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domingo, 26 de junho de 2022

Celebração ao Solstício do Verão, Chãs. Foz Côa – Com momentos de grande alegria e espiritualidade – Num dia cinzento e nublado, mas poupados das chuvas e aguaceiros que caíram noutras paragens da região e do país – Com as presenças do Presidente da CM de Almeida e da Vereadora da Cultura de Foz Côa na homenagem ao Prof Adriano Vasco Rodrigues, representado por membros da sua família.

Jorge Trabulo Marques - Jornalista e coordenador dos eventos  - Não perca também O SOL em Chãs - Imagens com história  - Vistas pela mestria do antigo repórter da Reuters, José Manuel Ribeiro, na sua deslocação à celebração do Solstício do verão - Clike e veja as belíssimas imagens com história  https://www.idyllmeraki.com/post/o-sol-em-ch%C3%A3s a quem se deve a divulgação das primeiras fotos e a noticia  de um destes templos solares para os mais diversos quadrantes do mundo   - E a quem renovamos daqui um grande abraço amigo 



O Solstício de Verão, o dia mais longo do ano para o Hemisfério Norte, e  que marcará o início da estação estival,  ocorreu  às 10 h 14, dia 21 de junho, em Portugal – Entrou molhado em muitos pontos do nosso país

VIDEO DAS VÁRIAS SESSÕES EVOCATIVAS 

Poucos mas irmanados  por um sentimento de grande espiritualidade - Estes os momentos vividos na Celebração ao Solstício do Verão, por um pequeno grupo de peregrinos, vindos de perto e de longe,  que vieram saudar   o maior dia do ano na tarde do passado dia 21 de junho,  junto aos altares dos místicos  alinhamentos sagrados do Stonehenge Português, aldeia de Chãs, de Foz Côa, antigos calendários solares e lugares de culto dos povos que por aqui se fixaram, de que abundam ainda muitos vestígios, festejando os ciclos das estações do ano, a Mãe-Natureza, da qual dependiam inteiramente, venerando e dando graças  ao Deus Sol,  fonte da vida e fidedigno espelho da obra divina do Criador.

 


Solstício do Verão 2013 - Pedra do Sol Chãs Véspera 



"Não fiquem tristes por haver pouca gente das  Chãs neste acontecimento, porque, as coisas místicas, são mais valorizadas por quem é nómada!.. Sempre!.."

 
Declarou o Padre Diogo Martinho,   um dos dois sacerdotes presentes nas celebrações, lamentando não ter podido chegar mais cedo,  em virtude de compromissos pastorais, referindo que  essa busca  do misticismo  se passou com  “com o povo bíblico, no antigo testamento: um povo que não tinha terra...

Sim, é verdade: - a aldeia vai-se despovoando, tal como o país profundo - Não há nascimentos e os valores sagrados vão-se também diluindo na sociedade do consumo e das aparências -  Mas há sentimentos que o tempo não apaga nas gerações mais velhas e que se habituaram a fazer uma vida mais nómada e de sacrifícios de que sedentária

Vimos essa reação num punhado de idosos do lar de Nª Srª de Assunção, que se alegraram e nos bateram palmas, antes do cortejo deixar o adro da igreja ao som dos Gaitarolas de Strekibeta, grupo de gaiteiros de Miranda do Douro  - O vídeo, que editamos,  assim o documenta


Imagem do alinhamento num dos anos anteriores

A extraordinária imagem,  configurando uma gigantesca esfera terrestre ou a esplendorosa configuração de um enorme globo solar  projetando os seus dourados raios, a poente, foi por mim registada, e pela primeira vez, cerca das 20.45 horas do dia 21 de Junho de 2003


Desta vez, com o céu nublado, não a pudemos observar  - Apesar disso,  conquanto o astro solar não  nos revelasse  o seu nostálgico esplendor à hora do sol-posto,  com os seus raios projetando-se  alinhados sobre  a crista da esférica Pedra do Solstício, mesmo assim, dir-se-ia que 
S. Pedro, nos poupou das chuvas que caíram noutras bandas, senão apenas com uns leves pingos, já no regresso quando deixávamos estes belos, sagrados e amplos espaços e nos dirigíamos de novo ao adro da igreja para terminarmos as evocativas sessões solsticiais no salão da Junta de Freguesia com um recital de violino por Raquel Cravino, que, devido à instabilidade do tempo, se optou por se realizar em lugar coberto

As previsões do IPMA, dias antes e de véspera,  anunciavam para o primeiro dia de verão, períodos de céu muito nublado, aguaceiros nas regiões do Norte e Centro e Alto Alentejo e vento fraco a moderado do quadrante oeste, soprando por vezes forte nas terras altas.

