FESTEJE O EQUINÓCIO DO OUTONO E CELEBRE A BÊNÇÃO DOS FRUTOS NA PEDRA DA CABELEIRA DE NOSSA SENHORA – ALDEIA DE CHÃS – FOZ CÔA - GRUTA ATRAVESSADA PELOS RAIOS SOLARES NO EQUINÓCIO DO OUTONO - No dia 23 , ao nascer do sol - 08-00 -08.30
- Vamos celebrar o Equinócio do Outono, com sons de violino e poemas de Dom Manuel dos Santos - Bispo de São Tomé, natural de São Joaninho, Castro Daire, que já nos confirmou a sua presença - Pormenores em http://www.vida-e-tempos.com/2015/09/festa-do-equinocio-do-outono-2015-com-o.html
.
Houve um tempo, já recuado, ou seja o tempo da cultura megalítica, em que, gigantescas pedras foram erigidas e transformadas em dolmens, cromeleques, menires, megálitos, e, mais tarde - em posteriores civilizações - , toscamente estilizadas e talhadas em enormes estátuas, como sejam as, actualmente famosas estátuas da Ilha da Páscoa, enigmáticas figuras gigantes com os olhos voltadas ao céu, ou ainda, nos Andes, a não menos impressionante estátua de Tihahuanaco, ou da gigantesca porta do sol, talhadas num único bloco de andesite, presume-se que da cultura Asteca, expressando a mais estreita aliança entre o céu e a terra e a união do espírito com a matéria - Isto para já não falar do circulo de Stonehenge. das famosas pirâmides do Egito e de outros imponentes altares do género, noutros pontos das Américas, da Europa (Grécia, Inglaterra, por exemplo)China, Índia, e em tantos outros pontos do mundo. Os templos do sol, no afloramento granítico dos Tambores, Mancheia e Quebradas, fazem parte dessa majestosa herança.
ALINHADOS COM O O FIM E O INÍCIO DE CADA UMA DAS ESTAÇÕES DO ANO
Local mágico,
pleno de história e de misticismo, dos tais lugares da terra onde a
beleza e o esplendor solar podem repetir-se à mesma hora e com a mesma
imagem contemplativa de há vários milénios pelos povos que habitaram a área.
Video registado na véspera do solstício do Verão
Video registado na véspera do solstício do Verão
São conhecidos por alinhamentos sagrados, remontam ao período megalítico e existem em várias partes do mundo, mas sobretudo na Europa. Sendo o mais famoso o Stonehenge. Muitos destas gigantes estruturas estão em perfeito alinhamento com os corpos celestes, especialmente com os Equinócios e os Solstícios - Perpetuam memórias de verdadeiros calendários astronómicos, que antigas civilizações elegeram como especiais locais de culto – No maciço dos Tambores
SETE ALINHAMENTOS
No Maciço dos tambores, até à presente
data, foram descobertos sete alinhamentos: Pedra da Cabeleireira de Nª Senhora,
atravessada pelos raios solares do nascer do sol nos Equinócios; a Pedra
do Solstício, alinhada com o pôr do sol do Solstício do Verão; "As
Portas do Sol, alinhada com o nascer do sol do Solstício do Inverno e o pôr
do sol do Verão; Pedra Phallus Impudicus, alinhada com o nascer do sol do Solstício do Inverno ;a Pedra da Ursa Maior com as sete fossetes, alinhada com
os Equinócios e com simbologia ou enquadramento com Ursa Maior e a Pedra
Caranguejo, atravessada pelos raios solares do pôr do sol dos
equinócios
Vídeo registado na véspera do equinócio da Primavera - dois dias antes ou dois dias depois, a diferença é mínima da passagem dos raios solares pelo eixo da gruta em forma de semi-arco (olho de Horus)
Espantoso achado, encontrado nos Tambores – pelo autor deste site – Denota faltar-lhe uma parte e a ponta - J. Leite de Vasconcelos, em Religiões da Lusitânia, designa um parecido, de troféu
