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terça-feira, 14 de abril de 2020

COVID-19 - Gonçalo Cadilhe – Leia bons autores de língua portuguesa - Escritor, Sonhador e Viajante à Volta do Mundo – A África dele não se prevê, vive-se – Diz o autor português de mais de uma dezena de livros de viagens – Aproveite para pôr a sua leitura em dia - Recordando um encontro que tive com ele na feira do livro em lisboa, em Junho de 2015 , numa sessão de autógrafos no pavilhão da sua editora. Clube do Autor – Mas, tal como ele faz, viaje mas seja cauteloso.

NÃO FIQUE PREGADO SÓ ÀS NOTICIAS - RESPIRE OUTRAS ATMOSFERAS - Jorge Trabulo Marques - Jornalista




 Recordando o encontro que tive com ele na Feira do Livro de Lisboa, em Junho de 2015, numa sessão de autógrafos no pavilhão  da sua editora. Clube  do Autor  a propósito do seu livro "Passagem Para o Horizonte” 
Declarou-me que este  livro  veio  ao encontro de um dos maiores sonhos da sua adolescência – Fruto de uma viagem que pôde realizar pouco depois de completar os 40 –  A chamada idade da prata mas que também pode ser o corolário da idade do ouro – E, pelos vistos, assim sucedeu para um dos autores portugueses mais viajados – Tudo o que escreve é fruto de observação direta e não produto de ficção ou imaginação: se bem que, muitos dos espantosos  episódios que nos relata, das imagens fotográficos ou descritivas que oferece aos seus leitores, sejam como que um grande apelo ao sonho e à imaginação, ao gosto de viajar e da  descoberta: de conhecer novos países e culturas, enfim, um pouco das imensas maravilhas oferecidas pelo Planeta Terra, em várias latitudes – Mas, tal como ele faz, viaje mas seja cauteloso.



"Uma volta ao mundo, a realização de um sonho, a celebração da vida"

Diz no prefácio de Passagem Para o Horizonte: -“Poucos dias depois de completar quarenta anos iniciei uma volta ao mundo de doze meses. O itinerário era simples: a partir de uma lista de doze ondas perfeitas, espalhadas pelo litoral dos cinco continentes, pretendia permanecer um mês a fazer surf em cada Uma delas. 


Esta viagem era um sonho que crescia comigo desde menino, e o ano dos meus quarenta anos parecia-me o ponto ideal para o concretizar. Na nossa sociedade, é perfeitamente lícito assumir como esperança média de vida os oitenta anos, logo os quarenta representam a barreira existencial subjectiva que divide a vida em duas metades. Eu queria celebrar a passagem dessa barreira da forma mais emblemática: concretizando um sonho grande e antigo. 

Na altura, um amigo argentino, o César, que é mais velho 'do que eu uns quinze anos, ofereceu-me uma «reflexão de percurso» com aquela falsa generosidade que os seres humanos sempre demonstram para com os amigos mais jovens, um desses conselhos que vêm embrulhados no suor da experiência e na mágoa da nostalgia: «Sabes, Gonçalo, é mesmo verdade isso que se diz de a vida só começar aos quarenta. A minha começou aí. Por isso, aproveita agora.» O César, depois de um silenciozinho malandro, acrescentou: «Ü que eu não entendo é porque é que nos fazem esperar tantos anos para começarmos - quarenta, precisamente.» “

PÚBLICO - 13/06/2019 A África dele não se prevê, vive-se Quinze países, 27 mil quilómetros, oito meses. 13/06/2019 - Gonçalo Cadilhe caminhou “quase sempre” sozinho. África Acima é o resultado de 27 mil quilómetros percorridos durante oito meses.

Há um mapa nas primeiras páginas deste livro de Gonçalo Cadilhe – cuja capa mostra uma paisagem árida e um caminhante de chapéu, cajado na mão e mochila às costa. África Acima (na sua décima edição, agora pela Clube do Autor). Do cabo da Boa Esperança, no extremo sul de África, ao estreito de Gibraltar, no extremo Norte. Sempre junto ao chão. Sempre perto das pessoas.

“É este o meu projecto: atravessar África. Prosseguir do Sul para o Norte utilizando as estradas do continente, recorrendo aos transportes públicos, aos autocarros maltratados pelos anos, aos comboios que ainda andam, pedindo boleia, viajando com as pessoas da terra – em terra onde estiver, farei como vir fazer. Excluo o transporte aéreo, voar sobre África não é viajar por África. Aliás, voar não é viajar.”

Como não seria de esperar, as suas previsões africanas “falharam... infalivelmente”. De pouco serviram as mil e uma viagens deste viajante profissional, a América Central, o Afeganistão, o planalto andino, as ilhas mais recônditas da Indonésia, os relatos dos outros livros – dos seus e dos outros autores viajantes da história. “De pouco serviram os quinze anos de experiência a viajar pelo resto do mundo”, escreve Cadilhe numa nota introdutória do seu último livro, com cerca de 200 páginas (e dois grandes parêntesis onde nos deixa espreitar o fim de tarde nas dunas de Sossusvlei, alguns bebés residentes da Fundação Harnas, um arco-íris nas Cascatas de Vitória, o Portugal do Estado Novo intacto nas fachadas do Lubango, paisagens “de conto de fadas”, as atribuladas travessias nos rios e as piores estradas da sua vida). “A África não se prevê, vive-se. Vai-se lá. https://www.publico.pt/2019/06/13/fugas/noticia/africa-nao-preve-vivese-1876041

Gonçalo Cadilhe nasceu na Figueira da Foz em 1968, cidade onde cresceu e que mantém como residência. Licenciou-se em Gestão de Empresas na Universidade Católica do Porto, em Setembro de 1992, fazendo parte da primeira "fornada" de licenciados deste curso. Durante os anos da Universidade frequentou também a Escola de Jazz do Porto. Depois de uma breve passagem pelo mundo da Gestão de Empresas, em Abril de 1993 começou a viajar e a escrever sobre viagens de forma profissional. Tem dez livros publicados e assinou três documentários de viagens para a RTP2. Organiza e acompanha mini-tours pelo globo em colaboração com a agência PLV- Excerto Gonçalo Cadilhe -Biografia



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