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terça-feira, 22 de novembro de 2016

Em Lisboa – O tradicional jantar-convívio de naturais de Chãs, Foz Côa, com fados de Fernando Jorge - De um grupo de conterrâneos, que partilham as emoções e muitas das recordações da aldeia que os viu nascer, em terras de granito e de xisto, margem esquerda do Côa, distrito da Guarda, mais Douro que Beira Alta.




O Natal é  em Dezembro, daqui a mês mas já há  iluminação pelas ruas e montras apelativas, ao mesmo tempo que o  Outono, já dá ares de se querer despedir com as noites mais frias e a chuva a cair, pelo que é chegada altura se realizarem, como que antecedendo  as festas familiares mais intimas, os convívios entre amigos, camaradas de trabalho ou conterrâneos  - Foi justamente o que fez, uma vez mais, um grupo de naturais  Chãs, do distrito da Guarda,  no seu jantar tradicional, em Lisboa, não apenas os que aqui residem como alguns que quiseram deslocar-se, propositadamente, lá de longe,  para partilhar momentos de muita alegria e entusiasmo, condimentados com os fados do famoso fadista-cançonetista, Fernando Jorge, no Restaurante a Valenciana, em Campo de Ourique.





As aldeias vão-se despovoando e envelhecendo, com o Portugal profundo a tocar mais  no fundo da sua intemporalidade, a ficar mais deserto e solitário, povoações havendo,  muitos casos, em que há mais casas vazias de que habitadas, e, noutras, já nem isso há, mas somente aglomerados de  habitações de xisto ou de granito – Ainda não é o caso da freguesia de Chãs, do concelho de Vila Nova de Foz Côa, mas, pelos vistos, para lá se caminha: para o dia em que as aldeias são meras quintas ou já lugares meramente arqueológicos. – Entretanto, há que ser positivo e ir festejando a vida e o melhor que ela tem para oferecer – No fundo foi este o espírito, que norteou no tradicional  jantar natalício dos chanenses, assinalado com uma ementa gostosa e variada, em ambiente alegre e expansivo, sob a magia  dos sons dedilhados de uma guitarra e a voz castiça do fado – Parabéns, pois, aos responsáveis pela organização – Daniel Ferreira, Filipe e Carlos Sobral – Pena que o registo não pudesse ser mas expressivo, mas sem flash, foi o possível.

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