“Na anta da Cunha·Baixa (Mangualde), a que me referi a cima, Pág.71, encontrei um objecto de granito, com a conformação indicada na figura 73: o objecto tem de comprimento 1m,20 e de maior largura om,20, apresentando ao longo uma serie de sulcos feitos com toda a regularidade; estava deitado à entrada da camara. Não me parece fácil determinar precisamente o uso d'este objecto. Nunca vi outro igual, conquanto tenha encontrado dentro das antas pedras mais ou menos compridas e irregulares, que talvez lá não fossem postas sem especial intuito I. Num livro do sr. Joly s vem o desenho de um objecto que represento na fig. 74, o qual não deixa de ter alguma parecença com o de cima, embora talvez seja muito menor, e de outra substância; o A. denomina-o registre-se de comptes, Inclino-me a crer que o objecto Cunha-Baixa representa um troféu, designado os sulcos
De facto, a avaliar pelos vestígios
arqueológicos, já estudados, o maciço dos Tambores, é um importantíssimo livro aberto da pré-história: sobranceiro a um dos mais belos e férteis vales da hidrografia do Vale do Côa, ali se refugiaram povos muito antigos, nomeadamente do neolítico, calcolítico, da idade do ferro e do bronze, que, aproveitando os naturais abrigos, as cavernas abertas nos enormes megálitos, as concavidades e grutas dos encastelados afloramentos, ali implantaram os seus acampamentos, valendo-se de grotescas lascas e pedras soltas, de cujas construções ainda prevalecem abundantes vestígios -
Ali sepultaram os seus mortos, cultuaram os seus deuses, ergueram sagrados altares, que tanto podiam servir como locais de culto e de sacrifícios, como de espantosos observatórios astronómicos. - Assim o testemunham os vários alinhamentos sagrados, já descobertos - direcionados com o fim e o inicio de cada estação do ano - Assim o testemunha o olhar maravilhado de todos aqueles que têm assistido às nossas festas e celebrações, junto desses mesmos altares.
Adriano Vasco Rodrigues |
E, assim, o tem comprovado, a
especial atenção, dispensada por vários investigadores e estudiosos:
nomeadamente, Adriano Vasco Rodrigues, o primeiro investigador a debruçar-se
sobre o estudo da Pedra da Cabeleira de Nossa Senhora; bem como das monografias (Chãs - de Foz Côa e "Por Veredas do Vale do Côa), de Joaquim Manuel Trabulo)dos achados (punhal em bronze) do Eng. Paulo Almeida); dos valiosos
contributos dos arqueólogos, Sá Coixão e Gonçalves Guimarães, que, igualmente, desde há vários
anos, se têm debruçado sobre o estudo desta área - Além das observações do astrónomo Máximo
Ferreira – , que já ali se deslocou por duas vezes, assim como Mila Smões e das visitas de
arqueólogos do Parque Arqueológico do Vale do Côa, no perímetro do qual
os vários monumentos megalíticos, se encontram localizados - De recordar, particularmente, as escavações levadas a cabo, nas Quebradas, na mesma área, relativamente perto da Pedra da Cabeleira, por António Faustino de Carvalho Carvalho, A. F. (1999) - Os sítios de Quebradas e de Quint Faltava-nos um especialista em Arqueoastronomia mas também já contamos com os seus
valiosos estudos - é o Dr. Albano Chaves.
Assim, como Tom Graves: o radiestesista e escritor inglês,
vindo
"Eu sou a Luz do Mundo, diz o Senhor" |
Diz o distinto investigador - Moisés Espírito Santo - "Visitei o monte dos Tambores para observar o calendário rupestre e dei particular atenção aos nomes dos sítios e das pedras que constituíram o calendário. Vou interpretá-los neste artigo"
"Tambores é nome do monte onde
encontramos o calendário rupestre. Tambores é uma corrupção fonética do
vocábulo cananita e hebraico tabor que, literalmente, significa «umbigo» e,
metaforicamente, «centro da terra, parte mais elevada da terra, umbigo da
terra», quer dizer, um monte sagrado. Jerusalém é classificada de «umbigo da Terra» (Ezequiel 38:12). Também existiu na Palestina (antiga Fenícia) um monte Tabor onde o Antigo Testamento (Juizes, 9:38, Deuteronómio 33:19)"
"Pedra da Cabeleira. É o
nome da pedra grande através de cuja fenda se vê o sol nascer nos equinócios.
