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segunda-feira, 25 de setembro de 2023

Santuário Rupestre da Pedra da Cabeleira de Nª Srª- Surpreendente imagem de teia de aranha na manhã do Equinócio do Outono, pendurada à entrada da borda superior do semi-arco da graciosa gruta que atravessa e se assemelha à réplica solar que ali se pode contemplar ao nascer do sol que a ilumina de ponta a aponta através do seu eixo central no primeiro dia dos equinócios

                                       Jorge Trabulo Marques - Jornalista e Investigador 




Na manhã do último sábado, dia 23, na já tradicional sessão de boas-vindas ao primeiro dia do Outono, que decorreu ns Pedra da Cabeleira de Nª Srª, conforme postagem anterior, num dos sítios do maciço dos Tambores, que é atravessada pelos raios solares do nascer do sol nos Equinócios do Outono e da Primavera, proporcionando um deslumbrante espectro solar, sim, quem haveria de imaginar que ali iriamos deparar como uma espécie de réplica da imagem que ali íamos contemplar e, de algum modo também a fazer lembrar a da imagem do entrançado da pintura rupestre que ali existe num nicho do seu interior, que, um estudo da toponímia local, do Prof. Moisés Espírito Santo, classifica como símbolo solar

Coincidência?.. Diz a sabedoria popular que nada acontece por mero acaso – Seja como for, não deixou de surpreender especialmente a Drª Antonieta Maria de Jesus Rosendo, uma das nossas peregrinas, quando ali se debruçou junto ao gracioso portal e nos chamou atenção daquela tão curiosa teia, que ali estava pendurada , não resistindo ao fascínio de se ajoelhar e de entrar pela gruta adentro e observar atentamente o seu teto e a pintura rupestre ali existente.

Estudo em nave espacial, em 2020, revelou interessante comportamento  aranhas - Foi referido que, um par de Aracnídeos, que passaram dois meses flutuando na Estação Espacial Internacional para uma experiência científica por um grupo de cientistas suíços e americanos, revelaram um comportamento muito curioso , sobre como estes insectos produzem suas teias na ausência de gravidade .. Os resultados da observação de dois meses foram publicados no começo na revista científica Science of Nature.



Tal como já dissemos, vários têm sido os investigadores deste santuário, que ali se têm deslocado e debruçado sobre o monumental megálito - Além do estudo de Adriano Vasco Rodrigues, o primeiro académico e arqueólogo a pronunciar-se dobre a Pedra da Cabeleira de Nª Srª, sim, do prestigiado Director Jubilado da Schola Europaea , U.E. Bélgica. Ex-Professor Associado da Unividade Portucalense, antigo colaborador do Instituto Superior de Investigação Cientifica de Angola, autor de numeoras publicações sobre educação, pré-história, arqueologia e arte africana,de que evidencia Arqueologia da Península Hispânic

Também o referido templo solar foi objecto de especial atenção por parte Moisés Espírito Santo, autor de várias obras na área da sociologia e etnologia, professor catedrático jubilado em Sociologia e Etnologia das Religiões, desde 2004, um dos fundadores e membros do Instituto de Sociologia e Etnologia das Religiões (1991-2004), do Instituto Mediterrânico (1991-2004) e da Associação de Estudos Rurais (1991-2004), cujos estudos  contribuiram decisivamente, com as suas investigações, para o conhecimento científico da origem e da identidade da Língua Portuguesa, com origem no Noroeste da Península Ibérica   e cuja matriz deriva das variantes de que foi objeto o Fenício, o Hebraico antigo e o Hebraico,

No seguimento da sua deslocação ao Santuário e à minha aldeia, Chãs, freguesia de V. N. de Foz Côa, diz ter dado particular atenção aos nomes dos sítios e das pedras dos calendários. Frisando que, o que ali observou e pôde interpretar “não consta nos livros de História de Portugal” onde - segundo afirma -, “crassa ignorância e uma verdadeira fobia quanto à cultura dos nossos antepassados lusitanos. 


