Jorge Trabulo Marques - Jornalista, investigador e
coordenador do evento – Não deixe de ver também o anterior post
DEPOIS DA FESTA DO SOLSTÍCIO DO VERÃO, EM
21 DE JUNHO PASSADO, AI TEMOS A SAUDAÇAO AO EQUINÓCIO DO OUTONO, VENHA CONTEMPLAR OS RAIOS DO SOL, ATRAVESSANDO A SAGRADA
GRUTA DE PEDRA DA CABELEIRA DE Nª SRA -
AQUI, NOS TEMPLOS DO SOL,
DESLUMBRAM-SE OS OLHOS E BATE MAIS FORTE O CORAÇÃO NO VENTO DA EMOÇÃO - O
EQUINÓCIO DO OUTONO, É JÁ MANHÃ - 23-09-2018 às 08.00 –" Tu és belo no
céu... oh! Sol vivo! Quando te levantas a leste /enches todas as terras com tua
beleza!
Aqui, maravilham-se os
olhos e poesia fala mais ao sentimento!
No vídeo momentos de poesia, ditos pelo Prof, Adriano Vasco Rodrigues, quando,
há 3 anos, aqui lemos vários poemas da sua falecida esposa MARIA DE ASSUNÇÃO
CARQUEJA, que, uma vez mais, ali vamos recordar
Aqui, nos Templos do Sol,
aldeia de Chás, de Vila Nova de Foz Côa, celebramos as estações do ano com
emocionantes momentos de poesia e o esplendor dos raios solares, quer quando se
despedem no dia maior do ano – como seja no solstício do Verão - quer, quando, pouco depois do o sol se
levantar a nascente, atravessam a gruta
do mais impressionante e monumental leque de granito, que parece desafiar as leis
da gravidade -
AMANHÃ, DAS 08.00 HORAS, ÀS 08.30 Venha celebrar connosco o Equinócio do Outono, 23 de Setembro 2018, a nossa já tradicional festividade aos ciclos da Mãe-Natureza, em perfeita comunhão com a beleza e amplitude dos espaços envolventes, das poderosas energias telúricas revitalizadoras que ali se refluem, como poderosos condensadores-refletores, entre o infinito dos céus e a terra, num sagrado local, junto ao majestoso pórtico de uma das mais surpreendentes maravilhas da Pré-história., no sopé do altar sacrificial do Santuário Rupestre da Pedra da Cabeleira, arredores da aldeia de Chãs, Monte dos Tambores, Vila Nova de Foz Côa
PEDRA DA AUDIÇÃO - ONDE A VOZ ENCONTRA UMA PODEROSA RESSONÂNCIA - LUGAR DE ORAÇÕES - PARA MAIS FACILMENTE A SUA VOZ SOAR PELO INDIGITO DE DEUS

Em 2018 o início do outono em Portugal ocorre às 01h54 do dia 23 de setembro.
Equinócio do Outono -O início do outono é também conhecido como equinócio do outono. Este é o nome que se utiliza na astronomia para o fenómeno que marca o final do verão e chegada da nova estação, o outono.
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Castro do Curral da Pedra |
O outono do hemisfério norte é o "outono boreal" enquanto o outono do hemisfério sul chama-se "outono austral".
A estação traz consigo mais frio e chuva, e também as folhas amarelas e vendedores de castanha que se espalham pela cidade. https://www.calendarr.com/portugal/inicio-do-outono/
TAMBÉM AQUI OS SÍMBOLOS TRANSMITEM A SUA LINGUAGEM


O SÍMBOLO DA ESPIRAL – EXISTE NO FRONTISPÍCIO DA PEDRA DA CABELEIRA DE Nª SRª - Veja um dos seus significados: espiral traduz “as noções de ciclo (o ciclo do Sol e da Lua), de movimento rotativo”



