Faleceu o Prof. Moisés Espírito Santo, aos 90 anos- 2 dias depois do Prof Adriano Rodrigues, aos 96 - Luz Eterna aos investigadores dos Templos do Sol
Jorge Trabulo Marques - Jornalista e investigador
Maravilha Pré-Histórico de Portugal, que mereceu especial atenção de dois distintos investigadores, que, um espaço de dois dias, partiram a caminho da Eternidade Adriano Vasco Rodrigues, o primeiro investigador a debruçar-se sobre o estudo deste monumental santuário rupestre, conhecido por Peda da Cabeleira de Nª Srª -
Tal como temos dito, o monumental e majestoso megálito, que é suposto ter servido de antigo local de culto e de posto de observação astronómico, está orientado no sentido nascente-poente e possui uma gruta em forma de semi-arco, com cerca da 4,5 metros de comprimento, que é iluminada no seu eixo no momento em que o Sol se ergue no horizonte, nos equinócios da Primavera e do Outono, proporcionando uma imagem de invulgar esplendor .
SINGELAS HOMENAGENS
Nos templos do Sol, saudamos os ciclos da Natureza, com momentos de poesia, iluminados pelo esplendor solar e por sons musicais, sempre que nos é possível, mas também honramos e recordamos os belos exemplos humanos nas mais diversas facetas culturais e socia
Faleceu outro dos prestigiados investigadores dos Templos do Sol, Chãs- Foz Côa, . Dois dias depois da morte do Prof. Adriano Vasco Rodrigues,- aos 96 anos, - o primeiro investigador a debruçar-se sobre o estudo do Santuário Rupestre da Pedra da Cabeleira de Nª Srª
Prof. Moisés Espírito Santo - Natural da Rebolaria, Batalha, era professor catedrático jubilado da Universidade de Lisboa e destacou-se nos domínios da sociologia das religiões e sociologia rural. Faleceu aos 90 anos
Autor de várias obras na área da sociologia e etnologia, professor catedrático jubilado em Sociologia e Etnologia das Religiões, desde 2004, um dos fundadores e membros do Instituto de Sociologia e Etnologia das Religiões (1991-2004), do Instituto Mediterrânico (1991-2004) e da Associação de Estudos Rurais (1991-2004), cujos estudos contribuíram decisivamente, com as suas investigações, para o conhecimento científico da origem e da identidade da Língua Portuguesa, com origem no Noroeste da Península Ibérica e cuja matriz deriva das variantes de que foi objeto o Fenício, o Hebraico antigo e o Hebrai
No Equinócio do Outono, 2008, veio acompanhado com uma equipa do Jornal
Público - Reportagem que mereceu especial destaque no suplemento do Jornal
PÚBLICO - - -Que começou por referir que ""P2 apanhou uma boleia com
Moisés Espírito Santo para ver o nascimento do Outono num santuário rupestre em
Foz Côa. Por Alexandra
Lucas Coelho (texto) e Enric Vives Rubio (fotos)24/09/200 https://www.publico.pt/2008/09/24/jornal/o-equinocio-em--chas-277176
Tal como já dissemos, vários têm sido os investigadores deste santuário, que ali se têm deslocado e debruçado sobre o monumental megálito - Além do estudo de Adriano Vasco Rodrigues, o primeiro académico e arqueólogo a pronunciar-se dobre a Pedra da Cabeleira de Nª Srª, sim, do prestigiado Director Jubilado da Schola Europaea , U.E. Bélgica. Ex-Professor Associado da Unividade Portucalense, antigo colaborador do Instituto Superior de Investigação Cientifica de Angola, autor de numeoras publicações sobre educação, pré-história, arqueologia e arte africana,de que evidencia Arqueologia da Península Hispânic
Esteve presente na celebração do Equinócio do Outono de 2014, na homenagem que prestamos à sua esposa, Maria da Assunção Carqueja, natural de Torre de Moncorvo
O enorme megálito está orientado no sentido nascente-poente e possui uma gruta em forma de semi-arco, com cerca de 4,5 metros de comprimento, que é iluminada no seu eixo no momento em que o Sol se ergue no horizonte, no equinócio da Primavera e do Outono, proporcionando uma imagem invulgar - Num local agreste mas encantador - Longe do habitual bulício urbano, em perfeita comunhão com a Natureza e de olhos postos numa das mais belas imagens solares.
No lugar das Quebradas-Tambores, num rochoso planalto que se ergue sobranceiro ao Vale da Ribeira Centeeira, que toma também o nome de Ribeira dos Piscos, quando deixa o amplo e aprazível vale, no sentido Sul-Norte, que a ciência define como "Graben" de LONGROIVA e se desvia a leste para um estreito e abruto o canhão xistoso, em cuja foz com o Rio Côa, se situam alguns dos principais núcleos de gravuras rupestres classificados como Património da Humanidade.
Símbolo Horus - Que ali está bem expressivo no frontal do santuário, é dos amuletos mais importantes no Egito ...Lugar místico e lendário já conhecido pelo "Stonhenge Português"
Alcandorado na vertente do afloramento granítico, conhecido pelo maciço dos Tambores e num ponto predominante, existe ainda um outro calendário pré-histórico, conhecido pela Pedra do Sol, apontado ao pôr-do-sol do dia maior do ano. onde decorrem as celebrações do Solstício do Verão, já consideradas como o Stonehenge português.