Castro do Curral da Pedra - Mancheia-Tambores

Os historiadores e arqueólogos procuram fazer-nos crer – acrescenta o investigador - “que os lusitanos eram uma horde de selvagens, atrasados e ignorantes, quando foram o povo que «durante mais tempo se opôs aos romanos», conclui o Catedrático, citando Estrabão

Poderei citar muitos mais testemunhos da riqueza pré-histórica da região, os quais localizei através das minhas prospecções, entre eles, necrópoles, grutas, abrigos, castros e dos mais representativos a Estátua-menhir de Longroiva, representando um homem, possivelmente um caçador, acompanhado pelo mesmo equipamento do homem encontrado na geleira do Tirol, em Setembro de 1991, entre a Itália e a Suíça, conhecido por Ossi.

"Pedra da Cabeleira é o nome da pedra grande através de cuja fenda se vê o sol nascer nos equinócios. Excluirmos a lenda da «cabeleira que Nossa Senhora aí deixou» por ser uma adaptação recente do nome original à religião católica popular. Como a fenda da pedra serve para ver, nos equinócios, o nascer do sol, Cabeleira é uma corrupção de qabal awra [lê-se: cabalaura] em que qabal (do acádico) significa «no meio, mediano, posição ao meio», e awra (do cananita e hebraico) «aurora, nascer do sol».


Portanto qabal awra significou literalmente «posição ao meio do nascer do sol», isto é, «posição do nascer do sol ao meio» do ano, «posição mediana do nascer do sol», sendo os equinócios a posição do sol «ao meio» do seu aparente percurso celeste. Em hebraico, qbl [lê-se: qabal] também significa «aceitar, recolher, acolher»; qbl awra seria então «aceita, recebe, acolhe o nascer do sol», tratando-se duma significação complementar (a fenda acolhe o sol nascente).

O QUE DIZ O PRIMEIRO ESTUDO DA PEDRA DA CABELEIRA DE Nª SRª

O Prof. Adriano Vasco Rodrigues, um grande entusiasta por estes lugares, nomeadamente pela Pedra da Cabeleira, que, já em 1956, havia visitado e classificado como “um local de sacrifícios ou culto do crânio”, diz o seguinte:

- “Em 1957, tive oportunidade de estudar a fraga conhecida com o nome da Cabeleira de Nossa Senhora, que classifiquei como santuário pré-histórico, integrado cronologicamente na revolução neolítica. Pelas suas características sugere a existência de um culto ao crânio, característico, na Península Hispânica, da transição do Paleolítico para o Neolítico, segundo o Prof. Pericot. A identificação com uma entidade feminina, que sofreu consagração à Virgem Maria, acompanhada de lenda popular, sugere um culto inicial à Deusa Mãe, símbolo da fertilidade.

O início da agricultura está ligado ao culto da Deusa Mãe, privilegiando a germinação das plantas. Foi trazido do Médio Oriente para o Ocidente peninsular pelos primeiros povos agricultores.

Junto deste santuário localizei uma pequena cavidade em forma de concha, que poderá ter servido para recolha de sangue proveniente de sacrifícios. Em frente de uma das entradas do abrigo interior daquela fraga, havia uma pedra quadrangular, com 1,5 m. de lado, em forma de arco, que se adaptava perfeitamente, deixando uma abertura suficiente para permitir a entrada dos raios solares.

O jornalista Jorge Trabulo Marques, natural das Chãs, do concelho de Vila Nova de Foz Côa, que meritoriamente tem pesquisado toda esta área, levantou o problema de se tratar de um calendário solar, tendo o homem pré-histórico aproveitando este monumento natural e adaptando-o, como se comprovou pela presença da pedra, que atrás referi. Esta hipótese não foi levantada despropositadamente, pois está comprovado por testemunhos de períodos coevos em que foram levantados calendários relacionados com a marcação de solstícios de Verão e de Inverno. O culto ao Sol é fundamental nas sociedades primitivas e o conhecimento do calendário das estações para poderem fazer as sementeiras. O culto à Deusa Mãe e ao Sol dos primeiros agricultores está relacionado.

