O "STONHENGE PORTUGUÊS" - EXISTE E SITUA-SE NO MACIÇO DOS TAMBORES-MANCHEIA - Com alinhamentos sagrados para todas as estações do ano
Não deixe de ler o post Solstício do Inverno 2013 - 21 de Onde encontrará os vídeos de todos os alinhamentos sagrados
Vou repetir aqui as palavras do poeta Manuel
Pires Daniel - Ele pronunciou-as na celebração do solstício do
Verão, há dois anos, mas continuam a ter
perfeita atualidade para
o solstício do Inverno, deste ano.
“No fundo, com tudo isto, nós queremos interrogar o
Universo para saber quem somos e o que fazemos aqui. Em todo este esforço à
volta da contemplação do sol, do fenómeno da vida e dos movimentos dos astros,
em tudo isto há uma interrogação latente: que é o homem que se está a
perguntar a si mesmo, quem é ele e o que faz sobre a terra. Queremos saber
através destas celebrações, ainda que o não pensemos, a nossa total identidade”
MANUEL DANIEL
– UMA VIDA INTENSA E MULTIFACETADA – ADVOGADO, POETA, ESCRITOR,
DRAMATURGO E O HOMEM AO SERVIÇO DA CAUSA PÚBLICA
Manuel Daniel,
natural de Meda, figura bem conhecida e muito estimada no seu concelho e
de Vila Nova de Foz Côa, onde se fixou desde 1971, aliás, em toda a nossa região, é um amigo das celebrações
dos Templos do Sol - Por várias vezes, nos deu a sua preciosa colaboração. E,
quando não pode participar (por razões de saúde) há-de arranjar forma de nos
estimular com as suas amistosas palavras, que muito lhe agradecemos
Em resposta a um e-mail, dando-lhe anteconhecimento da noticia que publicamos no post anterior, sobre a solstício do Inverno, presenteou-nos com palavras amigas e mandou-nos um caloroso poema sobre amizade, que aqui tomamos a liberdade de transcrever, dado ajustar-se à presente quadra natalícia, que é também, digamos, uma festa solsticial, não apenas para se comemorar uma efeméride Cristã mas, sobretudo, para se refletir no significado que a mesma contém, em que os valores da amizade e da solidariedade, devem nortear os coroações humanos.
AMIGOS
que são algo de bom na nossa vida.
Os parentes não fui eu a escolhê-los.
mas os amigos, com os seus desvelos,
são anjos na subida e na descida.
Fui eu que os escolhi? Ou eles? Nem sei..
Um gesto cordial, a mão na mão....
E assim as amizades que criei,
sem contratos, nem códigos, nem lei,
tomaram-me para sempre o coração.
São riqueza os amigos, oiro puro,
valores que nenhum banco negoceia.
Jóias, porém, melhores do que um seguro,
que, quando o Sol se foi e é tudo escuro,
nos trazem o esplendor da lua cheia.
Manuel Daniel

Advogado, escritor, poeta,
dramaturgo, estudioso, um homem de cultura, tendo dedicado muitos anos da
sua vida à função pública e à vida autárquica. A par de
vários livros de poesia, colaborações de artigos e poemas na imprensa regional
e nacional, bem como em jornais brasileiros, prefácios e a coordenação
em várias obras, é também autor de 40 peças de teatro, nomeadamente para
crianças, 20 das quais ainda inéditas. Muitos dos seus poemas foram lidos por
Carmem Dolores e Manuel Lereno, aos microfones da extinta Emissora Nacional, em
“ Música e Sonho”, de autoria de Miguel Trigueiros – Considerado, na
época, o programa radiofónico mais prestigiado - Mesmo assim objeto de
exame censório, tal como atestam os arquivos.
Mas não menos relevantes são
as letras que vêm a ser musicadas e gravadas em discos e cassetes -
Interpretadas por Ramiro Marques, em EP nas
canções “Amor de Mãe” e “Amor de Pai”, pela Imavox, em 1974 – E,
também, anos mais tarde, as letras para um “Missa da Paz” e colectâneas temáticas
sobre “Natal e Avós” E, com música de Carlos Pedro, as “Bolas de Sabão”,
“Ciganos”, “Silêncio” e outros poemas.
"Nos dias
de Equinócio ou de Solstício, tenho sempre uma lembrança especial
da sua pessoa, pelo exemplo que resuma do seu esforço no
sentido de valorizar o observatório milenar que descobriu e vai revelando
persistentemente no Santuário Rupestre dos Tambores, nas Chãs.
Lamento não possuir capacidade visual para poder acompanhar as suas
iniciativas, e não deixo de me sentir reconhecido pelo trabalho que vem
desenvolvendo por um impoetante valor histórico das nossas terras.
Ao aproximar-se o Soltício de Inverno e, com ele, a celebração do Natal de
Cristo, onde tem início a revelação da Civilização de Amor, num abraço que
gostosamente lhe envvio, aqui faço seguir o meu simcero desejo de que tenha
Festas Felizes e que o Novo Ano lhe proporcione as maiores alegrias e a
felicidade que deseja e merece.
Um forte abraço do
Manuel Daniel
Côa
(Vila Nova de Foz Côa)

Amei a sombra de outra luz
quando o interior da luz
era mais puro
e se alargava ao largo do
teu rosto
a memória de todos os
caminhos
Um leva sonho imenso
subia das últimas
casas e dos campos
onde amei a luz que nasce e
se faz sombra
ou a indizível paz
que apenas há e se esconde
na loucura
Amei o terraço da colina
suspensa sobre o rio onde
não fomos
- Amei as águas desse rio à
nossa espera
que nos deixavam ou
deixámos para trás
e onde um dia flutuou
este caminho
Miguel Serras Pereira
Poema extraído do livro "TRINTA EMBARCAÇÕES
para regressar devagar"
Miguel Serras Pereira nasceu no Porto, em Junho de
1949. Passou a inferência em Abrantes, tendo continuado os estudos em
Lisboa. Em 1968/1969 foi dirigente da Pró Associação da Faculdade de letras,
recebendo nessa altura um poema seu o Prémio da Poesia Almeida Garrett, na
modalidade de "revelação" (atribuído por um júri composto por Eugénio
de Andrade, Egito Gonçalves e Óscar Lopes - Ver mais elementos
em
Douro
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