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Olho de Horús |
SIM, ESTA SIMBOLOGIA NÃO É MERA COINCIDÊNCIA - "O Olho de Hórus era o Deus egípcio do sol nascente e era representado como falcão. Era a personificação da luz e a tinha como inimigo Seth, o deus da desordem e violência. Teve a sua origem no Egito Antigo e representa valores importantes como força, coragem, proteção e saúde. A sua imagem é um olho humano com pálpebras, sobrancelha e íris - Olho de Hórus, também conhecido como udyat, é um símbolo que significa poder e proteção. O olho de hórus era um dos amuletos mais importantes no Egito Antigo, e eram usados como representação de força, vigor, segurança e saúde.
“O
MAR DA MINHA TERRA É DE GRANITO” – Diz o poeta Manuel Daniel -Agora cego – Mas,
em 2011, a sua voz ergueu-se na Pedra dos Poetas para homenagearmos Assis
Pacheco - Os seus belos versos fazem parte das tradicionais celebrações
evocativas - São indissociáveis, de entre os poetas que ali vamos evocar na
manhã do dia 23, aldeia de Chãs, de V.N. de Foz Côa: Orlando Marçal, Hamilton Tavares, Jorge Maximino - José Augusto Margarido -
Amenófis IV; John Keats; Rosalía de Castro, Gomes, Leal, Fernanda de Castro,
Dom Manuel dos Santos, Bispo da Diocese de STP, Assunção Carqueja e Henrique
Tigo
MANUEL DANIEL – UMA VIDA INTENSA E MULTIFACETADA – ADVOGADO, POETA, ESCRITOR, DRAMATURGO E O HOMEM AO SERVIÇO DA CAUSA PÚBLICA
A sua vida tem sido pautada pela dedicação, mas também pela descrição. Atualmente, debatendo-se com extremas limitações da sua vista, por via de ter ficado completamente cego, no entanto, pese tão dura limitação, nem por isso a verve do poeta se esgota e, dentro do que lhe é possível, com apoio amigo da família, lá vai compondo os seus versos e editando livros. Em cujos poemas perpassa o que de melhor têm a poesia portuguesa - Domina com mestria os mais diversos géneros poéticos e neles se expressa, a par de um profundo sentimento de religiosidade, o amor à terra, à natureza, aos espaços que lhe são queridos, suas inquietações e interrogações, sobre a efemeridade da vida e o destino do Homem - Em Manuel Pires Daniel, não há jogo de palavras mas palavras que vêm do coração, que brotam naturalmente, como água da melhor fonte, que corre das entranhas do xisto ou do granito da nossa terra.
Pedra do Sol Cabeleira de Nª Srª 40º 59´ 39.94" N - 7º 10´ 35-46"
W O
Associe-se e celebre connosco o dia em que luz se
reparte igualmente pelas trevas da noite

"Não foi razão que os antigos Persas edificaram/as aras nos mais elevados lugares, no cume/das montanhas que contemplam a terra, e assim escolhem/um templo verdadeiro e sem muros, onde encontram/o Espírito para quem tão pequeno é o valor dos santuários erguidos pelas nossas mãos. /Vinde então comparar colunas e altares de ídolos, góticos ou gregos,/com os lugares sagrados da Natureza, a terra e o ar,/e não vos confineis a templos que limitam as vossas preces.” Byron




ESTE É O STONHENG PORTUGUÊS







ALINHADOS COM O INÍCIO DE CADA UMA DAS ESTAÇÕES DO ANO
UM DOS PONTOS NODAIS DAS VEIAS TELÚRICAS DA TERRA


Naturalmente, uma consciência sujeita a este estado tem necessariamente de sofrer alguma alteração, uma transmutação tanto mais forte tanto o impacto sofrido pela compreensão que lhe foi “revelado”. Algo a tocou e a despertou para um estado superior de compreensão, de uma experiência vivida. Estados destes são muito similares àqueles que nos são relatados pelos grandes místicos da humanidade como, por exemplo, S. João da Cruz e Santa Teresa de Ávila. A aquisição de tais conhecimentos e experiências vividas nesse “momento de revelação” são fruto de profundos estados de êxtase que, necessariamente, se deverão reflectir em acções.” – Escreveu Eduardo Amarante, em Lugares Mágicos
CONTRIBUTOS CIENTÍFICOS DO PROF. ADRIANO VASCO RODRIGUES


A primeira referência do imponente
megálito, foi feita por Adriano Vasco Rodrigues, no seu estudo
publicado em 1982, sobre a História Remota de Meda., de cuja investigação aqui
transcrevemos, com a devida vénia, um pequeno excerto:
“Também na freguesia de Chãs, que foi outrora anexa de Longroiva e agora pertence ao concelho de Vila Nova de Foz Côa, localizei, a curta distância da povoação, na Lapa de Nossa Senhora, no interior de um penedo com forma de crânio, um nicho contendo algo que parece a pintura de uma cabeleira humana”
“Também na freguesia de Chãs, que foi outrora anexa de Longroiva e agora pertence ao concelho de Vila Nova de Foz Côa, localizei, a curta distância da povoação, na Lapa de Nossa Senhora, no interior de um penedo com forma de crânio, um nicho contendo algo que parece a pintura de uma cabeleira humana”

