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sexta-feira, 8 de setembro de 2023

Equinócio do Outono, Chãs. V. N de Foz Côa - Vai ser celebrado dia 23, às 08 horas, no Santuário Rupestre da Pedra da Cabeleira de Nª Srª - Em louvor aos frutos que a terra nos ofereceu nesta bela região duriense - Com homenagem ao jornalista e investigador José Domingues, recentemente falecido – Singelo tributo ao peregrino e divulgador dos Templos do Sol e do Vale do Côa Referência cultural e jornalística do nosso distrito

                                            
Jorge Trabulo Marques - Jornalista e investigador - Coordenador do evento

Vem aí a estação, em que, todos aqueles que se entregam ao amanho da terra, poderão sentir a recompensa de um longo e árduo ano de trabalhos na cada vez mais difícil atividade agrícola. As manhãs já começaram a refrescar e os dias vão igualar-se às noites no próximo dia 23. Ou seja no Equinócio do Outono - momento em que a Terra é iluminada pelo Sol de igual forma no hemisfério sul como no hemisfério norte

O enorme penedo, orientado no sentido nascente-poente, possui uma gruta em forma de semi-arco, com cerca da 4,5 metros de comprimento e sensivelmente a mesma altura, que é iluminada pelo seu eixo, no momento em que o Sol nasce.

Se quer reviver a mesma imagem que os nossos ancestrais, dos povos que se abrigavam nas cabanas ou por entre as concavidades das rochas, mas em estreita convivência com a natureza e conhecedores de muitos dos seus segredos, não deixe de estar presente, entre as 08.00 e 08.30, em mais um acto evocativo, no Monte dos Tambores- Mancheia

Os nossos antecipados agradecimentos à Câmara Municipal de V. N. de Foz Côa, pelo apoio que nos tem prestado e também à Junta de Freguesia de Chãs, que nos costuma disponibilizar o salão nobre da autarquia, como alternativa,  se as condições atmosféricas não nos propiciarem a ida ao local

E, naturalmente, à entidade proprietária onde se localizam os “templosdosol”, assim como aos habituais amigos e colaboradores destes eventos.

O maciço dos Tambores, Quebradas e Mancheia a curta distância da aldeia de Chãs, vai ser  uma vez mais o cenário místico e contemplativo  para festejar  a entrada de cada uma das estações do ano. Excetuando o Inverno  - já o fizemos três vezes  - mas o tempo  em que o frio se instala, com dias cinzentos e encobertos, não convidativo, o local já entrou definitivamente no calendário mediático das principais celebrações evocativas, com o objetivo de saudar a  Mãe-Natureza, indo  ao encontro das mais antigas tradições e cultos medievos dos vários povos, de cuja passagem por estas áreas e  na região, e, por ventura, numa boa parte do nosso país, sim, dos quais, legamos as nossas raízes étnicas e culturais  mais profundas


É um local pleno de história e de misticismo, dos tais lugares da terra onde a beleza e o esplendor solar se podem repetir à mesma hora e com a mesma imagem contemplativa de há vários milénios pelos povos que habitaram a área - . O que se espera venha  a ocorrer durante os breves minutos em que a cripta do enorme megálito é atravessada pelos raios solares da manhã, caso as condições metereológicas o permitam, com momentos de poesia e de palavras evocativas, ao som do violinista António Barbosa, https://www.amac.pt/ant%C3%B3nio-barbosa que aqui regressa volvidos 16 anos depois de aqui ter acompanhado a Companhia de Dança de Lisboa.

Violinista António Barbosa, em 2007

Sendo. já uma nossa tradição, além de procedermos a recitações poéticas, evocando  e sublinhando as  obras e o  percurso de cada autor,   homenageando também figuras de relvo da nossa região ou do nosso país, ocorreu-nos. pois,  prestarmos uma singela homenagem ao jornalista e investigador. José Domingos, recentemente falecido, natural da Guarda, mas criado em Longroiva, freguesia da Mêda – Peregrino e divulgador dos TemplosdoSol e do Vale do Côa - Paladino da herança Judaica nesta região de que já foi agraciado com a Medalha de Honra do Conselho das Comunidades Sefarditas de Jerusalém, além do medalhão da Ordem Nacional dos Escritores do Brasil - A cujo falecimento e funeral nos referimos em anterior postagem https://templosdosol-chas-fozcoa.blogspot.com/2023/09/jose-domingos-o-jornalista-e.html

A Primavera cobriu-se de flores, o Verão amadureceu os frutos, e agora, com a despedida dos abrasivos dias do Estio, é o Outono que nos revisita e contempla, com o produto das saborosas colheitas

As folhas das amendoeiras, figueiras e de outras árvores, amarelecem e vão deixando cair as folhas - É a estação mais matizada de dourados esmaltes e de tons nostálgicos, que se aproxima. E que propícia aos pintores e poetas, e também aos namorados, os momentos da mais saudável convivência romântica e inspiração poética, recolhimento e de entrega com a própria natura.



