Carlos Nascimento, poeta e pintor, um artista multifacetado, autor de vários livros, cidadão do mundo - sim, o rumo de vida que tem procurado seguir ao longo da sua carreira artística e que nos deu o prazer da sua presença nas celebrações do solstício do Verão 2024 e no equinócio do Outono, vai inaugurar, com os seus trabalhos artísticos, a primeira exposição do novo ano, 2025, na cooperativa “A Filantrópica, em Póvoa do Varzim, patente de 4 a 28 de Janeiro, de Segunda a Sexta, das 15h às 19h.
A mostra pictórica,
subordinada ao título “as nossas expressões são obras de arte, pretende
demonstrar, que “os. rostos que sobressaem
de cada tela, em trabalhos de pintura e instalação, provam que as
expressões faciais são verdadeiras obras de arte.
É referido pela galeria, que, “O retrato é um tema que tem vindo
ao longo da história da humanidade a ser explorado e trabalhado.
Durante séculos fomos aperfeiçoando as
múltiplas técnicas de representação bidimensional, procurando imitar a
realidade, porém nem todos tínhamos direito a esse registo, pois ficou guardado
somente para os mais abastados ou poderosos, pessoas que tinham capacidade de
pagar a um autor o seu trabalho, ganhando com esse investimento um bilhete para
a imortalidade da sua imagem, que consoante a pessoa versada e o autor, era
tratada e filtrada de modo a passar uma mensagem por vezes manipulada e
carregada de simbolismo, abrindo espaço aos autores mais criativos, talentosos
e controversos de trabalhar os valores por detrás dos objetos e das posições
com que retratava as pessoas representadas nas suas obras.
Hoje dedicamos muito tempo das nossas
leituras a decifrar e a imaginar o que eram essas pessoas, mas também o
imaginário e a verdade por detrás da mente dos seus autores.
No final do século XIX com o aparecimento da fotografia e a ascensão dos
regimes republicanos, a arte do retrato foi-se abrindo ao resto da população,
na tentativa de criar uma imagem da comunidade valorizando o cidadão, até então
secundarizado.
Com a ascensão das ciências sociais e humanas, pós Zaratrusta e
consequência da primeira grande guerra, o retrato ganhou novas dimensões e o
realismo técnico é secundarizado ganhando destaque a condição psicológica,
interior, o sofrimento e as contradições da condição humana.
Hoje o retrato não é somente um espelho de quem somos, mas também daquilo que
os outros vêm a partir de nós, e essa é uma dimensão que Carlos Nascimento
explora no seu trabalho, que nesta exposição reunimos e temos o prazer de vos
apresentar na nossa Galeria de Artes e Letras da Filantrópica. Estão todos
convidados para olhar para os retratados nas suas telas, olhar por detrás dos
espelhos e procurar uma reflexão interior sobre cada imagem, pois acreditamos
que a arte é o caminho mais direto para descobrirmos o pano que cobre a razão e
encontrarmos uma reflexão acerca de nós e daquilo que nos rodeia ou tal como
refere Pablo Picasso, “A arte é a mentira que nos permite conhecer a verdade”.Armando
Castro Bento
Esta exposição é a conclusão de um trabalho de vários anos sobre as
expressões faciais da humanidade como obras de arte.
Todos nós sorrimos e entristecemos, todos nós humanos exprimimo-nos
facilmente com distintas expressões diariamente e cada uma das nossas
expressões é única, tão única e táo fiel como as nossas impressões digitais.
Nestas 30 obras que apresento são 30 expressões de várias pessoas que
cederam a sua imagem para que a expressão de cada uma reflita através da tela
envolta de uma conjugação de formas e movimentos cromáticos expressionista/
abstrato um ou vários sentimentos.
Em cada tela está um espelho que representa a tua expressão quando observas
a obra e te vês nele, e aí possas sentir a tua expressão como obra de arte.
Esta é também uma forma de interagir em cada quadro através das nossas
expressões do momento.
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Quando nos observamos em cada espelho estamos também a dar vida necessária
à obra para que cada quadro seja a nossa expressão em movimento.
A expressão humana é sem dúvida uma obra de arte, e única em cada um de
nós, sempre carregada de sentimentos e moções associadas a muitas expressos que
fazemos todos os dias.
Sendo o ser humano património da humanidade, as expressões de cada um de
nós serão também património como obra de arte da humanidade.
Em cada tela uma expressão, em cada expressão uma obra de arte.
Carlos Nascimento
Biografia do Autor
Artista plástico / poeta e pensador, viveu em Póvoa de Varzim, Vila do
Conde, Vila Nova de Cerveira, França e Espanha. Reside em Cascais e no
Alentejo.
Estudou pintura e escultura na Escola Artística do Porto.
Trabalhou em Madrid com o pintor espanhol mestre José Freixanes.
Escreveu textos para vários músicos compositores / interpretes de músicas
portuguesas, José Cid e outros.
Expôs individual e coletivamente em mais de 80 exposições e bienais de arte em Portugal e Espanha.
Organizou diversas exposições coletivas temáticas em Portugal e Espanha.
É autor de cartazes, catálogos e ilustrações.
Está representado em várias organizações hoteleiras em Portugal e Espanha e, ainda, em coleções de arte pública e privadas na Europa, América do Norte, América do Sul e Canadá.
Em 1985 editou o seu primeiro livro intitulado “Ego” com Edição de autor,
em dezembro de 2017 um livro, de poesia e arte, “Apenas uma Mão”, em 2019
“CAMINHOS DE SOMBRA”, em 2023 “O COMBOIO A VAPOR” com prefácio do escritor e
comunicador Luís Osório, todos editados pela editora Edições Esgotadas onde é
autor
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