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quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

S. Tomé e Principie - Orlando Piedade distinguido com o Prémio Literário Francisco José Tenreiro 2015, entregue pelo Ministro da Educação, Cultura e Ciência, Olinto Daio - Autor do Amor Proibido e do emocionante romance que descreve o drama dos meninos judeus que foram desterrados para S. Tomé

  Prémio Literário Francisco Tenreiro,  nome de um dos maiores poetas santomense, acaba de ser atribuído, pelo Ministro Ministério da Educação, Cultura e Ciência,  Olinto Daio, ao escritor Orlando Piedade – Trata-se, com efeito,  do maior galardão literário das Ilhas Verdes do Equador, destinado a incentivar a promoção, produção e publicação de autores nacionais e de estimular o gosto pela escrita de obras literárias, criado pelo Decreto nº 55/93, de Outubro. 

Orlando Piedade, natural de S. Tomé, a residir em Portugal – Um jovem escritor talentoso, que trouxe para a atualidade, através de duas excelentes obras, o drama das crianças judias deportadas para S. Tomé, e outras histórias relacionadas com essa horrível deportação. 

Já nos referimos a este autor, noutro site da nossa autoria, mas desta vez vamos dar  a noticia em Templos dos Sol

Meninos Judeus Desterrados -   De Portugal  para São Tomé e Príncipe por Ordem Del Rei D. João II em 1493,  é o novo livro de Orlando Piedade,   cujo lançamento decorreu na Sala Monsanto da Biblioteca do ISCSP, em Lisboa -Segundo Gerhard Seibert Gehar existem pelo menos mais três romances históricos baseados na história da deportação das crianças judias para S.Tomé - Mas este é o primeiro de autoria de um santomense

"Quando as crianças foram colocadas nos navios, na presença do Rei, os seus choros e gritos eram terríveis. Quem nunca viu nem ouviu os choros e gritos dessas mulheres jamais chegará a entender o que significa desconsolo ou preocupação “-In O 'PROGRAMA DE DEPORTAÇÃO' DE EXILADOS HISPANO-LUSITANOS À ILHA DE SÃO TOMÉ (1492-1496

 POR VIA DO ESTIGMA DA INTOLERÂNCIA RELIGIOSA - QUE INFELIZMENTE AINDA HOJE SUBSISTE

Os Meninos Judeus Desterrados” , Emocionante romance histórico de Orlando Piedade,  editado, com a chancela das Edições Colibri - Tendo como pano de fundo o hediondo crime das centenas de crianças que foram arrancadas do seio familiar e desterradas para São Tomé e Príncipe, nos primórdios da colonização - onde a grande maioria acabou por não resistir quer às agruras da viagem quer às adversidades do clima e, sobretudo, devido ao profundo trauma causado pela ausência do carinho maternal e paternal -A escravatura foi a maior das barbaridades ao longo dos tempos. Impôs-se sempre como um comportamento cruel e desumano onde quer que se expandisse. Não só em África, como em todas as partes do mundo. Mas houve lugares onde a mesma se transformou num tenebroso interposto comercial - foi o caso da Ilha de são Tomé. - Creio que vale a pena ler a extraordinária obra deste escritor santomense: na qual não se vê que procure o revolver de ódios ancestrais ou quiçá o ajuste de contas com o passado mas tão só o intuito de nos levar a viajar, dando a conhecer ao leitor - através da recriação de ambientes e das personagens,  também elas crianças (leque mais vasto de possibilidades de imaginação e de interpretação que escapam ao relato linear e fatual dos historiadores),  um período da nossa colonização, na qual persistem ainda mais brumas e poeiras de que exposição à claridade da vida desse tempo.


 
Depois do Amor Proibido, cujo drama  decorre nos  séculos XV-XVIII,  entre um negro, filho de escravos e uma mestiça, filha de uma fazendeira rica e um branco pertencentes às elites colonizadoras, o escritor santomense, retoma o tema da escravatura  dos Meninos Judeus Desterrados” de Portugal para São Tomé e Príncipe por Ordem Del Rei D. João II em 1493

Sem dúvida, um extraordinário romance histórico, assente na investigação das várias versões históricas publicadas (desde a portuguesa, à judia e à de outros autores, incluindo os estudos de alguns investigadores santomenses, mas cuja leitura  nos parece ir muito  além da histerografia  sobre o hediondo drama das crianças judias: - recria ambientes e atmosferas, que ora nos emocionam ora nos fazem sorrir através da própria ironia da tragédia,  reconduzindo-nos como que a um outro tempo,  como se, subitamente, esse passado, não estivesse a séculos de distância, mas bastante vivo nas palavras dos avós ou bisavós do narrador (…)”Desta forma, os meus antepassados perderam a casa que era da família pelo que a permanência no reino obrigava  a um novo começo, apoiados em dois burros e num metros tecidos de branco. Não tenho o mesmo dom de contar as suas estórias. Longe disso!  Diz o povo que quem conta um conto acrescenta um ponto, agora imaginem a minha tentativa de a imitar. Ela é exímia nisso e confere o seu cunho pessoal a cada palavra, frase, parágrafo.

