Jorge Trabulo Marques – Organizador dos
eventos, desde 2002 - nos calendários
pré-históricos do Maciço dos Tambores e Mancheia
Este é outro dos maravilhosos calendários solares, ancestrais, alinhados com o primeiro dia das quatro estações do ano, existentes no maciço dos “Tambores”, aldeia de Chãs - Lugar já conhecido por Templos do Sol ou Stonehenge Português.
Este é o quarto alinhamento dos Templos do Sol - que tomou o nome de "Phallus Impudicus" em homenagem ao fantásticos cogumelos Stinkhorn Phallus Impoudicus" que nesse dia pude descobrir nalguns sítios do Monte dos Tambores-Mancheia
Os raios solares do nascer do sol, ficam em perfeito alinhamento com o horizonte, a crista da pedra (de forma fálica) e o centro do recinto circular . Porém, à medida que nos aproximamos do menir, naturalmente que vemos o ângulo altear-se. É possível que existisse ali uma ou mais pedras a balizar o centro do terreiro e que tivessem sido retiradas para junto do muro, uma vez que todos os bocados deste maciço, até há uns anos atrás, eram cultivados de centeio: onde não podia entrar o arado com o macho, ia a enxada . Ainda é uma questão a pesquisar - Pois existem pedras compridas, deitadas junto ao amuralhamento, com características de menir. Mesmo assim, o que tive a alegria de testemunhar, creio que é bastante convincente.
Momentos de esplendor soar e também de poesia se as condições do tempo o permitirem, o alinhamento pode observar-se cerca das 08.30 Os raios solares do nascer do sol, ficam em perfeito alinhamento com o horizonte, a crista da pedra (de forma fálica) e o centro do recinto circular, a curta distância do castro do Curral da Pedra .
É MAIS OUTRA DAS MARAVILHAS NOS TEMPLOS DO SOL .
Nem todos os anos é possivel encontrar-se; de cheiro pestilento, mais propício atrair os insectos de que as pessoas ou as ovelhas, que não os comeme nem se aproximam deles. Que o diga o Pastor Zé Júlio.
Que estas se entregaram de braços abertos aos seus amados!... E foram correspondidas?!...O estudo não refere esse pormenor, só fala de orgasmos, de desejos carnais incontroláveis em catadupa.
Por isso, resta saber se os estímulos de um mau cheiro afrodisíaco, falam mais alto do que o verdadeiro amor, a coragem de corresponder aos apelos de um coração incendiado pelos desejo. Mas a resposta só poderá ser dada pelo próprio. Não há como experimentar o cheiro dos cogumelos dos Tambores. Não precisam de ser tocados nem colhidos. Eles encarregam-se de os perfumar.
Deixem-nos viver a sua vida efémera. A sua longevidade é muito curta. Numa noite podem crescer vários centímetros. E, dois dias depois, estarem murchos, perdendo completamente a rigidez e passar de ereto a vergado. Tal como fica o cogumelo do homem, depois de cumprir a sua obrigação
De acordo com uma publicação de 2001, no International Journal of Cogumelos medicinais , o cheiro do fungo fresco produzido por este cogumelho pode desencadear espontâneas orgasmos em fêmeas humanas. No estudo envolvendo 16 mulheres, 6 tiveram orgasmos ao sentir o cheiro do corpo de fruto, e os outras dez, que receberam doses menores, experimentaram mudanças fisiológicas, como aumento da frequência. Todos os 20 homens testados consideraram o cheiro nojento.”
O MACIÇO DOS TAMBORES E MANCHEIA É UM MUNDO DE SURPRESAS - Na astronomia pré-histórica e no maravilhoso mundo do reino vegetal e mneral - Os antigos povos que aqui viverame se abrigacvam por entre muros de pedras ou nas suas grutas, eram verdadeiros observadores e veneradores dos astros.