A bem fizer, as três celebrações  dos equinócios da Primavera e do Outono, bem como a do solsticio do Verão, junto a um esférico bloco de granito,  já entraram definitivamente no calendário mediático das principais celebrações evocativas, com o objetivo de saudar a  Mãe-Natureza, indo  ao encontro das mais antigas tradições e cultos medievos dos vários povos, de cuja passagem por estas áreas e  na região, nos legaram abundantes vestigios


 

Não tinham relógios nem calendários, como hoje os temos, mas  nem por isso deixavam de saber quando uma estação terminava e outra começava. Erguiam enormes blocos ou aproveitam-se de outros já existentes e adaptavam-nos para as suas observações astronómicas. E faziam deles, além de verdadeiros monumentos, também os seus locais de culto. Muitos caíram no esquecimento ou foram destruídos. Porém, outros, ainda subsistem em vários pontos do Globo: o mais famoso é Stonehenge e, em Portugal, os templos do sol, no maciço dos Tambores, aldeia de Chãs, onde são celebrados os ciclos do ano e evocados, tempo idos.

O enorme penedo,que ergue como majestoso altar sobre um recinto amuralhado, está  orientado no sentido nascente-poente.


TAMBORES DEVERIA INTEGRAR ROTEIROS DE TURISMO DE FOZ CÔA-  Defende “Novos Insólitos Noticias Incríveis que nos fazem refletir https://novosinsolitos.blogspot.com/2010/09/tambores-devia-integrar-roteiros.html

Possui uma gruta em forma de semi-arco, com cerca da 4,5 metros de comprimento, que é atravessada e iluminada no seu eixo pelos raios solares no momento em que o esplendoroso disco solar, no seu movimento aparente de leste para oeste  se ergue no horizonte e ali começa a despontar acima do muro que o protege, proporcionando uma imagem de deslumbrante beleza e esplendor

Situado a curta distância do chamado castro do Curral da Pedra , voltado a poente sobre o planalto  de um  pardo mas impressionante afloramento granítico, que se reveste e transcende de maravilhosas manchas bancas como a neve com a  floração das giestas na Primavera, que então cobrem todas as rochas e penhascos, conhecido por Monte dos Tambores, onde persistem abundantes vestigios e núcleos de habitações, desde o neolítico, calcolítico e periodos seguintes.


Castro do Curral da Pedra - Mancheia-Tambores

Maciço este que se debruça sobre margem esquerda do maravilhoso e fértil  vale da  Ribeira Centeeira, que vai desaguar ao Côa, depois de tomar o nome de Ribeira dos Piscosem cuja foz  se situa um  dos principais núcleos de gravuras rupestres classificados como Património da Humanidade. 

VENHA POIS CONTEMPLAR UMA DAS MARAVILHAS ASTRONÓMICAS DA PRÉ-HISTÓRIA   - Conhecer a esplendorosa réplica da imagem e o poder energético do símbolo mais antigo da civilização egípcia, que os homens da pré-história ali terão ido buscar às suas raízes ancestrais mais longínquas - Lugar místico e lendário já conhecido pelo "Stonhenge Português"


Olho de Hórus  - também conhecido como Olho de Rá, era o símbolo do poder real dos faraós, sendo um dos amuletos mais venerados no Egito, em todas as dinastias. Segundo a mitologia, Hórus é um deus da mitologia egípcia cuja representação era um falcão. Entre os antigos egípcios, Hórus era o deus do sol nascente e personificava a luz. Filho de Osíris e Ísis, era inimigo de Seth, o deus que representava a violência e a desordem. Numa guerra contra Seth, Hórus perdeu um dos olhos, que foi substituído por um amuleto com formato de serpente, símbolo que os faraós utilizavam na frente de suas coroas, e que ficou conhecido como o Olho de Hórus. Após sua recuperação, Hórus organizou novo exército e conseguiu a vitória sobre Seth.

Além das televisões e da Imprensa estrangeira, vários especialistas, de reputada craveira, já por aqui passaram e nos deram valiosos contributos. E, até, altas entidades religiosas, como o Reve. Cónego José da Silva, o saudoso poeta Manuel Daniel,  o Bispo de S. Tomé, Dom Manuel dos Santos, assim como os netos e bisnetos de João de Deus - E, naturalmente , músicos como João Canto e Castro, a companhia de dança Amalgama, a Companhia de Dança de Lisboa e vários grupos de gaiteiros -  No solsticio de 2021,  a poetiza Olinda Beja.

