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quinta-feira, 19 de setembro de 2024

20ª Celebração do Equinócio do Outono, 22-09-2024 - No altar da mais bela estrela da Terra às 08h00 – Com poemas de António Arnaut –– Além de outros poetas - Arredores da aldeia de Chãs- Foz Côa – No planalto do Maciço dos Tambores, já conhecido pelo Stonehenge Português

                                    Jorge Trabulo Marques - Jornalista e coordenador do evento 

"Todo o fruto é vontade da semente” Disse o pai do SNS – E assim o poderá comprovar a estação das colheitas e dos frutos e o poderão documentar seus versos dedicados à instituição que fundou e que nunca deixou de defender

Vamos celebrar a estação das colheitas e dos frutos, num dos calendários pré-históricos do Stonhenge Português,  com uma singela homenagem ao legado de António Arnaut - pai do Serviço Nacional de Saúde, desde há 43 anos , completados no passado dia 15 do corrente mês - com a leitura de alguns dos seus poemas, além de outros poetas, como já vem sendo tradicional desde há 20 anos, entre os quais, de António Ramos Rosa, poeta algarvio, Manuel Alegre, nascido em Águeda e Manuel Daniel, natural de Mêda, vítima da covid em Janeiro de 2021

Herança arqueológica, composta por alinhamentos sagrados com todas as estações do ano, que se ergue, entre o antigo termo de Longroiva e de Muxagata, a que, as inquirições de Dom Dinis, aludem, como o templo de Izeda, em louvor da deusa Isis, a deusa do sol, adorada primeiramente pelos egípcios e cujo culto se propagou por outros pontos do mundo. 


O Equinócio outonal de 2024, em Portugal, verifica-se a 22 de setembro às 12h44. Assinala o final do verão e a chegada da nova estação. É o instante preciso em que o Sol cruza o plano do equador celeste, o que decorre em setembro no hemisfério norte e em março no hemisfério sul.
Mas, o calendário verdadeiro dos povos que ali se fixaram, desde o neolítico, nos abrigos dos rochedos ou nas suas cabanas, em pequenos núcleos de habitações, de que já foram encontrados abundantes vestígios dos seus artefactos e outros materiais, era o do movimento aparente do sol.
Tinham todo o tempo das suas vidas para erguerem os seus templos solares e se dedicarem aos seus cultos, vivendo da caça e da pesca.

O Sol era o seu Deus e a sua fonte da vida. E o que era a Terra, se não fosse iluminada pelo abençoado astro solar? - Eram trevas perpétuas e sem ponta de vida. Dependemos inteiramente da sua luz. Oração ao "Pai sol" - Era assim que começava a oração ao "Pai Nosso" - Nos primórdios do Cristianismo.
Estes alguns do muitos vestígios encontrados naquela área, que nos transportam desde o neolítico aos nossos dias
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Momentos inesquecíveis com a poesia de João de Deus
Poemas de João de Deus, cantados pela esposa de António Ponces de Carvalho, que também teve a amabilidade de  calorosamente nos surpreender com  poemas diretamente lidos do magnifico livro, Campo de Flores, que, no final da cerimónia, gentilmente nos ofereceu.  https://templosdosol-chas-fozcoa.blogspot.com/2019/09/celebrado-o-equinocio-do-outono-23-09.html


Panorâmica que pode ser observada das encostas do maciço dos Tambores e Mancheia, sobre o maravilhoso  vale da Ribeira Centeeira.



O templo sacrificial, orientado no sentido nascente-poente, ergue-se no alto de um maciço rochoso, próximo de um antigo castro, no perímetro do Parque Arqueológico e a curta distância da Pedra do Solstício.
Tem a forma de um gigântico crânio, atravessado, na sua base, por uma gruta em forma de semi-arco, com cerca da 4,5 metros de comprimento, que é iluminada pelo seu eixo no preciso momento em que o Sol nasce.




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Serviço Nacional de Saúde:

a esperança em liberdade,

força conjugada

do dever e da vontade.

