Solstício do Inverno 2015 |
solstício do Inverno - 2015 |
Duas imagens – 22 de Dezembro
2015 - da celebração do Solstício de Inverno, com poemas de Natal de António Sousa Freitas,
na Pedra Phallus impudicus, nome dos famosos cogumelos fálicos afrodisíacos –
Numa manhã fria e com muito nevoeiro. Poucos mas com a alma e o coração em
festa, enregelados mas cheios de energia.
- Este ano o Solstício de Inverno ocorre no dia 22 de Dezembro às 04h48min. Momento que assinala o início do Inverno no Hemisfério Norte, estação mais fria do ano. Esta estação prolonga-se por 88,99 dias até ao próximo Equinócio que ocorre no dia 20 de Março de 2016 às 04h30min - O fenómeno pode ser observado ao nascer do sol na pedra em dois alinhamentos nos Templos do Sol, Maciço dos Tambores, nos arredores da aldeia de Chãs, concelho de Vila Nova de Foz Côa - A meteorologia prevê céu limbo e dia de Sol
Solstícios: pontos da elíptica em que o Sol atinge as posições máxima e mínima de altura em relação ao equador, isto é, pontos em que a declinação do Sol atinge extremos: máxima no solstício de Verão e mínima no solstício de Inverno. - A palavra de origem latina (Solstitium) está associada à ideia de que o Sol devia estar estacionário, ao atingir a sua mais alta ou mais baixa posição no céu.
O ano passado a manhã acordou fria e coberta por denso nevoeiro
Castro do Curral da Pedra - a escassos metros de dois alinhamentos solsticiais: do Inverno e do Verão (este ano - também o tempo foi de frio e nevoeiro |
"STONHENGE PORTUGUÊS" - EXISTE E SITUA-SE NO MACIÇO DOS TAMBORES-MANCHEIA - Com alinhamentos sagrados para todas as estações do ano
Os
raios solares do nascer do sol, ficam em perfeito alinhamento com o
horizonte, a crista da pedra (de forma fálica) e o centro do recinto
circular . Porém, à medida que nos aproximamos do menir, naturalmente
que vemos o ângulo altear-se. É possível que existisse ali uma ou mais
pedras a balizar o centro do terreiro e que tivessem sido retiradas
para junto do muro, uma vez que todos os bocados deste maciço, até há
uns anos atrás, eram cultivados de centeio: onde não podia entrar o
arado com o macho, ia a enxada . Ainda é uma questão a pesquisar - Pois
existem pedras compridas, deitadas junto ao amuralhamento, com
características de menir. Mesmo assim, o que tive a alegria de
testemunhar, creio que é bastante convincente.
Estranhos morros, que, à primeira vista, mais lembram terra de ninguém, parda e erma paisagem de um qualquer pedaço lunar. Porém, estou certo que não haverá ninguém que, ao pisar o milenar musgo, húmido ou ressequido, daquelas tisnadas fragas, ao inebriar-se com os seus bálsamos, as subtis fragrâncias que evoluem das giestas, das ervas e pedras, volvendo o olhar em torno dos vastos horizontes que se rasgam por largos espaços, fique indiferente ao telúrico pulsar, à cósmica configuração e representação divina, que ressalta em cada fraguedo ou ermo penhasco
SOLSTÍCIO DO INVERNO É TAMBÉM A FESTA NATALÍCIA
- Referem os estudos mitológicos
que “Em várias culturas ancestrais à volta do globo, o solstício de inverno era
festejado com comemorações que deram origem a vários costumes hoje relacionados
com o Natal das religiões pagãs. O solstício de inverno, o menor dia do ano, a
partir de quando a duração do dia começa a crescer, simbolizava o início da
vitória da luz sobre a escuridão. Festas das mitologias persa e hindu
referenciavam as divindades de Mitra como um símbolo do "Sol Vencedor",
marcada pelo solstício de inverno. A cultura do Império Romano incorporou a
comemoração dessa divindade através do Sol Invictus. Com o enfraquecimento das
religiões pagãs, a data em que se comemoravam as festas do "Sol
Vencedor" passaram a referenciar o Natal, numa apropriação destinada a
incorporar as festividades de inúmeras comunidades recém-convertidas ao
cristianismo” – Excerto de http://pt.wikipedia.org/wiki/Solst%C3%ADcio
No
Planalto dos Tambores, além dos calendários solares, alinhados com os
equinócios da Primavera e do Outono e do Solstício do Verão,
existem também dois alinhamentos sagrados com o solstício do Inverno -
Um dos quais descoberto há três anos por Albano Chaves - A segunda
descoberta, ocorreu o ano passado - Contamos lá estar ao levantar da manhã.
Solstício
do Inverno – Esta é a noite mais longa do ano – porventura também uma das
mais geladas - Nós, ao nascer do sol (se estiver encoberto também o faremos)
vamos saudar a sua entrada junto à Pedra "Phallus Impudicus" em
homenagem aos fantásticos cogumelos Stinkhorn Phallus Impoudicus"
que existem por esta altura nalguns pontos dos penhascos do Maciço do
Tambores, Quebradas e Mancheia
O
SOLSTÍCIO DO INVERNO - NAS PORTAS DOS TEMPLOS DO SOL - NO PLANALTO DOS
TAMBORES - DESCOBERTO, OBSERVADO E ESTUDADO POR ALBANO CHAVES - Já
conhecíamos os alinhamentos com os Equinócios da Primavera e do Outono e
o Solstício do Inverno - única dúvida que havia, finalmente foi
desfeita.
