse a sua paleta de tons sujos e esverdeados e a falta de acabamento dos seus quadros"-

Em Janeiro de 1881, obtendo uma bolsa da Condessa de Edla, parte para Paris na companhia do seu anjo da guarda – a irmã Maria Augusta. A adaptação ao agitado meio parisiense foi-lhe difícil, valendo lhe o companheiro Artur Loureiro. Frequentando a Academia de Paris com a mesma independência que usara em Portugal, é no silêncio da sua intimidade que pinta, sempre saudoso de Lisboa, cerca de dez quadros.

Verso da tela sobre cartão e carimbada
Retrato de Maria Cristina Bordalo Pinheiro. ,

A autenticidade deste quadro é devidamente comprovada, tanto pela assinatura, apostada no canto inferior direito mas especialmente pelo pormenor do carimbo (embora já muito esbatido e de difícil leitura) do "FABRIQUE DE COULEURS FINES - Paul Denis Succ Paris – Que detalhados estudos revelam como sendo seu amigo, que lhe vendia tintas e telas e de cujos materiais se serviu para executar vários retratos

Nascido em família de artistas, a pintura foi uma descoberta precoce e inevitável na sua vida. Do pai, Manuel Maria Bordalo Pinheiro, pintor e escultor de talentos reconhecidos, recebeu o dom e os primeiros ensinamentos

Como é sabido, não foram muitos os retratos de figuras femininas legados por Columbano Bordalo Pinheiro, e, talvez, numa análise simplista, nos faça lembrar, de algum modo, o chapéu e alguns traços do rosto do famoso retrato de Maria Cristina Bordalo Pinheiro – 1912 - é bem possível que, para o observador menos familiarizado sobre a vida e a obra de Columbano, ou sobretudo para os mais desatentos, desde a assinatura a outros pormenores inscritos na moldura ou nas costas da tela, a sua leitura ou interpretação pictórica, possa escapar ao estilo que mais o notabilizou e, consequentemente, lhe suscite algumas reservas ou dúvidas: daí a particular importância que possa vir assumir para os estudiosos que queiram debruçar-se sobre a vida e a obra daquele que teve apenas um grande amor na sua vida, a pintura

“Considerado como um dos maiores pintores portugueses, conhecido principalmente pelos retratos e, ao público em geral, pelo nome que emprestou a uma avenida de Lisboa que desemboca na Praça de Columbano, deixou-nos há 90 anos e as suas obras, por mais admiradas que sejam, não vão reproduzir-se ou multiplicar-se como as flores num jardim!... Há, pois, que saber olhar o seu legado, se possível com a mesma paixão como ele o viveu e nunca negligenciar nenhuma das suas expressões artísticas: - Até porque, tanto quanto me foi dado saber, quer nas nas pesquisas que efetuámos, , quer nas entrevistas que fiz a vários pintores e aos maiores colecionadores portugueses, desde Cupertino de Miranda a Azeredo Perdigão, (além de Presidente da Gulbenkian, que também exerceu enorme influencia na escolha das obras para o Museu, pós morte do fundador.


"Ele é o autor de poderosos "retratos psicológicos" tirados a importantes personagens de um país em mudança. Na viragem do século XIX, Portugal está nos quadros de Columbano Bordalo Pinheiro (1857-1929), pintor intimista e "observador de almas".

Pintou paisagens, temas históricos, naturezas mortas mas foi como retratista que o seu génio se distinguiu e fez único. São dele os retratos mais expressivos e densos das grandes figuras do início do século XX português. Artistas, escritores, intelectuais, presidentes da República, a todos Columbano Bordalo Pinheiro “desvendou os segredos da alma” com a sua paleta sóbria, intimista e misteriosa.

Nascido em família de artistas, a pintura foi uma descoberta precoce e inevitável na sua vida. Do pai, Manuel Maria Bordalo Pinheiro, pintor e escultor de talentos reconhecidos, recebeu o dom e os primeiros ensinamento" - Extraído de http://ensina.rtp.pt/artigo/columbano-bordalo-pinheiro-1857-1929/