Ainda floresce

na alma levantada

este grito – SNS! 

Que seja de todos, Sol e vida

estrela da igualdade,

símbolo, força sinal:

Poema dedicado aos  35 anos do Serviço Nacional de Saúde, celebrado a 15 de Setembro de 2014, que António Arnaut criou um poema dedicado ao Serviço Nacional de Saúde

António Duarte Arnaut, advogado, político e escritor. Ativista contra a ditadura desde a juventude. Nascido  em 1936, no lugar da Cumieira, concelho de Penela, licenciado em Direito, pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, em 1959, António Duarte Arnaut participou ativamente, desde muito cedo, na vida pública

.ESTIVE PRESENTE NO LANÇAMENTO DESTE SEU LIVRO - Que me deu o prazer de autografar 

Em 1978 foi designado Ministro dos Assuntos Sociais do II Governo Constitucional. Inspirado por um imperativo ético e de justiça e por uma imposição jurídico-constitucional, assumiu o desiderato da criação do Serviço Nacional de Saúde, num contexto de profunda desigualdade social.

Foi Presidente da Liga Portuguesa dos Direitos do Homem e do Conselho Regional de Coimbra da Ordem dos Advogados. Fundador e Presidente da Associação Portuguesa de Escritores Juristas. É agraciado com a Medalha de Mérito Cultural e Político do Município de Penela, Medalha de Ouro do Município de Coimbra e Medalha de Honra da Ordem dos Advogados. É condecorado com a Ordem da Liberdade (Grande Oficial, em 2004, e Grã Cruz, em 2016). No seu 80º aniversário, a Câmara de Penela deu o seu nome à Biblioteca local.
Estreou-se como escritor em 1954, mas só depois de deixar a política ativa (1983) é que pode dedicar mais tempo à escrita, sua paixão de juventude



Espetáculo inolvidável - Só quem se encontrar no local e naqueles momentos, em que os raios solares atravessarem de extremo a extremo o eixo da curiosa câmara, poderá ter a plena consciência de estar perante a revelação de uma fabulosa visão, de um verdadeiro hino à Natureza! – à Terra, aos Céus, ao Cosmos

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Vamos celebrar a estação das colheitas e dos frutos, num dos calendários pré-históricos do Stonhenge Português, - Herança arqueológica, composta por alinhamentos sagrados com todas as estações do ano, que se ergue, entre o antigo termo de Longroiva e de Muxagata, a que, as inquirições de Dom Dinis, aludem, como o templo de Izeda, em louvor da deusa Isis, a deusa do sol, adorada primeiramente pelos egípcios e cujo culto se propagou por outros pontos do mundo.


Situa-se nos arredores da aldeia de Chãs, no monte dos Tambores, cenário mítico, e já habitual, para assinalar a entrada da estação mais florida do ano 





Neste vídeo, a alegria e espontaneidade de como Carlos Nascimento, autor do Livro "O Comboio a Vapor", abrilhantou a cerimónia evocativa, junto ao antiquíssimo e sagrado altar da Pedra do Solstício, calendário pré-histórico, configurando uma gigantesca esfera terrestre ou a esplendorosa configuração de um enorme globo solar alinhado com o pôr-do-sol do primeiro dia do Verão, que se ergue na vertente castreja do maciço dos Tambores, aldeia de Chãs,

Pena o sol, o horizonte, nesse dia, ter estado bastante nublado. 



Naquela tarde, pudemos contar também com a presença de Ilídio Sacramento, que colaborou, como mecânico na chamada ponte aérea humanitária  São Tomé-Biafra, de  julho de 1968 até janeiro de 1970,  um dos participantes, com a sua esposa, tendo lido um belo poema de  José Francisco Tenreiro,  tido como uma das figuras de maior destaque na cultura e na história de São Tomé e Príncipe no século XX, considerado  como a  voz da mestiçagem, da negritude e da africanidade

Aqui renovo o meu abraço amigo a todos quantos nos deram o prazer da sua colaboração e participação. Nomeadamente da presença do artista, Carlos Nascimento e da sua querida esposa, a Clô. Além de António Lourenço, bem como José Lebreiro e Pedro Daniel, que se fez acompanhar com tão amáveis e sorridentes rostos familiares, podemos contar também com um pequeno grupo de adolescentes sorrisos da nossa aldeia, assim como da presença de um casal e seu amado filho, vindos de Celorico da Beira, assim como do nosso amigo santomense, de longa data, Ilídio Sacramento e sua querida esposa, que nos deu o prazer de ler uns belos versos do poeta Francisco Tenreiro.
