A primeira referência ao Santuário Rupestre da Pedra da Cabeleira de Nossa Senhora. foi feita por Adriano Vasco Rodrigues, no seu estudo publicado em 1982, sobre a História Remota de Meda., que o classificou como local de culto ou de sacrifícios.
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Jorge Trabulo Marques, jornalista, filho da terra e dinamizador do evento, que foi quem se apercebeu, pela primeira vez, no equinócio de Setembro de 2001 e 2003, que, ambos os majestosos monumentos megalíticos, além de terem sido cultuados pelos antigos povos, que se fixaram no planalto e nas suas vertentes rochosas, de cuja passagem por esta área, persistem abundantes vestígios, os teriam também utilizado como postos de observação astronómica nas suas festividades e nos seus rituais, com um forte pendor e ligação à agricultura, à fertilidade e às estações do ano, aproveitando os abrigos naturais dos penhascos e a fertilidade do vale sobranceiro,
ALINHADOS COM O O FIM E O INÍCIO DE CADA UMA DAS ESTAÇÕES DO ANO
Local mágico, pleno de história e de misticismo, dos tais lugares da terra onde a beleza e o esplendor solar podem repetir-se à mesma hora e com a mesma imagem contemplativa de há vários milénios pelos povos que habitaram a área.
Video registado na véspera do solstício do Verão
São conhecidos por alinhamentos sagrados, remontam ao período megalítico e existem em várias partes do mundo, mas sobretudo na Europa. Sendo o mais famoso o Stonehenge. Muitos destas gigantes estruturas estão em perfeito alinhamento com os corpos celestes, especialmente com os Equinócios e os Solstícios - Perpetuam memórias de verdadeiros calendários astronómicos, que antigas civilizações elegeram como especiais locais de culto – No maciço dos Tambores
SETE ALINHAMENTOS
No Maciço dos tambores, até à presente data, foram descobertos sete alinhamentos: Pedra da Cabeleireira de Nª Senhora, atravessada pelos raios solares do nascer do sol nos Equinócios; a Pedra do Solstício, alinhada com o pôr do sol do Solstício do Verão;
Espantoso achado, encontrado nos Tambores – pelo autor deste blogue – Denota faltar-lhe uma parte e a ponta - J. Leite de Vasconcelos, em Religiões da Lusitânia, designa um parecido, de troféu
“Na anta da Cunha·Baixa (Mangualde), a que me referi a cima, Pág.71, encontrei um objecto de granito, com a conformação indicada na figura 73: o objecto tem de comprimento 1m,20 e de maior largura om,20, apresentando ao longo uma serie de sulcos feitos com toda a regularidade; estava deitado à entrada da camara. Não me parece fácil determinar precisamente o uso d'este objecto. Nunca vi outro igual, conquanto tenha encontrado dentro das antas pedras mais ou menos compridas e irregulares, que talvez lá não fossem postas sem especial intuito I. Num livro do sr. Joly s vem o desenho de um objecto que represento na fig. 74, o qual não deixa de ter alguma parecença com o de cima, embora talvez seja muito menor, e de outra substância; o A. denomina-o registre-se de comptes, Inclino-me a crer que o objecto Cunha-Baixa representa um troféu, designado os sulcos
De facto, a avaliar pelos vestígios arqueológicos, já estudados, o maciço dos Tambores, é um importantíssimo livro aberto da pré-história: sobranceiro a um dos mais belos e férteis vales da hidrografia do Vale do Côa, ali se refugiaram povos muito antigos, nomeadamente do neolítico, calcolítico, da idade do ferro e do bronze, que, aproveitando os naturais abrigos, as cavernas abertas nos enormes megálitos, as concavidades e grutas dos encastelados afloramentos, ali implantaram os seus acampamentos, valendo-se de grotescas lascas e pedras soltas, de cujas construções ainda prevalecem abundantes vestígios -
Ali sepultaram os seus mortos, cultuaram os seus deuses, ergueram sagrados altares, que tanto podiam servir como locais de culto e de sacrifícios, como de espantosos observatórios astronómicos. - Assim o testemunham os vários alinhamentos sagrados, já descobertos - direcionados com o fim e o inicio de cada estação do ano - Assim o testemunhao olhar maravilhado de todos aqueles que têm assistido às nossas festas e celebrações, junto desses mesmosaltares.
