

Por isso mesmo, antes de aqui tomar a liberdade e ter
o grato prazer de editar esse belíssimo poema neste meu site, vou recordar umas
palavras de outro meu distinto amigo, que, por várias vezes, me deu a honra de
me receber em sua casa, sim, um dos textos extraído da obra diarística,
“conta-corrente” 1982-1983
NOITE DE NATAL
O Céu não estava estrelado
Mas uma estrela luzia.
Num barraco desprezado
Estava José e Maria.
Num monte distanciado
A branca neve caía.
Mas no negrume fechado
De repente se fez dia.
Uma criança chorava
Quando a luz se reflectia
Num espaço onde ecoava
Um cântico de alegria,
Cântico que reboava
Numa perfeita harmonia,
Enquanto José louvava
E aos Céus agradecia.
Era um mistério sagrado
O que ali acontecia.
Um pastor, admirado,
Cantava, dançava e ria.
O próprio Tempo, abismado,
Em dois tempos se partia.
E sobre palhas deitado
O Deus Menino dormia.
Manuel Daniel
AS
CELEBRAÇÕES NOS TEMPLOS DO SOL - SÃO TAMBÉM UMA OUTRA MANEIRA DE EVOCARMOS A
MEMÓRIA DAS NOSSAS ANTIGAS RAÍZES E DE NOS INTERROGARMOS PERANTE O MILAGRE DO
COSMOS E DA VIDA
Vou
aqui também a aproveitar para transcrever um texto que editei neste site,
alusivo às palavras do Dr. Manuel Daniel, que, por várias vezes nos deu o
prazer de se associar às celebrações nos Templos do Sol, em Chãs, e que se
enquadram nestes tempos da quadra natalícia
O HOMEM PERANTE O UNIVERSO
MANUEL
DANIEL – UM RARO EXEMPLO DE AMOR ÀS LETRAS E À CAUSA PÚBLICA
Tal
como já tive oportunidade de aqui referir, Manuel Joaquim Pires Daniel, nasceu
em Vila de Meda (hoje cidade) em 18 de Novembro de 1934. Sem dúvida,
um admirável exemplo de labor e de tenacidade, de apaixonado pelas letras
e de sentido e dedicação ao bem comum.

Mas não
menos relevantes são as letras que vêm a ser musicadas e gravadas em
discos e cassetes - Interpretadas por Ramiro Marques, em EP
nas canções “Amor de Mãe” e “Amor de Pai”, pela Imavox, em 1974 –
E, também, anos mais tarde, as letras para um “Missa da Paz” e coletâneas
temáticas sobre “Natal e Avós” E, com música de Carlos Pedro, as “Bolas
de Sabão”, “Ciganos”, “Silêncio” e outros pomas.
Manuel
Daniel, atualmente, mais dedicado à advocacia, lá continua com a mesma entrega
de sempre às causas que lhe são confiadas, gozando do mesmo prestígio e
seriedade, que tem tido desde o princípio da sua carreira.
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