Como é sabido, não foram muitos os retratos  de figuras femininas legados por  Columbano Bordalo Pinheiro, e, talvez, numa análise simplista, o magnifico estudo da pintura a óleo, que lhe revelo, publicamente e pela primeira vez, obra da propriedade de colecionador particular, embora possa fazer lembrar o chapéu e alguns traços do rosto do famoso retrato de Maria Cristina Bordalo Pinheiro – 1912 -  é  bem  possível que, para  o observador menos familiarizado sobre a vida e a obra de Columbano,  ou  sobretudo  para os mais desatentos, desde a assinatura  a outros pormenores inscritos na moldura ou nas costas da tela, a sua leitura ou interpretação pictórica, possa escapar  ao estilo que  mais o notabilizou e, consequentemente,  lhe suscite algumas reservas ou dúvidas: daí a  particular importância    que possa vir assumir para os  estudiosos que  queiram debruçar-se  sobre a vida e a obra daquele  que  teve apenas um grande amor na sua vida, a pintura - Considerado como um dos maiores pintores portugueses, conhecido principalmente pelos retratos e, ao público em geral, pelo nome que emprestou a uma avenida de Lisboa que desemboca na Praça de Espanha. .

 Sim, pese o facto deste retrato se apresentar aparentemente  inacabado, creio que maior relevância poderá realmente traduzir, já que todos os demais estudos,  referenciados, dizem respeito a obras conhecidas

 Columbano, deixou-nos há 90 anos e as suas obras, por mais  admiradas que sejam,  não vão reproduzir-se ou multiplicar-se como as flores num jardim!... Há, pois, que saber olhar o  seu legado, se possível com a mesma paixão como ele o viveu e nunca  negligenciar nenhuma das suas expressões artísticas: - Até porque, tanto quanto me foi dado saber, quer nas minhas pesquisas, quer nas entrevistas que  fiz a vários pintores e aos maiores colecionadores  portugueses,  desde Cupertino  de Miranda a Azeredo Perdigão, editadas neste site  (além de Presidente da Gulbenkian, que também exerceu enorme influencia na escolha das obras para o Museu, pós morte do fundador) http://www.vida-e-tempos.com/2016/06/arthur-cupertino-de-miranda-confissoes.html

http://www.vida-e-tempos.com/2013/02/azeredo-perdigao-o-que-me-revelou.html sim, a imagem que geralmente fica para a posteridade é o estilo que depois notabiliza  o artista e  não propriamente enquanto o não define e se não destaca 

 Para  um mais aprofundado esclarecimento e informação de que tem  responsabilidade nas artes ou nos museus, julgo que seria bom  que se  atentasse nestas palavras de Columbano:  segundo o mestre para se ser pintor bastava pensar na pintura a todas as horas, no atelier, em casa, na rua, de paleta na mão ou nas folgas, a comer, a sonhar pintura, em detrimento de outros sonhos. Não seria necessário ao pintor ter um conhecimento alargado dos materiais de pintura, pois segundo Columbano isso iria distraí-lo do essencial: No dia em que pretendermos teorizar as razões históricas, físicas ou químicas dos ingredientes luminosos e coloridos, adeus arte, adeus pintura, adeus quietude e serenidade contemplativa http://docplayer.com.br/80513756-Materiais-e-tecnicas-da-pintura-a-oleo-em-portugal-estudo-das-fontes-documentais-volume-i.html


Porém, tal como  se documenta neste trabalho, a sua autenticidade é devidamente  comprovada, tanto pela assinatura, apostada no canto inferior direito  mas especialmente  pelo pormenor do carimbo (embora já muito esbatido e de difícil leitura) do "FABRIQUE DE COULEURS FINES - Paul Denis Succ Paris –   Que detalhados estudos revelam como sendo seu amigo, que lhe vendia tintas e telas e de cujos materiais se serviu para executar vários retratos, tal  como é descrito, pormenorizadamente, por  Ângela Sofia Alves Ferraz, Mestre em Museologia e Património pela Universidade Nova de Lisboa, na sua dissertação académica para obtenção do Grau de Doutor  em Conservação e Restauro do Património, Especialidade em Teoria, História e Técnicas,  importantíssima pesquisa  que tomo a liberdade de  citar.