“O penedo tem o seu assento
sobre uma vasta superfície rochosa granítica. A face poente está desbastada
como uma enorme testa. Na parte interior rasga-se uma abertura com cerca de um
metro de diâmetro, que dá entrada para uma espaçosa câmara com o exterior por
outra abertura rasgada na face ocidental.”
“No tecto desta câmara notam-se
manchas avermelhadas de uma pintura de ferro parecendo resultarem de uma
pintura destruída pela erosão produzida pela corrente de ar, estabelecida pelas
duas entradas.”..
TESTEMUNHO DA PRESENÇA
CULTURAL
DO HOMEM PRÉ-HISTÓRICO, NESTAS
TERRA,
- POR ADRIANO VASCO RODRIGUES,


.“
O território delimitado pelos
concelhos de Meda e de Vila Nova de Foz Côa é de comprovada antiguidade,
oferecendo por vezes surpresas e imprevistos arqueológicos. Há mais de 50 anos
que venho estudando a Pré-História desta região, tendo em 1956 encontrado
testemunhos da presença do Homem do Paleolítico, num abrigo conhecido por Gruta
do Cavalinho, onde estava representada a gravura de um cavalo. Esta gruta
situa-se perto da Ribeira Teja, na freguesia do Poço do Canto, Meda. Outros
testemunhos da arte paleolítica vieram juntar-se a este, principalmente no Vale
do Côa e mais a norte do Douro e Vale do Sabor.


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Prof. Adriano Vasco Rodrigues, o 2º do lado direito |
O início da agricultura está
ligado ao culto da Deusa Mãe, privilegiando a germinação das plantas. Foi
trazido do Médio Oriente para o Ocidente peninsular pelos primeiros povos
agricultores.
O início da agricultura está ligado ao
culto da Deusa Mãe, privilegiando a germinação das plantas. Foi trazido do
Médio Oriente para o Ocidente peninsular pelos primeiros povos agricultores.
Junto deste santuário localizei uma
pequena cavidade em forma de concha, que poderá ter servido para recolha de
sangue proveniente de sacrifícios. Em frente de uma das entradas do abrigo
interior daquela fraga, havia uma pedra quadrangular, com 1,5 m. de lado, em
forma de arco, que se adaptava perfeitamente, deixando uma abertura suficiente
para permitir a entrada dos raios solares..
Um dos vários abrigos existentes |

Também já num tempo pré-histórico mais
próximo dos nossos dias, temos o exemplo de Stonehenge, convidando à observação
do Sun rose e do summer solstice. Na Irlanda, o túmulo chamado New Grange, mostra
uma abertura pela qual entra a luz solar no dia do solstício de Inverno
percorrendo a câmara até à sua parede final.
Poderei citar muitos mais testemunhos da
riqueza pré-histórica da região, os quais localizei através das minhas
prospecções, entre eles, necrópoles, grutas, abrigos, castros e dos mais
representativos a Estátua-menhir de Longroiva, representando um homem,
possivelmente um caçador, acompanhado pelo mesmo equipamento do homem
encontrado na geleira do Tirol, em Setembro de 1991, entre a Itália e a Suíça,
conhecido por Ossi.
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Em declaraçoes à RTP |
ADRIANO
VASCO RODRIGUES nasceu na Guarda, a 4 de Maio de 1928. É licenciado em Ciências
Histórico-Filosóficas pela Faculdade de Letras das Universidade de Coimbra
(1956), onde fez também o curso de Ciências Pedagógicas. Obteve bolsa de estudo
para se especializar em História da Arte Medieval na Universidade de Santiago
de Compostela e também o Curso de Língua e Cultura Espanhola. Doutorou-se em
História de Arte, pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto. É
Investigador do Centro de Estudos Africanos da Universidade do Porto
(CEAUP-FL/UP).
Tem uma vasta obra publicada, repartida pelos campos da História e da Arqueologia, passando pela pedagogia, etnografia e história da arte. Escreveu ainda as monografias de várias vilas e cidades https://www.goodreads.com/author/show/8300060.Adriano_Vasco_Rodrigues~
Tem uma vasta obra publicada, repartida pelos campos da História e da Arqueologia, passando pela pedagogia, etnografia e história da arte. Escreveu ainda as monografias de várias vilas e cidades https://www.goodreads.com/author/show/8300060.Adriano_Vasco_Rodrigues~

