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quinta-feira, 6 de setembro de 2018

O Verão de Agosto, do sol a pino, já lá vai - Restam as lembranças e os registos desses dias grandes, banhados de luz, aprazíveis de lazer, que aqui recordo: a magia do Cais das Colunas com sabor de morna, o lendário Chiado é espetáculo, o fascínio do Douro rio acima, Foz Côa tem Casa à Benfica - O Equinócio, entra a 23 mas ainda há muito calor pela frente e talvez os maiores incêndios por vir – O problema de "A Linha Douro é estar em Portugal" – Sim, entre mais pecados – Crise na CP? “ É capaz de ser a pior empresa pública?” – Pois claro: gerida por galifões liberais em cinco fatias, que agora lhe querem dar a última machadada e abocanhar as linhas mais rentáveis.

Jorge Trabulo Marques - Jornalist - Informação e análise - 

O mês dos dias ensolarados e brilhantes, dias grandes, do sol abrasivo e a pino,  já deu lugar aos primeiros dias de Setembro, que também começaram bem escaldantes e,  certamente, embora com as manhãs mais frescas e suaves, ainda deverão manter-se,  talvez marcados com os maiores incêndios do ano, pois as agressões ao ambiente persistem, não desarmam, tal como a não desarmam os interesses ocultos da industria incendiária e o vicio dos pirómanos e de outros frustrados e criminosos.


 O verão é também  o corropio de milhares de estrangeiros,  de  saco às costas e de mala puxada de carrinho, atulharem os  comboios e o metro, acabarem por serem eles os grandes senhores dos bairros históricos de Lisboa e Porto, juntando-se aos principais donos dos restaurantes, hotéis, farmácias e lojas comerciais, descaracterizando  a identidade das cidades e do seu passado, afastando para a periferia quem ali havia nascido e crescido

Esta é a consequência do perverso fenómeno que a liberalização  selvagem dominada por milionários apátridas e amorais, está a promover, em detrimento da esmagadora maioria das populações, aumentando cada vez mais o fosso entre  os pobres e os ricos - Pois quem é que, com um ordenado mínimo de menos de 600 euros, consegue hoje pagar um quarto por 400 euros, fazer face ao custo dos transportes e juntar algum dinheiro para  comer e vestir? – Sim, porque, arrendar uma casa, por menos de 1000 euros, dificilmente se consegue, nas duas principais cidades do pais.  


Espetáculo do ZIBELINE – ARRONNES – Em Lisboa, no mítico Chiado - Lisboa, o que seria sem os artistas animadores de rua? -  A bem dizer, são eles que dão vida e graça, musicalidade colorida a quem passa – E, em locais, onde as ruas ou praças, por vezes, são formigueiros de turistas, enxurradas humanas, amalgamas confusas de veraneantes   


ZIBELINE - ARRONNES – Aqui lhe oferecemos um vídeo de um extraordinário grupo de jovens músicos franceses,  com o qual nos deparámos,  na tarde luminosa de Setembro,  da passada segunda-feira, dia 3, ao descermos  o chiado de Lisboa, proporcionado um  surpreendente e invulgar espetáculo para quem subia ou descia a Rua Garrett 

Definem-se como  uma fanfarra de amigos, como uma pequena fanfarra de bandas, animada por um bom espírito ecuménico, um caráter forte e uma vontade forte. Impulsionada por influências que vão do jazz sul-africano ao rock progressivo, passando por uma furtiva mostra de ritmos acobreados do universo universal, acobreados pelo  cheio de acontecimentos imprevistos " da vida quotidiana. 

