

Os raios solares do nascer do sol, ficam em perfeito alinhamento com o horizonte, a crista da pedra (de forma fálica) e o centro do recinto circular . Porém, à medida que nos aproximamos do menir, naturalmente que vemos o ângulo altear-se. É possível que existisse ali uma ou mais pedras a balizar o centro do terreiro e que tivessem sido retiradas para junto do muro, uma vez que todos os bocados deste maciço, até há uns anos atrás, eram cultivados de centeio: onde não podia entrar o arado com o macho, ia a enxada . Ainda é uma questão a pesquisar - Pois existem pedras compridas, deitadas junto ao amuralhamento, com características de menir. Mesmo assim, o que tive a alegria de testemunhar, creio que é bastante convincente.
Este é o quarto alinhamento dos Templos do Sol - que tomou o nome de "Phallus Impudicus" em homenagem ao fantásticos cogumelos Stinkhorn Phallus Impoudicus" que nesse dia pude descobrir nalguns sítios do Monte dos Tambores-Mancheia
MACIÇO DOS TAMBORES E MANCHEIA É UM MUNDO DE SURPRESAS - NA ASTRONOMIA PRÉ-HISTÓRICA E NO MARAVILHOSO MUNDO DO REINO VEGETAL E MINERAL - OS ANTIGOS POVOS QUE AQUI VIVERAM ERAM VERDADEIROS OBSERVADORES E VENERADORES DOS ASTROS -
AS ENIGMÁTICAS COVINHAS - SIMBOLOGIA DA URSA MAIOR


O Inverno entrou oficialmente às 17.11 do passado dia 21. A essa hora estava eu junto à Pedra do Solstício do Verão para ver a que distância se ia pôr o sol nesse dia na sua aparente declinação a sul – E, de facto, ainda distam alguns quilómetros, desde aquele ponto mais meridional ao setentrional - ou seja, até ao ponto em que se vai pôr no dia 23 de Junho, pelas 20.45, na véspera de S. João, altura em que os raios solares ficam em perfeito alinhamento com o horizonte, a crista do imponente megálito, de forma esférica na direção leste oeste.
Quando aqui lancei o convite, na antevéspera, foi quase com a certeza de que não iria ter lá ninguém - Com o Natal no horizonte, e não sendo tradição nossa este género de paganismos solsticiais, e, ainda para mais ao nascer do sol, em manhã de Inverno, era de ver que não podia contar com muitos corajosos. Mas eu não deixei de ali ir – E, em boa hora, decidi abandonar a capital por três dias, ido propositadamente de Lisboa – No dia seguinte, pela manhã, lá estava eu – A diferença de um dia para outro é mínima. Solstício, em latim. solstitium, significa “sol imobilizado”, “sol parado”
TOM GRAVES – O INVESTIGADOR
INGLÊS TINHA RAZÃO – O ESPÍRITO DO LUGAR INFLUENCIA O SER HUMANO E É TAMBÉM RECIPROCAMENTE INFLUENCIADO POR ELE - HÁ QUE SABER INTERPRETAR O PASSADO E OS
MISTÉRIOS QUE O TEMPO OCULTOU.
Conhecedor
dos alinhamentos da Pedra da Cabeleira de Nossa Senhora (atravessada ao nascer
do sol nos equinócios da Primavera e do Outono) e da Pedra do Solstício do
Verão (que descobri em 2002 e 2003) e depois de ler o estudo de Albano
Chaves, faltava apenas poder contemplar, na altura própria, a sua descoberta –
E foi principalmente esta a razão, que me trouxe de volta à minha aldeia, nesta
altura.

