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sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Solstício do Inverno 2013 - 21 de Dezembro ao nascer-do-sol no Maciço dos Tambores, aldeia de Chãs - Outra das maravilhas dos Altares dos Ídolos

Amanhã nas "Portas do SoL"  - Mas, o mesmo fenómeno, também poderá ser contemplado, ainda Domingo e Segunda-feira - Se a meteorologia não o permitir ou não poder levantar-se cedinho, não deixe de lá ir: que mais não seja só por ir admirar os roteiros e os monumentos megalíticos de um lugar sagrado.





NUM MUNDO, CADA VEZ MAIS SEMEADO PELAS DESIGUALDADES SOCIAIS, ONDE O AMOR E A FRATERNIDADE  VÃO  SENDO SUBSTITUÍDOS  PELO EGOÍSMO E O INDIVIDUALISMO - AO MENOS HAJA UNS DIAS QUE DÊEM QUE PENSAR 



Do lado de cá, a encosta do Maciço dos Tambores - ao fundo o Vale Maravilha



Estranhos morros, que, à primeira vista, mais lembram terra de ninguém, parda e erma paisagem de um qualquer pedaço lunar. Porém, estou certo que não haverá ninguém que, ao pisar o milenar musgo, húmido ou ressequido, daquelas tisnadas fragas, ao inebriar-se com os seus bálsamos, as subtis fragrâncias que evoluem das giestas, das ervas e pedras,  volvendo o olhar em torno dos vastos  horizontes que se  rasgam  por largos espaços, fique indiferente ao telúrico pulsar, à cósmica configuração e  representação divina, que ressalta em cada fraguedo ou ermo penhasco 



É quase sobre o momento que damos a noticia - Mas, além de Sábado, ainda tem  o Domingo e Segunda-feira. .Na verdade. no  Planalto dos Tambores, tal como já referimos neste site, além dos calendários solares, alinhados com os equinócios da Primavera e do Outono e do Solstício do Verão,  que descobrimos em 2002 e 2003, existe também o do solstício do Inverno - O autor da descoberta, em 22 de Dezembro de 2011, é Albano Chaves  - É mais outra maravilha a juntar-se às já conhecidas. 



Vem aí a noite mais longa do ano. E há  razões para, amanhã ao nascer-do-sol, se as condições atmosféricas o permitirem,  e para  quem o puder fazer, se deslocar ao Planalto dos Tambores -Também ali, se admite que tenha sido celebrado, em tempos idos, o Solstício  do Inverno - Sim, porque, amanhã, dia 21 de Dezembro, pelas 17.11 começa a estação mais fria das quatro estações.  É o solstício do Inverno, momento em que o Sol durante seu movimento aparente na esfera celeste, atinge a maior declinação em latitude, medida a partir da linha do equador. Solstício, em latim. solstitium,  significa “sol imobilizado”, “sol parado”  - Quem assistir nestes três dias, verificará que o sol já não declinará mais para sul no seu movimento aparente - Dali em diante, inverter-se-á a sua ascensão para Norte, até ao próximo dia 21 de Junho



Naturalmente, que nestes dias, só se pensa no Natal - Mas o Natal é também uma festa solsticial. - Pois, quem é que  tem a certeza se Jesus Cristo nasceu na noite de 24 para 25 de Dezembro?... Algumas das principais festas religiosas, acabaram por se adaptar às festividades pagãs, e o Natal é um desses exemplos. Isto, porque, a maioria das festividades, que são associadas a esta quadra natalícia, têm as suas raízes  em tradições pré-cristãs, com profundos significados - Noite das trevas, por ser a noite mais longa do ano, não significa propriamente escuridão. Pelo contrário, a noite que traz a luz. - Depois da escuridão atingir a sua máxima curvatura, principia a abertura para a luz. O sol inicia a sua "caminhada" ascendente. As árvores e até alguns animais vão entrar num aparente sono hibernativo   para depois despertarem para uma nova vida e um novo ciclo. E, é,  de facto, também a mensagem do chamado "Deus Menino". - Da fertilidade e da natividade.

