Em busca de uma palavra que me ilumine
e purifique de sagrada plenitude e de luz
Sim, porque um dia em paz toda a calma
da minha alma na viagem efémera da vida se apagará!...
Só o mistério indecifrável e eterno para sempre perdoará...
No Planalto dos Tambores, além dos calendários solares, alinhados com os equinócios da Primavera e do Outono e do Solstício do Verão, existem também dois alinhamentos sagrados com o solstício do Inverno - Um dos quais descoberto há oito anos por Albano Chaves - A segunda descoberta, ocorreu no solstício do Inverno de 2013
De entre os vários calendários, que assinalam o primeiro dia das estações do ano, existentes no penhascos do Maciço do Tambores, que tievmos o privilégio de descobrir mas Quebradas e Mancheia ergue-se, Junto ao Castro do Curral da Pedra, um curioso magalito, em forma fálica alinhada com o nascer do sol, que batizámos de Phallus Impudicus", por a sua configuração se associar aos fantásticos cogumelos Stinkhorn Phallus Impoudicus" que existm por esta altura nalguns pontos destas áreas.
O dia solar mais curto do ano e a noite mais longa no hemisfério Norte - Que a Luz deste dia ilumine e abençoe em paz e Harmonia Universal a Humanidade, com verdadeiro espírito de Natal
No templos do Monte dos Tambores,
aldeia de chãs, de Vila Nova de Foz Côa, é já uma tradição, desde o principio
deste século, celebrarmos, ali, junto aos calendários pré-históricos que
descobrimos, a entrada de cada um dos quatro ciclos astronómicos da
Natureza. com momentos de poesia .
E aqui estamos, pois, a dar continuidade a essas festividades,
com as quais desejamos dar continuidade às antiquíssimas tradições dos povos
que aqui viveram e que aqui terão cultuado e celebrado os seus deuses e festejado
os ciclos da Mãe-natureza.
Com o registo, em dois vídeos, de poemas dos cinco poetas que referimos.
Solstício do Inverno – Esta é a noite mais longa do ano – porventura também uma das mais geladas - Nós, ao nascer do sol (se estiver encoberto também o faremos) vamos saudar a sua entrada junto à Pedra "Phallus Impudicus" em homenagem aos fantásticos cogumelos Stinkhorn Phallus Impoudicus" que existem por esta altura nalguns pontos dos penhascos do Maciço do Tambores, Quebradas e Mancheia
SOLSTÍCIO DO INVERNO É TAMBÉM A FESTA NATALÍCIA


O "STONHENGE PORTUGUÊS" - EXISTE E SITUA-SE NO MACIÇO DOS TAMBORES-MANCHEIA - Com alinhamentos sagrados para todas as estações do ano
Se as condições do tempo o permitirem, o alinhamento pode observar-se cerca das 08.30 Os raios solares do nascer do sol, ficam em perfeito alinhamento com o horizonte, a crista da pedra (de forma fálica) e o centro do recinto circular .
PEDRA FÁLICA A CURTA DISTÂNCIA DO CASTRO DO CURRAL DA PEDRA E ALINHADA COM O NASCER DO SOL DO SOLSTÍCIO DO INVERNO - É MAIS OUTRA DAS MARVILHAS NOS TEMPLOS DO SOL
Os raios solares do nascer do sol, ficam em perfeito alinhamento com o horizonte, a crista da pedra (de forma fálica) e o centro do recinto circular . Porém, à medida que nos aproximamos do menir, naturalmente que vemos o ângulo altear-se. É possível que existisse ali uma ou mais pedras a balizar o centro do terreiro e que tivessem sido retiradas para junto do muro, uma vez que todos os bocados deste maciço, até há uns anos atrás, eram cultivados de centeio: onde não podia entrar o arado com o macho, ia a enxada . Ainda é uma questão a pesquisar - Pois existem pedras compridas, deitadas junto ao amuralhamento, com características de menir. Mesmo assim, o que tive a alegria de testemunhar, creio que é bastante convincente.