Não esquecendo, Tom Graves, autor do livro Acupunctura da Terra e Adriano Vasco Rodrigues - quem primeiro se debruçou sobre a importância do Santuário Rupestre da Pedra da cabeleira de Nª Srª, bem como a Sá Coixão - a que o nosso concelho deve o levantamento da carta arqueológico dos principais sítios de reconhecido interesse, bem como importantes escavações.


Mas também outros especialistas, de reconhecido mérito e prestígio, ali estiveram. Refiro-me ao astrónomo Máximo Ferreira ao sociólogo, Moisés Espírito Santo. Cujas observações, no plano interpretativo da toponímia da área, nos disponibilizou


Manuel António Mendes dos Santos nasceu a 20 de Março de 1960, em São Joaninho, concelho de Castro Daire, diocese de Lamego, vai completar 63 anos no próximo no primeiro dia da Primava - Bispo de S. Tomé e Príncipe - Sem dúvida, um olhar atento e uma voz amiga do povo são-tomense, um “veterano” de África e destas ilhas, cuja diocese dirigiu ao longo de 15 anos – Vamos ler alguns dos seus poemas também

Esteve no Equinócio do Outono de  2015 https://templosdosol-chas-fozcoa.blogspot.com/2015/09/equinocio-do-outono-2015-chas-foz-coa.ht

“Viemos aqui espreitar a história! Viemos aqui procurar um contato com aqueles que já viveram aqui a sua vida e gastaram aqui as suas preocupações!... E, sobretudo, interrogaram-se, como ainda hoje nos interrogamos por quatro grandes pilares: o ESPAÇO, A VIDA E O ALÉM! Expressivas palavras do saudoso poeta Manuel J. Pires Daniel, natural de Meda, em 18 de Novembro de 1934. Deixou-nos,   em 22 de Janeiro de 2021Sem dúvida, um admirável exemplo de labor e de tenacidade, de apaixonado pelas letras e de sentido e dedicação ao bem comum



Espantoso achado, encontrado nos Tambores  – pelo autor deste site – Denota faltar-lhe uma parte e a ponta - J. Leite de Vasconcelos, em Religiões da Lusitânia, designa um parecido, de troféu



Na anta da Cunha·Baixa (Mangualde), a que me referi a cima, Pág.71, encontrei um objecto de granito, com a conformação indicada na figura 73: o objecto tem de comprimento 1m,20 e de maior largura om,20, apresentando ao longo uma serie de sulcos feitos com toda a regularidade; estava deitado à entrada da camara. Não me parece fácil determinar precisamente o uso d'este objecto. Nunca vi outro igual, conquanto tenha encontrado dentro das antas pedras mais ou menos compridas e irregulares, que talvez lá não fossem postas sem especial intuito I. Num livro do sr. Joly s vem o desenho de um objecto que represento na fig. 74, o qual não deixa de ter alguma parecença com o de cima, embora  talvez seja muito menor, e de outra substância; o A. denomina-o registre-se de  comptes, Inclino-me a crer que o objecto Cunha-Baixa representa um troféu, designado os sulcos

Esta extraordinária imagem, configurando uma gigantesca esfera terrestre ou a esplendorosa configuração de um enorme globo solar, fica na vertente de uma antigo castro – o ponto mais alto deste vasto maciço rochoso. Foi registada, pela primeira vez, às 20.45 horas do dia 21 de Junho de 2003. Todos os anos, por esta altura, o sol, ao pousar no horizonte, projeta os seus raios em perfeito alinhamento com a sua crista e o centro do círculo votivo, situado no enfiamento a uns metros a oriente. Assinalando a entrada do Verão e proporcionado um verdadeiro posto de observação astronómico.


SETE ALINHAMENTOS 


No Maciço dos tambores, até à presente data, foram descobertos sete alinhamentos: Pedra da Cabeleireira de Nª Senhora, atravessada pelos raios solares do nascer do sol nos Equinócios; a Pedra  do Solstício, alinhada com o pôr do sol do Solstício do Verão; "As Portas do Sol, alinhada com o nascer do sol  do Solstício do Inverno e o pôr do sol do Verão;  Pedra Phallus Impudicus, alinhada com o nascer do sol do Solstício do Inverno ;a Pedra da Ursa Maior com as sete fossetes, alinhada com os Equinócios e com simbologia ou enquadramento com  Ursa Maior e a Pedra Caranguejo,  atravessada pelos raios solares do pôr do sol dos equinócios



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