Adriano Vasco Rodrigues
E, assim, o tem comprovado, a especial atenção, dispensada por vários investigadores e estudiosos: nomeadamente, Adriano Vasco Rodrigues, o primeiro investigador a debruçar-se sobre o estudo da Pedra da Cabeleira de Nossa Senhora; bem como das monografias (Chãs - de Foz Côa e "Por Veredas do Vale do Côa), de Joaquim Manuel Trabulo)dos achados (punhal em bronze) do Eng. Paulo Almeida); dos valiosos contributos dos arqueólogos, Sá Coixão e Gonçalves Guimarães, que, igualmente, desde há vários anos, se têm debruçado sobre o estudo desta área - Além das observações do astrónomo Máximo Ferreira – , que já ali se deslocou por duas vezes, assim comoMila Smões e das visitas de arqueólogos do Parque Arqueológico do Vale do Côa, no perímetro do qual osváriosmonumentosmegalíticos,se encontramlocalizados - De recordar, particularmente, as escavações levadas a cabo, nas Quebradas, na mesma área, relativamente perto da Pedra da Cabeleira, por António Faustino de Carvalho Carvalho, A. F. (1999) - Os sítios de Quebradas e de Quint Faltava-nos um especialista em Arqueoastronomiamas também já contamos com os seus valiosos estudos - é o Dr. Albano Chaves.
Assim, como Tom Graves: o radiestesista e escritor inglês,
vindo
"Eu sou a Luz do Mundo, diz o Senhor"
expressamente da Austrália, onde reside, para ali confirmar a sua teoria de que «Em toda a parte existe uma intersecção entre as pessoas e o lugar – e o lugar também tem as suas escolhas.» E, no fundo, cremos ter sido também, este, um dos princípios seguidos por Moisés Espírito Santo, Professor Catedrático Jubilado da Universidade Nova de Lisboa, com o qual trouxe à luz do conhecimento, novos dados e revelações, verdadeiramente espantosas, que não constam na Historia de Portugal, facultando-nos um interessantíssimo estudo interpretativo da toponímia da área -
Diz o distinto investigador - Moisés Espírito Santo - "Visitei o monte dos Tambores para observar o calendário rupestre e dei particular atenção aos nomes dos sítios e das pedras que constituíram o calendário. Vou interpretá-los neste artigo"Diz o distinto investigador - Moisés Espírito Santo - "
"Tambores é nome do monte onde encontramos o calendário rupestre. Tambores é uma corrupção fonética do vocábulo cananita e hebraico tabor que, literalmente, significa «umbigo» e, metaforicamente, «centro da terra, parte mais elevada da terra, umbigo da terra», quer dizer, um monte sagrado. Jerusalém é classificada de «umbigo da Terra» (Ezequiel 38:12). Também existiu na Palestina (antiga Fenícia) um monte Tabor onde o Antigo Testamento (Juizes, 9:38, Deuteronómio 33:19)"
"Pedra da Cabeleira. É o nome da pedra grande através de cuja fenda se vê o sol nascer nos equinócios. Excluímos a lenda da «cabeleira que Nossa Senhora aí deixou» por ser uma adaptação recente do nome original à religião católica popular. Como a fenda da pedra serve para ver, nos equinócios, o nascer do sol, Cabeleira é uma corrupção de qabal awra [lê-se: cabalaura] em que qabal (do acádico) significa «no meio, mediano, posição ao meio», e awra (do cananita e hebraico) «aurora, nascer do sol». Portanto qabal awra significou literalmente «posição ao meio do nascer do sol», isto é, «posição do nascer do sol ao meio» do ano, «posição mediana do nascer do sol», sendo os equinócios a posição do sol «ao meio» do seu aparente percurso celeste."
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Houve um tempo, já recuado, ou seja o tempo da cultura megalítica, em que, gigantescas pedras foram erigidas e transformadas em dolmens, cromeleques, menires, megálitos, e, mais tarde - em posteriores civilizações - , toscamente estilizadas e talhadas em enormes estátuas, como sejam as, actualmente famosas estátuas da Ilha da Páscoa, enigmáticas figuras gigantes com os olhos voltadas ao céu, ou ainda, nos Andes, a não menos impressionante estátua de Tihahuanaco, ou da gigantesca porta do sol, talhadas num único bloco de andesite, presume-se que da cultura Asteca, expressando a mais estreita aliança entre o céu e a terra e a união do espírito com a matéria - Isto para já não falar do circulo de Stonehenge. das famosas pirâmides do Egito e de outros imponentes altares do género, noutros pontos das Américas, da Europa (Grécia, Inglaterra, por exemplo)China, Índia, e em tantos outros pontos do mundo. Os templos do sol, no afloramento granítico dos Tambores, Mancheia e Quebradas, fazem parte dessa majestosa herança.
Poeta Manuel Daniel, , falecido aos 86, em 22 de Janeiro de 2021, vitima da Covid-19
Esteve neste local, por duas vezes, , associando-se à singela homenagem que lhe prestámos – Era um dos nossos queridos amigos dos Templos do Sol – Uma personalidade muito querida e admirada da nossa região – Deixou-nos, 4 meses depois, em 21 de Janeiro de 2021, vitima da Covid-19
Declarou, então, estas expressivas palavras, acompanhado de sua esposa e um dos filhos, por enfermar de profundas limitações visuais
“Viemos aqui espreitar a história! Viemos aqui procurar um contato com aqueles que já viveram aqui a sua vida e gastaram aqui as suas preocupações!... E, sobretudo, interrogaram-se, como ainda hoje nos interrogamos por quatro grandes pilares: o ESPAÇO, A VIDA E O ALÉM!
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