Trata-se, com efeito, da mais recente descoberta. O ano passado ia para observar o chamado alinhamento solsticial do Inverno das Portas do Sol, descoberto por Albano Chaves (cujos estudos foram editados neste site), acabei por nos aperceber também de um outro a curta distância. De resto, a singularidade dessa pedra, também já me havia suscitado a curiosidade pelo que, indo já de sobreaviso, ainda logrei arranjar tempo para confirmar a minha intuição. Se puder associar-se, não falte. Certo de que não se arrependerá. Depois do sol levantar, também rapidamente as geadas se dissipem, ou nevoeiros se os houver, antevendo-se que surja um dia bonito. O problema maior seria a chuva ou o céu nebulado mas a meteorologia dá-nos indicações de um céu limpo e descoberto, com o astro-rei a saudar a entrada do dia mais pequeno do ano
O SOLSTÍCIO DO INVERNO - NAS PORTAS DOS TEMPLOS DO SOL - NO PLANALTO DOS TAMBORES - DESCOBERTO, OBSERVADO E ESTUDADO POR ALBANO CHAVES - Já conhecíamos os alinhamentos com os Equinócios da Primavera e do Outono e o Solstício do Inverno - única dúvida que havia, finalmente foi desfeita.
Tal como foi dito neste site,(1) solstício do inverno nos templos do sol – albano chaves .. a descoberta do alinhamento solsticial de Inverno nas Portas do Sol, foi observada há três anos e ficou a dever-se ao Dr. Albano Chaves – O seu desenvolvido estudo, também já publicado em Inglaterra, numa revista sobre astroarqueológica, é realmente um valioso contributo para o conhecimento e investigação do património histórico na aldeia de Chãs, no termo da qual se situam as famosas gravuras paleolíticas da Quinta da Barca . Com tão interessantíssimo trabalho de investigação, concluía-se, assim, que, no planalto do Maciço dos Tambores, conquanto não houvesse os artistas, do mesmo gabarito dos que povoaram o Vale do Côa, mas verdadeiros astrónomos ou cultuadores do sol e dos ciclos das estaçõe
Os raios solares do nascer do sol, ficam em perfeito alinhamento com o horizonte, a crista da pedra (de forma fálica) e o centro do recinto circular . Porém, à medida que nos aproximamos do menir, naturalmente que vemos o ângulo altear-se. É possível que existisse ali uma ou mais pedras a balizar o centro do terreiro e que tivessem sido retiradas para junto do muro, uma vez que todos os bocados deste maciço, até há uns anos atrás, eram cultivados de centeio: onde não podia entrar o arado com o macho, ia a enxada . Ainda é uma questão a pesquisar - Pois existem pedras compridas, deitadas junto ao amuralhamento, com características de menir. Mesmo assim, o que tive a alegria de testemunhar, creio que é bastante convincente.
O SOLSTÍCIO DO INVERNO - NAS PORTAS DOS TEMPLOS DO SOL - NO PLANALTO DOS TAMBORES - DESCOBERTO, OBSERVADO E ESTUDADO POR ALBANO CHAVES - Já conhecíamos os alinhamentos com os Equinócios da Primavera e do Outono e o Solstício do Inverno - única dúvida que havia, finalmente foi desfeita.


VER AS BIOGRAFIAS E OUTRA INFORMAÇÃO, ACERCA DESTE MESMO EVENTO NO MEU SITE - ODISSEIAS NOS MARES
http://www.odisseiasnosmares.com/2018/12/solsticio-do-inverno-no-hemisferio.html

Por isso mesmo, antes de aqui tomar a liberdade e ter o grato prazer de editar esse belíssimo poema neste meu site, vou recordar umas palavras de outro meu distinto amigo, que, por várias vezes, me deu a honra de me receber em sua casa, sim, um dos textos extraído da obra diarística, “conta-corrente” 1982-1983
NOITE DE NATAL
O Céu não estava estrelado
Mas uma estrela luzia.
Num barraco desprezado
Estava José e Maria.
Num monte distanciado
A branca neve caía.
Mas no negrume fechado
De repente se fez dia.
Uma criança chorava
Quando a luz se reflectia
Num espaço onde ecoava
Um cântico de alegria,
Cântico que reboava
Numa perfeita harmonia,
Enquanto José louvava
E aos Céus agradecia.
Era um mistério sagrado
O que ali acontecia.
Um pastor, admirado,
Cantava, dançava e ria.
O próprio Tempo, abismado,
Em dois tempos se partia.
E sobre palhas deitado
O Deus Menino dormia.
Manuel Daniel
AS CELEBRAÇÕES NOS TEMPLOS DO SOL - SÃO TAMBÉM UMA OUTRA MANEIRA DE EVOCARMOS A MEMÓRIA DAS NOSSAS ANTIGAS RAÍZES E DE NOS INTERROGARMOS PERANTE O MILAGRE DO COSMOS E DA VIDA
Vou aqui também a aproveitar para transcrever um texto que editei neste site, alusivo às palavras do Dr. Manuel Daniel, que, por várias vezes nos deu o prazer de se associar às celebrações nos Templos do Sol, em Chãs, e que se enquadram nestes tempos da quadra natalícia
MANUEL DANIEL – UM RARO EXEMPLO DE AMOR ÀS LETRAS E À CAUSA PÚBLICA
Tal como já tive oportunidade de aqui referir, Manuel Joaquim Pires Daniel, nasceu em Vila de Meda (hoje cidade) em 18 de Novembro de 1934. Sem dúvida, um admirável exemplo de labor e de tenacidade, de apaixonado pelas letras e de sentido e dedicação ao bem comum.