AS ENIGMÁTICAS COVINHAS - SIMBOLOGIA DA URSA MAIOR
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Pedra do Sete Estrelo, com sete fossetes (petróglifos) formando a Ursa Maior, que despertou a atenção de Tom Graves, em Outubro de 2008 quando visitou os Templos do Sol e os alinhamentos sagrados. Aliás, fui eu que o encaminhei a esta pedra, que já há muito me intrigava. Fizeram-se vários conjunturas mas nenhuma nos levou a tal possibilidade. Agora é que me dei conta de que as enigmáticas covinhas, formam a Ursa maior - É uma rocha muito estranha com duas configurações completamente diferentes, que indica os quatro pontos cardeais. E é sabido que, o sete estrelo, em todos os tempos, foi uma das constelações com maior simbolismo.
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O estudo de Albano Chaves, foi publicado em Inglaterra, numa revista sobre astroarqueológica, sem dúvida, um valioso contributo para o conhecimento e investigação do património histórico na aldeia de Chãs, no termo da qual se situam as famosas gravuras paleolíticas da Quinta da Barca . Com tão interessantíssimo trabalho de investigação, concluía-se, assim, que, no planalto do Maciço dos Tambores, conquanto não houvesse os artistas, do mesmo gabarito dos que povoaram o Vale do Côa, mas verdadeiros astrónomos ou cultuadores do sol e dos ciclos das estações
Não tinham relógios nem calendários, como hoje os temos, mas nem por isso deixavam de saber quando uma estação terminava e outra começava. Erguiam enormes blocos ou aproveitam-se de outros já existentes e adaptavam-nos para as suas observações astronómicas. Fazendo deles, além de verdadeiros monumentos, também os seus locais de culto e de cura. Muitos caíram no esquecimento ou foram destruídos. Porém, outros, ainda subsistem em vários pontos do Globo: o mais famoso é Stonehenge e, em Portugal, os templos do sol, no maciço dos Tambores, aldeia de Chãs, onde são celebrados os ciclos do ano e evocados, tempos idos.
Referem os estudos mitológicos que “Em várias culturas ancestrais à volta do globo, o solstício de inverno era festejado com comemorações que deram origem a vários costumes hoje relacionados com o Natal das religiões pagãs. O solstício de inverno, o menor dia do ano, a partir de quando a duração do dia começa a crescer, simbolizava o início da vitória da luz sobre a escuridão. Festas das mitologias persa e hindu referenciavam as divindades de Mitra como um símbolo do "Sol Vencedor", marcada pelo solstício de inverno. A cultura do Império Romano incorporou a comemoração dessa divindade através do Sol Invictus. Com o enfraquecimento das religiões pagãs, a data em que se comemoravam as festas do "Sol Vencedor" passaram a referenciar o Natal, numa apropriação destinada a incorporar as festividades de inúmeras comunidades recém-convertidas ao cristianismo”
TOM GRAVES – O INVESTIGADOR INGLÊS TINHA RAZÃO – O ESPÍRITO DO LUGAR INFLUENCIA O SER HUMANO E É TAMBÉM RECIPROCAMENTE INFLUENCIADO POR ELE - HÁ QUE SABER INTERPRETAR O PASSADO E OS MISTÉRIOS QUE O TEMPO OCULTOU.
E, na verdade, não se enganou – . Achava que esta área, o vasto e acidentado maciço planáltico, com aquela exposição solar, não só podia induzir os povos, que ali se abrigaram, a rituais e a cultos pagãos, como aproveitarem os penedos para fazerem deles seus observatórios astronómicos
Conhecedor dos alinhamentos da Pedra da Cabeleira de Nossa Senhora (atravessada ao nascer do sol nos equinócios da Primavera e do Outono) e da Pedra do Solstício do Verão (que descobri em 2002 e 2003) e depois de ler o estudo de Albano Chaves, faltava apenas poder contemplar, na altura própria, a sua descoberta – E foi principalmente esta a razão, que me trouxe de volta à minha aldeia, nesta altura.
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