Magia do Cais das Colunas, Lisboa, com Tons de Morna Cabo-Verdiana, em tarde de Setembro



Este é o estuário do Tejo e o lendário Cais das Colunas, com cheiros a maresia, sons da morna cabo-verdiana, em nostálgica e luminosa  tarde de Setembro, ainda com um Verão quente,   aqui donde se respira a pureza de largos e imaginários espaços, donde  partiram as antigas  caravelas para as sete partidas do mundo  - Em lisboa, além da panorâmica vista do alto do Castelo S. Jorge, não há outra vista igual, seja qual for a  hora do dia ou da noite – Por isso, é aqui que  os alfacinhas e  quem visita a cidade, dificilmente deixa de vir espraiar o olhar neste ímpar e mágico cenário .


No imaginário do Hemisfério Norte, não há outro mês no ano que tenha a sedução do mês de Agosto .   O mês, por excelência, do lazer e das férias, das festas e romarias, dos grandes dias estivais, que parecem não terem fim – O tempo dos emigrantes regressarem pra  matar saudades do seu torrão natal, pra abraçar e conviver com amigos, familiares e conterrâneos. Esses dias  já lá vão 


EQUINÓCIO DO OUTONO - A 23 DE SETEMBRO

O Equinócio do Outono, entra dia 23 - E nós vamos recebê-lo e saudá-lo, como já vai sendo nossa tradição. Os ciclos das estações repetem-se,  o calendário astronómico segue imperturbavelmente a sua marcha, até lá os dias de luz vão decrescendo, as  folhas amarelecendo, proporcionando quadros nostálgicos de aguarelas e de coloridos tons 

As vindimas vêm também aí, este ano, um pouco mais atrasadas, que em anos anteriores, por força  das chuvadas que caíram.  

No imaginário do Hemisfério Norte, não há outro mês no ano que tenha a sedução do mês de Agosto .   O mês, por excelência, do lazer e das férias, das festas e romarias, dos grandes dias estivais, que parecem não terem fim – O tempo dos emigrantes regressarem pra  matar saudades do seu torrão natal, pra abraçar e conviver com amigos, familiares e conterrâneos. Esses dias  já lá vão  

Restam as lembranças, a reflexão no que de bom vale a pena recordar ou,  de mau  e negativo, valerá a pena citar, reflectir  ou criticar   E, antes de abordar um tema, muito oportuno, especialmente para os durienses, que é o da prometida - mas sempre adiada - reativação  do troço da linha férrea, Pocinho-Barca D'Alva, que foi tema de debatevou editar um video que gravei em Agosto,  em V. Nova de Foz Côa.  num dia de Agosto, quando por ali dei um saltinho, cidade sede do concelho da minha freguesia e à qual me ligam laços especiais, dado ali ter nascido o meu avô materno,  

Vila Nova de Foz Côa tem Casa à Benfica 



Este video tem mais imagens do que inicialmente  editado no YouTube  - Tem paisagens do Douro e de alguns fozcoenses com quem dialoguei em Agosto

Como é do domínio público,  V.Nova de Foz Côa, é a  capital de dois patrimónios da Humanidade: o douro vinhateiro e o património arqueológico do Vale do Côa, também conta com a sua casa do Benfica (aliás, os três principais clubes de futebol nacionais) , fundada por António Castro, que, é também o dirigente e o grande entusiasta e animador da equipa de futebol foz-coense. 

Natural de uma freguesia deste concelho, e, agora, em Agosto, quando ali fui passar uns dias na aldeia, quis um feliz acaso que passasse a conhecer a Casa do Benfica.  E pudesse  registar algumas imagens no seu interior, trocar umas breves palavras com Tó Castro e com o Margato - Sem dúvida, uma bonita surpresa, que aqui lhe ofereço,, juntamente com o desfile de várias fotografias que fui buscar ao meu arquivo,  numa das noites gloriosas do Benfica, aquando da consagração de mais um título do campeonato, no último ano, em que, Jorge Jesus, antes de se mudar para o Sporting, era ali o Jesus Abençoado. 

