Excetuando o Inverno - já o fizemos três vezes - mas o tempo em que o frio se instala, com dias cinzentos e encobertos, não convidativo, o local já entrou definitivamente no calendário mediático das principais celebrações evocativas, com o objetivo de saudar a Mãe-Natureza, indo ao encontro das mais antigas tradições e cultos medievos dos vários povos, de cuja passagem por estas áreas e na região, e, por ventura, numa boa parte do nosso país, sim, dos quais, legamos as nossas raízes étnicas e culturais mais profundas
Associação Cultural Templos-do-sol-Chãs-Monte-dos-Tambores ( em vias de formação) - convida-o a conhecer ou a revisitar a esplendorosa réplica da imagem e a receber o poder energético do símbolo mais antigo da civilização egípcia, que os homens da pré-história ali terão ido buscar às suas raízes ancestrais mais longínquas - Ou seja, o símbolo de hórus
O Outono vai começar, astronomicamente, às 2h04 de dia 23 de Setembro. Assinala o instante em que o Sol, tal como o vemos a partir da Terra, cruza o plano do equador terrestre.
A partir deste instante, com o passar do tempo, os dias vão ficando menores e as noites maiores. o Sol passará a ser visto abaixo do equador, fenómeno astronómico que irá durar até ao dia 22 de dezembro de 2023, quarta-feira, às 03h27, momento em que o inverno começa em Portugal e em todo o hemisfério norte.
Vai ser celebrado dia 23, no próximo sábado, das 08.00 às 08.30 horas, no Santuário Rupestre da Pedra da Cabeleira de Nª Srª - Em louvor aos frutos que a terra nos ofereceu nesta bela região duriense De forma simples, livre e descomprometida, mas com o coração e o peito abertos, em festa, ávidos de esplendorosa consolação, de purificadora energia e sublime beleza
Com momentos de poesia em louvor aos frutos que a terra nos ofereceu nesta bela região duriense - Com homenagem ao jornalista e investigador José Domingues, recentemente falecido – Singelo tributo ao peregrino e divulgador dos Templos do Sol e do Vale do Côa - Referência cultural e jornalística do nosso distrito
Ergue-se alcandorado
sobre uma laje em forma de altar no ponto predominante de um recinto
amuralhado e a curta distância do chamado castro do Curral da Pedra, inserido
na área do Parque Arqueológico do Vale do Côa, voltado a poente sobre o
planalto de um pardo mas impressionante afloramento granítico, que
se reveste e transcende de maravilhosas manchas bancas como a neve com a
floração das giestas na Primavera, que então cobrem todas as rochas e
penhascos, conhecido por Monte dos Tambores, onde persistem abundantes
vestígios e núcleos de habitações, desde o neolítico, calcolítico e períodos
seguintes.
TAMBORES DEVERIA INTEGRAR ROTEIROS DE TURISMO DE FOZ CÔA- Defende “Novos Insólitos Noticias Incríveis que nos fazem refletir https://novosinsolitos.blogspot.com/2010/09/tambores-devia-integrar-roteiros.html
É um local pleno de história e de misticismo, dos tais lugares da terra onde a beleza e o esplendor solar se podem repetir à mesma hora e com a mesma imagem contemplativa de há vários milénios pelos povos que habitaram a área - . O que se espera venha a ocorrer durante os breves minutos em que a cripta do enorme megálito é atravessada pelos raios solares da manhã, caso as condições meteorológicas o permitam, com momentos de poesia
Se puder, não falte – A meteorologia promete-nos melhoria das condições atmosféricas – Oportunidade de inexplicável brilho e magnificência que os participantes poderão observar, saudando e contemplando os magníficos raios do esplendoroso leão dos Céus, que nos anuncia - com o mesmo brilho de outras eras, tal como se mostrou aos povos que ali cultuaram e veneraram a auspiciosa entrada do Outono.
Justamente no dia e a noite se reparte de igual modo, entre a luz e as trevas - Hora de júbilo e de ascensão que saúda e brinda a generosa estação da colheitas, dos frutos que o sol do Verão ajudou a crescer e que, agora o Outono amadurece, como dádiva divina, tal o colorido nostálgico, os odores e os sabores, as fragrâncias, os perfumes, o incomparável garrido das aguarelas das suas folhas, com que nos são presenteados
Ergue-se alcandorado sobre uma laje em forma de altar no ponto predominante de um recinto amuralhado e a curta distância do chamado castro do Curral da Pedra, inserido na área do Parque Arqueológico do Vale do Côa, voltado a poente sobre o planalto de um pardo mas impressionante afloramento granítico, que se reveste e transcende de maravilhosas manchas bancas como a neve com a floração das giestas na Primavera, que então cobrem todas as rochas e penhascos, conhecido por Monte dos Tambores, onde persistem abundantes vestígios e núcleos de habitações, desde o neolítico, calcolítico e periodos seguintes"
"Os fenómenos astronómicos solstício e equinócio marcam o início de cada estação em cada hemisfério. Quando o Sol atinge seu limite máximo ao Norte ou ao Sul no seu movimento aparente, ocorrem os solstícios de verão e inverno. Quando o sol incide sobre a Linha do Equador, estando em seu posicionamento médio, ocorrem os equinócios de primavera e outono.