Na verdade, viveram-se momentos muito belos  e calorosos, em todo o percurso e em todas as paragens da simbólica e expressiva peregrinação: desde à aldeia  aos atos que se sucederam à primeira paragem junto ao altar do Santuário da Pedra da Cabeleira de Nª Srª - 

Pena não ter podido referir-me mais cedo, como seria meu desejo: no mesmo dia, tive que regressar a Lisboa e acabaram por ocorrer outros imprevistos, que me impediriam de editar as belas imagens e vídeos, que tenho o prazer de vir agora divulgar

Presidente da CM de Almeida
Vereadora Ana Filipe impondo o colar dos Templos do Sol  a Mirian
Ana Filipe, uma Vereadora feliz

Para a homenagem que projetamos prestar ao Prof. Adriano Vasco Rodrigues,  – Arqueólogo, Etnógrafo e Historiador, o  Município de Foz Côa, ao qual devemos o gratificante apoio à vinda de um grupo de  gaiteiros de Miranda de Douro , os  Gaitarolas de Strekibeta,  bem como da violinista Raquel Cravino, docente de violino no Conservatório de Música da Metropolitana e na Escola de Música do Conservatório Nacional de Lisboa,  fez-se representar pela  Vereadora da Cultura Ana Maria Proença Filipe


O Presidente João Paulo Sousa, um entusiasta destas celebrações - tal como o seu antecessor, Gustavo Sousa Duarte, atual deputado do PSD, na AR, ao qual também devemos vários apoios-, ambos na imagem ao lado, desta vez não puderam associar-se devido a  outros compromissos da sua agenda. 

Também nos manifestou o seu desejo em comparecer, o Presidente da CM de Mêda, João Mourato, mas, as condições atmosféricas eram desmotivadoras, e,  nesse dia, estava na cidade da Guarda e com alguns problemas de ordem física. 


Da Vila de histórica Almeida, contamos também com a honrosa presença  do Presidente da Câmara Municipal,  António José Monteiro Machado, com o propósito de se associar à nossa iniciativa - A uma personalidade, também muito querida no seu concelho, para o qual tem contribuido com importantes estudos, além de ali ter laços familiares pelo lado maternal, visto a sua mãe ter aqui nascido.

Adriano Vasco Rodrigues, não tendo podido estar presente,  a conselho de seu médico, por uma inesperada indisposição de véspera, fez-se representar pela sua filha Mirian Rodrigues, na companhia de seu amado esposo  -  Entretanto, teve amabilidade de nos telefonar  à agradecer-nos calorosamente a nossa iniciativa, prometendo aqui voltar se a saúde lho permitir, o ajudar - Pois 94 anos, têm também o seu peso.


Prof. Adriano Vasco Rodrigues,  94 anos, natural de Longroiva. Mêda,  mas com raízes maternas nesta histórica  vila raiana  portuguesa 


Adriano V Rodrigues 2014

Personalidade  bem conhecida e muito estimada no nosso distrito, a quem se deve o primeiro estudo do mítico monumento  - Uma referência emblemática na investigação histórica, arqueológica e antropológica regional, nacional  e internacional  

Possuidor de uma notável biografia  - Sendo autor de obras e estudos de investigação histórica, artística e arqueológica, tendo contribuído para um maior conhecimento ao nível da arqueologia peninsular através de obras como “Arqueologia da Península Hispânica” ou “História Geral da Civilização”

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Adriano Vasco Rodrigues e o pastor Miguel - 1995

O trabalho de investigação desenvolvido tem sido reconhecido a nível internacional, participando em colóquios e seminários europeus. Entre 1959 e 1964, foi coordenador do curso de Arqueologia Hispânica na Universidade do Porto. É membro da união europeia de conselheiros técnico-científicos e investigador do centro de estudos africanos da Universidade do Porto. Em 1996 foi condecorado com a Comenda da Ordem do Infante D. Henrique, tendo recebido medalhas de mérito da cidade do Porto, da Guarda e do município de Almeida. A sua vida tem sido repartida entre a investigação e a docência, nomeadamente em Portugal, Angola e a Bélgica, onde dirigiu a Schola Europaea.