Como é do conhecimento público, são muitas as casas que o mais antigo clube de Futebol tem espalhadas em Portugal, nos países de expressão portuguesa e, no fundo, em todos os continentes, pontos de convívio e de encontro com os benfiquistas da diáspora No longínquo dia 28 de Fevereiro de 1904, ainda no tempo da monarquia, é fundado um clube conhecido por Sport Lisboa, na região de Belém, uma zona aristocrática da cidade de Lisboa – O Clube foi crescendo, expandindo-se, somando trofeus e momentos de glória. O Estádio da Luz é o maior e mais imponente recinto nacional de futebol e tem sido lá que a alma benfiquista mais se expande e vibra. Mas também nos centros de convívio, em Portuga e espalhados pelo mundo fora. – Pois aqui lhe oferecemos, neste vídeo, um desses exemplos, a Casa do Benfica em V. Nova de Foz Côa, com as suas paredes vermelhas e decoradas com imagens emblemáticas e marcantes do Benfica, a que aproveitámos para juntar outras de uma inesquecível festa benfiquista no Estádio da Luz

COMO VÃO OS COMBOIOS DE PORTUGAL – NUM PERÍODO DO ANO EM QUE MAIS SÃO USADOS? – Este o  tema, que de seguida vou aqui abordar, pegando na transcrição de  um interessante artigo, publicado na imprensa espanhola, intitulado El único problema de la Línea del Duero es estar en Portugal”  “Linha Douro é estar em Portugal"

Título de um interessante e desenvolvido artigo publicado, em em “Salamanca RTV Al Dia”,  reportando-se a um recente debate, subordinado aos transportes ferroviários, tendo como tema: "o transporte da Comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas do Parlamento Português, onde se discutiu a ligação ferroviária entre o Porto e Salamanca e Madrid.

E, de facto, a principal curiosidades do debate,   reside justamente no facto de ter havido quem soubesse argumentar em defesa da reativação da linha do Douro, do troço Pocinho- Barca D´Alva – Ou seja,  pela palavra oportunissima do professor Manuel Tão, da Universidade do Algarve

Vou, pois, tomar a liberdade de aqui  transcrever alguns excertos das posições que o reconhecido especialista, em transportes ferroviários , ali  defendeu, com fundamentados argumentos:

Em sua apresentação, o professor Manuel Tão disse que o critério atualmente seguido para analisar a viabilidade de estabelecer ou recuperar uma linha não é a demografia. "A demografia é uma falácia, é um critério ultrapassado que não serve para explicar a geração de trânsito, nem de ferrovia nem de laminação ou de ar; Pode ter servido 20 ou 30 anos atrás, mas este critério é agora obsoleto e ultrapassado ".Assim, Manuel Tão continuou listando os critérios atualmente utilizados para avaliar se uma linha ferroviária é rentável ou não:
As características do lugar: seus ativos tangíveis e intangíveis.
As características do potencial de passageiros.
O maior ou menor acesso a esses lugares.

Desta forma, o especialista tentou explicar como o comboio no Douro seria muito mais do que um serviço de transporte, seria um instrumento de marketing territorial, coeso daquele território, que promoveria definitivamente a diversificação da economia destas terras localizadas em lugares de beleza singular, mas com uma geografia acidentada.Limites físicos que poderiam ser superados, segundo Tão, com um grande investimento, ou seja, com vontade política.
O valor do passageiro em relação ao valor da mercadoria"Somos um país cuja economia depende do setor terciário, aqui não há indústria, somos um país que recebe turistas." É assim que Manuel Tão se exprime quando fala de como, inexplicavelmente, segundo os seus critérios, em Portugal o valor das mercadorias prevaleceu sobre o valor dos passageiros. "O valor do tempo do passageiro não é menor que o valor de uma tonelada de bens, pelo contrário, é muito maior . "

Ano após ano, a linha ferroviária do Douro cresce em número de passageiros. Isso não pode ser explicado pelas grandes metrópoles que unem, nem sequer ligam Porto a Salamanca, com o qual, nem com Madrid. Apenas liga pequenas cidades e aldeias no coração do Douro, como a Régua ou o Pinhão, dois dos mais visitados, e esses passageiros são, na maior parte, turistas. As características do meio ambiente (enoturismo, ambiental, rural, arte rupestre, existência de vários Patrimônios da Humanidade, etc.), são as causas do tráfego de passageiros não residentes.