Violinista António Barbosa, em 2007 |
VENHA POIS CONTEMPLAR UMA DAS MARAVILHAS ASTRONÓMICAS DA PRÉ-HISTÓRIA - Onde outras pedras também capricham por espantosas formas de animais ou bustos humanos - Naturalmente que não são obra do acaso
Além dos primeiros estudos de Adriano Vasco Rodrigues, que classificou, o recinto da Pedra da Cabeleira, como "local de culto ou de sacrifícios" e do levantamento arqueológico da área, levado a acabo pelos arqueólogos Sá Coixão e, depois, por António Faustino Carvalho, https://comum.rcaap.pt/bitstream/10400.26/23534/1/Carvalho2003.pdf também já ali se deslocaram, entre outros, Gonçalves Guimarães, Lima Garcia e, por duas vezes, o astrónomo Máximo Ferreira
Posteriormente, também o prestigiado Catedrático da Universidade Nova de Lisboa, Moisés Espírito Santo, que teve a gentileza de oferecer um estudo à comissão organizadora das celebrações, no qual associou os vários nomes dos da área envolvente ao culto do sol
O autor da Sociologia das Religiões, diz
ter dado particular atenção aos nomes dos sítios e das pedras dos calendários.
Frisando que, o que ali observou e pôde interpretar “não consta nos livros de
História de Portugal” onde - segundo afirma -, “crassa ignorância e uma
verdadeira fobia quanto à cultura dos nossos antepassados lusitanos. Os
historiadores e arqueólogos procuram fazer-nos crer – acrescenta o investigador
- “que os lusitanos eram uma horde de selvagens, atrasados e ignorantes, quando
foram o povo que «durante mais tempo se opôs aos romanos», conclui o
Catedrático, citando Estrabão
Adriano Vasco Rodrigues, no seu estudo publicado em 1982, sobre a
História Remota de Meda., referindo-se à
Pedra da Cabeleira de Nº Srª, diz o seguinte: “Também na freguesia de Chãs, que
foi outrora anexa de Longroiva e agora pertence ao concelho de Vila Nova de Foz
Côa, localizei, a curta distância da povoação, na Lapa de Nossa Senhora, no
interior de um penedo com forma de crânio, um nicho contendo algo que parece a
pintura de uma cabeleira humana”
Castro do Curral da Pedra - Mancheia-Tambores |
“O penedo tem o seu assento sobre uma vasta superfície
rochosa granítica. A face poente está desbastada como uma enorme testa. Na
parte interior rasga-se uma abertura com cerca de um metro de diâmetro, que dá
entrada para uma espaçosa câmara com o exterior por outra abertura rasgada na
face ocidental.”
A linha de água do Vale da Ribeira Centeeira, ou Graben de Longroiva, mais conhecido por Vale dos Areais, vai desaguar ao Côa, depois de tomar o nome de Ribeira dos Piscos, em cuja foz se situa um dos principais núcleos de gravuras rupestres classificados como Património da Humanidade.
Do lado de lá, as encostas são xistosas e ficam localizadas as povoações da Pestana, Cornalheira, Gamoais e Vale do Pereiro, onde se estendem lindíssimas vinhas - Sobranceiras ao vale, situam-se duas magnificas quintas, muito bem aproveitadas, a Quinta da Veiga e a Quinta da Canameira – A Quinta dos Areais, outra das áreas fertilíssimas, onde até o Salazar ia deliciar-se com a sua fruta e a comida regional, lamentavelmente, nos últimos anos tem estado praticamente desaproveitada - Com um extenso pomar de pereiras, carregado de peras, inundado de arbustos e de silvas, em terrenos onde se chegaram a cultivar belas hortas e meloais – A propriedade é pertença dos antigos herdeiros de um médico de Salazar, que residem em Viseu, onde há mais pinhais de que hortas.
O graben de Longroiva é o prolongamento para Sul do graben da Vilariça. É uma depressão tectónica formada com o desnivelamento dos blocos laterais e abatimento do bloco central de uma fracturação paralela numa faixa de 0,5 a 1 km de largura na Falha da Vilariça. O bloco Oeste desenvolve-se em patamares desde a Ribeira da Centeeira, que corta o vale, a altitudes da ordem de 300m, até à região de Mêda, a altitudes de 650 a 750 m. O bloco Este forma uma escarpa de falha de 150 a 200 metros de altura. https://www.geocaching.com/geocache/GC3G5EN
Esta extraordinária imagem, configurando uma gigantesca esfera terrestre ou a esplendorosa configuração de um enorme globo solar, fica na vertente de uma antigo castro – o ponto mais alto deste vasto maciço rochoso. Foi registada, pela primeira vez, às 20.45 horas do dia 21 de Junho de 2003. Todos os anos, por esta altura, o sol, ao pousar no horizonte, projeta os seus raios em perfeito alinhamento com a sua crista e o centro do círculo votivo, situado no enfiamento a uns metros a oriente. Assinalando a entrada do Verão e proporcionado um verdadeiro posto de observação astronómico.
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