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sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Cine-Côa – Em Vila Nova de Foz Côa – 6º Edição do Festival Internacional de Cinema - Neste fim-de-semana - A Meca do Cinema do Alto Douro – Com películas de realizadores de cinco estrelas – Destaque para homenagens a Hugh Hudsone, e José Pedro Vasconcelos, tendo como imaginário “Os Tesouros do Vale Sagrado” – Património da Humanidade - Com filmes de superior qualidade e gostos para todos os públicos



Segundo a informação  da Câmara Municipal de Vila Nova de Foz Côa, "o  Festival Internacional de Cinema de Foz Côa – Cinecôa regressa em 2016 com um cartaz diversificado e pensado para diferentes públicos. De 17 a 19 de Novembro, o auditório de Vila Nova de Foz Côa vai exibir oito longas metragens, seis curtas e muitos filmes de animação para os mais pequenos.

O destaque desta edição vai para o filme “Altamira”, do conceituado realizador Hugh Hudson, já que permite um paralelismo entre a caverna de Altamira, conhecida como a Capela Sistina da arte rupestre, e as gravuras do Parque Arqueológico do Vale do Côa. “Não é de forma inocente que abrimos assim o Cinecôa. O filme, protagonizado por Antonio Banderas, faz uma grande aproximação entre dois pontos fulcrais da arte rupestre europeia, como são Altamira e Foz Côa”, explica António Valente, membro da organização.

Hugh Hudson vai estar presente no Cinecôa para mostrar a sua mais recente obra no dia 17. “Trata-se de um realizador inglês que é o autor de ‘Momentos de Glória’, um filme que ganhou quatro Óscares, e que marcou todo um conjunto de gerações”, destaca António Valente.

No dia 18, será exibido o filme-concerto "Nosferatu, Eine Symphonie des Grauens", um clássico alemão de 1922, dirigido por Friedrich Wilhelm Murnau, e será acompanhado, em palco, pela Orquestra do Norte.

Os filmes portugueses vão dominar o segundo dia do Festival e a sessão termina com um Cine Concerto da Orquestra do Norte. Do Cinecôa constarão ainda filmes recentemente produzidos em Marrocos, Espanha, Reino Unido, França, Luxemburgo, Brasil e Cuba. A entrada é gratuita e são esperadas cerca de 3 mil pessoas ao longo dos três dias.

O Festival Internacional de Cinema de Foz Côa também vai distinguir António-Pedro Vasconcelos, realizador de obras cinematográficas como “Jaime”, “Os Imortais”, “Call girl” ou “Os gatos não têm vertigens”, filme que abriu o Cinecôa na edição anterior. “Vamos homenagear um dos realizadores mais polémicos e com os filmes mais vistos pelo público português. Será exibido o seu último filme – Amor Impossível, seguido de um concerto da filha, Patrícia Vasconcelos, que acaba de lançar um disco”, refere António Valente.

Organizado pela Câmara Municipal de Vila Nova de Foz Côa, o Cinecôa acontece ininterruptamente desde 2011, ano da sua estreia, e já homenageou ou contou com a presença de figuras marcantes do cinema como Manoel de Oliveira, Lisandro Alonso, Benoît Jacquot, Teresa Vilaverde ou Tino Navarro.

DE CAPITAL DA AMENDOEIRA A MECA DO CINEMA

A minha cidade, terra natal do meu avô paterno, sede do concelho da minha aldeia (e de mais 16 freguesias), vai ser palco, este fim-de-semana – de 17 a 19 de Novembro - de mais um evento, com projeção, nacional e internacional – Pena não poder estar presente mas ofereço aqui  ao leitor algumas imagens, que me foram enviadas, juntamente  ao detalhado texto,  pela entidade organizadora, a Câmara Municipal de Vila Nova de Foz Côa,   a que também me associo editando algumas fotografias, de minha autoria, daqueles mágicos lugares, que os homens do paleolítico, há mais de 20 mil anos, escolheram para ali gravarem, nas lascas do xisto,  as graciosas e estiladas figurinhas, dos animais que por lá vagueavam e  caçavam,  aproveitando-se das margens e das águas do Rio Côa e  de alguns dos seus afluentes, beneficiando de um micro-clima menos severo das grandes invernias rigorosas, que caracterizavam as terras mais altas ou até o litoral

Enfim, tal como é referido por especialistas, “pescando e caçando para sobreviver, gravando com «silex» os painéis do rijo xisto de ambas as margens, por ali se mantendo ou vagueando os seus descendentes, homens do Mesolítico, Neolítico, Calcolítico, Bronze e Ferro, numa sucessão de gerações inter-milenares, que se sucederam c completaram. Assim, na Canada do Inferno, no Vale de Figueira, no Vale de José Esteves, no Vale Cabrões, gravuras do Paleolítico e de períodos posteriores marcam bem a presença humana na área que hoje é termo de Vila Nova de Foz Côa.

No Castelo Velho do Monte Meão poderemos vir a encontrar vestígios pré-históricos, se bem que a muralha visível nos leve tão somente à Idade Média ou, mesmo, ao período de ocupação romana. Só sondagens arqueológicas poderão dar resposta a esta constante interrogação das pessoas, desde a visita ao local, no século XIX, do Abade de Miragaia.

Não será descabida a hipótese de tentar localizar, no lugar do Castelo, vestígios de um povoado da Idade do Ferro. Imensos vestígios líticos encontram-se nas imediações! No Paço são abundantes os vestígios de ocupação do período romano, o que nos leva a supor estarmos (ali no Castelo) perante um «Castro Romanizado»! No lugar do Azinhate sondagens arqueológicas permitiram recolher alguns materiais dos finais da Idade do Ferro, do período Romano e ainda da Idade Média, o que leva a referenciar, naquela veiga planáltica, uma ocupação ultra-secular continuada. Aliás, a julgar por notícias recentes, a Ara votiva que se encontra na Matriz de Foz Côa, dedicada a Júpiter, teria sido oriunda deste sítio.

Nos primórdios da Nacionalidade deve a terra ter sido arrolada pela Coroa, mantendo-se durante muito tempo como «terra reguengueira». Assim se explicará a sua não dependência do então município de Numão, bem como a disponibilização e vontade de D. Dinis em lhe conceder foros e mercês.

Recebeu o seu primeiro foral de D. Dinis, que lho outorgou em 21 de Maio de 1299. Nessa época, Foz Côa compreendia os seguintes limites: para além da Vila Nova, o lugar da Veiga de Santa Maria com seu termo; o Azinhate; Aldeia Nova, que por sua vez chegava ao termo de Vale de Boi, e daí o termo ia em direcção à Portela de Anovia, Muxagata, seguindo para o Côa até ao Douro. O foral dionisino reflecte já um processo de anexação, uma vez que a descrição do termo individualiza alguns lugares. Refira-se ainda que poucas décadas antes, no reinado de D. Afonso III, o lugar da Veiga foi objecto de uma Carta de Composição entre as Câmaras de Numão e da Vilariça.

O segundo foral foi-lhe também atribuído pelo mesmo monarca, que o fez, em Lisboa, a 24 de Julho de 1314. Entre as doações fernandinas, de 1 de Fevereiro de 1371, a favor de Fernando Afonso de Zamora figura também Foz Côa. O mesmo monarca, em 1373, torna a doar as terras de Foz Côa, mas agora a Rui Vasques Fernandes. – Excerto de http://www.cm-fozcoa.pt/index.php/o-concelho/freguesias/79-concelho/freguesias/66-freguesia-de-vila-nova-de-foz-coa



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