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sábado, 11 de abril de 2015

Vistos Gold em Foz Côa? – “Agora há que arrebanhar por todo o lado” “.Daqueles cinco mil… dou-lhe um bocadinho, qualquer coisa para ele ficar contente. – Afirmações de António Figueiredo, presidente dos Registos e Notariado, nas escutas telefónicas pelo MP – Diz a SIC

Não é surpresa alguma que o liberalismo selvagem (com a cumplicidade de políticos e de  funcionários públicos corruptos) pretenda arrebanhar tudo  - não olhando  a meios para atingir os sórdidos fins – Os tempos vão de vento em popa aos oportunistas e sacadores
 .

Jorge Trabulo Marques - Jornalista   c


Há  uns meses, perguntei ao Eng. Patrício, actual presidente da Cooperativa dos Olivicultores de V.N. de Foz Côa,  se tinha conhecimento de que haveria ocidentais  interessados na compra da Cooperativa  – Respondeu-me, que nem o administrador da insolvência. nem ninguém lhe havia dito nada; que se sentia tranquilo, que a  Cooperativa estava a cumprir com as suas obrigações, pagando aos sócios, que lá depositavam as suas colheitas da azeitona e aos credores. "Mas, acautele-se: pode haver alguma armadilha à sua revelia, sem saber” –Ah! Estou tranquilo! Não há problema”

Afinal, a avaliar pelas últimas noticias da SIC,  o cerco podia também ter começado pela adega (extinta adega cooperativa, que chegou a pertencer à mesma direção da Cooperativa dos Olivicultores, gerida pelo mesmo administrador de insolvência ), atualmente propriedade da empresa Mateus & Sequeira, agora num posterior eventual negócio através de um tal António Figueiredo, natural de João da Pesqueira.

Por cada negócio, diz o tribunal, António Figueiredo embolsava cinco mil euros. As escutas telefónicas não levantam dúvidas aos juízes da Relação

(…)“Depois se for preciso eu dou-lhe alguma coisa, tá a ver?... Daqueles cinco mil… dou-lhe um bocadinho, qualquer coisa para ele ficar contente.

Em Maio do ano passado, Figueiredo telefona a Vasco, alegado vendedor da adega de Foz Côa, queria saber o preço, tinha um empresário chinês  interessado - O valor foi fixado: dois milhões e meio de euros . O então Presidente do IRN propõe: 45% para o Mateus, 45%  para o chinês, 5% para o Zhu e 5% -  para o próprio. Ou seja, contas feitas, a cota de Figueiredo, seria de 120 mil euros. - Mais pormenores em
António Figueiredo terá recebido muito dinheiro no negócio dos vistos Gold


 ADEGA DE FOZ CÔA NA MIRA OCIDENTAL? – PARA COMPETIR COM OS ANGOLANOS NA REGIÃO DO DOURO?  

A bem dizer, nenhuma surpresa  -, com a venda do património público a saldo e ao desbarato a estrangeiros  (e também a algum compadrio partidário)  ao menos haja empresários nacionais astutos  que lucrem com a venda das suas empresas – Conquanto estas possam vir a ganhar outro fôlego, serem melhor geridas e não passem apenas de meros negócios especulativos ou branqueamento de capitais - Seria este um dos raros casos exemplares? - É o que fica por saber.
 
Tal como já referimos, ainda recentemente noutro post, é  sabido que a venda da extinta adega cooperativa - através de um polémico processo de insolvência, que não satisfez nem credores nem associados - Mas isso é já passado - Agora, porque não  -Mateus & Sequeira - se assim o entender, não poder  lucrar com a sua venda?! - Se lhe aparecer um chinês com uma pipa de milhões?  Não é  assim que Portugal se desfaz dos seus bens?!....




 A questão condenável ou questionável  não será  tanto esta, que já entrou nos costumes dos jogos  do
capitalismo internacional em todo o seu brutal esplendor
mas na ousadia das jogadas de cumplicidades a montante,  as politicas que promovem  um liberalismo apátrida e sem escrúpulos, a  falta de ética e de vergonha de quem propôs o negócio - estando num cargo publico - e usa as funções para mercantilizar, tirar dividendos pessoais.

