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quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Recordando Amália Rodrigues e o poeta David Morão Ferreira - com o seu filho João David Ferreira - Em tempo de memória, lembrando a entrevista mais íntima da fadista mais famosa de Portugal - E assim desanuviar o ambiente polémico das últimas postagens


A imagem, acima  (um flagrante de filho e pai) foi registada no dia do lançamento da fotobiografia de Amália Rodrigues,  uma Estranha Forma de Vida, de autoria de Luís Pavão dos santos, livro apresentado na Adega Machado, de que possuo um exemplar autografado por Amália e do autor




Hoje,   lembrei-me  de aqui dedicar esta página ao poeta, David Mourão Ferreira e ao seu  filho David Ferreira, com quem  tive o grato prazer de conviver - e de entrevistar para a extinta RDP-Rádio Comercial



E também recordar um dos mais curiosos episódios da minha carreira jornalística em casa da mais famosa fadista de Portugal - Que  um amável gesto de Amália,  registado para a posteridade, na imagem ao lado, no dia em que fizemos as pazes, pacificava definitivamente. Sim, a respeito  de uma entrevista da sua vida artística e pessoal, que me concedeu em sua casa, para o jornal Tal & Qual,  na sequência com  outras personalidades, tais como a Carlos Botelho, Simone de Oliveira, Ary dos Santos, entre outras figuras,  subordinada ao tema:  - "a primeira vez". Que não cheguei no entanto até hoje a divulgar, por respeito à sua vontade. Porém, embora mais tarde, num reencontro, com o repórter, por altura do lançamento da sua biografia, Estranha Forma de Vida,  reconhecesse que não havia razões para ficar preocupada, me autorizasse a divulga-la, mesmo assim decidi não o fazer. Mas, de facto, já constatei que, acerca do mesmo assunto,  numa entrevista a Felícia cabrita, era se referira também a algumas dessas questões mais íntimas, pelo que entendo  ser mais um documento interessante da sua vida – para estúdios e admiradores., que, certaente, num dias destes divulgarei, visto ter ainda comigo  o registo gravado, a que me refiro neste site em romance no sheraton lisboa hotel e a fuga da casa da Amália  

 VÍDEO DA ENTREVISTA QUE ME CONCEDEU

   


AMÁLIA É O HETERÓNIMO DE PORTUGAL - DISSE O POETA
Disse naquela sessão, Davide Mourão Ferreira "Este é o livro do sorriso da Amália. Eu creio que se podia fazer um estudo sobre o sorriso da Amália. Porque, o sorriso de Amália exprime, simultaneamente, o que em nós há de sorridente e de triste. Porque, mesmo por baixo do não sorriso, vislumbramos dentro, o sorriso que tem sido como a voz , evidentemente, e com todo o fascínio da sua presença, um dos grande segredos do mito que é a Amália, do milagre que é a Amália e da grande sorte de todos nós sermos seus contemporâneos"
"Este livro leva-nos até à infância de Amália. Revive os lugares, as pessoas e, sobretudo, é um documento indispensável para compreendermos precisamente o seu extraordinário percurso"
 






É varina, usa chinela,
tem movimentos de gata;
na canastra, a caravela,
no coração, a fragata.

Em vez de corvos no chaile,
gaivotas vêm pousar.
Quando o vento a leva ao baile,
baila no baile com o mar.

É de conchas o vestido,
tem algas na cabeleira,
e nas velas o latido
do motor duma traineira.

Vende sonho e maresia,
tempestades apregoa.
Seu nome próprio: Maria;
seu apelido: Lisboa


David Mourão Ferreira
David de Jesus Mourão-Ferreira (24 de Fevereiro de 1927 — 16 de Junho de 1996) foi um escritor e poeta lisboeta licenciado em Filologia Românica pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa em 1951, onde mais tarde em 1957 foi professor, tendo-se destacado como um dos grandes poetas contemporâneos do Século XX.
Foi director do jornal A Capital (1974-1975) e secretário de Estado da Cultura (1976-1978 e 1979). Em 1984, assumiu a direcção da revista Colóquio/Letras. Como escritor, estreou com as peças Isolda (1948) e Contrabando (1950). A Secreta Viagem (1950) deu início a uma fecunda actividade poética, parcialmente contida em antologia: Obra Poética (1980, em dois volumes), tendo surgido posteriormente Entre a Sombra e o Corpo (1980), Os Ramos, Os Remos (1985) e O Corpo Iluminado (1987). Com o volume Cancioneiro do Natal (1971), recebeu o Prémio Nacional de Poesia. Em 1988, ganhou o Grande Prémio de Poesia Inasset/Inapa com a obra Poética (1948-1988).David Mourão-Ferreira

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