JORGE TRABULO MARQUES - JORNALISTA
Este ano, o
Solstício de Inverno ocorrerá às 15h59min de hoje, marcando o início da estação
no hemisfério norte (a mais fria apesar da Terra vir a estar o mais perto do
sol a 4 de janeiro). O sol neste dia de solstício estará o mais baixo possível
no céu em Lisboa e aquando da sua passagem meridiana atingirá a altura mínima
de 28° .
A duração do
dia no Solstício de Inverno é a mais curta. A 21 de dezembro de 2021 o disco
solar nascerá às 07:51:11 horas e pôr-se-á às 17:18:14 horas em Lisboa, assim a
duração do dia será de 09:27:03 horas, ver tabela abaixo
Em 2015, calhou no dia 22 - Celebrámo-lo numa manhã gelada de nevoeiro, com poemas de António Sousa Freitas, junto a um dos calendários solares, a curta distância do Castro do Curral da Pedra, Maciço dos Tambores, aldeia de Chãs, Foz Côa - É um fenómeno astronómico que acontece todos os anos, entre os dias 21 ou 22 de Dezembro.
O SOLSTÍCIO DO INVERNO É TAMBÉM O INÍCIO DA FESTA NATALÍCIO
Referem os estudos mitológicos que “Em várias culturas ancestrais à volta do globo, o solstício de inverno era festejado com comemorações que deram origem a vários costumes hoje relacionados com o Natal das religiões pagãs. O solstício de inverno, o menor dia do ano, a partir de quando a duração do dia começa a crescer, simbolizava o início da vitória da luz sobre a escuridão. Festas das mitologias persa e hindu referenciavam as divindades de Mitra como um símbolo do "Sol Vencedor", marcada pelo solstício de inverno. A cultura do Império Romano incorporou a comemoração dessa divindade através do Sol Invictus. Com o enfraquecimento das religiões pagãs, a data em que se comemoravam as festas do "Sol Vencedor" passaram a referenciar o Natal, numa apropriação destinada a incorporar as festividades de inúmeras comunidades recém-convertidas ao cristianismo
STONHENGE PORTUGUÊS" - EXISTE E SITUA-SE NO MACIÇO DOS TAMBORES-MANCHEIA - Com alinhamentos sagrados para todas as estações do ano
Não estando o céu encoberto, os raios solares do nascer do sol, ficariam em perfeito alinhamento com o horizonte, a crista da pedra (de forma fálica) e o centro do recinto circular
Houve um tempo, já recuado, ou seja o tempo da cultura megalítica, em que, gigantescas pedras foram erigidas e transformadas em dolmens, cromeleques, menires, megálitos, e, mais tarde - em posteriores civilizações -, toscamente estilizadas e talhadas em enormes estátuas, tais como as actualmente famosas estátuas da Ilha da Páscoa, enigmáticas figuras gigantes com os olhos voltadas ao céu, ou ainda, nos Andes, a não menos impressionante estátua de Tihahuanaco, ou da gigantesca porta do sol, talhadas num único bloco de andesite, presume-se que da cultura Asteca, expressando a mais estreita aliança entre o céu e a terra e a união do espírito com a matéria - Isto para já não falar do circulo de Stonehenge. das famosas pirâmides do Egito e de outros imponentes altares do género, noutros pontos das Américas, da Europa (Grécia, Inglaterra, por exemplo)China, Índia, e em tantos outros pontos do mundo. Os templos do sol, no afloramento granítico dos Tambores, Mancheia e Quebradas, fazem parte dessa majestosa herança.
António
Sousa Freitas, o Poeta que foi cantado por Artistas como Amália Rodrigues,
Carlos do Carmo, Simone de Oliveira, entre muitos outros, no dia em que faria
100 anos de vida.ANTÓNIO
SOUSA FREITAS, Poeta, nasceu na Freguesia de Buarcos (Figueira da Foz), a
01-01-1921, e faleceu em Lisboa, a 30-06-2004. Iniciou o seu percurso literário
durante os tempos de estudante em Coimbra, onde frequentou as tertúlias onde
pontificavam Fernando Namora, João José Cochofel, Joaquim Namorado, Carlos
Oliveira e Álvaro Feijó.
Durante a sua permanência em Coimbra, entre 1939 e 1942, Sousa Freitas colaborou no jornal universitário “Via Latina”, participou na fundação da revista cultural “Vértice” e do jornal humorístico “Poney”, sendo também em Coimbra que publicou o seu primeiro livro “Anita” (1940). Da sua obra destacam-se, ainda: “Abordagem” (1950- Prémio Antero de Quental) ;África e Outros Poemas” (1958 – Prémio Camilo Pessanha); “Para o Amor o Silêncio” (1961); “Requiem por Todos Nós” (1967 – retirado do mercado pela censura) e “Novamente Aventura” (1994). Entre 1952 e 1963 colaborou nos programas “Ouvindo as Estrelas” e “Canções de Portugal”, na Emissora Nacional, e nos programas “Poetas de Ontem e de Hoje” e “Novidades Literárias”, do Rádio Clube Português.
Como letrista, escreveu canções que foram interpretadas por Maria Clara, que celebrizou a “Canção “da Figueira”; Simone de Oliveira, Maria de Lourdes Resende, João Maria Tudela, António Calvário, Carlos do Carmo e, entre outros, Amália Rodrigues. Em 1985 foi agraciado com a Ordem do Infante D. Henrique.
O seu nome
faz parte da Toponímia de: Figueira da Foz (Freguesia de Buarco
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