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segunda-feira, 13 de abril de 2020

Páscoa 2020 - Evocativa da ressurreiçao de Cristo– Redentora e santificada! - Despede-se no coração e na intimidade da noite solitária e sem o povo celebrá-la, com profunda mágoa mas talvez mais enriquecida pela reflexão à efemeridade da vida e de que, afinal, a solidariedade na Terra é fundamental para auxiliar a humanidade na mesma dor e ansiedade global



Ó noite íntima, amável, eterna, de estrelas coroada!
Quantos corações, a estas horas mortas e silenciosas
cansados de vos perscrutar, assolados pela dura,ansiedade
das suas dúvidas, gelados por perguntas mudas impiedosas!
Aguardam uma resposta no alvor de uma doce, nova alvorada

Sim! Vai alta a lua descendo nostálgica e já curvada
sob o etéreo azul do infinito arco, brilhando silenciosa
e paulatinamente no seu brilho impassível p'ra madrugada|
Descendo p'ró horizonte no celestial percurso ou caminhada!
Vem ó noite dos esquecidos, coração sofrido e atormentado!
Trazer-lhe no perpétuo ritual universal a paz tão desejada!

Jorge Trabulo Marques - Peregrino Da Luz - 
Escrito há algumas horas para o facebook na noite prestes  a findar





A FORÇA E O VIGOR DO SEU POVO MANTÉM A CHAMA, MESMO SEM VELAS NA MÃO - PÁSCOA - MEU SINGELO TRIBUTO AO POVO DE FOZ CÔA E DO MEU CONCELHO -Com alguns sons e vozes, que não poderem  escutar, pelas razões, que todos conhecemos, no  dia mais santo do catolicismo confiante de que, os breves momentos que aqui recordo, por mim registados, há quase um ano, nas comemorações dos 85 anos da Associação Humanitária dos BV. de VN de foz Côa, na missa dominical que decorreu no interior da igreja matriz, sim, que esses momentos imbuídos de profunda religiosidade, de algum modo, possam mitigar a ausência desse alento espiritual ao vivo e no interior do magnifico templo e de outras igrejas e ermidas da nossa região, tal como sucederá em todo o Portugal continental e ilhas e por todo o mundo onde vigore o estado de emergência e seja celebrada 

Aproveitando, ao mesmo tempo, para aqui lhe recordar dois poemas para contribuir para a profunda reflexão a que o dia convida: um de autoria do poeta Manuel Daniel, natural de Meda, mas que aqui tem passado grande parte da sua vida, dedicado a causas nobres e públicas; o outro de um poeta anónimo fozcoense, editado em Outubro de 1926 pelo jornal “ECOS DE FOZ CÔA”na coluna: “OS NOSSOS POETAS” assinado apenas com as iniciais de M. Da C.

CAMINHADA

Trazes os pés erguidos da jornada.
meu pobre louco,
a meta percorrida não foi nada:
foi só um pouco.

É preciso que um sonho te levante
em cada caminhada
que tenha brilho o teu olhar durante
a labuta pela vida.

Como prémio, dirás ao coração
na hora de expirar:
não foi inútil caminhar em vão
nem foi em vão
sonhar.
Manuel Daniel

Do livro “A PORTA DO LABIRINTO”

SENTIR
No dia em que a alma não produz
Nem a chama de um leve pensamento
E a gente se debate num lamento
Dom olhar a que alguém tirasse a luz

Nos dias em que a alma não traduz
Alegria, pesar, nem sofrimento.
Porque estranho requinte de tormento,
Porque estranho requinte de tormento
É bem maior e mais pesada cruz?!...

Se agente, repassada de tristeza e amargura,
Numa hora indizível de secura
Da própria dor se sente abandonada

De si mesmo quisera até fugir...
Ninguém lamento o mal bem sentir
Que é talvez mais cruel não sentir nada.
M.da C.




Padre Roberto Repole, teólogo sistemático, diretor da faculdade de Teologia de Turim, reflete sobre as consequências da pandemia do coronavírus que levou as autoridades eclesiásticas a proibir as celebrações religiosas com o povo, e depois a determinar que a celebração da Semana Santa e Páscoa fosse “sem a participação do povo”

Acredito que nenhum cristão autêntico não sinta, hoje, a desoladora falta da Eucaristia dominical, ainda mais das celebrações da Páscoa. Mas isso não significa que não podemos celebrar a Páscoa. Podemos fazer com os gestos que estão à nossa disposição na ausência da liturgia: a oração, o silêncio, a liturgia das horas, momentos de oração nas nossas famílias. Tudo isso com a certeza de que santificar o tempo é reconhecer que a minha vida vem de Deus. Santificar o tempo e fazer festa é algo bem maior do que, simplesmente, respeitar um preceito. Se há um preceito na Igreja que justamente nos convida a celebrar a Eucaristia, todos os domingos, é algo que devemos colocar em uma dimensão mais profunda: há um tempo que é de Deus e dá sentido a todo o resto do tempo. Essa é mais uma oportunidade que nos é dada: redescobrir que a Eucaristia dominical não conclui a celebração da festa. https://www.vaticannews.va/pt/igreja/news/2020-04/pascoa-teologo-repole-coronavirus.html



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