Adriano Vasco Rodrigues Director Jubilado
da Schola Europaea , U.E. Bélgica. Ex-Professor Associado da Univ.
Portucalense. Trabalhou em Angola, na década de 1960/70 como Inspector
Provincial Adjunto da Educação e colaborou com o Instituto Superior de
Investigação Cientifica de Angola. Estas funções levaram-no a percorrer de
automóvel mais de trezentos mil quilómetros naquele território, adquirindo
profundo conhecimento. Além de responsável pela planificação de cursos de
aperfeiçoamento e actualização de docentes do Ensino Secundário e Básico,
realizou prospecções e escavações arqueológicas e subaquáticas no mar de Luanda
e também estudos no Deserto do Namibe. Organizou com a Dr. Maria da Assunção
Carqueja Rodrigues, sua Esposa, a secção de arqueologia do Museu de Angola e a
primeira carta da Pré-história daquele país.
Publicou trabalhos sobre educação, pré-história,
arqueologia e arte africana, relacionados com Angola.É autor do livro de
memórias, De Cabinda ao Namibe,(2010- seg.Edi. 2011).Curriculum
de Adriano Vasco Rodrigues

É
referido na sua biografia que “O arqueólogo foi o precursor dos trabalhos de
investigação arqueológica no concelho, projetou os primeiros circuitos
turísticos de base cultural e patrimonial e foi ainda o grande responsável pela
criação do Museu da Casa Grande de Freixo de Numão. Atualmente, tem em mãos a
tarefa de dar vida ao futuro Museu da Arqueologia, localizado na mesma
freguesia.




ANTÓNIO SÁ COIXÃO – CLASSIFICOU OS ACHADOS
NO MACIÇO DOS TAMBORES, COMO OS PENHASCOS DAS MIL CIDADES
Natural de Freixo de Numão, a este
professor e investigador se devem os
primeiros levantamentos arqueológicos do Concelho de Vila Nova de Foz Côa, mas
também no vizinho concelho de Meda – Os seus vários estudos são um valiosíssimo
contributo para o conhecimento do passado histórico destas terras – Além de nos
ter dado o prazer da sua presença nas tradicionais celebrações nos Templos do
Sol, também já nos acompanhou por algumas das veredas da Mancheia e Maciço dos Tambores, que classifica como os penhascos das antiquíssimas
mil cidades, dada a profusão de inúmeros sítios de povoados, que ainda hoje podem
testemunhar a presença das várias civilizações
que por aqui se fixaram, nomeadamente desde o neolítico, calcolítico, idade do
ferro e do bronze.
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António Lourenço, Lima Garcia, Sá Coixão e repórter do SOL |
De entre os contributos do homenageado, contam-se também a criação
da Associação Cultural Desportiva e Recreativa de Freixo de Numão, a que
preside, e a coordenação da publicação anual de ciência e cultura “CôaVisão”.
António Sá Coixão, que também foi presidente da Junta de Freixo da vila e
vereador na Câmara de Foz Côa, licenciou-se em História na Faculdade de Letras
da Universidade do Porto, onde obteve o grau de mestre em Arqueologia. Os seus
trabalhos de investigação mais recentes têm sido divulgados na imprensa
regional, nacional e internacional, marcando regularmente presença em revistas
de especialidade arqueológica.

ASTRÓNOMO MÁXIMO FERREIRA - CIENTISTA E GRANDE APAIXONADO PELA OBSERVAÇÃO
DOS ASTROS E UM BOM AMIGO DOS TEMPLOS DO SOL - DUAS VISITAS AO MONTE DOS
TAMBORES: NO SOLSTÍCIO DO VERÃO E NO EQUINÓCIO DO OUTONO em 2006 -Tendo
participado, em junho de 2011, num colóquio organizado
pela Câmara Municipal de V. Nova de Foz Côa, sobre a Cosmologia e os Templos do
Sol http://www.vida-e-tempos.com/2011/06/2imagens-do-solticio-do-verao-21.html