Pelos vistos, não são apenas os angolanos, através de  Isabel dos Santos ( a empresária que já comprou uma enorme vinha no termo de Vila Nova de Foz Côa, abrangendo as freguesias de Castelo Melhor e de Almendra), também, a outros interessados,  parece despertar a excelente qualidade dos vinhos do Douro superior, região onde se produzem os famosos vinhos Barca Velha - Se os investimentos  forem vistos por esta perspectiva, nada do outro mundo. O mau é a duvidosa origem dos milhões - Diz-se que os cifrões não têm cor nem rosto mas têm, por exemplo,  os milhões de esfomeados num grande país como é Angola, donde o dinheiro vem - Mas não só lá: dizem estudos que, "atualmente, existem  15 milhões de crianças com fome nos EUA. Destas, 1,5 milhões não tem casa. Com efeito, na lista de países que melhor protegem as suas crianças, a UNICEF coloca os EUA abaixo da Grécia e apenas duas posições acima da Roménia"

 NEGÓCIO DA CHINA – OPORTUNIDADE PERDIDA? - A Adega de Foz Côa, que volta a ser notícia, embora comprada quase dada, poderá  não vir a revelar-se um bom negócio para, Mateus &  Sequeira, pese as  obras e o investimento, ali levado a cabo – Além da larga experiência no sector, que já conta numa grande unidade em  João da Pesqueira. É que, se o prestígio e a confiança, nas pessoas ou instituições, é  coisa lenta e demorada, o mesmo não acontece quando a queda é abrupta e desastrosa. Pelo  que não vai ser fácil que, tão depressa, volte a ter o mesmo dinamismo de outros tempos - Daí não nos surpreender que a sua venda esteja no horizonte  - a curto ou a médio prazo – pelos seus atuais detentores

ACABOU-SE A ÁRVORE DAS PATACAS DE  MACAU, VIERAM OS VISTOS GOLD 

Macau foi a maior fonte de corrupção do período colonial  e mesmo pós 25 de Abril, até este enclave ser devolvido à China – Quem já não se lembra do famoso fax que tramou Melancia?  - Pois bem, Macau é já apenas um ponto minúsculo num grande continente que é a China, integrado nas plataformas dos interesses milionários do  liberalismo internacional, E, pelo que se depreende,  com ramificações  e tenebrosos tentáculos também em Portugal   - Quem lucra com este desaforo mercantilista e falta de vergonha de políticos e  servidores públicos? – Obviamente que não será o mexilhão. 


ACAUTELAM-SE DOS VINHOS EUROPEUS - ERA O QUE A EUROPA DEVIA FAZER COM A INVASÃO DAS SUAS LOJAS



"Os produtores de vinho chineses acusam os produtores da União Europeia de inundarem o mercado chinês com vinhos baratos e de fraca qualidade. A Associação de Bebidas Alcoólicas da China pediu ao Ministério do Comércio daquele país para investigar e também para saber se os subsídios atribuídos aos produtores de vinhos europeus representam concorrência desleal para a produção nacional.. ....Chineses denunciam a concorrência desleal dos vinhos europeus 

MORTE ANUNCIADA DE UMA ADEGA - SEMPRE É MAIS FÁCIL LEILOAR DE QUE PUGNAR PELA VIABILIDADE ECONÓMICA - EXIGE MENOS ESFORÇO E HÁ SEMPRE QUEM ESPREITE A SUA OPORTUNIDADE


O que se passou com a Adega Cooperativa de Vila Nova de Foz Côa, é do conhecimento geral: nasceu, cresceu, prosperou e morreu. 

Chegou a ser uma das unidades cooperativas mais sólidas e produtivas da região duriense. Após ter sido declarado o seu colapso financeiro, se estava mal, pior ainda ficou: os novos corpos gerentes, que assumiram a responsabilidade da sua recuperação, dispuseram de facilidades de crédito durante três anos, mas não fizeram mais que avolumarem os débitos, protelar a  sua morte, deixando-a completamente de pantanas.  Não pagaram a credores e nem  sequer  a todas as pessoas que lá depositaram as uvas, ainda na sua gestão  – Um dos meus familiares, conheceu essa amarga experiência. O IVP garantia o pagamento do vinho generoso, a quem lá depositasse as uvas,  mas ainda hoje não se sabe  onde pára o cheque. 
 DUAS COOPERATIVAS QUE ESTIVERAM COM A CORDA NA GARGANTA: UMA SUCUMBIU, OUTRA GANHOU FÔLEGO E ENDIREITOU- SE  -MAS SERÁ QUE ESSE O CAMINHO QUE INTERESSA ÀS INSOLVÊNCIAS?


 Vai para seis  anos que, o Engº Agrário José António Arrepia Patrício, logrou levantar a Cooperativa dos Olivicultores de vila Nova de Foz Côa, assombrada por dívidas e sob a ameaça da insolvência, conduzindo-a a uma situação praticamente estável. Pagando a credores e aos sócios que nela depositam  as  colheitas da sua azeitona e  confiam na sua gestão – E, sublinhe-se, quase numa luta solitária, depois de outros terem voltado as costas, procedendo à reparação e remodelação do equipamento, criando novas linhas engarrafamento, com rótulos e embalagens, onde é apresentado um  azeite de primeiríssima qualidade, que é  um verdadeiro oiro dos deuses. 