Diversos investigadores têm-se debruçado sobre o estudo dos dois monumentos megalíticos: - Um apontado aos Equinócios e o outro ao Solstício do Verão. Desde o historiador Prof. Adriano Vasco Rodrigues, que foi quem primeiro classificou a Pedra da Cabeleira de Nossa Senhora, como local de culto ou de sacrifícios, remontando ao período "da transição do paleolítico para o neolítico", ao arqueólogo Prof. António Sá Coixão, outro dos historiadores e investigadores que, à semelhança de Vasco Rodrigues, tem desenvolvido um trabalho notabilíssimo nos concelhos de Foz Côa e Meda. Por sua vez, o Prof. Moisés Espírito Santo autor da Sociologia das Religiões, deslocou-se, por duas vezes, ao local, tendo oferecido à Comissão Organizadora, um importante estudo da toponímia da área envolvente, concluindo que alguns dos nomes se relacionam com o culto do sol. Outro dos entusiastas pelos dois calendários pré-históricos, tem sido o astrónomo MÁXIMO FERREIRA, que também já ali dirigiu em visita de estudo. O director da Revista Altitude, Lima Garcia poeta, docente, um homem de cultura,, já ali nos leu alguns dos seus belos poemas e traçou-nos o seu ponto de vista histórico sobre o distrito e esta zona. Quem veio propositadamente da Austrália, com o objectivo de fazer um levantamento sobre dos sítios, de Radiestesiafoi o Autor de Agulhas de Pedra - A Acupunctura da Terra - Tom Graves Mas, já agora, não queremos deixar de nos referir às duas visitas que Mila Simõesde Abreu, ali fez. A última das quais levando vários arqueólogos e estudantes do programa ERASMO, a que já nos referimos noutro post. A Mila é uma referência incontornável na defesa do Vale Sagrado, Se não fosse a sua coragem e determinação, o Côa, era mais uma albufeira, igual a tantas outras, e, por sinal, na área mais rica do seu vale - património arqueológico, paisagístico e agrícola. À curiosidade da Mila não pode passar nada despercebido.


Visto da entrada do sol - Da face voltado ao nascer do sol - O templo sacrificial, conhecido pelo povo da aldeia, como Pedra da Cabeleira de Nª Srª, nome atribuído a uma lenda, que, recorda, que, quando Nª Srªa foi expulsa do Egipto, se teria recolhido no interior da gruta. E, ao encostar os seus cabelos na cúpula de um nicho onde cabe uma cabeça humana, no lado direito da entrada, ali teria deixado os seus cabelos gravados para a eternidade. Mas, para o Sociólogo, etnógrafo e etnólogo, Moisés Espírito Santo, que estudou a toponímia da área, o significado é diferente, que vem ao encontro da tese de se tratar, de facto, de um calendário solar

Moisés Espírito Santo, deslumbrado pelo fascínio e misticismo do lugar, já aqui se deslocou por duas vezes: no Solstício do Verão e no Equinócio do Outono 
 Num estudo que fez sobre a toponímia da área, e que nos ofereceu, o prestigiado Catedrático da Universidade Nova de Lisboa, associou os vários nomes dos da área envolvente ao culto do sol

Considerado, por alguns académicos, um dos etnólogos e sociólogos portugueses mais representativos a partir da década de oitenta do século XX e uma referência científica na área de Sociologia das Religiões, com uma obra categorizada pela Bibliotéque Nationale de France”. Mostrou-se muito encantado pelo que viu e pelas nossas iniciativas. 