Tal como foi dito neste site,(1) solstício do inverno nos templos do sol – albano chaves .. a descoberta do alinhamento solsticial de Inverno nas
Portas do Sol, foi observada há quatro anos e ficou a dever-se ao Dr. Albano
Chaves – O seu desenvolvido estudo, também já publicado em Inglaterra, numa
revista sobre astroarqueológica, é realmente um valioso contributo para o
conhecimento e investigação do património histórico na aldeia de Chãs, no
termo da qual se situam as famosas gravuras paleolíticas da Quinta da Barca .
Com tão interessantíssimo trabalho de investigação, concluía-se, assim, que, no
planalto do Maciço dos Tambores, conquanto não houvesse
os artistas, do mesmo gabarito dos que povoaram
o Vale do Côa, mas verdadeiros astrónomos ou cultuadores do sol e
dos ciclos das estações
EMOÇÕES INESQUECÍVEIS
Veja como viu o fenómeno, Albano Chaves:
"Não
consigo descrever a sensação e a emoção que senti ao ver o Sol surgir,
efectivamente, pela fenda que designei por 'Porta do Sol'. Eu tinha
fortes suspeitas de que isso aconteceria e os cálculos dos engenheiros
António e Miguel Lázaro assim o confirmaram, mas... como S. Tomé, quis
ver para crer, quis testemunhar pessoalmente o acontecimento. Aquele
primeiro momento em que a esfera solar, amarela e fulgurante, emergiu no
fundo da abertura, fez-me levantar os braços e bater palmas. A emoção
não esmoreceu ao seguir o movimento do Sol, elevando-se no firmamento
numa trajectória inclinada para a direita. O nevoeiro que, como algodão
em rama, enchia o Graben atrás de mim, trouxe-me por momentos algumas
preocupações, porque por vezes também cá em cima passavam ténues manchas
de nevoeiro. O nevoeiro ia subindo encosta acima, disso não restavam
dúvidas, mas nessa corrida entre o surgir do Sol e o afogamento do
planalto em espesso nevoeiro, o Sol venceu. Gloriosamente! Depois, como
que sentindo-se vencido, o nevoeiro foi-se dissipando.
A
observação do nascer do Sol neste local poderá para muitos ser uma
experiência mística, pois todo aquele afloramento granítico parece ter
sido ali colocado para receber o Sol, ou, numa outra perspectiva, para
parir o Sol nascente no primeiro dos dias em crescimento. É um duplo
nascimento: do Sol, nesse dia, e da criança que, dia após dia, não
deixará de crescer até ao Solstício de Verão.
A
deslocação lateral para a observação deste fenómeno é confortável,
porque a 'Porta do Sol' não é um ponto, mas sim uma abertura com quase 2
metros de largura, o que permite que uma fila dupla de pessoas
colocadas lado a lado, ombro a ombro, ao longo de várias dezenas de
metros sobre a linha CD testemunhe o fenómeno em simultâneo.
Passado
o inicial deslumbramento causado por este impressionante espectáculo
natural, o sacerdote, solitário, na Fonte da Tigela, encerra as
cerimónias de acolhimento do Sol"
Vídeo registado dia 22 de Junho de 2013 - No dia seguinte à entrada astronómica do Solstício do Verão
TEMPLO ALINHADO COM O PÔR-DO-SOL NO SOLSTÍCIO DO VERÃO
TEMPLO ALINHADO COM O NASCER DO SOL NOS EQUINÓCIOS
Não tinham relógios nem
calendários, como hoje os temos, mas nem por isso deixavam de saber quando uma
estação terminava e outra começava. Erguiam enormes blocos ou aproveitam-se de
outros já existentes e adaptavam-nos para as suas observações astronómicas.
Fazendo deles, além de verdadeiros monumentos, também os seus locais de culto e
de cura. Muitos caíram no esquecimento ou foram destruídos. Porém, outros,
ainda subsistem em vários pontos do Globo: o mais famoso é Stonehenge e, em
Portugal, os templos do sol, no maciço dos Tambores, aldeia de Chãs, onde são
celebrados os ciclos do ano e evocados, tempos idos.
No Maciço dos tambores, até à presente
data, foram descobertos sete alinhamentos: Pedra da Cabeleireira de Nª Senhora,
atravessada pelos raios solares do nascer do sol nos Equinócios; a Pedra
do Solstício, alinhada com o pôr do sol do Solstício do Verão; "As
Portas do Sol, alinhada com o nascer do sol do Solstício do Inverno e o pôr
do sol do Verão; Pedra Phallus Impudicus, alinhada com o nascer do sol do Solstício do Inverno ;a Pedra da Ursa Maior com as sete fossetes, alinhada com
os Equinócios e com simbologia ou enquadramento com Ursa Maior e a Pedra
Caranguejo, atravessada pelos raios solares do pôr do sol dos
equinócios
Houve um tempo, já recuado, ou seja o tempo da cultura megalítica, em que, gigantescas pedras foram erigidas e transformadas em dolmens, cromeleques, menires, megálitos, e, mais tarde - em posteriores civilizações -, toscamente estilizadas e talhadas em enormes estátuas, tais como as actualmente famosas estátuas da Ilha da Páscoa, enigmáticas figuras gigantes com os olhos voltadas ao céu, ou ainda, nos Andes, a não menos impressionante estátua de Tihahuanaco, ou da gigantesca porta do sol, talhadas num único bloco de andesite, presume-se que da cultura Asteca, expressando a mais estreita aliança entre o céu e a terra e a união do espírito com a matéria - Isto para já não falar do circulo de Stonehenge. das famosas pirâmides do Egito e de outros imponentes altares do género, noutros pontos das Américas, da Europa (Grécia, Inglaterra, por exemplo)China, Índia, e em tantos outros pontos do mundo. Os templos do sol, no afloramento granítico dos Tambores, Mancheia e Quebradas, fazem parte dessa majestosa herança.
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