Jorge Trabulo Marques - Recordando neste dia, o escritor Brasileiro, Jorge Amado, e o poeta e politico António Arnaut - Pai do Serviço Nacional de Saúde
Comemora-se, hoje o dia Dia Mundial do Livro e do Direito Autoral, o livro como a materialização física
e simbólica da criatividade humana. Por meio do livro, compartilha-se
conhecimentos sistematizados por todas as ciências — exatas, biológicas e
humanas —, o que possibilita o desenvolvimento da humanidade em múltiplos
aspectos: económicos, científicos, sociais, políticos, sociológicos,
históricos, antropológicos.” Oportunidade
para recordar alguns autores da lingual portuguesa
DIA MUNDIAL DO LIVRO - Lembrando Jorge
Amado - Um dos mais famosos escritores brasileiros da segunda geração do
Modernismo. Com obras traduzidas para a maioria dos idiomas, recebeu vários
prémios e títulos honoríficos.
Nasceu em 10 de agosto de 1921 no
município de Itabuna, na Bahia. Era filho de fazendeiros do cacau e foi enviado
para estudar no Colégio António Vieira, em Salvador. E foi em Salvador que
passou sua adolescência de forma livre, convivendo com os mais variados tipos
de pessoas e situações, fato que influenciaria a temática de suas obras.
Considerado também um dos maiores representantes da ficção regionalista que marcou o Segundo Tempo Modernista. Sua obra é baseada na exposição e análise realista dos cenários rurais e urbanos da Bahia
Depois do 25 de Abril. Jorge Amado, deslocou-se várias vezes a Portugal: vindo, nomeadamente, de Paris, onde passava algumas temporadas, sobretudo na década de 80, numa fase, literáriamente, ainda muito ativa – Não era que gostasse mais de viver na Europa de que no Brasil; o motivo não era esse mas a falta de privacidade e o necessário isolamento, que não conseguia encontrar na sua cidade natal, onde era constantemente solicitado - Nascido em Tabuna, a 10 de Agosto de 1912, Estado da Baía, e, em cujas terras, havia também de falecer: Em Salvador, 6 de Agosto de 2001
Confessou-me que adorava o nosso país: deliciar-se com a sua gastronomia, admirava o artesanato do Minho (nomeadamente o da cerâmica), as belezas naturais, o nosso sol, nosso clima, a simpatia das nossas gentes, onde contava com bons amigos, alguns dos quais, fonte de inspiração, como personagens nas suas obras: é o caso, por exemplo, de Nuno Lima de Carvalho, diretor da Galeria de Arte do casino Estoril
Considerado também um dos maiores representantes da ficção regionalista que marcou o Segundo Tempo Modernista. Sua obra é baseada na exposição e análise realista dos cenários rurais e urbanos da Bahia
PORTUGAL - ROTA OBRIGATÓRIA DAS VIAGENS DE JORGE AMADO
Depois do 25 de Abril. Jorge Amado, deslocou-se várias vezes a Portugal: vindo, nomeadamente, de Paris, onde passava algumas temporadas, sobretudo na década de 80, numa fase, literáriamente, ainda muito ativa – Não era que gostasse mais de viver na Europa de que no Brasil; o motivo não era esse mas a falta de privacidade e o necessário isolamento, que não conseguia encontrar na sua cidade natal, onde era constantemente solicitado - Nascido em Tabuna, a 10 de Agosto de 1912, Estado da Baía, e, em cujas terras, havia também de falecer: Em Salvador, 6 de Agosto de 2001
Confessou-me que adorava o nosso país: deliciar-se com a sua gastronomia, admirava o artesanato do Minho (nomeadamente o da cerâmica), as belezas naturais, o nosso sol, nosso clima, a simpatia das nossas gentes, onde contava com bons amigos, alguns dos quais, fonte de inspiração, como personagens nas suas obras: é o caso, por exemplo, de Nuno Lima de Carvalho, diretor da Galeria de Arte do casino Estoril
Tanto ele, como Zélia Gattai, sua esposa, deram-me o prazer de me concederem várias entrevistas, que aguardo no meu arquivo. Uma das quais feita por ocasião do Congresso de Escritores Portugueses, em 1988 (creio que o 2º), ou seja, dois anos antes da assinatura do então já polémico acordo ortográfico – Obviamente, que o tema não deixou de vir à baila, gerando acaloradas discussões, tal como, de resto, ainda hoje continua a suscitar,