O autor da Sociologia das Religiões, diz ter dado particular atenção aos nomes dos sítios e das pedras dos calendários. Frisando que, o que ali observou e pôde interpretar “não consta nos livros de História de Portugal” onde - segundo afirma -, “crassa ignorância e uma verdadeira fobia quanto à cultura dos nossos antepassados lusitanos. Os historiadores e arqueólogos procuram fazer-nos crer – acrescenta o investigador - “que os lusitanos eram uma horde de selvagens, atrasados e ignorantes, quando foram o povo que «durante mais tempo se opôs aos romanos», conclui o Catedrático, citando Estrabão”.


Diz  -"Pedra da Cabeleira, é  o nome da pedra grande através de cuja fenda se vê o sol nascer nos equinócios. Excluímos a lenda da «cabeleira que Nossa Senhora aí deixou» por ser uma adaptação recente do nome original à religião católica popular. Como a fenda da pedra serve para ver, nos equinócios, o nascer do sol, Cabeleira é uma corrupção de qabal awra [lê-se: cabalaura] em que qabal (do acádico) significa «no meio, mediano, posição ao meio», e awra (do cananita e hebraico) «aurora, nascer do sol». Portanto qabal awra significou literalmente «posição ao meio do nascer do sol», isto é, «posição do nascer do sol ao meio» do ano, «posição mediana do nascer do sol», sendo os equinócios a posição do sol «ao meio» do seu aparente percurso celeste. Em hebraico, qbl [lê-se: qabal] também significa «aceitar, recolher, acolher»; qbl awra seria então «aceita, recebe, acolhe o nascer do sol», tratando-se duma significação complementar (a fenda acolhe o sol nascente"

MACIÇOS DOS TAMBORES - Também para o Professor Catedrático da Jubilado da Universidade Nova de Lisboa, tema sua explicação. 
O que vou expor não consta nos livros de História de Portugal onde notamos uma crassa ignorância e uma verdadeira fobia quanto à cultura dos nossos antepassados lusitanos. Os historiadores e arqueólogos procuram fazer-nos crer que os lusitanos eram uma horde de selvagens, atrasados e ignorantes, quando foram o povo que «durante mais tempo se opôs aos romanos», segundo Estrabão. Quer dizer, a resistência dos lusitanos aos romanos durou 200 anos. Porquê são assim ignorados pelos historiadores os nossos antepassados? Porque eram libertários e ciosos da sua independência e cultura, e porque se opuseram aos colonizadores.
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Monte dos Tambores - Significado 
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É nome do monte onde encontramos o calendário rupestre. Tambores é uma corrupção fonética do vocábulo cananita e hebraico tabor que, literalmente, significa «umbigo» e, metaforicamente, «centro da terra, parte mais elevada da terra, umbigo da terra», quer dizer, um monte sagrado. Jerusalém é classificada de «umbigo da Terra» (Ezequiel 38:12). Também existiu na Palestina (antiga Fenícia) um monte Tabor onde o Antigo Testamento (Juizes, 9:38, Deuteronómio 33:19) situa um santuário hebraico e sobre o qual Jesus se transfigurou perante alguns discípulos (Mateus 17:1-9). O monte dos Tambores, em Foz-Coa, foi um santuário lusitano/fenício ao Sol, como vamos ver.





Participação da Amalga- Companhia de Dança, na Primavera de 2010 - O sol, na manhã desse dia, não nos contemplou com o seus esplendorosos raios, no entanto, mesmo assim, viveram-se belos momentos. 

