Na manhã do último sábado, dia 23, na já tradicional sessão de boas-vindas ao primeiro dia do Outono, que decorreu ns Pedra da Cabeleira de Nª Srª, conforme postagem anterior, num dos sítios do maciço dos Tambores, que é atravessada pelos raios solares do nascer do sol nos Equinócios do Outono e da Primavera, proporcionando um deslumbrante espectro solar, sim, quem haveria de imaginar que ali iriamos deparar como uma espécie de réplica da imagem que ali íamos contemplar e, de algum modo também a fazer lembrar a da imagem do entrançado da pintura rupestre que ali existe num nicho do seu interior, que, um estudo da toponímia local, do Prof. Moisés Espírito Santo, classifica como símbolo solar
Coincidência?.. Diz a sabedoria popular que nada acontece por mero acaso – Seja como for, não deixou de surpreender especialmente a Drª Antonieta Maria de Jesus Rosendo, uma das nossas peregrinas, quando ali se debruçou junto ao gracioso portal e nos chamou atenção daquela tão curiosa teia, que ali estava pendurada , não resistindo ao fascínio de se ajoelhar e de entrar pela gruta adentro e observar atentamente o seu teto e a pintura rupestre ali existente.
No seguimento da sua deslocação ao Santuário e à minha aldeia, Chãs, freguesia de V. N. de Foz Côa, diz ter dado particular atenção aos nomes dos sítios e das pedras dos calendários. Frisando que, o que ali observou e pôde interpretar “não consta nos livros de História de Portugal” onde - segundo afirma -, “crassa ignorância e uma verdadeira fobia quanto à cultura dos nossos antepassados lusitanos.
Castro do Curral da Pedra - Mancheia-Tambores |
Os historiadores e arqueólogos procuram fazer-nos crer – acrescenta o investigador - “que os lusitanos eram uma horde de selvagens, atrasados e ignorantes, quando foram o povo que «durante mais tempo se opôs aos romanos», conclui o Catedrático, citando Estrabão
Poderei citar muitos
mais testemunhos da riqueza pré-histórica da região, os quais localizei através
das minhas prospecções, entre eles, necrópoles, grutas, abrigos, castros e dos
mais representativos a Estátua-menhir de Longroiva, representando um homem,
possivelmente um caçador, acompanhado pelo mesmo equipamento do homem
encontrado na geleira do Tirol, em Setembro de 1991, entre a Itália e a Suíça,
conhecido por Ossi.
"Pedra da Cabeleira é o nome da pedra grande através de cuja fenda se vê o sol nascer nos equinócios. Excluirmos a lenda da «cabeleira que Nossa Senhora aí deixou» por ser uma adaptação recente do nome original à religião católica popular. Como a fenda da pedra serve para ver, nos equinócios, o nascer do sol, Cabeleira é uma corrupção de qabal awra [lê-se: cabalaura] em que qabal (do acádico) significa «no meio, mediano, posição ao meio», e awra (do cananita e hebraico) «aurora, nascer do sol».
Autor do famoso livro - Agulhas de Pedra, A Acupunctura da Terra – o escritor e radiestesista, Tom Graves, que veio expressamente da Austrália para visitar o local
“Na anta da Cunha·Baixa (Mangualde), a que me referi a cima, Pág.71, encontrei um objecto de granito, com a conformação indicada na figura 73: o objecto tem de comprimento 1m,20 e de maior largura om,20, apresentando ao longo uma serie de sulcos feitos com toda a regularidade; estava deitado à entrada da camara. Não me parece fácil determinar precisamente o uso d'este objecto. Nunca vi outro igual, conquanto tenha encontrado dentro das antas pedras mais ou menos compridas e irregulares, que talvez lá não fossem postas sem especial intuito I. Num livro do sr. Joly s vem o desenho de um objecto que represento na fig. 74, o qual não deixa de ter alguma parecença com o de cima, embora talvez seja muito menor, e de outra substância; o A. denomina-o registre-se de comptes, Inclino-me a crer que o objecto Cunha-Baixa representa um troféu, designado os sulcos
A linha de água do Vale da Ribeira Centeeira, ou Graben de Longroiva, mais conhecido por Vale dos Areais, vai desaguar ao Côa, depois de tomar o nome de Ribeira dos Piscos, em cuja foz se situa um dos principais núcleos de gravuras rupestres classificados como Património da Humanidade.
Do lado de lá, as encostas são xistosas e ficam localizadas as povoações da Pestana, Cornalheira, Gamoais e Vale do Pereiro, onde se estendem lindíssimas vinhas - Sobranceiras ao vale, situam-se duas magnificas quintas, muito bem aproveitadas, a Quinta da Veiga e a Quinta da Canameira – A Quinta dos Areais, outra das áreas fertilíssimas, onde até o Salazar ia deliciar-se com a sua fruta e a comida regional, lamentavelmente, nos últimos anos tem estado praticamente desaproveitada - Com um extenso pomar de pereiras, carregado de peras, inundado de arbustos e de silvas, em terrenos onde se chegaram a cultivar belas hortas e meloais – A propriedade é pertença dos antigos herdeiros de um médico de Salazar, que residem em Viseu, onde há mais pinhais de que hortas.
O graben de Longroiva é o prolongamento para Sul do graben da Vilariça. É uma depressão tectónica formada com o desnivelamento dos blocos laterais e abatimento do bloco central de uma fracturação paralela numa faixa de 0,5 a 1 km de largura na Falha da Vilariça. O bloco Oeste desenvolve-se em patamares desde a Ribeira da Centeeira, que corta o vale, a altitudes da ordem de 300m, até à região de Mêda, a altitudes de 650 a 750 m. O bloco Este forma uma escarpa de falha de 150 a 200 metros de altura. https://www.geocaching.com/geocache/GC3G5EN