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domingo, 21 de dezembro de 2014

Solstício do Inverno 2014 é hoje – Esta é a noite mais longa do ano no hemisfério Norte – Nos arredores da aldeia de Chãs, também existem dois alinhamentos solsticiais pré-históricos assinalando a entrada do Inverno




                                                      Jorge Trabulo Marques 


                                                             

                                                Video editado em 22-12-2023

 

Editadas algumas imagens e vídeo pós publicação deste post -) Manhã fria, imersa em denso nevoeiro. Não havia sol mas nem por isso deixámos de celebrar a entrada do Inverno  - A estação que marca o fim de um ciclo e o começo de outro. Estivemos no recinto da Pedra "Phallus Impudicus", situada a escassos metros do Castro do Curral: alinhamento sagrado pré-histórico, cuja crista está  direcionada com o nascer do sol do solstício do Inverno. Mesmo sem o esplendor da luz solar, lemos alguns excerto de um dos maravilhosos poemas de Guerra Junqueiro Oração à Luz -  O poeta que nasceu em Freixo de Espada à cinta, não muito longe destes ermos penhascos 
Tal como prometemos: não houve sol mas estivemos lá - aqui fica o registo



No Planalto dos Tambores, além dos calendários solares, alinhados com os equinócios da Primavera e do Outono e do Solstício do Verão,  existem  também dois alinhamentos sagrados com o solstício do Inverno - Um dos quais descoberto há três anos por Albano Chaves - A segunda descoberta, ocorreu o ano passado - Contamos lá estar ao levantar da manhã. 
 
Solstício do Inverno – Esta é a noite mais longa do ano –  porventura também uma das mais geladas - Nós, ao nascer do sol (se estiver encoberto também o faremos) vamos saudar a sua entrada junto à Pedra "Phallus Impudicus" em homenagem aos fantásticos cogumelos Stinkhorn Phallus Impoudicus"  que existem por esta altura nalguns pontos dos penhascos do Maciço do Tambores, Quebradas e Mancheia 



SOLSTÍCIO DO INVERNO É TAMBÉM A FESTA NATALÍCIA 


- Referem os estudos mitológicos que “Em várias culturas ancestrais à volta do globo, o solstício de inverno era festejado com comemorações que deram origem a vários costumes hoje relacionados com o Natal das religiões pagãs. O solstício de inverno, o menor dia do ano, a partir de quando a duração do dia começa a crescer, simbolizava o início da vitória da luz sobre a escuridão. Festas das mitologias persa e hindu referenciavam as divindades de Mitra como um símbolo do "Sol Vencedor", marcada pelo solstício de inverno. A cultura do Império Romano incorporou a comemoração dessa divindade através do Sol Invictus. Com o enfraquecimento das religiões pagãs, a data em que se comemoravam as festas do "Sol Vencedor" passaram a referenciar o Natal, numa apropriação destinada a incorporar as festividades de inúmeras comunidades recém-convertidas ao cristianismo” – Excerto de http://pt.wikipedia.org/wiki/Solst%C3%ADcio




 
O "STONHENGE PORTUGUÊS" - EXISTE E SITUA-SE NO MACIÇO DOS TAMBORES-MANCHEIA - Com alinhamentos sagrados para todas as estações do ano

 Se as condições do tempo o permitirem, o alinhamento pode observar-se cerca das 08.30 Os raios solares do nascer do sol, ficam em perfeito alinhamento com o horizonte, a crista da pedra (de forma fálica) e o centro do recinto circular .

PEDRA FÁLICA A CURTA DISTÂNCIA DO CASTRO DO CURRAL DA PEDRA E ALINHADA COM O NASCER DO SOL DO SOLSTÍCIO DO INVERNO - É MAIS OUTRA DAS MARVILHAS NOS TEMPLOS DO SOL


Os raios solares do nascer do sol, ficam em perfeito alinhamento com o horizonte, a crista da pedra (de forma fálica) e o centro do recinto circular . Porém, à medida que nos aproximamos do menir, naturalmente que vemos o ângulo altear-se. É possível que existisse ali  uma  ou mais pedras  a balizar o centro do terreiro e que tivessem sido retiradas para junto do muro, uma vez que todos os bocados deste maciço, até há uns anos atrás, eram cultivados de centeio: onde não podia entrar o arado com o macho, ia a enxada . Ainda é uma questão a pesquisar - Pois existem pedras compridas, deitadas junto  ao amuralhamento, com características de menir. Mesmo assim, o que tive a alegria de testemunhar, creio que é bastante convincente.  