O astrónomo Prof. Máximo Ferreira, Coordenador do Centro Ciência Viva de Constância -, também aqui se deslocou, já por duas
vezes , tendo escrito um curioso artigo na Revista Superinteressante artigo na
sequência da sua primeira deslocação um dia depois de celebrarmos o solstício
do Verão - Na imagem seguinte, conversando com o Prof. Fernando Baltazar, nosso já saudoso amigo, vitima de um trágico acidente de trator
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Saudoso Prof. Baltazar e o Astrónomo Máximo Ferreira |
Mais tarde,em 2006. foi também nosso convidado a participar na celebração do
Equinócio do Outono, só que a manhã foi de chuva, pelo que aproveitámos a sua
presença para proporcionar uma aula de astronomia a um grupo de alunos da
Escola Secundário, Adão Carrapatoso de V. Nova de Foz Côa
CONTRIBUTO CIENTIFICO DO PROF MOISÉS ESPÍRITO SANTO

MONTE DOS TAMBORES E O CALENDÁRIO
RUPESTRE DA ALDEIA DE CHÃS. – Por Moisés Espírito Santo - Estudo inédito
amavelmente oferecido por Moisés Espírito Santo, em 2008
"Visitei o monte dos Tambores para observar
o calendário rupestre e dei particular atenção aos nomes dos sítios e das
pedras que constituíram o calendário. Vou interpretá-los neste artigo"
"O que vou expor não consta nos livros de
História de Portugal onde notamos uma crassa ignorância e uma verdadeira fobia
quanto à cultura dos nossos antepassados lusitanos। Os historiadores e arqueólogos procuram
fazer-nos crer que os lusitanos eram uma horde de selvagens, atrasados e
ignorantes, quando foram o povo que «durante mais tempo se opôs aos romanos»,
segundo Estrabão। Quer
dizer, a resistência dos lusitanos aos romanos durou 200 anos। Porquê são assim ignorados pelos
historiadores os nossos antepassados? Porque eram libertários e ciosos da sua
independência e cultura, e porque se opuseram aos colonizadores। Leite de Vasconcelos ousa até dizer que
«os lusitanos esqueceram a sua língua; para a descobrir seria necessário
consultar a esfinge»। Nós
diríamos o seguinte: para que um povo esquecesse a sua língua materna em favor
da do colonizador, seria necessário que quatro gerações, dos bisavôs aos
bisnetos, durante cem anos, se calassem, não falassem entre si, nem uma
palavra, enquanto não aprendessem correctamente a língua do colonizador।
..

Em qualquer cultura, qualquer aprendiz
de investigador pode descobrir a língua que precedeu a actual. O método para
isso consiste, entre outros, na interpretação da toponímia, da gíria popular e
das expressões codificadas do linguarejar quotidiano como, por exemplo, «morar
em cascos de rolha» (muito longe), «andar à paz de pílula» (estar sem
dinheiro), «Está de ananazes» (um tempo muito quente), etc. que constam em
dicionários especializados. Só os historiadores, arqueólogos e etnólogos
portugueses tradicionais se recusam a esse trabalho, por razões ideológicas,
para desvalorizar a cultura vencida.
«

Por este método,
demonstra-se que os lusitanos, antes da introdução do latim/português, falaram
a língua dos fenícios ou cartagineses (ou púnicos) que era uma mistura de
dialectos ou de línguas com origem nas regiões donde provieram os chamados
«fenícios» que, depois, se chamaram cartagineses ou púnicos e que dominaram a
Península Ibérica durante, pelo menos, 500 anos (até à vitória do Império
romano com o assassinato de Viriato, no ano 140 a.C.). Essas línguas ou
dialectos eram: o cananita da Costa Fenícia, o hebraico (em que foi escrito o
Antigo Testamento), o acádico, o assírio e o aramaico, falados nas regiões
donde provieram os fenícios/cartagineses; essas regiões iam da actual Palestina
até aos rios Tigre e Eufrates e ao País dos Hititas (actual Turquia). A antiga
língua pode ter ficado por «decalque fonético» ou corrupção de línguas. Os
antigos vocábulos adaptaram-se, foneticamente, a palavras da língua actual.
Vejamos então os nomes dos sítios em questão..
.Tambores
«

É nome do monte onde encontramos o calendário
rupestre. Tambores é uma corrupção fonética do vocábulo cananita e hebraico tabor
que, literalmente, significa «umbigo» e, metaforicamente, «centro da terra,
parte mais elevada da terra, umbigo da terra», quer dizer, um monte sagrado.
Jerusalém é classificada de «umbigo da Terra» (Ezequiel 38:12). Também existiu
na Palestina (antiga Fenícia) um monte Tabor onde o Antigo Testamento (Juizes,
9:38, Deuteronómio 33:19) situa um santuário hebraico e sobre o qual Jesus se
transfigurou perante alguns discípulos (Mateus 17:1-9). O monte dos Tambores,
em Foz-Coa, foi um santuário lusitano/fenício ao Sol, como vamos ver..
Pedra
da Cabeleira.
«

