Excerto de uma longa entrevista de cerca de meia hora passada de cassete para vídeo - Membro da ETA -
Confessa ter assassinado cinco homens e uma mulher - Não ao Terror e à
Guerra. Sim à Paz, à Justiça social e à Liberdade, Impressionantes afirmações de um jovem terrorista da ETA,
entrevistado em 1982, nas canárias.


Atentado ou acidente – leia também este meu post em http://www.vida-e-tempos.com/2013/11/caso-camarate-francisco-sa-carneiro.html - com este título - Caso Camarate – Francisco Sá Carneiro: atentado ou acidente? A sua morte numa perspetiva mediúnica e extrassensorial - Armadilha trai uma das personalidades mais relevantes dos inícios da nossa democracia – “Em Portugal é mais fácil pôr uma bomba a um gajo que dar um tiro na tola
Caso Camarate – A Sabotagem que Matou Sá Carneiro –
- Entrevista ao meu camarada jornalista Manuel Geraldo, já
falecido, que acredita na tese de atentado
A queda do avião em
Camarate, na noite de 4 de Dezembro, deveu-se a um atentado", lê-se nas
conclusões finais do texto, cujo deputado relator foi o social-democrata Pedro
do Ó Ramos.
“O relatório confirma
ainda "o transbordo de armas para o Irão em 1980 e a exportação de armas
para o mesmo país, pelo menos, em 1980 e 1981, mesmo após o corte de relações
comerciais e com a inexistência de autorização de exportação de armamento por
parte do Ministro da Defesa".
MAS QUE DESFAÇATEZ!.... Leia e ouça a entrevista mais à frente
“Te digo que brevemente entraremos em Portugal… Já nos hão notificado disso..…” “Não sei quem vamos matar: se é o Presidente de Portugal, no-lo sei!... O que nos dizem é que já temos as fotografias!… Pois não há nada impossível para a ETA!...” Vamos ter que fazer “um golpezito e parece que é ao Presidente da Defesa Nacional – Possivelmente devia querer referir-se ao Ministro da Defesa Nacional, Adelino Amaro da Costa, que, uns 14 meses atrás, no trágico acidente de Camarate, havia morrido com Francisco Sá Carneiro e outros elementos da comitiva. Como andava fugido, certamente que informação, que lhe fora comunicada, já havia de ter algum atraso


O vídeo tem alguns ruídos do ambiente em que a cassete foi gravada, devido ao tempo decorrido, mesmo assim não deixa de ser um testemunho impressionante e revelador do género de ações de uma organização terrorista, denominada, "Euskadi Ta Askatasuna, ETA que deixou atrás de si um rasto mais de oito centenas de mortos em quatro décadas de luta armada pela independência daquilo a que chama o Grande País Basco. Várias vezes a organização terrorista decretou tréguas mas sem nunca se chegar à paz. A última declaração de trégua surgiu no dia 5 de Setembro de 2010, quatro anos após o último cessar-fogo, que aproveitou para se rearmar. ETA, a organização terrorista pelo separatismo basco .

- Um braço armado da ETA poderá ter estado por detrás do atentado a Sá Carneiro e Amaro da Costa – Os autoproclamados operacionais do presumível atentado, alegam que se ficou a dever a impedimentos de tráfico de armas.
As causas poderão não ser apenas essas, mas também outras bem mais plausíveis, como explicaremos adiante e que poderão ter contado com apoio – indireto ou explicito – de gente com altas responsabilidades e ambições de ordem política nacional, a que já aludi noutra postagem deste site – E, portanto, o acidente de Camarate, a ser realmente atentado, como parece ter sido, não terá obedecido apenas a interesses estrangeiros mas também a uma certa sacanagem lusa engravatada.