A última visita do Prof. Adriano Vasco Rodrigues,  a este local, ocorreu em 23 de Setembro de 2014, na celebração do equinócio do Outono, na homenagem que então prestamos à poetiza Maria da Assunção Carqueja,   à saudosa  e sua muito querida esposa, antiga diretora   do Centro de Docência Científica do Instituto de Investigação Científica de Angola. Metodóloga, e, posteriormente, Técnica Científica da União Europeia na área da Filosofia da Schola Europaea.

PRESENÇA ENTUSIÁSTICA  E AMÁVEL DE DOIS DEVOTADOS SACERDOTES 

Padre Diogo Martinho
Padre Adelino Ramos 


De realçar, também, as presenças dos sacerdotes, Diogo Dias Martinho, da paróquia de Foz Côa e Manuel Adelino Ramos Abrunhosa, da paróquia de Moimenta da Beira, que prometeu aqui voltar E  cujas sábias palavras solidárias, gestos e sorrisos solidários  de ambos,  muito nos estimularam e confortaram.


Não fiquem tristes por haver pouca gente das  Chãs neste acontecimento, porque, as coisas místicas, são mais valorizadas por quem é nómada! Sempre!...  Declarou o Padre Diogo Martinho, no encerramento da celebração,   nas suas reflexões, lamentando não ter podido vir mais cedo,  em virtude de compromissos pastorais, referindo que  essa busca  do misticismo  se passou com  “com o povo bíblico, no antigo testamento: um povo que não tinha terra...  Esta a minha primeira reflexão. E, nesse sentido, queria também  apresentar três pessoas da minha terra e que são nómadas e, que, por isso, estão aqui: são dois irmãos: o tio Agostinho, que namora com uma tia minha- É o Elido, que é o meu ano, e o Marcelo, que nasceu em Angola; somos da mesma turma em Castro Daire . E, portanto, estão aqui a trabalhar! São nómadas!

E, outra reflexão: talvez tenha sido um dia  em que o sol não se apresentou como estaríamos à espera! Para tirarmos aquelas fotografias, como desejaríamos! Onde não deu para nos deslumbrarmos com aquele jogo de sombra, sol, luz e treva, como já vi… Não deu para apreciar o sol, que é sempre nesse sentido

Antes de nos sentarmos, estávamos a falar com um senhor daqui, que  quem vem aqui é uma coisa muita pagã! Daqueles sacríficos!  Mas afinal é uma coisa muito espiritual que tem a ver muito com o cristianismo … E nós identificamo-nos como o sol como Jesus Cristo! Que vem do alto!... Ora, este sol que vem do alto, não nos pôde presentear hoje, mas estivemos lá ! tivemos aqui o presente da música, que também nos salva -

Foram lidos poemas de Maria da Assunção Carqueja, natural de Moncorvo, saudosa esposa do Prof. Adriano Vasco Rodrigues, que ali acompanhou o seu marido em 2006, bem como dos poetas Manuel Daniel, natural de Mêda, de Amadeu Ferreira, concelho de Miranda do Douro, Orlando Marçal, de Foz Côa, já falecidos. - - E dos poetas vivos: Manuel Alegre, natural de Águeda e de Hamilton Tavares, natural do nosso concelho

Não esteve muita gente, é certo, mas os poucos que estiveram, valeram por muitos: vibraram de entusiasmo  com o ar puríssimo que  se respira através destes, amplos e  magníficos espaços, com o pulsar das energias telúricas do elemento terra, que os peregrinos recebem da beleza destes  sagrados lugares, tão majestosamente plenos de misticismo, ancestralidade, onde a beleza agreste dos fraguedos do granito se harmoniza com a fertilidade do vale sobranceiro ou das encostas xistosas e aparentemente quase nuas da outra margem, que se abrem como um vasto e magnífico panorama bíblico

Sim, a saudação à despedida do maior dia do ano, ocorrida na tarde da passada terça-feira, dia 21, no maciço dos Tambores, nos arredores da minha aldeia, não foi uma festa muito concorrida e o pequeno grupo de participantes, por via da nebulosidade que toldava o horizonte a oeste, não pôde observar o tão maravilhoso e desejado alinhamento sagrado: - a passagem dos raios solares a poente sobre um ponto da ondulada colina sobranceira ao magnifico vale da ribeira centeeira, direcionados com a crista do esférico megálito, perpendicularmente ao seu eixo e a uma cova evocativa circular, cujo templo solar se ergue nas faldas de um antigo castro. -

No entanto, pelo que pude presenciar, ninguém deu por mal perdido o seu tempo e esta peregrinação anual, já bem enraizada desde há quase duas décadas, acabou por ser mais um acontecimento espiritualmente muito alegre e expressivo!