 UMA DAS DOAS MAIS NEGRAS DA COLONIZAÇÃO DE PORTUGAL EM ÁFRICA


PÚBLICO  20/06/2009   Carsten L. Wilke, doutorado em Estudos Judaicos pela Universidade de Colónia, Alemanha, e investigador no Instituto Steinheim de História Judaica Alemã, em Duisburg, aceitou o desafio de condensar em apenas 250 páginas destinadas ao grande público a história dos judeus portugueses. Uma história que o autor considera bem estudada, sendo numerosos os trabalhos académicos, e claramente autónoma da dos outros judeus da Península Ibérica, uma história que, no entanto, é mal conhecida pelos não especialistas num país onde raramente os livros escolares lhe dedicam mais do que rápidas - e escassas - referências.Portugal teria podido proteger muitos dos judeus ... - Público


 A MAIORIA DOS MENINOS FORAM ARRANCADOS ÀS MÃES JUDIAS, EXPULSAS DE ESPANHA, QUE PROCURARAM  REFÚGIO EM PORTUGAL

De seguida, tomámos a liberdade de aqui transcrever  alguns excertos de  comentários, estudos e  perguntas, reunidas em livro com o título "Crianças escravas Judias em São Tomé", com  a coordenação e anotações de autoria de Moshé Liba" fruto da "Conferencia de São Tomé (11-12 Julho de 1995" que, como atrás referi, contou com a participação de   vários investigadores, entre os quais  Karl Gerhard Seibert -  

Tradução  (...) "O que segue são anotações que fiz durante os dois dias de tópicos de discussão e perguntas e depois discutidos alguns pontos na minha correspondência com Bishop Abílio Ribas, com o Professor Emérito Haim Beinart de A Universidade Hebraica Jerusalém e Dr. Gerhard Seibert, da Universidade de Leiden, na Holanda.

"Quantos navios chegaram com o capitão? Quantas crianças - 2000 ou menos - Estavam em um ou mais navios, juntamente com guardas, padres, soldados e marinheiros? O Padre Pinto escreve: "2.000 e 1.400 morreram com as dificuldades de viagem". Este ponto deve ser esclarecido, tal como exigido pela questão dos transportes: Como foram enviadas 2.000 crianças acompanhadas pelos soldados, padres e prisioneiros libertados em uma viagem por mar?

A vontade de Álvaro de Caminha relata ter comida para 1.000 pessoas. Dr. Gerhard Seibert estimou que havia um total de 1.000 pessoas ou menos - Refere Mosh Liboa no livro "


(..) "Muitas das crianças judias expulsas da Espanha foram deportadas pelo rei de Portugal para convertê-las à sua religião, por isso as que ele enviou para lá há 14 anos, são todas as crianças sem qualquer defeito, macho e fêmea, com mais de duas mil almas" 
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 Foram estes homens ou homens e mulheres? As primeiras fontes hebraicas a falar de crianças, meninos. Rabino Shlomo Ibn Vega escreve: "E acima de tudo, há grandes problemas arrebatamento dos homens ... e alguns dos homens morreram ..." Abravanel especifica: "homem e mulher". Padre Pinto escreve: "2.000 crianças". O capitão fala dos homens e mulheres jovens.
- Qual foi a idade das crianças? Fontes variam, considerando-as de 2 a 8 anos.   idade.. Ibn Vega e Usque falam de menor ainda.

- Quantos navios chegaram com o capitão? Crianças - 2000 ou menos - estavam em um ou mais navios, juntamente com gradientes, padres, soldados e marinheiros? O Padre Pinto escreve: "2.000 e 1.400 morreram dificuldades de viagem". Este ponto deve ser esclarecido, tal como exigido pela questão dos transportes: Como foram enviadas 2.000 crianças acompanhadas pelos soldados, padres e prisioneiros libertados em uma viagem por mar?