Excluímos a lenda da «cabeleira que Nossa Senhora aí deixou» por ser uma
adaptação recente do nome original à religião católica popular. Como a fenda da
pedra serve para ver, nos equinócios, o nascer do sol, Cabeleira é uma
corrupção de qabal awra [lê-se: cabalaura] em que qabal (do acádico) significa
«no meio, mediano, posição ao meio», e awra (do cananita e hebraico) «aurora,
nascer do sol». Portanto qabal awra significou literalmente «posição ao meio do
nascer do sol», isto é, «posição do nascer do sol ao meio» do ano, «posição
mediana do nascer do sol», sendo os equinócios a posição do sol «ao meio» do
seu aparente percurso celeste." - Moisés Espírito Santo - Mais pormenores em - estudo inédito do prof. moisés espírito santo, associa nomes à toponimia dos Templos Históricos, no Monte dos Tambores aldeia de Chãs.
AS IMPORTANTES
DESCOBERTAS DE ALBANO CHAVES
Não usa a técnica
da varinha do vedor mas um apuradíssimo sentido de observação. E o mais curioso
é que, mesmo sem se conhecerem, analisando os estudos de um e do outro, até
parece que andaram por lá juntos – Já que, as pedras que chamaram atenção de
Albano Chaves, também haviam despertado idêntica curiosidade de Tom
Graves – Simples coincidências?... Nada disso, estas coisas vão ao encontro de
quem as procura: de quem anda neste mundo com olhares de ver, de sentir e
observar, profunda e atentamente, o que o rodeia: de quem se interroga: sobre
donde vimos e para onde vamos.
Era assim que, Albano Chaves, numa postagem publicada neste site, começava por se referir à sua descoberta, a que deu o nome de Portas do Sol - Três anos depois, novas observações levam-no a concluir que a mesma pedra está também alinhada, quer com o solstício do Inverno, quer com o Solstício do Verão.
"Um sono milenar está a chegar ao
fim.". Pedras, enormes umas, mais pequenas outras, emitem sons, balbuciam
palavras continuamente desde há muito. Dez, quinze, vinte, cinquenta mil anos?
Ninguém as ouvia, no entanto. Falam por si, entre si, estabelecem ligações.
Formam figuras geométricas no terreno, que é preciso olhar, ver, identificar,
ler, entender, integrar em expressões, frases, períodos, textos, crónicas.
Era assim que, Albano Chaves, numa postagem publicada neste site, começava por se referir à sua descoberta, a que deu o nome de Portas do Sol - Três anos depois, novas observações levam-no a concluir que a mesma pedra está também alinhada, quer com o solstício do Inverno, quer com o Solstício do Verão.
