Vem aí a estação, em que, todos aqueles que se entregam ao amanho da terra, poderão sentir a recompensa de um longo e árduo ano de trabalhos na cada vez mais difícil atividade agrícola. As manhãs já começaram a refrescar e os dias vão igualar-se às noites no próximo dia 23. Ou seja no Equinócio do Outono - momento em que a Terra é iluminada pelo Sol de igual forma no hemisfério sul como no hemisfério norte
O enorme penedo, orientado no sentido nascente-poente, possui uma gruta em forma de semi-arco, com cerca da 4,5 metros de comprimento e sensivelmente a mesma altura, que é iluminada pelo seu eixo, no momento em que o Sol nasce.
Se quer reviver a mesma imagem que os nossos ancestrais, dos povos que se abrigavam nas cabanas ou por entre as concavidades das rochas, mas em estreita convivência com a natureza e conhecedores de muitos dos seus segredos, não deixe de estar presente, entre as 08.00 e 08.30, em mais um acto evocativo, no Monte dos Tambores- Mancheia
Os nossos antecipados agradecimentos
à Câmara Municipal de V. N. de Foz Côa, pelo apoio que nos tem prestado e
também à Junta de Freguesia de Chãs, que nos costuma disponibilizar o salão
nobre da autarquia, como alternativa, se as condições atmosféricas não
nos propiciarem a ida ao local
O maciço dos Tambores, Quebradas e Mancheia a curta distância da aldeia de Chãs, vai ser uma vez mais o cenário místico e contemplativo para festejar a entrada de cada uma das estações do ano. Excetuando o Inverno - já o fizemos três vezes - mas o tempo em que o frio se instala, com dias cinzentos e encobertos, não convidativo, o local já entrou definitivamente no calendário mediático das principais celebrações evocativas, com o objetivo de saudar a Mãe-Natureza, indo ao encontro das mais antigas tradições e cultos medievos dos vários povos, de cuja passagem por estas áreas e na região, e, por ventura, numa boa parte do nosso país, sim, dos quais, legamos as nossas raízes étnicas e culturais mais profundas
É um local pleno de história e de misticismo, dos tais lugares da terra onde a beleza e o esplendor solar se podem repetir à mesma hora e com a mesma imagem contemplativa de há vários milénios pelos povos que habitaram a área - . O que se espera venha a ocorrer durante os breves minutos em que a cripta do enorme megálito é atravessada pelos raios solares da manhã, caso as condições metereológicas o permitam, com momentos de poesia e de palavras evocativas, ao som do violinista António Barbosa, https://www.amac.pt/ant%C3%B3nio-barbosa que aqui regressa volvidos 16 anos depois de aqui ter acompanhado a Companhia de Dança de Lisboa.
Violinista António Barbosa, em 2007 |
Sendo. já uma nossa tradição, além de procedermos a recitações poéticas, evocando e sublinhando as obras e o percurso de cada autor, homenageando também figuras de relvo da nossa região ou do nosso país, ocorreu-nos. pois, prestarmos uma singela homenagem ao jornalista e investigador. José Domingos, recentemente falecido, natural da Guarda, mas criado em Longroiva, freguesia da Mêda – Peregrino e divulgador dos TemplosdoSol e do Vale do Côa - Paladino da herança Judaica nesta região de que já foi agraciado com a Medalha de Honra do Conselho das Comunidades Sefarditas de Jerusalém, além do medalhão da Ordem Nacional dos Escritores do Brasil - A cujo falecimento e funeral nos referimos em anterior postagem https://templosdosol-chas-fozcoa.blogspot.com/2023/09/jose-domingos-o-jornalista-e.html
A Primavera cobriu-se de flores, o Verão amadureceu os frutos, e agora, com a despedida dos abrasivos dias do Estio, é o Outono que nos revisita e contempla, com o produto das saborosas colheitas
As folhas das amendoeiras, figueiras e de outras árvores, amarelecem e vão deixando cair as folhas - É a estação mais matizada de dourados esmaltes e de tons nostálgicos, que se aproxima. E que propícia aos pintores e poetas, e também aos namorados, os momentos da mais saudável convivência romântica e inspiração poética, recolhimento e de entrega com a própria natura.
A bem fizer, as três celebrações dos equinócios da Primavera e do Outono, bem como a do solsticio do Verão, junto a um esférico bloco de granito, já entraram definitivamente no calendário mediático das principais celebrações evocativas, com o objetivo de saudar a Mãe-Natureza, indo ao encontro das mais antigas tradições e cultos medievos dos vários povos, de cuja passagem por estas áreas e na região, nos legaram abundantes vestigios
O enorme penedo,que ergue como majestoso altar sobre um recinto amuralhado, está orientado no sentido nascente-poente.
TAMBORES DEVERIA INTEGRAR ROTEIROS DE TURISMO DE FOZ CÔA- Defende “Novos Insólitos Noticias Incríveis que nos fazem refletir https://novosinsolitos.blogspot.com/2010/09/tambores-devia-integrar-roteiros.html
Possui uma gruta em forma de semi-arco, com cerca da 4,5 metros de comprimento, que é atravessada e iluminada no seu eixo pelos raios solares no momento em que o esplendoroso disco solar, no seu movimento aparente de leste para oeste se ergue no horizonte e ali começa a despontar acima do muro que o protege, proporcionando uma imagem de deslumbrante beleza e esplendor
Situado a curta distância do chamado castro do Curral da Pedra , voltado a poente sobre o planalto de um pardo mas impressionante afloramento granítico, que se reveste e transcende de maravilhosas manchas bancas como a neve com a floração das giestas na Primavera, que então cobrem todas as rochas e penhascos, conhecido por Monte dos Tambores, onde persistem abundantes vestigios e núcleos de habitações, desde o neolítico, calcolítico e periodos seguintes.