ANTÓNIO RAMOS ROSA  EM MEMÓRIA DE UM GRANDE POETA DA LÍNGUA PORTUGUESA - Faleceu no dia 23 de Setembro de 2013 - -Deu-me a  honra e o prazer de ser seu amigo e de me receber várias vezes em sua casa- E até na residência onde se recolheu por razões de saúde - - 17 de Novembro de 1924 – 23 de Setembro de 2013



Na manhã do dia 23 de Setembro de 2014 - Não foi possível observar os raios solares atravessarem a gruta da Pedra do Sol da Cabeleira de Nª Srª  (o céu estava encoberto, pois só de tarde houve bonitas abertas)  mesmo assim não deixou de ser uma linda manhã inesquecível


Foram lidos poema de Maria da Assunção Carqueja, falecida em 9 de Setembro de 2013, por seu marido,  Adriano Vasco Rodrigues, o professor, historiador e investigador com vasta obra publicada, ao qual se devem os primeiros estudos deste santuário rupestre. 



A primeira referência do imponente megálito, que sugere a existência de um antigo culto solar e posto de observação astronómico, foi feita por Adriano Vasco Rodrigues, no seu estudo publicado em 1982, sobre a História Remota de Meda., de cuja investigação aqui transcrevemos, com a devida vénia, um pequeno excerto: “Também na freguesia de Chãs, que foi outrora anexa de Longroiva e agora pertence ao concelho de Vila Nova de Foz Côa, localizei, a curta distância da povoação, na Lapa de Nossa Senhora, no interior de um penedo com forma de crânio, um nicho contendo algo que parece a pintura de uma cabeleira humana”

“O penedo tem o seu assento sobre uma vasta superfície rochosa granítica. A face poente está desbastada como uma enorme testa. Na parte interior rasga-se uma abertura com cerca de um metro de diâmetro, que dá entrada para uma espaçosa câmara com o exterior por outra abertura rasgada na face ocidental.”

“No tecto desta câmara notam-se manchas avermelhadas de uma pintura de ferro parecendo resultarem de uma pintura destruída pela erosão produzida pela corrente de ar, estabelecida pelas duas entradas.”..


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Em 1957, tive oportunidade de estudar a fraga conhecida com o nome da Cabeleira de Nossa Senhora, que classifiquei como santuário pré-histórico, integrado cronologicamente na revolução neolítica। Pelas suas características sugere a existência de um culto ao crânio, característico, na Península Hispânica, da transição do Paleolítico para o Neolítico, segundo o Prof. Pericot. A identificação com uma entidade feminina, que sofreu consagração à Virgem Maria, acompanhada de lenda popular, sugere um culto inicial à Deusa Mãe, símbolo da fertilidade.

O início da agricultura está ligado ao culto da Deusa Mãe, privilegiando a germinação das plantas. Foi trazido do Médio Oriente para o Ocidente peninsular pelos primeiros povos agricultores.


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O jornalista Jorge Trabulo Marques, natural das Chãs, do concelho de Vila Nova de Foz Côa, que meritoriamente tem pesquisado toda esta área, levantou o problema de se tratar de um calendário solar, tendo o homem pré-histórico aproveitando este monumento natural e adaptando-o, como se comprovou pela presença da pedra

 Esta hipótese não foi levantada despropositadamente, pois está comprovado por testemunhos de períodos coevos em que foram levantados calendários relacionados com a marcação de solstícios de Verão e de Inverno। O culto ao Sol é fundamental nas sociedades primitivas e o conhecimento do calendário das estações para poderem fazer as sementeiras। O culto à Deusa Mãe e ao Sol dos primeiros agricultores está relacionado

Panorâmica que pode ser observada das encostas do maciço dos Tambores e Mancheia, sobre o maravilhoso  vale da Ribeira Centeeira.

 


MACIÇO DOS TAMBORES, MACHEIA E QUEBRADAS

Cenário mítico onde a herança no domínio da arqueoastronomia ainda perdura - Em alinhamentos orientados com o primeiro dia das quatro estações do ano, que se erguem, entre o antigo termo de Longroiva e de Muxagata, a que, as inquirições de Dom Dinis , aludem, como o templo de Izeda, em louvor da deusa Isis, a deusa do sol, adorada primeiramente pelos egípcios e cujo culto se propagou por outros pontos do mundo


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Lembramos que há fenómenos naturais que ultrapassam a vontade humana e que são imprevisíveis, mas há outros que são o resultado das agressões ao meio-ambiente. E o que dizer das guerras, que persistem na ataualidade? Há que encontrar caminhos para a paz