NA CORDA BAMBA? "Cooperativa de Olivicultores de V. N de Foz Côa não tem viabilidade e deve ser dissolvida - administrador de insolvência"  - Defendeu Admar Leite, o mesmo Sr. que optou pelo leilão da Adega Cooperativa.

06/03/2009 (…) Ademar Leite, Administrador de Insolvência, entregou uma relação provisória de créditos reclamados no valor de cerca de 4,5 milhões de euros, por entidades como a Adega Cooperativa de Vila Nova de Foz Côa (no valor de 1,53 milhões de euros), e as entidades bancárias como o BCP, BES, Caixa Geral de Depósitos e Finibanco, este ultimo, o maior credor bancário, de duas hipotecas no valor de 1,27 milhões de euros.

(…)Logo no início da sessão, a juíza Ana Barão tinha anunciado a entrada de última hora, de um requerimento da Direcção da Cooperativa de Olivicultores de Vila Nova de Foz Côa, que suscitou dúvidas quanto as condições de nomeação do Administrador de Insolvência pelo Ministério Público, pelo facto deste ser o mesmo no processo de insolvência da Adega Cooperativa de Foz Côa. V. N. Foz Côa Cooperativa de Olivicultores não tem ... - Visão

 
CARGO ARRISCADO OU MUITO DISPUTADO?... ADEMAR LEITE A ESTRELA DOS INSOLVENTES

Ademar Leite tem liderado os processos de insolvência mais mediáticos - Um dos quais foi o processo de insolvência da de a  Marsans, uma das muitas empresas que adensam as listas de processos nos tribunais portugueses. 

(..) “Em Julho, ainda nem a insolvência tinha sido decretada judicialmente, dois administradores de insolvência pediram ao Tribunal do Comércio de Lisboa que os nomeassem para acompanhar o caso, argumentando "competência, habilitações e experiência profissional". Nenhum deles foi escolhido.

A juíza acabou por nomear Ademar Leite, um administrador de insolvência de 58 anos, que tinha sido recomendado ao tribunal pela própria Entremares.” 

(...) A falta de transparência destas nomeações é uma das muitas fragilidades da profissão, que, apesar de indispensável face ao disparar de casos de empresas em dificuldades, perdeu, em pouco mais de uma década, 900 trabalhadores. Muitos foram desistindo, à espera que a legislação que regulamenta a selecção dos administradores de insolvência fosse aplicada. In .Eles decidem se as empresas vivem ou morrem 

SENHORES DE QUASE PODER ABSOLUTO –

Os administradores de insolvência ganharam protagonismo com as dificuldades financeiras das empresas” Referia o PÚBLICO, num artigo assinado por Raquel Almeida Correia, em 24/10/2010 - 13:50, intitulado, Eles decidem se as empresas vivem ou morrem – E, pelos vistos, os processos que se arrastam pelos Tribunais, é mais uma mera formalidade. Eles continuam a ser o grandes senhores e decisores da vida ou morte das empresas.  E a sua escolha  - segundo referia o mesmo artigo, deixa muitas dúvidas  “A falta de transparência destas nomeações é uma das muitas fragilidades da profissão, que, apesar de indispensável face ao disparar de casos de empresas em dificuldades, perdeu, em pouco mais de uma década, 900 trabalhadores. Muitos foram desistindo, à espera que a legislação que regulamenta a selecção dos administradores de insolvência fosse aplicada
de nomeação do Administrador de Insolvência pelo Ministério Público, pelo facto deste ser o mesmo no processo de insolvência da Adega Cooperativa de Foz Côa. V. N. Foz Côa Cooperativa de Olivicultores não tem ... - Visão

 ANGOLA E PORTUGAL - ONDE A MISÉRIA E AS DESIGUALDADES SOCIAIS MAIS TÊM CRESCIDO


Há pelo menos 300 mil pessoas a passar fome em Portugal ..HAVIA EM 2010 - E AGORA AINDA MUITO MAIS COM O DESEMPREGO A GALOPAR? ----Taxa de desemprego em Portugal é a pior da OCDE---....Aumentam os casos de fome em Portugal - Portugal...FOME EM PORTUGAL, O PIOR ESTÁ PARA VIR Nova lei de arrendamento abre a porta ao despejo de 100 mil famílias


 

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