 O Inverno não é escuridão e morte mas renascimento e claridade. O tempo dos frutos vermelhos do azevinho, com os quais se enfeitam os presépios, que assumem como que o significado do sangue menstrual da Mãe-Terra e, das bagas gelatinosas do visco branco,  semelhantes a brilhantes pérolas, cujas raízes, penetram nos troncos e ramos das árvores, donde se alimentam, como que simbolizando o sémen do Criador. Tanto mais que a semente precisa de luz para germinar, ao contrário das outras plantas, podendo, no entanto, produzir clorofila mesmo na escuridão.  "Os Druidas comemoravam o Solstício como o “Dia da Fertilidade”, os egípcios celebravam com rituais ligados aos grãos e o renascimento

HÁ QUE HARMONIZAR A VIDA COM A MÃE NATUREZA - E NADA MELHOR QUE A CELEBRAR ONDE ELA MAIS NOS CONVIDA A OLHAR O COSMOS E A MEDITAR - FOI O QUE FIZERAM OS ANTIGOS POVOS

As árvores de folha caduca, já se despiram e deixaram nus os seus ramos e as suas copas. Bastaria esse facto para nos apercebermos que o reino vegetal também se harmoniza com o calendário  solar, apesar de todas as agressões poluidoras.. Os antigos povos, não dispunham dos calendários e os instrumentos astronómicos sofisticados, que  hoje dispomos, mas também tinham os seus -  No planalto dos Tambores, existem calendários pré-históricos para ambos os equinócios e solstícios - Os mais conhecidos,  o da Pedra do Solsticio do Verão, a que demos também o nome de Pedra do Sol, e  o´da Pedra da Cabeleira  Nossa Senhora - É junto a estes monumentos megalíticos, que temos celebrado o Equinócio do Outono e da Primavera e festejado a entrada do Verão. O do Inverno não é menos importante






É de notar que o Sol, no seu movimento diurno aparente, não se põe nem nasce perpendicularmente ao horizonte, mas sim ao longo de uma trajectória cuja inclinação depende da latitude do lugar.
Vamos então assistir com eles ao nascimento do Sol no Solstício de Inverno, tomando lugar, por exemplo, no ponto X assinalado no mapa do GoogleEarth (Fig. 39), com as coordenadas 40,99452º N / 07,17593º W, de onde foram tiradas as fotografias (Figs. 40 a 44) e foi feito o filme para a 'Porta do Sol' (C) no DVD anexo.



















O ALINHAMENTO SAGRADO DO SOLSTÍCIO DO INVERNO, OUTRA MARAVILHA DO MACIÇO DOS TAMBORES  - ONDE A BELEZA SE ASSOCIA ÁS MAIS ANTIGAS TRADIÇÕES E EMOÇÕES MÍSTICAS E ESPIRITUAIS


Eis como, Albano Chaves,  viveu a sua descoberta, naquela manhã do dia 22 de Dezembro - Não consigo descrever a sensação e a emoção que senti ao ver o Sol surgir, efectivamente, pela fenda que designei por 'Porta do Sol'. Eu tinha fortes suspeitas de que isso aconteceria e os cálculos dos engenheiros António e Miguel Lázaro assim o confirmaram, mas... como S. Tomé, quis ver para crer, quis testemunhar pessoalmente o acontecimento. Aquele primeiro momento em que a esfera solar, amarela e fulgurante, emergiu no fundo da abertura, fez-me levantar os braços e bater palmas. A emoção não esmoreceu ao seguir o movimento do Sol, elevando-se no firmamento numa trajectória inclinada para a direita. O nevoeiro que, como algodão em rama, enchia o Graben atrás de mim, trouxe-me por momentos algumas preocupações, porque por vezes também cá em cima passavam ténues manchas de nevoeiro. O nevoeiro ia subindo encosta acima, disso não restavam dúvidas, mas nessa corrida entre o surgir do Sol e o afogamento do planalto em espesso nevoeiro, o Sol venceu. Gloriosamente! Depois, como que sentindo-se vencido, o nevoeiro foi-se dissipando.