A colaboração ibérica, essencial para a reabertura

O plano estratégico contemplava a possibilidade de reabrir a Linha Douro nos 28 km do trecho do Pocinho-Barca d'Alva. Só isso seria uma mais-valia para a região Las Arribes de Salamanca, embora não tenha sido reaberta como uma linha internacional.Essa parte do plano não foi cumprida e não há previsão de que se materialize em breve, mas as obras de eletrificação da seção Caíde-Marco de Canaveses, também incluídas no orçamento, já iniciadas. Os trabalhos de melhoramento no trecho Marco de Canaveses-Régua (43 km) devem estar em funcionamento, mas estão atrasados ​​há um ano e meio. O troço entre a Régua e o Pocinho (68 km) nem sequer está orçamentado.

Os prefeitos dos municípios do Alto Douro, consultados por Salamanca al Día, manifestaram o desejo de continuar na luta ", não vamos abaixar nossas armas", disseram. No entanto, eles reconhecem que eles são um pouco céticos em termos de obtenção de resultados, com base em aparecer em tantos projetos e, no entanto, sendo objeto de tão poucas ações. Eles são considerados realistas, mas também indicam não entender, se um estudo da própria empresa de gestão de infraestrutura prova, sem dúvida, que a linha Duero é viável e lucrativa, mesmo, acima de outras alternativas, quais são as poderosas razões que eles fazem a vontade política não se inclinar por esta opção.

O Professor Tão sugere a reabertura internacional da estrada de ferro do Douro, envolvendo os dois países, Portugal e Espanha, como é feito com o Sud Express (Lisboa-Irún-Hendaye), o Lusitânia (Lisboa-Madrid) ou o Celta (Porto-Vigo). Para isso, o especialista está empenhado em "reiniciar o processo de diálogo com novos interlocutores" .

O rio Douro Português, em risco de contaminação?
Grande parte dos turistas que recebem Portugal e Espanha vêm do centro e norte da Europa. Eles chegam de avião, mas depois eles tentam viajar pelo território usando o que é um transporte usual e de qualidade em seu país, o trem. No caso do Douro Português, existe uma oferta ferroviária destinada a turistas e altamente procurada, mas que é apenas sazonal: o Douro Histórico , o luxuoso Comboio Presidencial e o Miradouro . Além disso, existe uma linha regular de passageiros, a linha do Douro , que principalmente nesta época do ano, está repleta de turistas. – Excerto https://salamancartvaldia.es/not/187663/unico-problema-linea-duero-estar-portugal/

DE PROMESSAS ESTÁ O INFERNO CHEIO - 

Promessas para a reabertura da linha que um dia ligou o Porto  a Salamanca, não têm faltado –  Até as fez o ex- Presidente da República, Cavaco Silva, ele que lhe deu a estocada de morte, em 1988, tendo chegado a manifestar o seu apoio e empenho pela sua reativação, na campanha eleitoral  – Mas, antes dele, também   Durão Barroso, fizera idêntica promessa, em 2004. No Governo de José Sócrates, voltou a falar-se da sua reabertura, pela voz da ministra da Cultura, Isabel Pires de Lima