Castro do Curral da Pedra - Mancheia-Tambores |
Maciço este que se debruça sobre margem esquerda do maravilhoso e fértil vale da Ribeira Centeeira, que vai desaguar ao Côa, depois de tomar o nome de Ribeira dos Piscos, em cuja foz se situa um dos principais núcleos de gravuras rupestres classificados como Património da Humanidade.
VENHA POIS CONTEMPLAR UMA DAS MARAVILHAS ASTRONÓMICAS DA PRÉ-HISTÓRIA - Conhecer a esplendorosa réplica da imagem e o poder energético do símbolo mais antigo da civilização egípcia, que os homens da pré-história ali terão ido buscar às suas raízes ancestrais mais longínquas - Lugar místico e lendário já conhecido pelo "Stonhenge Português"
Além das televisões e da Imprensa estrangeira, vários especialistas, de reputada craveira, já por aqui passaram e nos deram valiosos contributos. E, até, altas entidades religiosas, como o Reve. Cónego José da Silva, o saudoso poeta Manuel Daniel, o Bispo de S. Tomé, Dom Manuel dos Santos, assim como os netos e bisnetos de João de Deus - E, naturalmente , músicos como João Canto e Castro, a companhia de dança Amalgama, a Companhia de Dança de Lisboa e vários grupos de gaiteiros - No solsticio de 2021, a poetiza Olinda Beja.
Não esquecendo, Tom Graves, autor do livro Acupunctura da Terra e Adriano Vasco Rodrigues - quem primeiro se debruçou sobre a importância do Santuário Rupestre da Pedra da cabeleira de Nª Srª, bem como a Sá Coixão - a que o nosso concelho deve o levantamento da carta arqueológico dos principais sítios de reconhecido interesse, bem como importantes escavações.
Mas também outros especialistas, de reconhecido mérito e prestígio, ali estiveram. Refiro-me ao astrónomo Máximo Ferreira ao sociólogo, Moisés Espírito Santo. Cujas observações, no plano interpretativo da toponímia da área, nos disponibilizou
Manuel António Mendes dos Santos nasceu a 20 de Março de 1960, em São Joaninho, concelho de Castro Daire, diocese de Lamego, vai completar 63 anos no próximo no primeiro dia da Primava - Bispo de S. Tomé e Príncipe - Sem dúvida, um olhar atento e uma voz amiga do povo são-tomense, um “veterano” de África e destas ilhas, cuja diocese dirigiu ao longo de 15 anos – Vamos ler alguns dos seus poemas também
Esteve no Equinócio do Outono de 2015 https://templosdosol-chas-fozcoa.blogspot.com/2015/09/equinocio-do-outono-2015-chas-foz-coa.ht
“Viemos aqui espreitar a história! Viemos aqui procurar um contato com aqueles que já viveram aqui a sua vida e gastaram aqui as suas preocupações!... E, sobretudo, interrogaram-se, como ainda hoje nos interrogamos por quatro grandes pilares: o ESPAÇO, A VIDA E O ALÉM! Expressivas palavras do saudoso poeta Manuel J. Pires Daniel, natural de Meda, em 18 de Novembro de 1934. Deixou-nos, em 22 de Janeiro de 2021Sem dúvida, um admirável exemplo de labor e de tenacidade, de apaixonado pelas letras e de sentido e dedicação ao bem comum
“Na anta da Cunha·Baixa (Mangualde), a que me referi a cima, Pág.71, encontrei um objecto de granito, com a conformação indicada na figura 73: o objecto tem de comprimento 1m,20 e de maior largura om,20, apresentando ao longo uma serie de sulcos feitos com toda a regularidade; estava deitado à entrada da camara. Não me parece fácil determinar precisamente o uso d'este objecto. Nunca vi outro igual, conquanto tenha encontrado dentro das antas pedras mais ou menos compridas e irregulares, que talvez lá não fossem postas sem especial intuito I. Num livro do sr. Joly s vem o desenho de um objecto que represento na fig. 74, o qual não deixa de ter alguma parecença com o de cima, embora talvez seja muito menor, e de outra substância; o A. denomina-o registre-se de comptes, Inclino-me a crer que o objecto Cunha-Baixa representa um troféu, designado os sulcos
Esta extraordinária imagem, configurando uma gigantesca esfera terrestre ou a esplendorosa configuração de um enorme globo solar, fica na vertente de uma antigo castro – o ponto mais alto deste vasto maciço rochoso. Foi registada, pela primeira vez, às 20.45 horas do dia 21 de Junho de 2003. Todos os anos, por esta altura, o sol, ao pousar no horizonte, projeta os seus raios em perfeito alinhamento com a sua crista e o centro do círculo votivo, situado no enfiamento a uns metros a oriente. Assinalando a entrada do Verão e proporcionado um verdadeiro posto de observação astronómico.
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