A sucessão de incêndios que tem alastrado em vários pontos do país.  - A explosão de várias centrais nucleares, construídas em sítios altamente sísmicos, é algo sobre que importa reflectir, com urgência e especial atenção - 



Sim, grande é a ameaça que paira sobre o nosso planeta - E, todavia, parece que, dos milhões que o habitam, poucos são aqueles que tomam consciência das ameaças que prevalecem sobre a sua ( nossa) existência - Invernos mais rigorosos e gélidos, com enormes inundações e quedas de neves! Verões mais secos e tórridos, com grandes devastações de incêndios! - Gelos polares que se derretem, colocando em perigo muitas ilhas e grandes superfícies terrenas
Enquanto isso, o deserto do Sahara, vai galopando - a Norte e a Sul - na sua marcha inexorável! - Quem nos acode?! - Quem é capaz de pôr termo ao feroz egoísmo que prevalece na actual sociedade?! - Consequência de um sistema capitalista que já não conhece fronteiras! - Começa a ser tarde demais! - Os efeitos estão à vista dos nossos olhos!


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O templo sacrificial, orientado no sentido nascente-poente, ergue-se no alto de um maciço rochoso, próximo de um antigo castro, no perímetro do Parque Arqueológico e a curta distância da Pedra do Solstício.
Tem a forma de um gigântico crânio, atravessado, na sua base, por uma gruta em forma de semi-arco, com cerca da 4,5 metros de comprimento, que é iluminada pelo seu eixo no preciso momento em que o Sol nasce.
 


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 Calorosos e belos momentos vividos pela  passagem dos peregrinos, na Celebração  do Solstício do Verão,  no dia 23 de Junho de 2023, frente ao portal do Santuáruio da Pedra da Cabeleira de Nª Srª 


 
Na celebração do solstício do Verão de 2021, tantas e tão dispares e calorosas, foram as emoções, naquela tarde luminosa e brilhante,  em contraponto  aos dias nublados e de aguaceiros dos dias  anteriores

MACIÇO DOS TAMBORES E, MANCHEIA E QUEBRADAS – Arredores da aldeia de Chãs -  Lugares de calendários pré-históricos onde coração pulsa e vibra de emoção 

– Numa tarde maravilhosa, com sorrisos de muita alegria, de um fraternal e saudável e caloroso convívio - Abrilhantado com os Gaiteiros Os Mirandum e a honrosa presença da peregrina e embaixatriz, Luso- São-Tomense, a escritora e poeta, Olinda Beja, acompanhada à viola pelo mestre Luis D´Almeida


Foi proferida a  leitura de um dos seus poemas por Olinda Beja e palavras de tributo à sua memória  peloentão Vereador da Cultura do Município Fozcoense  João Paulo Lucas Donas Botto Sousa (atual Presidente) e  por António Lourenço, ex-Presidente da Junta da Freguesia de Chãs e atual Presidente da Associação dos Bombeiros Voluntário de Vila Nova de Foz Côa







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Também já num tempo pré-histórico mais próximo dos nossos dias, temos o exemplo de Stonehenge, convidando à observação do Sun rose e do summer solstice. Na Irlanda, o túmulo chamado New Grange, mostra uma abertura pela qual entra a luz solar no dia do solstício de Inverno percorrendo a câmara até à sua parede fina

José Manuel Ribeiro/Reuters, um dos mais prestigiados fotógrafos portugueses, foi o primeiro repórter a divulgar a imagem da Pedra da Cabeleira, para todo o mundo - através da Agência Reuters . 

Ocorreu no Equinócio do Outono, de 2006.Nessa manhã, o tempo esteve cinzento, não facilitou o seu trabalho, não proporcionou a tão desejada imagem do sol a atravessar a cripta do referido templo sacrificial 

Mesmo assim, as suas fotografias, foram publicadas em vários órgãos internacionais. Posteriormente, já lá voltou, e, de facto, dessa vez, a luz brilhou com todo o seu esplendor? E vimos que a sua satisfação foi duplamente conseguida: belíssimas fotos e a alegria de participado num momento único, de rara beleza!