PORMENORES DO HISTÓRICO DA CASA PARISIENSE DO SEU AMIGO PAUL DENIS, DE ONDE COLUMBANO SE FORNECIA DE MATERIAIS PARA A SUA OBRA  - Maison Merlin Paul Denis Succ Paris  1882- 1905

Executivos da empresa:1882-1905: Paul Denis - 1906: Bourgès
(…) 1892-1893: "(...) especialidade de pincéis, pincéis, baldes, paletas e arruelas. Fabricante de cores líquidas PD para imitação de tapeçarias. Tecidos de goblin e outros. Fábrica de vernizes e ferramentas para gravadores de água Novo pulverizador PD com posição fixa, o único sempre pronto para uso. Pasta Rubens para evitar borrifos. Jumeline Denis para limpar pincéis. (...) "
(...) 1903-1905: "Denis (P.). Fabrica cores finas para óleo e aquarela, telas, painéis, pastéis, caixas, cavaletes, molduras, pincéis e pincéis. Cores de esmalte PD Cerâmica gravada para decorar. Cores de tapeçaria PD Toiles Gobelins, verniz, ferramentas para gravação, trabalhos em couro,

Auto-retrato-Jose-Maria-Veloso-Salgado-1864-1945-1931-oleo-sobre-tela_.– Pormenor do carimbo observado de fabrico da tela pela Maison Merlin Paul Denis Succ Paris, dando-se como exemplo o carimbo observado no verso na pintura 4089.  – Estudo de  Ana Mafalda Cardeira


Materiais e Técnicas da Pintura  a Óleo em Portugal (1836-1914): Estudo das fontes documentais - De  Ângela Sofia Alves -

(…)  Maison Merlin Paul Denis Stéphanie Constatin e Clotilde Roth-Meyer destacaram a importância que, no século XIX, os fornecedores de materiais de pintura tinham na vida dos artistas. Segundo estas autoras, para além de fornecerem os materiais necessários para o exercício da pintura, os fornecedores serviam de intermediários entre os pintores e os possíveis clientes na venda das suas obras, bem como, em algumas situações, também lhes garantiam suporte financeiro. Assim, tanto Constatin como Roth-Meyer apontam diversos exemplos de relações privilegiadas e de amizades profundas entre alguns pintores franceses com os seus fornecedores. 

 No âmbito deste estudo, o exemplo desta natureza mais claramente identificado foi o da relação do pintor Columbano Bordalo Pinheiro com o fornecedor francês Paul Denis (Maison Merlin Paul Denis) (Figura 4.13), com loja na rua dos Médicis, próxima do Jardim do Luxemburgo, em Paris.

Não se sabe quando se terão conhecido embora seja possível que tal tenha acontecido entre 1881 e 1883, anos em que Columbano esteve em Paris 1293, tal como dava conta Diogo de Macedo na biografia que escreveu sobre o pintor em 1952: Fora desta vadiagem de estudante, só saía do atelier a tomar ar no Luxemburgo, atravessando o jardim para dar dois dedos de conversa com o
vendedor de tintas e seu amigo Paul Denis [ ] Já de novo em Portugal, Columbano terá continuado a utilizar materiais deste fornecedor. Veja-se que o retrato de Ramalho Figura 4.13 Auto-retrato de Paul Denis no atelier do pintor Eugène Favier. c. 1897, col. Tourett. Fotografia reproduzida em: Autour de Paul Denis, 2007, p Pamplona, 1948: Constantin, 2001: 49-67; Roth-Meyer, 2004: Ver anexo 21, F Lapa, 2007: Macedo, 1952:


Figura 4.14 Carta de Paul Denis a Columbano Bordalo Pinheiro. 2 Jan Arquivo do MNAC-MC. Ortigão, pintado por ele em 1885, apresenta no verso o carimbo da Maison Merlin Igualmente, na correspondência de Columbano, consultada no MNAC-MC, encontraram-se provas que confirmam a acessibilidade aos materiais fornecidos por Paul Denis nos anos seguintes. Em 1890, numa carta da companhia francesa de expedições de Charles Vaumorin, dirigida ao pintor, informa-se que lhe foi enviada uma encomenda de Paul Denis Porém, a documentação que melhor testemunha isso mesmo são as seis cartas que Paul Denis dirigiu a Columbano em 1900, 1910 e Numa carta de 2 de Janeiro de 1900, Paul Denis dá conta do envio de duas embalagens expedidas anteriormente a 8 de Novembro 1297 (Figura 4.14). Também na carta datada de 10 de Novembro desse ano são referidas faturas correspondentes ao envio de diversos objetos, nomeadamente painéis de madeira, sendo que também se enviava então uma amostra de um painel inglês que Paul Denis gostaria que Columbano experimentasse 