COMEÇANDO
PELAS CONFISSÕES DE UM DOS AUTOPROCLAMADOS TERRORISTAS PORTUGUESES DO ATENTADO
“CAMARATE”

.Respondo que em Espanha arranjaria alguém da ETA para
vir cá fazer o atentado, se tal fosse necessário. Quem paga a operação e a
preparação do atentado é a Cia e o Major Canto e Castro. Canto e Castro
colabora na altura com os serviços Secretos Franceses, para onde entrou através
do sogro na época
NUMA PENSÃO DAS MAIS RASCAS - PARA DISFARÇAR



“Neste momento
as ações terroristas da ETA estão suspensas por parte dos altos dirigentes” mas
já vieram dizer “em conferência de imprensa que vão voltar à luta,
armada.. “O terrorismo é pago por altas esferas, altos industriai” (…)
Mas eu não te sei dizer quem nos paga ou quem nos dá dinheiro” (…)Eu penso
montar uma ação terrorista também por minha conta”. “Eu sou das duas “ramas” –
da ETA política militar. Estamos altamente qualificados para tudo! Temos
documentos, documentos falsos…Temos armas, temos tudo!...”diz
ETARRA -“Não me
assuste mar! Me dá pena matar mas não me assusta mar!...“Somos um grupo de
cinco etarras que atuamos por ordens superiores.” cada um com as suas funções:
“um encarrega-se dos planos, outro de fotografar os sítios, outro dos expulsivos,
fazemos tudo”
JTM - Sabes que
há muitos Etarras presos: que fazeis para os tentar libertar? – Fazemos o que
podemos, mas libertá-los é praticamente difícil.
Confessou
ter morto cinco homens e uma mulher e participado em vários roubos. “Todos os atentados
da ETA são espetaculares – disse, quando lhe perguntei qual tinha sido o
atentado mais espetacular.
Clike e ouça - Registo de há 33 anos - - O som tem algum ruído mas não deixe de ouvit
De entre as várias
entrevistas que fiz na minha vida de repórter para a rádio e imprensa (algumas
em livro)– e foram centenas, desde anónimos cidadãos, a perigosos cadastrados,
alguns no interior das cadeias outros em liberdade, legionários,
mercenários, políticos, escritores, músicos, atores, banqueiros, empresários,
militares, policias, figuras das mais diversas atividades, sim, de entre os
muitíssimos registos, muitos dos quais ainda guardo, confesso que nunca
me passou pela cabeça vir a entrevistar um terrorista assumido.

Deu-me a
entrevista, numa noite de grande festa em Las Palmas, já meio alegre mas
o bastante sóbrio para, com a maior descontração e frieza, me descrever
detalhadamente muitos dos pormenores da suas ações terroristas. Devido à
algazarra, que se verificava naquela artéria, há passagens da gravação,
que quase são ofuscadas pelo ruído ambiente – Mesmo assim é de ouvir, é
testemunho impressionante
Encontrávamo-nos
hospedado na mesma pensão – Das mais modestas de Las Palmas; eu por razões
económicas, ele para passar despercebido; para não ser facilmente identificado
pela polícia, mesmo sob a capa de identificação falsa – Pois,
naquela altura, o controlo não era tão rigoroso como nos hotéis.
Alguém lhe havia
dito que era jornalista. Aliás, foi ele que perguntou na pensão quem eu era –
Pois qual é o foragido que não olha pela sua segurança?...E não é
um observador atento?!...Filtra tudo e tudo, com olhar de lince. Sabendo, pois,
da minha profissão, ao passar por ele numa “calha” perguntou-me o
que eu tinha vindo fazer a Las Palmas, e qual razão por que tinha escolhido
aquela hospedagem. Disse-lhe que tinha vindo de Dakar, tendo ficado uns
dias para fazer umas entrevistas para a Rádio Comercial, em Portugal. A seguir
foi eu que o inquiri: - perguntando-lhe: então, e, você?... É das
Canárias? – A que ele me responde que veio de Espanha a passar aqui
“uns dias de férias” – Ou melhor, pelo que depois depreendi, para se escapar da
eventual perseguição policial, visto os outros quatro elementos do seu grupo,
já terem sido praticamente encurralados, tal como me confessou.
E foi,
então, que, às tantas, me diz pertencer a um grupo armado da ETA (político-militar).
Certamente, o cabecilha do grupo, pese o facto de ser bastante jovem. Sim, a
avaliar pelo tipo de ações violentas em que diz ter participado.
Depois de ter
percorrido várias extensões das areias escaldantes do deserto do Saara, e, pior
de que isso, o gélido arrefecimento das desérticas e continentais noites,
desde a Nigéria a Dakar, integrado num grupo de mais cinco amigos, em Land
Rover, numa espécie de réplica do Rali Paris-Dakar, com alguns dias de
descanso na capital do Senegal, seguiu-se o regresso de avião para Portugal,
depois dos jipes terem sido carregados num barco .
O Voo tinha uma
escala em Las Palmas, onde tínhamos que esperar mais dois dias por outro
avião. Só que, no momento, em que os meus colegas da expedição deixavam o
Hotel, eu respondi-lhe que ia ficar mais uns dias – “E, então, tens algum
dinheiro contigo” pergunta-me o José Videira. Respondo-lhe: Não tenho um
centavo no bolso, mas descansa que lá me hei-de desenrascar.
NO CONSULADO
DE PORTUGAL, EM LAS PALMAS
Nesse dia,
dirigi-me ao consulado português, apresentando-me como jornalista: não lhe
solicitei qualquer tipo de apoio monetário mas pedi-lhe que me desse uma
lista com o nome e a morada de alguns portugueses, depois de lhe fazer
ver que era meu desejo fazer uma reportagem na Ilha, com uma série de
entrevistas a empresários e também a outra pessoas, desde as
mais humildes às mais prósperas, radicadas em Las palmas, tendo a primeira
entrevista sido justamente com o cônsul.
Depois, tive então
oportunidade de contatar vários portugueses: almocei na barraca de um
ex-legionário, do distrito de Viseu, que, depois de ter deixado o “Terço da
Legião” de Forteventura, juntou-se a uma repagaria da ilha, optando por ficar
por lá. Pude também ir ao quartel da Legião, em Las Palmas, a título de me
querer alistar, com o fito de entrevistar os soldados portugueses, que
ali se encontravam presos, por deserção, o que consegui, com algum tato,
entrevistas que conto vir também editar em vídeo. Fui recebido em casa do
empresário português, mais bem sucedido nas Canárias, dono de uma fábrica de
tabaco, que, depois de jantar, me levou a visitar as melhores discotecas da
capital, podendo mesmo ter entrado de sapatilhas, o que, noutras
circunstâncias, nunca seria autorizado.