Depois dele, pudemos contar com a divulgação  - através da Lusa - pelo Jornalista José Domingues, que faleceu , em 30 de Agosto de 2023 .E, também, muito especialmente , por Jorge Esteves,  que dirige a delgação da RTP, na Guarda,  ao qual se ficam a dever variadissimos trabalhos de reportagem 


 

COMO FOI QUE FERNANDO ASSIS PACHECO SE DESLOCOU AO LUGAR DOS TAMBORES - TEMPLOS DO SOL

 

Foi em Outubro de 1995. Estava-se em plena polémica das gravuras. Encontrei-o a meio da tarde desse dia, em Foz Côa, e já de regresso do Vale do Côa, para onde fora destacado, em reportagem, pela revista Visão. Embora visivelmente cansado da jornada, saudou-me com um ar de muita satisfação e alegria, parecendo não dar por perdido o esforço da sua missão, cujo contentamento acentuou ainda mais quando me perguntou se eu era daqui. Respondi-lhe que era natural de uma aldeia que também tinha bonitas gravuras, no seu termo, as da Quinta da Barca, junto ao Côa, e uma fragas muito curiosas, nas proximidades, que gostaria que visitasse

E foi então que, acendendo amavelmente ao meu convite, surgiu a oportunidade de se deslocar, com o repórter fotográfico, José Oliveira, até à Pedra da Cabeleira de Nossa Senhora, bem como a outros locais da área, que o deixariam verdadeiramente encantado, tendo mesmo prometido ali voltar! – E longe ainda de se saber que existiam os tais fenómenos solares, que, mais tarde, eu pessoalmente haveria de descobrir E muito menos de se imaginar que esta seria a sua despedida para sempre



A MORTE UM MÊS DEPOIS - Um mês depois, e justamente quando dali regressava a casa, ao ligar o rádio, qual não é o meu espanto e a minha tristeza quando ouço a notícia da sua morte, que o surpreendeu com uma mão cheia de livros à saída da livraria Bucholz, em Lisboa.

Faleceu em 30 de Novembro, aos 58 anos .No dia seguinte dirigi-me à mesma pedra e, com ajuda de um pequeno cinzel, fixei, dentro de um pequeno triângulo, as iniciais do seu nome, como singela homenagem à sua memória. Depois disso, já por lá passei muitas vezes, e, sempre que por ali passo, não deixo de o imaginar lá, com a mesma postura e expressando aquele seu largo sorriso aberto, que, aliás, lhe era tão familiar e que os seus entes queridos e muitos amigos, dificilmente esquecerão


. Olá Fernando! ainda te vejo
Ali a sorrir e abrir os teus braços!

Sempre que por ali passo, não deixo de me lembrar de ti
e de olhar o centro da mesma pedra, o pequeno altar granítico
que emerge quase ao rés-vés com o distante horizonte a poente,
num dos pontos mais destacados do vasto planalto rochoso,
sulcado de morros e giestas! - E, ao deter-me junto a ele,
ao circunvagar tudo à minha volta, dificilmente
perco a oportunidade de contemplar
os mesmos espaços que tu abraçaste
num sorriso e num abraço, tão largo,
tão amplo e aberto, que dir-se-ia
quereres ao mesmo tempo respirar
aqueles puros ares e abraçares todo o Universo!...


Ator João Canto e Castro 


Os participantes - incluindo o ator e músico João Canto e Castro, bem como Jorge Carvalho, que se associaram ao evento - tiveram oportunidade de testemunhar a passagem dos raios solares sobre o eixo da Pedra do Solstício.

"Estamos aqui a comemorar o Verão tal qual como ele foi comemorado há milénios, com a presença de druidas vestidos com túnicas brancas, trazendo o seu bordão e transportando cordeiros ao ombro", disse Jorge Trabulo Marques, da comissão promotora dos festejos.