JORGE AMADO E O SEU AMIGO GLAUBER ROCHA
Entrevista concedida por Jorge Amado, em 6 de Agosto de 1981, a escassos dias do seu aniversário e da morte do seu grande amigo, o cineasta, Glauber Rocha, um dos cineastas mais notáveis do chamado Cinema Novo Brasileiro, iniciado no começo dos anos 60. – Esta entrevista, feita no dia em que se completavam 36 anos sobre o lançamento da bomba atómica sobre Hiroxima, assunto que também é colocado ao escritor Jorge Amado, foi transmitida na então Rádio Comercial – RDP e escutada por Glauber, então enfermo no Hospital da CUF, a quem telefonei, dando-lhe conhecimento, a pedido de Fernando Namora, com o fim de lhe dar ânimo.a
ANTÓNIO ARNAUT - O CAVADOR DE SONHOS QUE DEU SAÚDE E PROLONGOU A VIDA A MUITA GENTE: - “Agora que disseste adeus para sempre/ é que sei o que é a eternidade” - “Deixem-me sonhar , à procura / dos sinais ocultos do caminho / é nas asas do sonho que a loucura faz o ninho – Da Voz do Poeta, António Arnaut, que partiu a caminho da eternidade
Os meus antepassado eram cavadores
da terra e vento, sonhos e presságios
Deles me ficou apenas esta enxada
com que procuro na bruma outros adágios
Deles apenas me ficou esta enxada
Com que procuro na bruma outros adágios"
António Duarte Arnaut GOL, nasceu em
(Penela, Cumeeira, em 28 de janeiro de
1936 – Coimbra, faleceu em Santo António
dos Olivais, 21 de maio de 2018, aos 59 anos, vitima de cancro
Advogado, político e escritor. Ativista contra a ditadura,
foi membro da Ação Socialista e candidato a deputado pela Oposição Democrática
(1969). Fundador e atual presidente honorário do Partido Socialista, foi
deputado e ministro dos Assuntos Sociais do II Governo de Mário Soares. É autor
da lei que criou o Serviço Nacional de Saúde, em cuja defesa se tem empenhado,
o que lhe valeu várias distinções e prémios. A Universidade de Coimbra
conferiu-lhe o título de Doutor Honoris Causa, pela sua ação cívica em defesa do SNS, e o Presidente da
República atribuiu-lhe a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade, em 25 de abril de
2016. Tem mais de 30 títulos publicados, de poesia, ficção, ensaio e
intervenção cívica (especialmente em defesa do SNS e do Estado social).
https://www.wook.pt/autor/antonio-arnaut/4074750
Desde jovem se envolveu na oposição ao Estado Novo. Participou na comissão distrital da candidatura presidencial de Humberto Delgado, em Coimbra, em 1958, foi arguido no processo resultante da carta dos católicos a António de Oliveira Salazar, em 1959, candidato à Assembleia Nacional, pela Comissão Democrática Eleitoral, no círculo de Coimbra, nas eleições legislativas de 1969.
Militante da Acção Socialista Portuguesa desde 1965, foi cofundador do Partido Socialista, em 1973, na cidade alemã de Bad Münstereifel, tendo sido seu dirigente até 1983.
Ministro do II Governo Constitucional, formado por coligação entre o PS e o CDS de Diogo Freitas do Amaral, coube-lhe a pasta dos Assuntos Sociais, tendo nessa qualidade lançado o Serviço Nacional de Saúde[1]
Exerceu diversos cargos na Ordem dos Advogados, nomeadamente o de presidente do Conselho Distrital de Coimbra[2]. É autor de um Estatuto da Ordem dos Advogados Anotado, bem como de um ensaio intitulado Iniciação à Advocacia, destinado a estudantes e jovens advogados. Em 2007, recebeu a Medalha de Honra da Ordem dos Advogados.[3]. https://pt.wikipedia.org/wiki/Ant%C3%B3nio_Arnaut
Tive o prazer de o entrevistar na altura do lançamento do seu livro de poemas, Miniaturas e outras Sinais, em Novembro de 1987 - Os poemas, de ambos os capítulos, não estão intitulados mas numerados poemas encontram - No dia da sua morte fui à minha extensa biblioteca procurar o maravilhoso livro, que me deu o prazer de me autografar e cuja leitura é sempre o convite para uma viagem de pensamentos e de sonhos – Não de quem, mercê da sua cultura, procura versejar e rimar, mas do profundo pensador e humanista
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