No final do Jogo, Cristiano Ronaldo, não era o rosto expansivo e alegre que geralmente manifesta nas suas jornadas vitoriosas, e, talvez, até, para nem sequer deixar transparecer o que lhe ia na alma, não quis prestar declarações ao batalhão de repórteres das rádios e das televisões, que o esperavam e se acotovelavam na área da de saída, junto à sala de imprensa – Não esboçou qualquer gesto ou sorriso para as câmaras que o filmavam e tão pouco para as mesmas olhou – Teve mais à frente, uma curta paragem para corresponder ao frenético e entusiástico grupo de fãs: de admiradoras e admiradores, que empunhavam os seus telemóveis para o filmarem e, se possível lhe pedirem autógrafos.
Não o fez mas então sorriu e deixou-se filmar, por alguns instantes, para os escassos felizardos que lograram aproximar-se dele – E, curiosamente, às muitas perguntas que surgiam no ar, teve esta espontânea expressão: “Estou feliz de aqui estar!" – Sim, mas apenas por este facto, pois no semblante de Ronaldo,, parecia haver alguma incotida tristeza, talvez pela impossibilidade de que a vitória em futebol, só sorri a uma das equipas: a que milita ganhou e a do seu coração perdeu..E, na verdade, no fundo, bem fundo do seu coração, o Sporting, a quem deve a carreira que tem e a fama que o catapultou para a ribalta mundial, continua a ser o clube dos seus olhos e, naturalmente, a sua grande paixão.Estas coisas não são fáceis de esquecer, de se iludirem ou de se apagarem do pé para a mão
Em boa Verdade, os discípulos de Jesus, mesmo reduzidos a 10 unidades, bateram-se como verdadeiros leões e mereciam ter saído vencedores ou pelo menos saído com o empate, que garantiram ao 81º minuto, na sequência de um penalti marcado por Adrien a penalizar uma falta cometida por Fábio Coentrão, que jogou a bola com o braço na área, isto já quase na ponta final do jogo e já desfalcado nas suas hostes.
Deste modo, com o Estádio à pinha, lotação esgotadíssima, as bancadas festejavam ruidosamente o empate, acreditando que o Sporting ainda pudesse marcar o tento da vitória, que lhe permitiria garantir o apuramento para os oitavos de final da Liga dos Campeões, mas, afinal, é o Real de Cristiano, isto porque, ao 87', um cruzamento de Benzema para Sérgio Ramos e o Coates no enfiamento. que atira pró canto da baliza, sem dó nem piedade, traindo Rui Patrício, causando o maior calafrio da noite – Se bem que, na generalidade dos rostos, era a consolação de que a equipa se batera com a garra de um autêntico campeão.
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