Vereadora Ana Maria Filipe - lendo um poema

Tal como estava previsto, foi prestada uma singela homenagem de reconhecimento ao Prof. Adriano Vasco Rodrigues - 94 anos, completados em Maio passado - ao distinto nativo de Longroiva, concelho de Mêda, primeiro investigador a debruçar-se sobre a importância de um dos templos solares, existentes nesta área, ou seja, o Santuário Rupestre da Pedra da Cabeleira de Nossa Senhora no seu estudo, publicado em 1983, sobre a história remota do concelho de Mêda, ao qual, em tempos, a freguesia de Chãs., já pertenceu, sim, ao nosso prezado amigo, figura muito admirada em todo o distrito da Guarda, prestigiado Arqueólogo, Etnógrafo e Historiador, que, por motivos de saúde, dada a sua avançada idade, não pôde estar presente , como era seu desejo, mas que se fez representar por sua filha Miriam Rodrigues, acompanhada de seu querido esposo

Aqui renovo, pois, o nosso mais caloroso e sincero agradecimento ao nosso município, à junta de freguesia por nos ter proporcionado o salão nobre e a todos os que nos deram o prazer, a alegria e a honra da sua presença -Além da amável e inexcedível habitual colaboração de António Lourenço, José Lebreiro, Agostinho Soares, assim como, nomeadamente, do repórter fotográfico José Ribeiro, a quem devemos a divulgação das primeiras imagens dos templos do sol para os mais diversos quadrantes do mundo, através da Reuters, e, naturalmente, de todos os demais peregrinos, designadamente Carlos Palma e Virgílio Guerreiro, que se deslocaram das proximidades da capital para ali se associarem à nossa tradicional saudação à despedida do maior dia do ano. 

Virgílio Guerreiro, é  maquinista da CP - E aproveitou para ali deixar também um gesto singular e muito caloroso da sua passagem, inscrevendo em duas cascas de árvores, dois belos poemas  inspirados na espiritualidade das energias do lugar, que haveria de encostar ao misterioso nicho   da Pedra da Cabeleira de Nª Srª e  no sopé da   Pedra do Solsticio 



Balada dos aflitos - Poema de Manuel Alegre, do livro “Nada está escrito” -Lido numa das sessões da celebração do Solstício do Verão, no passado dia 21,  Face à instabilidade das condições atmosféricas, uma parte das cerimónias teve de ser realizada no auditório da Junta de Freguesia, nomeadamente alguns dos poemas, que ali não puderam ser lidos- E que contamos vir a editar -

PEDRAS QUE NÃO SÃO APENAS PEDRAS - TÊM HISTÓRIA E TRANSMITEM ENERGIA - SITUAM-SE EM LUGARES ESPECIAIS DA TERRA, TAL COMO O TRIÂNGULO DE FÁTIMA, SÃO LOCAIS DE CURA

Os calendários solares,  aqui existentes, fazem parte dos chamados alinhamentos sagrados, com a mesma orientação de muitas igrejas da antiguidade, ou,  recuando ainda mais no tempo, tal como outros observatórios pré-históricos, que ainda perduram em várias partes do mundo - São locais de cura, atravessados por  linhas ou energias geodésicas  especiais, que os saberes e a experiência de antigas civilizações, que viviam em estreita ligação com a Natureza, escolheram para seu benefício próprio e, ali,  se dirigirem às suas divindades. De referir que as duas vertentes do vale são atravessadas pela falha sísmica do “graben" de Longroiva, nome de antiga vila de origem celta ,a que a freguesia de Chãs, já pertenceu, e  onde existe uma das mais antigas estâncias termais do país. 