 CRONOLOGIA QUE VALE A PENA CITAR

Em Janeiro de 2007, escrevia o DN que “A construção do Museu de Arte e Arqueologia do Vale do Côa poderá ser o impulso que faltava para que os comboios voltem a circular no troço da linha férrea do Douro, entre o Pocinho e Barca de Alva. A ministra da Cultura, Isabel Pires de Lima, defendeu,  em Vila Nova de Foz Côa, a "activação da linha exclusivamente para fins turísticos". (...) "A reabertura à circulação daquele troço de 28 Km, encerrado desde 1988, é defendida há algum tempo, sobretudo por autarcas e outros agentes locais. Opinam que, uma vez que do lado espanhol existe vontade de reactivar a linha entre La Fuente de San Estebam, próximo de Salamanca, e a estação de Barca de Alva, o Governo português deveria promover o mesmo do lado de cá da fronteira. Entendem que se abriria uma porta de entrada ao apetecido turismo castelhano para os vales do Douro e Côa, ambos detentores do estatuto de Património da Humanidade. Linha do Douro permanece abandonada, para tristeza de autarcas e agentes da região Empresários interessados Não admira, portanto, que autarcas como os de Vila Nova de Foz Côa e de Figueira de Castelo Rodrigo tivessem ficado duplamente satisfeitos”- Excerto extraído de Eventual reabertura Pocinho-Barca de Alva 

02/02/2011 PÚBLICO - Portugal perdeu 43 por cento dos passageiros de comboio em 20 anos  - 2 de Fevereiro de 2011 - Duas décadas de aposta em auto-estradas e de fechos sucessivos de linhas de comboio fizeram com que Portugal perdesse, durante este período, 99 milhões de passageiros de caminhos-de-ferro. Dos 231 milhões de viagens de comboio realizadas em 1988, passou-se para 131 milhões em 2009, uma redução de 43 por cento.

Este número ilustra, de forma clara, o que tem sido a evolução do uso da ferrovia em Portugal, em contraponto claro com aquilo que se passa na maior parte dos outros países europeus. E faz com que se questione o impacto das políticas seguidas neste sector no passado e no presente.

Ontem, foi retirado o serviço ferroviário regional em mais 138 quilómetros de vias-férreas, depois de, no ano passado, se terem encerrado 144 quilómetros de linhas (com a promessa de reabilitação que não aconteceu).- Excertos de 

Portugal perdeu 43 por cento dos passageiros de comboio em 20 anos




Crise na CP? “ É capaz de ser  a pior empresa pública?” -  Sim: gerida por galifões liberais em cinco fatias  - Sim, que os barões querem privatizar  – Norma do liberalismo da União Europeia” que quer passar para a gula privada o  importante e cobiçado sector dos transportes ferroviários  - CP – De próspera empresa pública, com linhas suprimidas (Pocinho-Barca D’Alva, uma delas -  ao desmembramento em cinco fatias por Boys da quadrilha politica: a sistema de pirâmide invertida: bolo maior pra gestores do que destinando a financiar operacionais. Pormenores em https://eur-lex.europa.eu/legal-content/PT/TXT/?uri=CELEX%3A32016L0797

 ADMINISTRADORES DA CP? AMEAÇAM SAIR? MAS JÁ O DEVIAM TER FEITO HÁ MAIS TEMPO  - ENQUANTO EM FRANÇA, A  GREVE NOS COMBOIOS ERA CONTRA A PRIVATIZAÇÃO – EM PORTUGAL, O CENÁRIO ERA  JUSTAMENTE PARA FAZER O JOGO DAS ADMINISTRAÇÕES – Pois, desde que, a CP foi desmembrada em cinco empresas, que quem ali manda e quem ali tem o privilégio ter  um tacho, por mais insignificante que seja,  só através da militância partidária dominante.

Grande parte das estações na linha da Beira Alta e do Douro, foram encerradas  - Excelentes edifícios estão abandonados. Para já não falar  das criminosas supressões de linhas ferroviárias
Mas, em França, pelos vistos, tem havido outra consciencialização no sector dos transportes ferroviários: aqui as greves foram declaradamente contra a privatização prevista apelo atual Governo de Macron
De recordar que  os sindicatos denunciaram O plano de reforma prevê a liberalização do setor e que a empresa passe a contar com capitais públicos e privados. Começa greve de três meses nos comboios franceses | Euronews


