O "STONHENGE PORTUGUÊS" - EXISTE E SITUA-SE NO MACIÇO DOS TAMBORES-MANCHEIA - Com alinhamentos sagrados para todas as estações do ano
Não deixe de ler o post Solstício do Inverno 2013 - 21 de Onde encontrará os vídeos de todos os alinhamentos sagrados
O Inverno entra oficialmente às 17.
11 horas de hoje. A maioria das pessoas não se dá conta destes fenómenos. Sabe
que o tempo arrefece e que o Inverno está à porta mas nem se apercebe do dia em que ele
entra. Mas entra hoje. .Estas efemérides que, para os antigos
povos, assumiam a maior importância, passam praticamente despercebidas nos
nossos dias - Ao começo das estações do ano, os media, só dispensam algum interesse, quando
entra a Primavera e o Verão. O inverno é sinónimo de frio e de
dias cinzentos e os jornais preferem outras noticias - E, quantas delas, bem
mais tristes ou traumatizantes - Mas pondo de parte essa questão, o
que importa registar é que hoje, no Hemisfério Norte (e aqui, em
Portugal continental, felizmente com uma belíssima noite de luar)
é de facto o dia mais pequeno do ano - Para os nossos irmãos brasileiros,
acontece precisamente o contrário: têm a noite mais pequena e o dia, além de maior, talvez até de mais calor. Se bem que a temperatura, seja influenciada por outros
factores. E, então, de que modo é nosso desejo assinalarmos este dia?... Claro,
com mais uma visita aos Templos do Sol, tal como referimos na postagem de ontem
Vou repetir aqui as palavras do poeta Manuel
Pires Daniel - Ele pronunciou-as na celebração do solstício do
Verão, há dois anos, mas continuam a ter
perfeita atualidade para
o solstício do Inverno, deste ano.
“No fundo, com tudo isto, nós queremos interrogar o
Universo para saber quem somos e o que fazemos aqui. Em todo este esforço à
volta da contemplação do sol, do fenómeno da vida e dos movimentos dos astros,
em tudo isto há uma interrogação latente: que é o homem que se está a
perguntar a si mesmo, quem é ele e o que faz sobre a terra. Queremos saber
através destas celebrações, ainda que o não pensemos, a nossa total identidade”
MANUEL DANIEL
– UMA VIDA INTENSA E MULTIFACETADA – ADVOGADO, POETA, ESCRITOR,
DRAMATURGO E O HOMEM AO SERVIÇO DA CAUSA PÚBLICA
Manuel Daniel,
natural de Meda, figura bem conhecida e muito estimada no seu concelho e
de Vila Nova de Foz Côa, onde se fixou desde 1971, aliás, em toda a nossa região, é um amigo das celebrações
dos Templos do Sol - Por várias vezes, nos deu a sua preciosa colaboração. E,
quando não pode participar (por razões de saúde) há-de arranjar forma de nos
estimular com as suas amistosas palavras, que muito lhe agradecemos
Em resposta a um e-mail, dando-lhe anteconhecimento da noticia que publicamos no post anterior, sobre a solstício do Inverno, presenteou-nos com palavras amigas e mandou-nos um caloroso poema sobre amizade, que aqui tomamos a liberdade de transcrever, dado ajustar-se à presente quadra natalícia, que é também, digamos, uma festa solsticial, não apenas para se comemorar uma efeméride Cristã mas, sobretudo, para se refletir no significado que a mesma contém, em que os valores da amizade e da solidariedade, devem nortear os coroações humanos.
AMIGOS
que são algo de bom na nossa vida.
Os parentes não fui eu a escolhê-los.
mas os amigos, com os seus desvelos,
são anjos na subida e na descida.
Fui eu que os escolhi? Ou eles? Nem sei..
Um gesto cordial, a mão na mão....
E assim as amizades que criei,
sem contratos, nem códigos, nem lei,
tomaram-me para sempre o coração.
São riqueza os amigos, oiro puro,
valores que nenhum banco negoceia.
Jóias, porém, melhores do que um seguro,
que, quando o Sol se foi e é tudo escuro,
nos trazem o esplendor da lua cheia.
Manuel Daniel
Advogado, escritor, poeta,
dramaturgo, estudioso, um homem de cultura, tendo dedicado muitos anos da
sua vida à função pública e à vida autárquica. A par de
vários livros de poesia, colaborações de artigos e poemas na imprensa regional
e nacional, bem como em jornais brasileiros, prefácios e a coordenação
em várias obras, é também autor de 40 peças de teatro, nomeadamente para
crianças, 20 das quais ainda inéditas. Muitos dos seus poemas foram lidos por
Carmem Dolores e Manuel Lereno, aos microfones da extinta Emissora Nacional, em
“ Música e Sonho”, de autoria de Miguel Trigueiros – Considerado, na
época, o programa radiofónico mais prestigiado - Mesmo assim objeto de
exame censório, tal como atestam os arquivos.
Mas não menos relevantes são
as letras que vêm a ser musicadas e gravadas em discos e cassetes -
Interpretadas por Ramiro Marques, em EP nas
canções “Amor de Mãe” e “Amor de Pai”, pela Imavox, em 1974 – E,
também, anos mais tarde, as letras para um “Missa da Paz” e colectâneas temáticas
sobre “Natal e Avós” E, com música de Carlos Pedro, as “Bolas de Sabão”,
“Ciganos”, “Silêncio” e outros poemas.
"Nos dias
de Equinócio ou de Solstício, tenho sempre uma lembrança especial
da sua pessoa, pelo exemplo que resuma do seu esforço no
sentido de valorizar o observatório milenar que descobriu e vai revelando
persistentemente no Santuário Rupestre dos Tambores, nas Chãs.
Lamento não possuir capacidade visual para poder acompanhar as suas
iniciativas, e não deixo de me sentir reconhecido pelo trabalho que vem
desenvolvendo por um impoetante valor histórico das nossas terras.
Ao aproximar-se o Soltício de Inverno e, com ele, a celebração do Natal de
Cristo, onde tem início a revelação da Civilização de Amor, num abraço que
gostosamente lhe envvio, aqui faço seguir o meu simcero desejo de que tenha
Festas Felizes e que o Novo Ano lhe proporcione as maiores alegrias e a
felicidade que deseja e merece.
Um forte abraço do
Manuel Daniel
Côa
(Vila Nova de Foz Côa)
Amei a sombra de outra luz
quando o interior da luz
era mais puro
e se alargava ao largo do
teu rosto
a memória de todos os
caminhos
Um leva sonho imenso
subia das últimas
casas e dos campos
onde amei a luz que nasce e
se faz sombra
ou a indizível paz
que apenas há e se esconde
na loucura
Amei o terraço da colina
suspensa sobre o rio onde
não fomos
- Amei as águas desse rio à
nossa espera
que nos deixavam ou
deixámos para trás
e onde um dia flutuou
este caminho
Miguel Serras Pereira
Poema extraído do livro "TRINTA EMBARCAÇÕES
para regressar devagar"
Miguel Serras Pereira nasceu no Porto, em Junho de
1949. Passou a inferência em Abrantes, tendo continuado os estudos em
Lisboa. Em 1968/1969 foi dirigente da Pró Associação da Faculdade de letras,
recebendo nessa altura um poema seu o Prémio da Poesia Almeida Garrett, na
modalidade de "revelação" (atribuído por um júri composto por Eugénio
de Andrade, Egito Gonçalves e Óscar Lopes - Ver mais elementos
em
Douro
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