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quarta-feira, 30 de março de 2016

Centro Cultural de Belém - Polémicas – desde “o extraodinário espectáulo" da abertura, segundo palavras do então Primeiro-Ministro, Cavaco Silva, à audição de António Lamas, em Comissão Parlamentar - “Uma casa à deriva” – diz o Público


CCB – 1993 – Palavras de Cavaco Silva, então Primeiro-Ministro: no final do que ele ele considerou de um "extraordinário espectáculo" da abertura do Centro Cultural de Belém  - Declarações que então pude recolher para uma reportagem da Rádio Comercial

Imagem WEB
Numa altura, em que, o Centro Cultural de Belém, volta a ser manchete nos jornais, agora a propósito da audição de António Lamas  na comissão parlamentar de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto, na sequência do polémico afastamento do Centro Cultural de Belém pelo ministro João Soares, vou aqui recordar  as palavras, que então recolhi, do Primeiro-Ministro, Cavaco Silva, no final do espetáculo musical, com que foi assinalada a  sua abertura ao público

Dizia Cavaco Silva: Acho que foi um belo espetáculo musical, com  a nossa orquestra sinfónica nacional, que vi  pela primeira vez e que felicito, e, os Madre de Deus, que é de facto um caso especial na música portuguesa e que eu aprecio bastante. E a aprova, a prova da qualidade do espetáculo, está na adesão do público: eu acho que a abertura do Centro ficou de facto marcada por um extraordinário espetáculo  e com uma extraordinária adesão do público àquilo que aqui se passou




POLÉMICAS – O QUE SE TEM DITO

Foi iniciado em Setembro de 1988e concluído em Setembro de  1992. Na base da sua construção esteve a necessidade de um equipamento arquitectónico, que pudesse acolher, em 1992, a presidência portuguesa da União Europeia, e que, ao mesmo tempo, pudesse permanecer, como um pólo dinamizador de actividades culturais e de lazer. O seu projecto definitivo foi decidido no início de 1988. Após de acolher a presidencia da União Europeia, ele é transformado em um centro cultural e de conferências em 1993.

A sua polémica implantação, teve como fundamento, o facto de assinalar o ponto de partida dos descobrimentos marítimos, à semelhança da Torre de Belém e do Padrão dos Descobrimentos. O simbolismo associado a esta localização, é confirmado pela escolha na década de 40,  da grande Exposição do Mundo Português. O CCB veio ocupar mesmo espaço que foi destinado a instalar o Pavilhão "Portugueses no Mundo" e as "Aldeias Portuguesas". Centro Cultural de Belém

23 anos depois - Centro Cultural de Belém, uma casa à deriva

30/03/2016 - 08:00
Perdeu público e terreno como co-produtor e divulgador das artes em Portugal. Para uns, nunca teve um modelo de gestão adequado à sua ambição. Para outros, falta-lhe o fulgor da década de 1990. O seu ex-presidente, acusado de o afastar da sua missão artística, vai esta quarta-feira ao Parlamento.

No dia em que António Lamas vai à Assembleia da República responder aos deputados, depois de um braço-de-ferro com o Governo que levou ao seu afastamento da presidência do Centro Cultural de Belém (CCB), o PÚBLICO pediu a seis agentes culturais que olhassem para este equipamento e reflectissem sobre o papel que tem hoje na cidade e no país. E o retrato que fazem é, em parte, o de uma casa que, apesar das boas propostas de programação do passado, algumas das quais verdadeiras descobertas para o público português, nunca teve um modelo de funcionamento sólido, capaz de resistir a pressões políticas e às mudanças que outros teatros e festivais foram impondo nos últimos 20 anos. Uma casa à deriva no que à oferta de espectáculos diz respeito, mas com âncoras que importa proteger, como os Dias da Música, a Fábrica das Artes e a Box Nova. – Excerto Público - Centro Cultural de Belém, uma casa à deriva 