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O Saudoso poeta Manuel Daniel,  vitima da Covid, na Pedra dos Poetas, anos depois , numa homenagem ao poeta Fernando Assis Pacheco 





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Estes ainhamentos sagrados, remontam ao período megalítico e existem em várias partes do mundo, mas sobretudo na Europa. Sendo o mais famoso o o “Stonehenge. Muitos destas gigantes estruturas estão em perfeito alinhamento com os corpos celestes, especialmente com os Equinócios e os Solstícios -

 Perpetuam memórias de verdadeiros calendários astronómicos, que antigas civilizações elegeram como especiais locais de culto – Vários estudiosos, que visitaram os templos megalíticos dos Tambores, em Chãs, conferem-lhes significado e importância e comparam-os a alguns dos mais curiosos monumentos que ainda subsistem do período  megálitos, conhecidos por alinhamentos sagrados, em várias partes do mundo, mas sobretudo na Europa. Sendo o mais famoso o o “Stonehenge. 


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Esta extraordinária imagem, configurando uma gigantesca esfera terrestre ou a esplendorosa configuração de um enorme globo solar, fica na vertente de uma antigo castro – o ponto mais alto deste vasto maciço rochoso. Foi registada, pela primeira vez, às 20.45 horas do dia 21 de Junho de 2003. Todos os anos, por esta altura, o sol, ao pousar no horizonte, projeta os seus raios em perfeito alinhamento com a sua crista e o centro do círculo votivo, situado no enfiamento a uns metros a oriente. Assinalando a entrada do Verão e proporcionado um verdadeiro posto de observação astronómico.

“Viemos aqui espreitar a história! Viemos aqui procurar um contato com aqueles que já viveram aqui a sua vida e gastaram aqui as suas preocupações!... E, sobretudo, interrogaram-se, como ainda hoje nos interrogamos por quatro grandes pilares: o Espaçao, a Vida e o Além  

” Palavras do poeta invisual, jornalista, advogado e dramaturgo, Manuel Daniel, na sua expressiva alocução, em resposta ao poemas lidos e aos elogios preferidos na auspiciosa manhã do primeiro dia do Outono de 2020,


Faleceu vítima da Covid, no dia 21 de Janeiro, do ano seguinte

Natural de Meda, residente, desde há vários anos, em V.N. Foz Côa - Advogado, escritor, jornalista, poeta, dramaturgo, autor de 40 peças de teatro, nomeadamente para crianças, 20 das quais ainda inéditas - Espírito solidário e associativo, de sensibilidade relevante, em associações de solidariedade social, nomeadamente no Lar da Santa Casa da Misericórdia e na Associação Humanitária dos bombeiros de Foz Côa na qual foi seu Presidente da Assembleia Geral, 20 anos, desde 1979 a 1999.

A celebração, teve a cobertura de uma equipa de reportagem da RTP, através da sua delegação na Guarda, dirigida pelo jornalista, Jorge Esteves, um excelente profissional, que, desde há vários anos, vem desenvolvendo um notável trabalho de cobertura da nossa região – Foi ele, que, fez a reportagem das nossas primeiras celebrações, bem como o jornalista, José Domingues, pela Lusa, a cujo empenhamento, muito lhe devemos

Os seus belos versos faziam parte das tradicionais celebrações evocativas nos Templos do Sol , onde tivemos a alegria e o prazer de contar com a sua amável presença, por várias vezes, Ele que também, até, já havia participado na homenagem, que prestámos, na Pedra dos Poetas, Fernando Assis Pacheco, cuja imagem aqui recordamos - Justamente no mesmo local, onde o então jornalista e poeta, erguera os braços, um mês antes da sua morte, aquando de uma reportagem no Vale do Côa.

No dia 23 de Setembro de 2015, contamos com a presença do então Bispo da diocese de S. Tomé e Príncipe, Dom Manuel António Mendes dos Santos, natural da freguesia de São Joanino, concelho de Castro Daire, que nos deu o prazer de também ler poemas de sua autoria,  Aqui Onde Estou Os Sonhos São Verdes