É o nome da pedra grande através de cuja fenda se vê o
sol nascer nos equinócios. Excluímos a lenda da «cabeleira que Nossa Senhora aí
deixou» por ser uma adaptação recente do nome original à religião
católica popular. Como a fenda da pedra serve para ver, nos equinócios, o
nascer do sol, Cabeleira é uma corrupção de qabal awra [lê-se: cabalaura] em
que qabal (do acádico) significa «no meio, mediano, posição ao meio», e awra
(do cananita e hebraico) «aurora, nascer do sol». Portanto qabal awra
significou literalmente «posição ao meio do nascer do sol», isto é, «posição do
nascer do sol ao meio» do ano, «posição mediana do nascer do sol», sendo os
equinócios a posição do sol «ao meio» do seu aparente percurso celeste. Em
hebraico, qbl [lê-se: qabal] também significa «aceitar, recolher, acolher»; qbl
awra seria então «aceita, recebe, acolhe o nascer do sol», tratando-se duma
significação complementar (a fenda acolhe o sol nascente)..
.
"Não há línguas inventadas a
partir do nada; todas são decalques e crioulos de outras sobretudo no plano da
oralidade; não se cria a partir da língua escrita mas sobre a oralidade
anterior” (…) " E os topónimos nunca poderão ser
entendidos sem o contexto em que se inserem ou inseriram”. Teses defendidas por um dos mais
prestigiados investigadores portugueses, em estudos de Toponímia, com uma obra
científica notável e de reconhecimento internacional. Para Moisés Espírito
Santo, o segredo das suas pesquisas: é o “ método de terreno” Que “consiste em descobrir
a significação do nome a partir do seu envolvimento geográfico e da sua relação
com os nomes/sítios vizinhos.” (…)
“ Os nomes significavam qualquer coisa que existia ou se fazia no local; não eram poéticos nem postos ao acaso das aparências. Significavam o que lá existia ou se fazia: ‘fonte’, ‘encosta’, ‘rio’, ‘porto’, ‘mina’, ‘palácio’, ‘santuário’, ‘feira’… As populações viviam em autarcia. Esses sítios/nomes não necessitavam de outros atributos, uma vez que as populações que os nomearam eram isoladas e podiam não conhecer mais nenhum sítio com esse nome. […] / […] O método etnológico exige, portanto, a observação do terreno ou, pelo menos, o uso duma cartografia minuciosa e alguma informação etnológica sobre os sítios. […]”.
“ Os nomes significavam qualquer coisa que existia ou se fazia no local; não eram poéticos nem postos ao acaso das aparências. Significavam o que lá existia ou se fazia: ‘fonte’, ‘encosta’, ‘rio’, ‘porto’, ‘mina’, ‘palácio’, ‘santuário’, ‘feira’… As populações viviam em autarcia. Esses sítios/nomes não necessitavam de outros atributos, uma vez que as populações que os nomearam eram isoladas e podiam não conhecer mais nenhum sítio com esse nome. […] / […] O método etnológico exige, portanto, a observação do terreno ou, pelo menos, o uso duma cartografia minuciosa e alguma informação etnológica sobre os sítios. […]”.
«
Foi com base nestes
pressupostos, que, o autor da Sociologia das Religiões e de várias dezenas de
importantíssimos títulos, partiu à descoberta das origens toponímicas, mais
recuadas, no Maciço dos tambores, na aldeia de Chãs, e da sua eventual
associação aos templos solares existentes. Deslocou-se ali por duas vezes: no
solstício do Verão, a convite da PFI – Associação Cultural Pagã, que ali
realizou o seu x congresso anual e participou nas cerimónias evocativas do dia
maior do ano. Regressou depois, no Equinócio do Outono, como convidado especial
da Comissão Organizadora das Celebrações.