A 23 de Agosto de 1910 Paul Denis referia igualmente o envio de objetos, como fotografias, molduras e livros Columbano, Retrato de Ramalho Ortigão, 1885, óleo sobre madeira, 19 x 14,5 cm, Museu de Grão Vasco, inv. n.º Charles Vaumorin [Carta] 1890 Jul. 30, Paris [a] Columbano. Acessível no Arquivo do MNAC-MC Paul Denis [Carta] 1900 Jan. 2, Paris [a] Columbano. Acessível no Arquivo do MNAC-MC Paul Denis [Carta] 1900 Nov. 10, Paris [a] Columbano. Acessível no Arquivo do MNAC-MC Paul Denis [Carta] 1910 Ago. 23, Paris [a] Columbano. Acessível no Arquivo do MNAC-MC. 234



Esta documentação comprova ainda que Paul Denis seria o responsável por todo o processo de embalagem e entrega das obras de Columbano nas exposições que realizou em Paris. Na primeira carta, de 1900, Paul Denis dava indicações sobre a forma de enviar as pinturas para o Salon (Figura 4.14) Também em 1910, numa carta dirigida a Columbano, a 9 de Março, Paul Denis informa-o de ter apresentado as suas duas obras no Salon 1301 e, posteriormente, noutra carta datada de 23 de Agosto referia ter embalado as duas pinturas na mesma caixa No ano seguinte, Columbano expôs novamente no Salon da Societé Nationale de Paris apresentando dois retratos 


De acordo com uma carta datada de 20 de Março, mais uma vez teria sido Paul Denis a tratar de todo o processo Para além de estar envolvido nos procedimentos referentes às exposições em Paris em que Columbano participou, Paul Denis também se encarregava de tratar das diligências necessárias à venda das rendas executadas pela irmã do pintor, Maria Augusta A relação de proximidade entre Paul Denis e Columbano é ainda evidenciada por outra correspondência consultada que dá conta de que tanto em 1910 como em 1912, anos em que Columbano esteve em Paris, frequentou a casa do fornecedor. 


A 30 de Junho de 1910 Columbano escreveu à esposa: Muito obrigada pela tua cartinha que recebi hoje em casa do Paul Denis [ ] No mês seguinte, referia-se novamente a essa estadia: Envio um retrato tirado em casa do Paul Denis num domingo que passei com eles em Orsay Em 1912, numa carta dirigida à sua irmã Maria Augusta, Columbano mencionava não só ter ficado novamente em casa do fornecedor como também ter pintado o seu retrato e da esposa: Estivemos dois dias em Orsay em casa do Paul Denis e muito falamos de ti lastimando que a mana Augusta não tivesse vindo também.

Eu pintei o retrato dele a da M.me Denis. Sobretudo o retrato do Denis foi feliz. Era a primeira vez que pintava em Paris, depois de mais de trinta anos Outros pormenores do mesmo estudo, mais à frente

ESTUDO A ÓLEO DE ESPECIAL RELEVÂNCIA  NO APROFUNDAMENTO  DA OBRA DE COLUMBANO BORDALO PINHEIRO  - Na série de retratos femininos

Museu Grão-Vasco
Na verdade, embora sejam conhecidos alguns estudos de Columbano Bordalo Pinheiro, mas não como obras autónomas e inacabadas. Dir-se-á  que este é um exemplo raro  “O primeiro estudo de Columbano que se conhece é uma pequena cópia , feita aos 11 anos, do quadro “ A Barca de Dante”, de Delacroix , tem a indicação no verso, copiado por Columbano Bordalo, em 1868. Era possuidor da curiosa estreia do pequeno artista, em 1929, o  Sr. J. C. da Silva Barbosa, e o quadrozinho foi publicado nesse ano pelo Diário de Noticias” – Refere um ensaio bibliográfico de  Giacinto Manuppela, MANUPPELLA, intitulado - Dantesca Luso-Brasileira - Subsídios para uma Bibliografia da Obra e do Pensamento de Dante Alighieri.

Estudo preparatório - Concerto de Amadores
Os estudos mais conhecidos de Columbano,  são os esboços de grandes obras que viria a concluir, entre os quais  um estudo preparatório do célebre “ Concerto de Amadores (Paris, 1882),  considerada uma das mais importantes obras do século XIX português, "o único pintor do século XIX com interesse internacional". feita para o Salon de Paris de 1882, quando Columbano era bolseiro em França.. segundo palavras do Pedro Lapa, em 2005, citadas no Público, pela jornalista Isabel Salema.