(1) solstício do inverno nos templos do sol – albano chaves .30/03/2012
Albano Chaves é natural de Leça de Palmeira mas tem a ligação maternal ao concelho de Vila Nova de Foz Côa, através do apelido Donas-Boto - Tradutor e especialista de línguas germânicas . Foi professor de Alemão, Alemão Comercial e Inglês Comercial no ITFI (Instituto Técnico de Formação Intensiva) e no Instituto Riley de Línguas, no Porto. Orientou o estágio de finalistas do curso de Alemão / Tradução da Faculdade de Letras da Universidade do Porto – Tem vários estudos publicados nas áreas da genealogia, antologia e romances. Em Zurique foi distinguido com o prémio "Tradutor do Ano" – É um investigador apaixonado pela Arqueoastronomia
AFINAL A MESMA PEDRA – PORTAS DO SOL - ESTÁ ALINHADA COM O SOLSTÍCIO DO INVERNO E DO VERÃO – Conclusão a que chegou, o Prof. Albano Chaves, após novas observações no passado dia 21 de Junho
Não é caso único – Existem
vários alinhamentos sagrados, com o movimento solar ou lunar, em várias
partes do mundo e em lugares especiais, dir-se-ia privilegiados - O
mais famoso é o alinhamento megalítico da idade do Bronze, localizado
na planície de Salisbury, condado de Willtshire, Inglaterra. Os vários
alinhamentos existentes no Maciço dos Tambores, arredores da aldeia de
Chãs, conquanto ainda não tenham a mesma notoriedade, são um património
importantíssimo
Pôr-do-sol - solstício do Verão - Nas Portas do Sol
PORTAS DO SOL - A PEDRA ALINHADA COM O SOLSTÍCIO DO INVERNO E DO VERÃO
Local: "Porta do Sol", Chãs, Vila Nova de
Foz Côa
Data: 21.6.2015 ‒ Solstício de Verão
Hora: 20h35 ‒ 20h45
Albano Chaves
Placa com foto panorâmica no Miradouro de
Chãs,
que o Município de V. N. de Foz Côa em boa
hora ali mandou instalar
21.06.2015
O dia amanheceu totalmente limpo, mas ao
princípio da tarde, junto à costa, o céu começou a ficar toldado com bruma
vinda do mar.
No interior, nuvens pesadas e escuras
avançavam, vindas de Espanha.
"Porta do Sol", Chãs, 20h35
Em frente, para lá do Vale da Veiga, as
montanhas beirãs formam o perfil do horizonte, no qual sobressai o Cabeço Alto,
sobranceiro à povoação de Cornalheira, situada ao fundo da encosta norte e não
visível na fotografia.
Uma nuvem alongada e escura tapa
completamente o disco solar. Entre a margem inferior da nuvem e o perfil das
montanhas da Beira, uma faixa de céu limpo. Se a nuvem não ocupar essa faixa, o
Sol aparecerá.
Nota: todas as fotos do sol poente foram
tiradas a partir da abertura baptizada como "Porta do Sol", em Chãs.
Foto 1 ‒ 20h35
Assim aconteceu, de
facto: a faixa livre manteve-se e o disco solar surge abaixo da nuvem, um pouco
acima e a sul do Cabeço Alto.
Foto 2
Entre as 20h35 e as
20h45, o Sol, na sua trajectória descendente e oblíqua de Sul para Norte, passa
rigorosamente pelo cume do Cabeço Alto, que parece um vulcão em plena
actividade.
Foto 3
O
disco solar continua a sua descida, "rolando" agora ao longo da encosta
norte do Cabeço Alto, até desaparecer no "V" formado por duas encostas.
Foto 4
O disco solar já não se vê. Uma linha
recta traçada entre o ponto em que deixou de se ver o Sol e a "Porta do
Sol" divide a meio a distância entre a "Pedra da Cabeleira" e a
rocha "Cogumelo", como se pode ver nesta foto 4, tirada com algum
zoom, mas sempre da "Porta do Sol".
Esta linha faz 58º para Oeste do Norte,
como seria de esperar.
É curioso que não é o momento em que o
Cabeço Alto fica "coroado" com o Sol que define este alinhamento, mas
sim o ponto onde o Sol desaparece, mais abaixo e mais à direita, no encontro de
duas encostas.
Foto
5
Em
primeiro plano, o perfil da "Porta do Sol" em contraluz. Ao fundo, ao
centro, o Cabeço Velho.
À
direita, o perfil de um velho que observa atento...
É
mais um alinhamento solsticial a juntar aos anteriormente detectados no já
famoso planalto de Chãs.
Viu-se que o disco solar começa a
"tocar" na terra no coroamento do Cabeço Velho; desce ao longo da
encosta norte, no sentido da povoação de Cornalheira, acabando por desaparecer
no ponto do cruzamento de duas encostas.
Há sobejos exemplos de fenómenos
semelhantes em todo o mundo. Este link é apenas um de muitos: http://www.maeshowe.co.uk/maeshowe/stones.html
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