Jorge Trabulo Marques - Jornalista C
"César Figueiredo da Silva (1904- 1998), natural do Monte do Fundeiro, da Vila de Oleiros, Castelo Branco, Aos 13 anos de idade, veio para Setúbal, onde, anos depois, já adulto, mas ainda jovem, se estabeleceria como merceeiro, criando a “Confiança de Troino”, que manteve até 1983, altura em que a trespassou por motivos de saúde

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Mercearia Confiança do
Troino, uma das mais antigas de Setúbal, situada na
Praça Machado dos Santos,
antigo Largo da Fonte Nova, em Setúbal, fundada em 1926, recuperada para museu e espaço
cultural,
desde o principio do ano. A qual, pela
singularidade revelada, sim, por
documentar profusamente uma certa
época, já atraiu
uma equipa de filmagens
para uma telenovela, com uma cena que
decorre no bairro da Fonte Nova, vizinha da
Troino, “cuja origem se atribui a indivíduos vindos de Tróia no século
XIII, nas cercanias do Convento, onde estão instaladas as freiras da
congregação de Madre Teresa de Calcutá”.
Espaço cultural este que evoca costumes e traz à lembrança muitas estórias que os mais velhos gostam de reviver e os mais novos de ouvir contar – Pelo que se antevê, palco de agradáveis momentos culturais e de convívio, tal como sucedeu agora com a apresentação "Do Mapa Cor de Rosa à Europa do Estado Novo// Diplomacias, macroeconomia.. e ainda o colonato judaico para Angola, de autoria do jornalista e escritor Álvaro Henriques do Vale, à roda de um grupo de amigos e curiosos., ao mesmo tempo que iam petiscando uns saborosos nacos de presento e um nutritivo pão, acompanhados de pastéis de nata e um vinho da região, a condizer.
Espaço cultural este que evoca costumes e traz à lembrança muitas estórias que os mais velhos gostam de reviver e os mais novos de ouvir contar – Pelo que se antevê, palco de agradáveis momentos culturais e de convívio, tal como sucedeu agora com a apresentação "Do Mapa Cor de Rosa à Europa do Estado Novo// Diplomacias, macroeconomia.. e ainda o colonato judaico para Angola, de autoria do jornalista e escritor Álvaro Henriques do Vale, à roda de um grupo de amigos e curiosos., ao mesmo tempo que iam petiscando uns saborosos nacos de presento e um nutritivo pão, acompanhados de pastéis de nata e um vinho da região, a condizer.
Os tempos de agora vão de vento em popa para os hipermercados e o liberalismo monopolista, que gera desigualdades sociais, mata postos de trabalho e propicia aos ricos ficarem cada vez mais ricos e os pobres ainda mais pobres.
Diz o herdeiro de uma dessas
velhas mercearias, que o negócio agora já não tem viabilidade. Os hábitos
alteraram-se. Mas há um passado, com a sua história e que não deve ser
esquecido, pelos mais novos. – Sim, a
figura do antigo merceeiro, não era só a do vendedor de géneros
alimentícios mas também o homem a quem
competia aferir comportamentos sociais, das pessoas que tinham que ter um
carimbo da mercearia para atestar o seu grau de idoneidade, nomeadamente para
os contratos de rendas de casas, de água e eletricidade, era praticamente uma instituição – E é justamente esta e outras memórias que, Eduardo Silva, antigo professor do liceu, engenheiro químico-industrial
aposentado da papeleira Inapa, aos 75
“anos, decidiu preservar.
Melhores dias chegaram e, desses tempos ficou a
traça e o estilo de vida dos habitantes locais, cujo dia a dia passava pela
mercearia. Todo esse modus vivendis da mercearia e seu quotidiano é hoje
inspiração para novas actividades ligadas à gastronomia e ao convívio e
tertúlias, como ocaso da antiga Drogaria Ideal, perto de
Santos, ou a Mercearia Mimosa da Lapa.
A um canto, vê-se a máquina vermelha de moer café
ou “uma mistura popular mais barata, com chicória e cevada”. Fabricado em
Algés, na antiga Estrada da Carapuça, em finais dos anos de 1920, o moinho de
café funciona com duas mós em granito, explica-nos. Numa vitrine, a foto dos
fundadores, César Figueiredo da Silva e Maria Helena Machado da Silva, onde se
encontram os instrumentos, com pesos e medidas, e a primeira máquina
calculadora, o sinete da casa usado nas cartas registadas. César nasceu em 1904
e, em 1986, deixaria o negócio aos 84 anos, trespassando a loja, que se manteria
em actividade até 2011” –Excerto de Mercearia do Troino... desde 1926, recuperada para museu
“Mais de 640 mil crianças e
jovens na pobreza” – Fora o que as estatísticas de desemprego não conhecem ou não dizem
Referem as últimas noticias que,"Portugal
é o país da União Europeia onde o risco de exclusão mais subiu. Cáritas diz que
direitos dos mais novos não estão garantidos.
Entre 28 estados-membros,
Portugal foi o país da Europa onde o risco de pobreza ou de exclusão social
mais aumentou: 2,1 pontos percentuais (pp), para os 27,5%, em contraciclo com a
União Europeia (UE), que registou uma ligeira descida (0,2 pp), para os 24,5%.
Isso mesmo revela o "Relatório da Crise da Cáritas Europa 2015 - O aumento
da pobreza e das desigualdades", que é apresentado esta quarta-feira, em
Lisboa, pelo secretário-geral daquela organizaçãoMais
de 640 mil crianças e jovens na pobreza - JN
SETÚBAL – LONGE VÃO OS TEMPOS ÁUREOS DA PRINCESA DO SADO
Longe vão os dias em que as fábricas setubalenses funcionavam e proporcionavam milhares de postos de trabalho. Pagos a preços miseráveis, é certo, mas ao menos ainda havia algo em que lançar a mão para sobreviver.
Agora, os que lá se descobre, são os escombros das antigas unidades industriais. Assim sendo, com governantes, apátridas, com a privatização e entrega das melhores empresas públicas aos estrangeiros, privilegiando politicas que unicamente visam o favorecimento do acumular de riqueza por uns poucos em detrimento a grande esmagadora maioria da população, dir-se-á que os lusitanos estão em vias de extinção. Em consequência o desemprego e a diminuição da natalidade, havendo mais velhos de que jovens. Pois quem é que pode arranjar uma casa e ter filhos, se está desempregado ou não tem garantias no trabalho? Muitas aldeias, já completamente desabitadas, outras onde já não se registam nascimentos há vários anos – Atualmente, os elevados índices de desemprego, de quem já não tem com que matar a fome, não só atingem, drasticamente, a capital sadina, onde o desespero vai bater às portas das igrejas e centros sociais, como em todo o país. Mas é em Setúbal onde os dramas sociais mais se têm feito sentir.
E quem não se lembra dos apelos dramáticos do
Bispo de Setúbal – O grave é que, a situação estendeu-se vai de norte a sul:
Tal como ele denunciava, em Novembro de
2012, “Portugal está atualmente a viver
uma situação idêntica à que se vivia em Setúbal nos anos 80, existindo cada vez
“mais pobres, mais pessoas sem pão, sem trabalho, sem casa”, alerta o bispo
emérito de Setúbal, D. Manuel Martins. “Os mais pobres não têm outra
alternativa senão gritar bem alto para serem ouvidos”, Bispo
emérito de Setúbal: portugueses devem “gritar bem alto para serem ouvidos .
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