MIGUEL SOUSA TAVARES – CP é capaz de ser a pior empresa portuguesa" – Sim, enquanto a fatia apetitosa, não estiver abocanhada pela hidra ultra-liberal   ''A CP é capaz de ser a pior empresa portuguesa''

GOVERNO DE ANTÓNIO COSTA GARANTE QUE A PRIVATIZAÇÃO  DA CP É UMA FANTASIA – A VER VAMOS - VAI TER QUE CEDER – A FACHADA SOCIALIZANTE DE COSTA É TAMBÉM MERO JOGO COSMÉTICO 

"Chamo a isso uma fantasia. -- Essa ideia de tentar atribuir a este governo qualquer ambição de privatizar a CP é apenas uma fantasia", sublinhou o governante, garantindo que o governo "afastou em definitivo" a entrega a privados da Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário (EMEF) e da Linha de Cascais.
Reconhecendo que "boa parte da frota é antiga" e que há "problemas de manutenção", Pedro Marques notou o reforço dos recursos da EMEF nesta legislatura e o recente anúncio de contratação de mais 102 pessoas.

"Complementarmente vamos alugar material circulante a Espanha, diesele elétrico, e numa perspetiva de longo prazo vamos adquirir mais material circulante. São concursos com dezenas ou centenas de milhões de euros, que têm de ser juridicamente bem preparados, e enquanto estamos a preparar esse processo, e porque demora alguns anos a ser entregue esse material, vamos alugar mais material à Renfe e vamos ter mais gente a fazer a manutenção", acrescentou.
Estando a negociação a decorrer ainda com Espanha, o ministro escusou-se a revelar, por agora, pormenores como números de composições que serão alugadas e custos, mas indicou a "expectativa de que o primeiro material circulante possa estar em funcionamento na rede provavelmente no início do ano


CAVACO SILVA – O REI DO BETÃO – VEM AGORA DIZER QUE “PORTUGAL JÁ NÃO PRECISA DE  MAIS AUTO-ESTRADAS, PRECISA MAIS DE CRIANÇAS”

Ex-PR defende que poderes públicos devem criar condições para que casais tenham mais filhos. Futuro do país, diz, não se faz com "autoestradas" ou "clubes de futebol", mas sim com "mais crianças" . Cavaco Silva: Portugal não precisa de mais autoestradas.


TAMANHO ABANDONO E DESAMPARO, ANTE TANTO PRODÍGIO E TANTA BELEZA – ATÉ QUANDO ESTA INCÚRIA E ESTE DESPREZO?!

O Douro “Não é um panorama que os olhos contemplam: é um excesso da natureza” – Escreveu Torga. – Precisamente, por isso, é uma dor de alma ver,  a cada passo, tanto silêncio e tanto abandono, numa via férrea, cortada a pá e a picareta, com hercúleo  esforço, rasgada em abruptas veredas de xisto ou assente em muros que mais parecem emergir do fundo da  margem do rio de que da própria vertente.

Talvez, por esse facto, uma panorâmica que devia ser apreciada, com paragens constantes, a cada instante, até parecia que toda a gente estava a participar numa maratona, que o importante era chegar o mais depressa possível ao termo da via, passar testemunho e toca andar, tal era a pressa evidenciada desde o momento da partida. E, a bem dizer, até havia algum fundamento nessa predisposição. Pois, quem é que, de coração escancarado e olhar sensível ao estado de degradação em que a linha se apresenta, podia deixar de sentir, a par da beleza envolvente, um misto de angústia e de tristeza, impossível de superar o lado rústico, dramático e belo que ao mesmo tempo se lhes estampava?!...




A linha do Douro não pode terminar no Pocinho e tem de regressar à antiga via que ligava  Barca d’Alva. A importância do eixo ferroviário transfronteiriço (até Salamanca e Valladolide ao interior espanhol e à Europa) é fundamental para o desenvolvimento da região duriense. O país vizinho mantém a linha em condições de poder ser utilizada – aguarda apenas que, Portugal,  avance com os trabalhos da sua recuperação.

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