Álvaro de Caminha relata ter comida para 1.000 pessoas. Dr. Gerhard Seibert estimou que havia um total de 1.000 pessoas ou menos.
- judeus expulsos da Espanha pela Portaria 31 de março de 1492 foram autorizados a entrar em Portugal através de pagamento por cabeça e a ficar oito meses, e o rei prometeu fornecer barcos para deixar o país. Após o prazo sem barcos, o rei João II recusou suas promessas e declarou-os escravos. Em 1493, o rei ordenou arrebatar seus filhos menores para ser batizado e mandar-lhes que São Tomé. Eram estas crianças "cant" ou "Escravos"? 

Professor Elias Lipiner, pesquisador israelense nascido no Brasil, estudou o "Certificado testamento de Álvaro de Caminha, Capitão da Ilha de São Tomé (24 de abril de 1499). " Examinando os nomes "homens e mulheres jovens" usadas pelo Capitão, Lipiner chegou à conclusão de que as crianças judias eram "cativos", mas não "escravos" para o momento de escrever o testamento. No entanto, as pessoas não eram livres.
- Pode o caso das crianças ser considerado o primeiro em Portugal batismo forçado? Lipiner pesquisou o assunto em seu livro publicado depois - baptizados ósmio em Pé.
Havia vários trechos de crianças judias em Portugal. Prof. Beinart menciona o segundo em 1496, terceiro em 1497.
- Foram alguns deles enviados para a ilha?
- A intenção dos trechos foi a de separar as crianças de seus pais judeus para facilitar a sua conversão à fé católica. Além das crianças enviadas para São Tomé, há trechos de documentação de crianças ao longo dos anos para colocá-los em famílias cristãs em Lisboa e seus arredores.
- Será que os nomes de meninos de família, sobrenomes? Só eles mudaram os nomes de batismo?
Quando apresentei as credenciais disse o Presidente Miguel Trovoada: "Nós temos raízes comuns, os descendentes de judeus que ainda vivem nas nossas ilhas. Encontrá-lo. Aqui nomes judeu como Azancot, Levy, Samuel ".ESCLAVOS EN SÃO TOMÉs -Leia a continuação na próxima postagem de  Moshé Liba

Jewish Child Slaves in São Tomé – Livro de autoria de  Moshé Liba 

Excerto de um comentário  de sua autoria  - "A história judaica de São Tomé e Príncipe, duas pequenas ilhas ao largo da costa oeste da África, perto de Guiné, inclui uma era trágica. Em 1493, um ano depois que os judeus foram expulsos da Espanha, uma grande percentagem deles se refugiaram em Portugal, onde os decretos de expulsão não começou até 1496. Rei Emanuel I de Portugal, em busca de recursos para financiar seu programa de colonial considerável expansão, cobrou impostos enormes cabeça dos judeus, dando-lhes pouco tempo para pagar e multas se não for paga até uma determinada data. O rei queria colonizar as ilhas de São Tomé Príncipe e no Golfo da Guiné, que tinha sido descoberto por João de Santarém e Pêro Escobar, em 1472, e reivindicado pelo Rei de Portugal (para "branquear a raça", como ele mesmo -lo), mas poucos Português saboreou fixando-se em ilhas febril e infestadas de crocodilos. Quando viu-se que havia muito pouca probabilidade de que a maioria dos judeus pagaria o imposto exigido, o rei deportou seus filhos jovens, com idades entre 2 a 10, para São Tomé e Príncipe. Jewish World - The Jewish history of Sao Thome e Principe

Moshe Liba de 1931, o ex-membro de um kibbutz, diplomata, conferencista, jornalista, professor, poeta, escritor, crítico literário, pintor, escultor.
Ele representou o Estado de Israel por 31 anos como Embaixador e Cônsul-Geral em 15 países. foi Diretor Geral do Instituto Central de Relações Culturais, Director da Escola de diplomatas, Diretor do Departamento Africano do Ministério dos Negócios Estrangeiros. É Direito Internacional doutor da Universidade de Paris. Lecionou em quatro universidades: Israel, Camarões e Nova Zelândia. membro da Associação de Escritores Hebraica de Israel, da Haagse Kunstkring-Holanda, e em várias outras associações nacionais e internacionais.Escrevendo em várias línguas, já publicou 66 livros, livros de história, contos, ensaios, críticas literárias, livros infantis, teatro-plays, álbuns, brochuras, entre eles 37 livros de poesia bilíngües-inclusive.- Excerto Liba (Moshé )

História  "A Lei Áurea foi assinada pela Princesa Isabel em 13 de maio de 1988. A lei marcou a extinção da escravidão no Brasil, o que levou à libertação de 750 mil escravos, a maioria deles trazidos da África pelos portugueses. A assinatura da lei foi consequência de um longo processo de disputas. ABOLIÇÃO DA ESCRAVATURA NO BRASIL

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