Trata-se, com efeito, da mais recente descoberta. O ano passado ia para observar o chamado alinhamento solsticial do Inverno das Portas do Sol, descoberto por Albano Chaves (cujos estudos foram editados neste site), acabei por nos aperceber também de um outro a curta distância. De resto, a singularidade dessa pedra, também já me havia suscitado a curiosidade pelo que, indo já de sobreaviso, ainda  logrei arranjar tempo para confirmar a minha   intuição. Se puder associar-se, não falte. Certo de que não se arrependerá. Depois do sol levantar, também rapidamente as geadas se dissipem, ou nevoeiros se os houver, antevendo-se que surja  um dia bonito. O problema maior seria a chuva ou o céu nebulado mas a meteorologia dá-nos indicações de um céu  limpo e descoberto, com o astro-rei a saudar a entrada do dia mais pequeno do ano
 

O SOLSTÍCIO DO INVERNO - NAS PORTAS DOS TEMPLOS DO SOL - NO PLANALTO DOS TAMBORES - DESCOBERTO, OBSERVADO E ESTUDADO POR ALBANO CHAVES - Já conhecíamos os alinhamentos com os Equinócios da Primavera e do Outono e o Solstício do Inverno - única dúvida que havia, finalmente foi desfeita.

Tal como foi dito neste blogue, anterior site site, https://templosdosol-chas-fozcoa.blogspot.com/2012/03/1-solsticio-do-inverno-nos-templos-do.html a descoberta do alinhamento solsticial de Inverno nas Portas do Sol, foi observada há três anos e ficou a dever-se ao Dr. Albano Chaves – O seu desenvolvido estudo, também já publicado em Inglaterra, numa revista sobre astroarqueológica, é realmente um valioso contributo para o conhecimento e investigação do património histórico na aldeia de Chãs, no termo da qual se situam as famosas gravuras paleolíticas da Quinta da Barca . Com tão interessantíssimo trabalho de investigação, concluía-se, assim, que, no planalto do Maciço dos Tambores, conquanto não houvesse  os  artistas, do mesmo  gabarito dos  que povoaram o  Vale do Côa, mas verdadeiros astrónomos ou cultuadores do sol e dos ciclos das estações




 EMOÇÕES INESQUECÍVEIS 

Veja como viu o fenómeno, Albano Chaves:


"Não consigo descrever a sensação e a emoção que senti ao ver o Sol surgir, efectivamente, pela fenda que designei por 'Porta do Sol'. Eu tinha fortes suspeitas de que isso aconteceria e os cálculos dos engenheiros António e Miguel Lázaro assim o confirmaram, mas... como S. Tomé, quis ver para crer, quis testemunhar pessoalmente o acontecimento. Aquele primeiro momento em que a esfera solar, amarela e fulgurante, emergiu no fundo da abertura, fez-me levantar os braços e bater palmas. A emoção não esmoreceu ao seguir o movimento do Sol, elevando-se no firmamento numa trajectória inclinada para a direita. O nevoeiro que, como algodão em rama, enchia o Graben atrás de mim, trouxe-me por momentos algumas preocupações, porque por vezes também cá em cima passavam ténues manchas de nevoeiro. O nevoeiro ia subindo encosta acima, disso não restavam dúvidas, mas nessa corrida entre o surgir do Sol e o afogamento do planalto em espesso nevoeiro, o Sol venceu. Gloriosamente! Depois, como que sentindo-se vencido, o nevoeiro foi-se dissipando.
A observação do nascer do Sol neste local poderá para muitos ser uma experiência mística, pois todo aquele afloramento granítico parece ter sido ali colocado para receber o Sol, ou, numa outra perspectiva, para parir o Sol nascente no primeiro dos dias em crescimento. É um duplo nascimento: do Sol, nesse dia, e da criança que, dia após dia, não deixará de crescer até ao Solstício de Verão.
A deslocação lateral para a observação deste fenómeno é confortável, porque a 'Porta do Sol' não é um ponto, mas sim uma abertura com quase 2 metros de largura, o que permite que uma fila dupla de pessoas colocadas lado a lado, ombro a ombro, ao longo de várias dezenas de metros sobre a linha CD testemunhe o fenómeno em simultâneo.
Passado o inicial deslumbramento causado por este impressionante espectáculo natural, o sacerdote, solitário, na Fonte da Tigela, encerra as cerimónias de acolhimento do Sol"

O QUE DIZEM AS NOTICIAS - O inverno começa no domingo no hemisfério norte, um momento de celebrações ao longo da história ao qual se associou o Natal, e chega às 23:03, numa fria noite, ainda que celebre o sol.

A estação mais fria do ano, o inverno chega com todos os pergaminhos. Sem chuva, mas com temperaturas que podem atingir valores negativos na região interior norte, com valores máximos que não irão além dos 19 graus (arquipélago da Madeira), segundo as previsões do Instituto Português do Mar e da Atmosfera. 

O solstício de inverno assinala também o dia mais curto do ano e a partir do qual os dias começam gradualmente a ser maiores. Será um domingo com sol de pouca dura, nascendo às 07:51 e pondo-se às 17:19. Uma semana depois, já se põe quatro minutos mais tarde- excerto de Solstício de inverno chega domingo numa noite fria



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