Mas não menos relevantes são as letras que vêm a ser musicadas e gravadas em discos e cassetes - Interpretadas por Ramiro Marques, em EP nas canções “Amor de Mãe” e “Amor de Pai”, pela Imavox, em 1974 – E, também, anos mais tarde, as letras para um “Missa da Paz” e coletâneas temáticas sobre “Natal e Avós” E, com música de Carlos Pedro, as “Bolas de Sabão”, “Ciganos”, “Silêncio” e outros pomas.
No texto de apoio ao 2º vídeo, que igualmente tencionámos divulgar, aproveitaremos para inserir as palavras do Presidente Eng Gustavo de Sousa Duarte, com que prefaciou o livro de poesia Chão de Areia, entretanto, deixamos-lhe aqui um excerto do elogio do Presente Dr. Anselmo de Sousa, escrito no prefácio do livro “Coração Acordado:
O Município de Mêda congratula-se com mais este projecto editorial, onde o autor expressa de modo inequívoco o seu profundo amor telúrico, as emoções que nutre pela terra que o viu nascer, considerando estigmatizado esse destino peta providência divina
Trata-se de mais um importante contributo de salvaguarda da nossa identidade e memória local. A sua voz, as suas palavras, congelam em livro a idiossincrasia e a peculiaridade do nosso concelho, valorizando o nosso fundo documental, enriquecendo a nossa história local.
Nos seus poemas faz a apologia da Mêda, não se coibindo de recorrer aos mais belos recursos e artifícios estilisticos, não se esquecendo de enaltecer e de homenagear personalidades que já não estão entre nós, salientando as suas virtudes e benfeitorias, o seu desempenho meritório em prole da sua Terra, no exercício da cidadania.
(...) Sem dúvida, que o autor nos deixa mais um valioso testemunho que será prorrogado pelas gerações vindouras. A sua benignidade, o seu altruísmo, a sua generosidade e a sua competência literária merece todo o nosso reconhecimento.
Dr. Anselmo de Sousa, Presidente da Câmara de Meda.
HOJE SEUS OLHOS JÁ NÃO PODEM CONTEMPLAR A LUZ DO DIA - ESTÁ COMPLETAMENTE CEGO - Os seus belos versos fazem parte das tradicionais celebrações evocativas nos Templos do Sol - São indispensáveis.
MANUEL DANIEL – UMA VIDA INTENSA E MULTIFACETADA – ADVOGADO, POETA, ESCRITOR, DRAMATURGO E O HOMEM AO SERVIÇO DA CAUSA PÚBLICA
A sua vida tem sido pautada pela dedicação mas também pela descrição. Atualmente, debatendo-se com extremas limitaçoes da sua vista, por via de ter ficado completamente cego, no entanto, pese tão dura limitação, nem por isso a verbe do poeta se esgota e, dentro do que lhe é possível, com apoio amigo da família, lá vai compondo os seus versos e editando livros. Em cujos poemas perpassa o que de melhor têm a poesia portuguesa - Domina com mestria os mais diversos géneros poéticos e neles se expressa, a par de um profundo sentimento de religiosidade, o amor à terra, à natureza, aos espaços que lhe são queridos, suas inquietações e interrogações, sobre a efemeridade da vida e o destino do Homem - Em Manuel Pires Daniel, não há jogo de palavras mas palavas que vêm do coração, que brotam naturalmente, como água da melhor fonte, que corre das entranhas do xisto ou do granito da nossa terra.
O autor dos maravilhosos espectáculos rurais e da natureza envolvente, que mais terão impressionado a retina dos seus olhos, enquanto a mesma não foi toldada pelas trevas do fatalismo cruel da cegueira, com a qual tem agora de conviver as 24 horas do dia, valendo-se da memória, mas que, mesmo assim, tão minuciosamente continua a descrever, entremeando-os de episódios encantadores e de uma saudável originalidades bem genuína

AS MULHERES DAQUELE TEMPO – POEMA DE HAMILTON TAVARES
DO LIVRO GRAVURAS E PEDRAS QUE FALAM
As fêmeas do humanos não paravam
Um só momento em cada novo dia:
Ainda o sol a dormir, já se ajeitavam
Tomando banho em água quente ou fria...
A comida para todos preparavam ,
Dando a comer, felizes de alegria...
E quantas vezes , rezes se abeiravam ,
Que delas se abichavam sua fatia...
E à tarde , iam buscar ao longe as presas
Que os homens nas calçadas abatiam,
Recolhiam também frutos silvestres...
E tudo, tudo, sem qualquer despesas.
A não ser de energias que cresciam
Nos seus torneados corpos de rupestres...
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