2013 – CCB: Vinte anos de eventos, polémicas e um projecto inacabado
O Centro Cultural de Belém (CCB), em Lisboa, inaugurado há vinte anos, acolheu milhares de eventos culturais, foi palco de algumas polémicas e o projecto arquitectónico continua a aguardar uma conjuntura económica favorável para ser concluído.
o projecto foi muito contestado ainda antes de acolher, em 1992, a sede da presidência portuguesa do conselho europeu, mas, ao longo dos anos, foi conquistando o reconhecimento entre os espaços culturais de referência no país.
este grande complexo arquitectónico - uma das maiores obras públicas do estado português do século xx - suscitou polémica logo no final dos anos de 1980, com a escolha da sua localização, junto ao mosteiro dos jerónimos, monumento do século xvi classificado património mundial pela unesco. CCB: Vinte anos de eventos, polémicas e um project


06/15/2007 CCB 1993 - a inauguração (2)

Para a história do CCB - 2  (ver nº 1) 
As 1ªas exposições  do CCB abriram a 10 de Junho de 1993: Sebastião Salgado e "Trabalho" no âmbito do Mês da Fotografia (EXPRESSO/Revista, de 19 Junho 1993, “O fim de século como epopeia”), "O Triunfo do Barroco", vindo da Europália'91, arquitecto Nuno Mateus - ARX Portugal e instalações de esculturas de Alberto Carneiro e Rui Chafes.
"Inaugurar sem rede", Expresso/1º caderno de 12-06-1993, pág. A19
"Apesar de a inauguração do CCB ter sido um êxito, sobram muitas interrogações. Sobretudo acerca dos meios financeiros que garantam o futuro"
"Não se desvaneceu  o escândalo do Centro Cultural de Belém com a abertura ao público do módulo de exposições, mesmo que globalmente deva ser considerado um êxito a sua inauguração com cinco mostras simultâneas. 
É um escândalo que, com ano e meio de atraso e com vários milhões de acréscimo em relação às datas e às verbas previstas, ainda decorram obras no Centro de Espectáculos e até no próprio Centro de Exposições, nas suas áreas de reservas, de actividades pedagógicas e de oficinas. 
Mas é sobretudo um escândalo que se mantenha em vigor o decreto-lei que criou a Fundação das Descobertas como entidade gestora do CCB, em especial no ponto em que se lhe atribui, mesmo que a prazo, o objectivo de atingir uma«plena independência financeira relativamente ao Orçamento do Estado».- Excerto Alexandre Pomar: CCB 1993 - a inauguração (2)


Hotel a caminho para apoiar cultura numa obra de regime inacabada
2013 – CCB – 20 anos depois

Os detractores apodaram-no de Centro Comercial de Belém. Mas o centro cultural inaugurado faz duas décadas continua à espera dos últimos dois módulos – um hotel e zona comercial –, capazes de lhe assegurar um complemento financeiro e  uma ponte com a malha urbana envolvente.

projecto de Vittorio Gregotti e Manuel Salgado, seleccionado de entre 57 a concurso, previa cinco módulos, dos quais apenas três estão construídos. A obra dos arquitectos italiano e português gerou acesa polémica, pela linguagem contemporânea do novo complexo junto ao Mosteiro dos Jerónimos. O monumento remonta ao século XVII e está classificado, com a Torre de Belém, como património mundial pela UNESCO.

Os custos da empreitada dos três módulos construídos até hoje também ampliaram o coro de críticas: os estimados 6,5 milhões de contos (32,5 milhões de euros) acabaram perto dos 38 milhões (190 milhões de euros). A construção do CCB foi lançada em 1988, era Cavaco Silva primeiro-ministro. Na sua génese, o equipamento cultural deveria servir para acolher, em 1992, a sede da presidência portuguesa do Conselho das Comunidades Europeias. O que veio a acontecer, antes da abertura ao público no ano seguinte. Em Março de 1993 abriram portas o centro de reuniões e o pequeno auditório, seguidos do centro de exposições, em Junho, e do grande auditório, em Setembro. A obra - CCB20 anos 



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