MERAS
COINCIDÊNCIAS? E A ORIENTAÇÃO DAS IGREJAS E PEQUENAS ERMIDAS NO ALTO DOS
MONTES, NO SENTIDO NASCENTE-POENTE, O QUE É SENÃO A CONTINUIDADE DOS
ALINHAMENTOS DE ANTIGOS CULTOS PAGÃOS
Esta questão foi abordada pelo Dr. Albano Chaves, no colóquio sobre as Cosmogonias da Pré-história ao Ocidente Peninsular, que antecedeu a celebração do solstício do verão, em junho de 2008, a propósito do alinhamento das cinco capelas de Leça de Palmeira, com a constelação Cisne. Lembrando que “ é frequentíssimo haver capelas a coroar elevações do terreno, tanto em Portugal como em tantos outros países. E é frequentíssimo haver locais de culto, nos nossos dias, que foram construídos em locais de culto muito mais antigos ou até estes terem sido aproveitados para capelas – E eu admito que, no território de Leça da Palmeira, há muitos milhares de anos, alguém com profundos conhecimentos de astronomia ou pelo menos gostando de observar o que se passa lá em cima, terá reparado nalgumas elevações naturais (actualmente identificadas, como Santana, Corpo Santo e São Clemente) e ter-se-á lembrado de representar ali, em Leça da Palmeira, que, na altura, era também a sua terra, a constelação do Cisne” – Mais pormenores em https://templosdosol-chas-fozcoa.blogspot.com/2013/12/solsticial-invernal-calendario-pre_31.html
Sim, foi uma peregrinação lindíssima! - Pena não ter podido contar com a participação do Albano Chaves – Mas, tal como lhe disse, através de e-mail. compreendo a sua impossibilidade. Pois, também ele, nesta altura, dizia estar a fazer umas observações em Leça da Palmeira – Por certo, na sequência do interessante estudo que fez acerca do alinhamento das cinco capelas alinhadas com a constelação cisne.
A referida pedra, em forma de falo (tal como é demonstrado nas várias imagens) situada no extremo de um pequeno terreiro, a escassos 40 ou 50 metros do Castro do Curral da Pedra, ali ao lado do Altar do Poetas, local escolhido para acampamento de um grupo de membros da Associação Cultural Pagã – Pelo que se pode depreender, acertaram com o a escolha do melhor local – Quer como ponto dominante, quer pela sua ancestralidade.


OS RADIETESISTAS SONDAM AS VIBRAÇÕES MAIS
SUTIS DA TERRA E DESCOBREM AS SUAS PRINCIPAIS ARTÉRIAS, CONDUTORAS
DE ENERGIAS TELÚRICAS QUE OS HOMENS DA PRÉ-HISTÓRIA,
QUE DURMAM COM OS OUVIDOS COLADOS ÀS ROCHAS, CONHECIAM COMO A PALMA
DAS SUAS MÃOS - E OS ASTRO-ARQUEÓLOGOS COMO INTERAGEM? - SIM, TAMBÉM
ELES - POSTOS EM CAMPO - NÃO TARDAM A COLOCAR TODA A SUA SENSIBILIDADE,
ARTILHARIA SENSÍVEL, EM ALERTA MÁXIMO - É O CASO DE ALBANO CHAVES
DESCOBERTA DO
SOLSTÍCIO DO INVERNO - POR ALBANO CHAVES.
São estas as
duas únicas pedras neste planalto que até agora têm sido faladas em relação ao
Sol. De cada uma delas não se vê a outra e só do local que aqui se baptizou
como ‘Observatório’ é possível ver as duas.
Estarão essas duas pedras sozinhas?
E não haverá uma espécie de diálogo entre elas?
VEJA - A TÍTULO DE EXEMPLO - A QUE PONTO
CHEGOU O RIGOR ASTRONÓMICO DO DO SEU NOTÁVEL ESTUDO
Pedra ‘Cogumelo’
(40º 59º 42,25" N / 07º 10' 37,88" W)

Esta
enorme pedra que aqui se designa de ‘Cogumelo’ encontra-se alinhada com o ponto
de intersecção D e com a Pedra C.
Fig.
30 – Além de a Pedra 'Cogumelo' estar alinhada com o ponto de intersecção D e
com a Pedra C, a linha traçada entre a Pedra 'Cogumelo' e a Pedra C faz 57,30º
com o Norte
Surge de novo a pergunta: será que os habitantes desta
região ficaram por aqui nas suas mensagens de pedra? Vamos continuar a
procurar, talvez haja mais e as consigamos detectar.
Bom, deixou-lhe aqui alguns brevíssimos excertos de
um extraordinário estudo para o convidar a lê-lo na íntegra nas postagens que
neste site lhe dedicamos, em (1) solstício do inverno nos templos do sol
(2) solstício do inverno nos templos do sol - E, de
seguida, uma sequência de imagens do seu fabuloso Calendário
Pré-histórico, a que deu o nome de Portas do Sol
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