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Prof. Moisés Espírito santo |
Moisés Espírito Santo (Batalha, Leiria, 1934) é um professor universitário, etnólogo, sociólogo, filólogo e linguista português. É também especialista em estudos de toponímia. Pode considerar-se o especialista português mais relevante na análise etnológica e sociológica e no estudo científico do Catolicismo Romano / Igreja Católica / Vaticano, cuja obra em Sociologia e Etnologia das Religiões está classificada, pela Biblioteca Nacional de França, como 'forme savante à valeur internationale'.. Moisés Espírito Santo - Wikipédia,.
O SOLSTÍCIO DO INVERNO - NAS PORTAS DOS
TEMPLOS DO SOL - NO PLANALTO DOS TAMBORES - DESCOBERTO, OBSERVADO E ESTUDADO
POR ALBANO CHAVES - Já conhecíamos os alinhamentos com os Equinócios da
Primavera e do Outono e o Solstício do bano Inverno - única dúvida que havia,
finalmente foi desfeita.
Albano Chaves - Leça da Palmeira Janeiro de 2012 -
leia os pormenores mais adiante


AS COINCIDÊNCIAS NEM SEMPRE SÃO FRUTO DO ACASO - TAL
COMO NÃO SERÁ, COM CERTEZA, ESTE PEQUENO CÍRCULO NO FRONTISPÍCIO DA PEDRA DA
CABELEIRA
Há algo predestinado na vida dos homens e dos povos - Umas vezes para o bem
e outras para o mal - Se Hitler não tivesse nascido, decerto que milhões de
vidas teriam sido poupadas na Europa - O mesmo se pode aplicar ao próprio
Salazar - Evitou que Portugal entrasse na segunda guerra mundial - pelo menos
de forma directa - mas empurrou-nos para o pesadelo de uma longa guerra
colonial . Acredito, pois, que há homens diabólicos e outros providenciais.
Claro que, mesmo estes têm os seus defeitos: não existe ninguém que não tenha o
seu lado bom e o seu lado mau - Defeitos e virtudes - O mau é quando são mais
os defeitos do que as qualidades - Vem isto a propósito da feliz circunstancia
de, apesar dos vestígios arqueológicos dos Tambores (incluindo os seus Templos
Solares), não terem sido estudados por muitos investigadores, pelo menos,
mereceram atenção dos mais qualificados nas diferentes áreas de saber .
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Adriano Vasco Rodrigues e o Pastor Miguel |
E, de
facto, quem havia de imaginar que, depois de um dos mais famosos especialistas
internacionais em Radiestesia, surgiria
um outro mago (dir-se-ia da mesma craveira) sobre a decifração dos segredos que
nos legaram os homens da era da pedra. - Não usa a técnica da varinha do vedor
mas um apuradíssimo sentido de observação. E o mais curioso é que, mesmo sem se
conhecerem, analisando os estudos de um e do outro, até parece que andaram por
lá juntos - Constato, pois, com agradável surpresa que as pedras que chamaram
atenção de Albano Chaves, também já haviam despertado a curiosidade de Tom
Graves - E, outro dado em comum: ambos se serviram dos GPS. Tom Graves teve a
gentileza de me enviar as suas fotografias, devidamente assinaladas - Conto
noutra oportunidade vir aqui a divulgá-las - Mas, para já, não perca o
minucioso e brilhante estudo que nos proporcionou Albano Chaves. - Siga os seus
passos através das explicações, gráficos e imagens, que não vai dar por perdido
o seu tempo - Sobretudo se for um interessado pela jornada civilizacional da
Humanidade.
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machados do neolítico |
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Vale Maravilha da Ribeira Centeeira, aos pés dos Tambores |
DESCOBERTA DO SOLSTÍCIO DO INVERNO - POR ALBANO
CHAVES.
Um sono milenar está a chegar ao fim.
Pedras, enormes umas, mais pequenas outras, emitem sons, balbuciam palavras
continuamente desde há muito. Dez, quinze, vinte, cinquenta mil anos? Ninguém
as ouvia, no entanto. Falam por si, entre si, estabelecem ligações. Formam
figuras geométricas no terreno, que é preciso olhar, ver, identificar, ler,
entender, integrar em expressões, frases, períodos, textos, crónicas.
O Maciço das Lapas e das Quebradas, na
freguesia de Chãs, concelho de Vila Nova de Foz Côa, onde a Meseta Ibérica se
despede, despenhando-se para o Graben de Longroiva, acorda agora ao som de
pétrea vozearia, que acorre a pétreo chamamento.
Chãs, contrariamente ao que poderia parecer – terreno chão ou plano –
provém do acádico shamsh [lê-se xâmexe], que significa o astro «sol», a
divindade «sol» e também «relógio de sol», como diz o Prof. Moisés Espírito
Santo, professor
universitário, etnólogo, sociólogo, filólogo e linguista[1][1][1].
Pedra do Solstício
(Pedra A)
(40º 59' 35,59 N / 07º 10' 43,89" W)
Para amplas reportagens sobre o assunto:
Circulando no IP2 no sentido Sul Norte,
entre o desvio para Longroiva e o desvio para Chãs, é possível ver, à direita,
na encosta, uma pedra quase esférica, abaixo de duas árvores, que podem servir
de referência. Digo que 'é possível ver-se', porque essa pedra, não
apresentando características marcantes, não é fácil de localizar em toda essa
encosta, no meio do caos de pedras com as quais com demasiada facilidade se
confunde