Também já num tempo pré-histórico mais próximo dos nossos dias, temos o exemplo de Stonehenge, convidando à observação do Sun rose e do summer solstice. Na Irlanda, o túmulo chamado New Grange, mostra uma abertura pela qual entra a luz solar no dia do solstício de Inverno percorrendo a câmara até à sua parede final.

Dou os meus parabéns ao jornalista e fotógrafo Jorge Trabulo Marques pela iniciativa do turismo cultural que vem levando a efeito com tanto sucesso.”

INTERESSANTES OBSERVAÇÕES DE TOM GRAVES

Autor do famoso livro - Agulhas de Pedra, A Acupunctura da Terra – o escritor e radiestesista, Tom Graves, que veio expressamente da Austrália para visitar o local

O autor da obra sobre a influência da terra na alma e vida do ser humano, deslocou-se, em Outubro de 2008,  da Austrália aos Templos do Sol para ali confirmar a sua teoria de que «Em toda a parte existe uma interação entre as pessoas e o lugar – e o lugar também tem as suas escolhas.»tom graves veio da austrália para estudar as pedras

Espantoso achado, encontrado nos Tambores  – pelo autor deste blogue – Denota faltar-lhe uma parte e a ponta - 



Na anta da Cunha·Baixa (Mangualde), a que me referi a cima, Pág.71, encontrei um objecto de granito, com a conformação indicada na figura 73: o objecto tem de comprimento 1m,20 e de maior largura om,20, apresentando ao longo uma serie de sulcos feitos com toda a regularidade; estava deitado à entrada da camara. Não me parece fácil determinar precisamente o uso d'este objecto. Nunca vi outro igual, conquanto tenha encontrado dentro das antas pedras mais ou menos compridas e irregulares, que talvez lá não fossem postas sem especial intuito I. Num livro do sr. Joly s vem o desenho de um objecto que represento na fig. 74, o qual não deixa de ter alguma parecença com o de cima, embora  talvez seja muito menor, e de outra substância; o A. denomina-o registre-se de  comptes, Inclino-me a crer que o objecto Cunha-Baixa representa um troféu, designado os sulcos

A linha de água do Vale da Ribeira Centeeira, ou Graben de Longroiva, mais conhecido por Vale dos Areais, vai desaguar ao Côa, depois de tomar o nome de Ribeira dos Piscosem cuja foz  se situa um  dos principais núcleos de gravuras rupestres classificados como Património da Humanidade. 

Do lado de lá, as encostas são xistosas e ficam localizadas as povoações da Pestana, Cornalheira, Gamoais e Vale do Pereiro, onde se estendem lindíssimas vinhas  - Sobranceiras ao vale, situam-se duas magnificas quintas, muito bem aproveitadas, a Quinta da Veiga e a Quinta da Canameira – A Quinta dos Areais, outra das áreas fertilíssimas, onde até o Salazar ia deliciar-se com a sua fruta e a comida regional,  lamentavelmente, nos últimos anos  tem estado praticamente desaproveitada - Com  um extenso pomar de pereiras, carregado de peras,  inundado de arbustos e de silvas, em terrenos onde se chegaram a cultivar belas hortas e meloais – A propriedade é pertença dos antigos herdeiros de um  médico de Salazar, que residem em Viseu, onde há mais pinhais de que hortas.

graben de Longroiva é o prolongamento para Sul do graben da Vilariça. É uma depressão tectónica formada com o desnivelamento dos blocos laterais e abatimento do bloco central de uma fracturação paralela numa faixa de 0,5 a 1 km de largura na Falha da Vilariça. O bloco Oeste desenvolve-se em patamares desde a Ribeira da Centeeira, que corta o vale, a altitudes da ordem de 300m, até à região de Mêda, a altitudes de 650 a 750 m. O bloco Este forma uma escarpa de falha de 150 a 200 metros de altura. https://www.geocaching.com/geocache/GC3G5EN



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