Concerto de Amadores  - Obra completa
No seu artigo, sob o títuloColumbano quase impressionista hoje em leilão”, era referido que  uma importante obra do pintor português Columbano Bordalo Pinheiro (1857-1929) vai hoje a leilão em Lisboa com uma base de licitação entre 150 mil e 250 mil euros” – Tratava-se, pois,   de “um estudo preparatório do célebre O Concerto de Amadores (Paris, 1882), do Museu do Chiado. https://www.publico.pt/2005/06/07/culturaipsilon/noticia/columbano-quase-impressionista-hoje-em-leilao-1225170

“Columbano inventou a pintura moderna”  - Escrevia também o Público, por Isabel Salema, em 16 de Fevereiro de 2007, a propósito da apresentação de uma retrospetiva no Museu Nacional de Arte Contemporânea, em Lisboa, inserida no âmbito dos 150 anos do nascimento de Columbano Augusto Prostes Bordalo Pinheiro, ou simplesmente Columbano
Referindo que “O pintor deixou grande parte da sua colecção ao Museu do Chiado, cerca de 200 obras, entre pintura desenho e escultura. "Obrigou a família a doar tudo", conta o director.
(...) Num país onde pouco se reflecte a pintar, é possível encontrar na obra de Columbano "um meta-discurso sobre o a condição do trabalho do artista", diz Pedro Lapa. E dá o exemplo de um triângulo de pinturas, onde Columbano faz uma reflexão sobre a própria pintura, o papel do modelo, do artista e da recepção.

Na pintura O Meu Atelier, a preferida do director do Chiado, que é um auto-retrato do artista pintado no seu próprio atelier, há uma reflexão sobre a efemeridade da vida e a possibilidade do artista se transcender a partir da arte que realiza. Estão lá as tintas na paleta do pintor e um quadro, por detrás, já acabado. Esse quadro é o Retrato de Manuel Gustavo Bordalo Pinheiro, o seu sobrinho, filho do irmão Rafael. – Excerto de https://www.publico.pt/2007/02/16/jornal/columbano-inventou-a-pintura-moderna-136930

UM HOMEM POUCO SOCIÁVEL -
Noutro interessante artigo,  e por ocasião da mesma efeméride, recordava o CM, que, “ao contrário do sensualista Rafael, que o apresentou aos círculos da intelectualidade lisboeta, Columbano era um homem pouco sociável, dado a “súbitas reacções de fúria e pequenas teimosias de solitário”, nas palavras do historiador de arte José-Augusto França.
O pintor nasceu em Lisboa a 21 de Novembro de 1857, filho de Manuel Maria Bordalo Pinheiro, também dedicado à pintura, bem como à escultura e gravação. Estudou na Academia de Belas-Artes de Lisboa, cursando, desde os 14 anos, Desenho e Pintura Histórica. Em 1881 partiu para Paris com uma bolsa de estudos secretamente custeada pelo rei consorte, D. Fernando II, já viúvo de D. Maria II, amigo do seu pai. Na cidade Luz, Columbano aprendeu com Manet e Degas. Em 1882 apresentou no Salon de Paris, o quadro ‘Concerto de Amadores’, bem recebido pela crítica. De regresso a Lisboa, os críticos mostraram-se menos favoráveis.
Da paleta de Columbano saíram igualmente as pinturas da sala de recepção do Palácio de Belém, os painéis dos Passos Perdidos da Assembleia da República e do tecto do Teatro Nacional D. Maria II. Em 1914 o pintor assumiu a direcção do Museu do Chiado – Museu Nacional de Arte Contemporânea. O mesmo que agora apresenta a sua obra
- Excerto de https://www.cmjornal.pt/mais-cm/domingo/detalhe/columbano-o-artista-que-teve-um-unico-amor


DE ENTRE OS VÁRIOS PINTORES  FAMOSOS QUE SE ABASTECIAM DE MAISON MERLIN CHARLES OLIVIER DE PENNE (Francês 1831-1897)
Ponteiros no campo

Óleo no painel chanfrado
12 -1/2 x 9-1 / 2 polegadas (31,8 x 24,1 cm)
Assinado inferior direito: Ol. de Penne
Gravado no verso: Fabrique de Couleurs / [...] / Maison Merlin / Paul Denis Succ. / Paris rue de Medices [?] 19

Penne era um desenhista e pintor talentoso que se distinguia tanto como caricaturista de L'Illustration </ Antes de passar para assuntos históricos, acabei alcançando a maioria das celebridades artísticas de pinturas de animais, principalmente cães. Como atesta o presente trabalho, ]https://www.icollector.com/Olivier-de-Penne-FRENCH-1831-1897-Pointers-in_i7489358



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