O jornalista Jorge Trabulo Marques
organiza todos os anos nesse dia uma celebração muito interessante com
figurantes vestidos com túnicas brancas até aos pés, com a cabeça coroada com
um ramo de loureiro e segurando utensílios diversos, como foicinhas, pratos com
flores, etc.. Um grupo de gaiteiros e a recitação de poemas tanto em frente a
essa pedra como na Pedra dos Poetas fazem parte das celebrações.
Uma ampla reportagem sobre o assunto pode
ser vista no seu blog: http://ostemplosdosol.blogspot.com/2011_06_01_archive.html




O ponto onde agora nos encontramos, a
covinha, a Pedra do Solstício e o Sol poente no dia 21 de Junho formam um
alinhamento solsticial, que faz 302º com o Norte geográfico – iniciando a
contagem a partir do Norte e no sentido do movimento dos ponteiros do relógio,
ou 58º para Oeste do Norte
[1][1] Adriano Vasco Rodrigues, Terras da Meda – Natureza e Cultura, pág. 25 – ed. Câmara. Municipal da Meda, 1983.

Na face lisa desta pedra vê-se seis covinhas (Fig.17) e um disco solar tosco (Fig. 18).

São estas as duas únicas pedras neste
planalto que até agora têm sido faladas em relação ao Sol. De cada uma delas
não se vê a outra e só do local que aqui se baptizou como ‘Observatório’ é
possível ver as duas.


Estarão essas duas pedras sozinhas?
E não haverá uma espécie de diálogo entre
elas?
Como que dando uma primeira resposta a
essas perguntas, verifica-se que uma recta que passe pela Pedra da Cabeleira
(B) e pelo ponto a que chamaremos O, à irrelevante distância de 5 metros da
covinha à frente da Pedra do Solstício (A), faz um ângulo de 58º com o Norte,
que é precisamente, na latitude local, o ângulo que faz o Sol quando nasce no
Solstício de Verão, o que significa que a partir do ‘Observatório’, que é
sobranceiro a esse ponto O e muito próximo dele, se verá o Sol nascer alinhado
com a Pedra da Cabeleira (B) no dia 21 de Junho de cada ano.
Como já atrás foi referido, desse ponto de
observação também se vê, nesse mesmo dia 21 de Junho, o ocaso do Sol alinhado
com a covinha e com a Pedra do Solstício. No chamado ‘Observatório’ é,
portanto, possível observar dois alinhamentos solsticiais no mesmo dia: o
nascer e o pôr-do-sol.
A Fig. 21 é uma imagem do GoogleEarth da
zona, com a indicação dos três pontos até agora referidos: Pedra do Solstício
(A), ‘Observatório’ (O) e Pedra da Cabeleira (B). Como A e O são muito próximos
um do outro, passaremos a referir apenas o ponto A.
Coincidências?
E serão estas as duas únicas rochas de
interesse que o planalto das Lapas tem para nos oferecer?
Os nossos antepassados de há dez ou quinze
mil anos terão ficado por aqui na marcação no terreno dos pontos de viragem do
Sol no seu eterno movimento de vaivém para Norte e para Sul, curiosamente
formando uma cruz de Santo André? Será que aqui em Chãs haverá rochas cujas posições
relativas permitam formar uma cruz de Santo André também no terreno com base em
orientações solsticiais? Espicaçados pela curiosidade, vamos deambular pela
zona, armados de GPS e "almofadados" com os conhecimentos
especializados e sempre disponíveis de dois bons amigos, os engenheiros
geógrafos António e Miguel Lázaro, respectivamente pai e filho. Sem eles, de
facto, de nada me serviriam as leituras do GPS.
Esta Pedra G tem algo de comum com a Pedra
da Cabeleira, pois apresenta uma face lisa virada a poente, onde se nota um
início de túnel. Com alguma boa vontade, tem parecenças com uma caveira, quando
vista de leste ou sul (Fig. 23).
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