A observação do nascer do Sol neste local poderá para muitos ser uma experiência mística, pois todo aquele afloramento granítico parece ter sido ali colocado para receber o Sol, ou, numa outra perspectiva, para parir o Sol nascente no primeiro dos dias em crescimento. É um duplo nascimento: do Sol, nesse dia, e da criança que, dia após dia, não deixará de crescer até ao Solstício de Verão.

A deslocação lateral para a observação deste fenómeno é confortável, porque a 'Porta do Sol' não é um ponto, mas sim uma abertura com quase 2 metros de largura, o que permite que uma fila dupla de pessoas colocadas lado a lado, ombro a ombro, ao longo de várias dezenas de metros sobre a linha CD testemunhe o fenómeno em simultâneo.

Passado o inicial deslumbramento causado por este impressionante espectáculo natural, o sacerdote, solitário, na Fonte da Tigela, encerra as cerimónias de acolhimento do Sol




Albano Chaves, refere, no  desenvolvido e interessante estudo, que teve amabilidade de nos oferecer, que "as grandes catedrais góticas e muitos milhares de templos cristãos têm a fachada virada a poente.

A movimentação de grandes pedras e a sua orientação pelo Sol, bem como a de muitos outros tipos de monumentos distribuídos por todo o mundo, são, afinal, fenómenos recorrentes ao longo de milénios.

A ovóide Pedra do Solstício A, em Chãs, “nasceu” onde se encontra, ou foi aí colocada?
A Pedra da Cabeleira B “nasceu” onde se encontra, ou foi lá colocada, ou, pelo menos, orientada?

A ‘Porta do Sol’ na Pedra C é uma abertura natural, ou foi aberta com um fim bem determinado?
E a Fonte da Tigela F e as pedras H e G?
Perguntas, perguntas a que nem tento dar respostas, embora algumas me aflorem ao espírito como rebentos brotam da terra. Se esses rebentos são comestíveis ou ervas daninhas…
Os solstícios são pontos de inversão do movimento "oscilante" do Sol, que parece gerar as hastes de uma cruz de Santo André. O poente no Solstício de Inverno assinala o fim de um período de redução constante da duração da luz diurna: é o fim da morte lenta e anunciada dia após dia.
O amanhecer do dia seguinte, porém, marca já o início do primeiro dia de aumento do tempo de luz diurna. É o ressurgimento, é a nova vida: No Natal, salto de pardal; em Janeiro, salto de carneiro.

(..) O imperador romano Constantino, que estabeleceu por decreto que no dia 25 de Dezembro se comemoraria, a partir de então, o nascimento de Jesus Cristo, por alguma coisa o fez, pois sobrepôs o nascimento do Salvador a uma festa pagã, ela também de nascimento" - 

Mas, para uma melhor compreensão destas suas palavras, vale a pena  consultar o laborioso estudo e aturada investigação, em  (1) solstício do inverno nos templos do sol - e Depois em (2solstício do inverno nos templos do sol



 Fantástico Museu Natural  Pré-Histórico
                                                  
                Ali se refugiaram povos muito antigos, pré-históricos, nomeadamente do neolítico, 
calcolítico, da idade do ferro e do bronze, que, aproveitando os naturais abrigos, as cavernas abertas nos enormes megálitos, as concavidades e grutas dos encastelados afloramentos,  ali implantaram os seus  acampamentos, valendo-se de grotescas lascas e pedras soltas, de cujas construções ainda prevalecem  abundantes amontoados e outros importantes vestígios. Ali sepultaram os seus mortos, cultuaram os seus deuses, 


Aconselhamo-lo a  ler atentamente o  estudo do Dr. Albano Chaves - Em todo o caso, mesmo que não possa lá estar à hora do nascer do sol, até porque o Inverno não é muito convidativo para madrugar, vale a pena visitar estes lugares  - Pois creia que  não se arrependerá - Estamos certos que seria sempre uma maneira diferente de celebrar o Solstício da Festa da Natividade


Procura-se espírito natalícioiluminado ou brilhante Mas nós damos-lhe  talvez a melhor opção

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