Fiz-lhes com ambos uma longa e curiosa entrevista, e, sabendo dos
apuros económicos em que me encontravam, generosamente me ajudaram, já não
tendo de pernoitar na rua, como já estava a prever, mas na dita pensão
económica, onde estava hospedado o jovem terrorista da ETA. Além dele,
entrevistei vários artistas e intelectuais da ilha, dirigentes dos vários
partidos e alguns populares.
O
CONTROVERSO E "MÍSTICO" JOSÉ ESTEVES - Em Portugal é mais fácil
colocar uma bomba de que dar um tiro"

Este
certamente o principal móbil do atentado e não o do comércio de armas, pois
qual é o dirigente liberal que
se ia opor aos desígnios americanos? – Além disso, comprovar-se a sua
intervenção, ali também terá havido mão mais hábil e experiente de que a de
José Esteves ou do recitado à ultima hora Carlos Miranda – Ambos são do meu
tempo militar. Fui furriel miliciano dos comandos, em Angola, e ali, em minas
em armadilhas, ainda não se aprendiam conhecimentos que pudessem colocar
engenhos ao retador em aviões, avionetas ou até em carros, senão quando
instantaneamente pisados. Ora, a avioneta ainda levantou voo, pelo que
dificilmente podia ser estoirada por rebentamento instantâneo. É que nem sequer
levantava as asas, quando mais ainda correr a pista e levantar umas
centenas à frente – Obviamente que tais conhecimentos só poderiam ser da
posse de organizações terroristas mais experimentadas – E parece ser o que nos
confirma a entrevista que nos deu, em Las Palmas,

AINDA OUTROS PORMENORES DA AUTO-PROCLAMADA HEROICIDADE
CRIMINOSA
Em finais de
1982, pelas informações que vou obtendo na Embaixada dos EUA, em Lisboa,
verifico que se fala de nomes concretos de personalidades americanas com tendo
estado envolvidas em tráfico de armas que passava por Portugal. Pergunto então
a William Hasselberg como sabem destes nomes.
Depois já
na sobremesa, juntam-se a nós o General Diogo Neto, o Coronel Vinhas, o Coronel
Robocho Vaz e Paulo Cardoso, onde se refere novamente a necessidade de se
afastarem alguns obstáculos existentes ao negócio de armas. Todos estes
elementos referem a Frank Caducci que eu sou a pessoa indicada para a
preparação e implementação desta operação. Excerto de AQUI
TAILÂNDIA: CONFISSÃO DO CHACAL: "ATENTADO .
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