 


TOM GRAVES, AUTOR DO LIVRO AGULHAS DE PEDRA – A ACUMPUCLTURA DA TERRA – JÁ ESTEVE NOS TEMPLOS DO SOL

 Deslocou-se da Austrália, expressamente para estudar os dois alinhamentos. E concluiu que ambos os monumentos se se situam em sítios para onde convergem vários veios de água. Graves, defende que os lugares sagrados são centros para os quais muitas das linhas de água convergem umas com as outras e também com os centros padrões de linhas acima do solo, à semelhança do que acontece com as artérias do corpo humano.



terça-feira, 21 de junho de 2022

Solstício de Verão 21-06-22 - Chãs - Foz Côa - Hoje a partir das 18 horas - Chãs - Foz Côa - SEJAM QUAIS FOREM AS CONDIÇOES ATMOSFÉRICAS - Nos templos do Sol ou no auditório da Junta de Freguesia - Vamos celebrar a despedida do maior dia do ano – Numa singela homenagem ao PROF. ADRIANO VASCO RODRIGUES –

 As condições atmosféricas, parecem não ser as mais ideias - Em todo o caso, vamos saudar a despedida do maior dia do ano  Pormenores da celebração https://templosdosol-chas-fozcoa.blogspot.com/2022/06/celebracao-ao-solsticio-do-verao-chas.html

 


O Solstício de Verão, o dia mais longo do ano para o Hemisfério Norte, e  que marcará o início da estação estival,  ocorre  às 10 h 14, dia 21 de junho (terça-feira) em Portugal -  

Vamos celebrar a despedida do maior dia do ano – Numa singela homenagem ao PROF. ADRIANO VASCO RODRIGUES – Arqueólogo, Etnógrafo e Historiador, 94 anos - Referência emblemática no distrito da Guarda, que, entretanto, por motivos de saúde, será representado pela sua filha

Com a leitura de poemas de Maria da Assunção Carqueja, natural de Moncorvo, saudosa esposa do Prof. Adriano Vasco Rodrigues, que ali acompanhou o seu marido em 2006, bem como dos poetas Manuel Daniel, natural de Mêda, de Amadeu Ferreira, concelho de Miranda do Douro, Orlando Marçal, de Foz Côa, já falecidos. - - E dos poetas vivos: Manuel Alegre, natural de Águeda e de Hamilton Tavares, natural do nosso concelho - Se houver disponibilidade, poderão ser lidos também poemas de outros autores

Ao som dos acordes da violinista Raquel Cravino, docente de violino no de Música da Metropolitana e na Escola de Música do Conservatório Nacional de Lisboa, que servirão para acompanhar os momentos de poesia, ambas as participações, ficam a dever-se ao precioso apoio do nosso município.

Se as condições atmosféricas, o permitirem os peregrinos, deixarão o adro da igreja, ponto de concentração, a partir daquela hora 
Se chover, a cerimónia será realizada no auditório da Junta de Freguesia, que nos prometeu disponibilizar o referido salão, onde decorrerá a cerimónia de homenagem ao nosso muito querido Prof. Adriando Vasco Rodrigues.


No entanto, após esta sessão, caso o tempo o permita, poderemos então dirigir-nos aos Templos do sol e concluir o programa previsto, com uma breve passagem no Santuário da Pedra da Cabeleira de Nª Sra, após o que o cortejo se dirigirá à Pedra do Solstício, onde, às 20.45, os participantes poderão testemunhar a passagem dos raios solares sobre a crista do esférico megálito,. justamente no momento em que o sol se despede do maior dia do ano, na margem esquerda da colina sobranceira ao magnifico vale da ribeira centeeira


Obrigado Prof. Adriano Vasco Rodrigues – Que os deuses antigos o inspirem e sejam os seus divinos protetores. Lhe proporcionem ainda muitos anos de vida –  Com saúde, e a alegria que lhe conhecemos. Pois certamente que ainda haverá muitos segredos arqueológicos que esperam por si.





Embora tendo nascido no hospital da Guarda, cidade capital do nosso distrito, onde sua mãe, foi professora e enfermeira, sim, tal como ele recorda, que «dedicou a sua vida aos outros», bem como o pai, que até «aprendeu a dar injeções para também poder socorrer» e esta cidade representasse  para si  “um ideal de vida e um ideal de solidariedade», fazendo alusão aos tempos em que «havia umas cinco ou seis mil pessoas» razão pela qual o município já o distinguiu com a medalha de mérito do IPG e medalha de ouro da cidade, considerando-o um símbolo do guardense devotado à causa da sua terra». a verdade é que a sua origem é de Longroiva, onde foi gerado e cresceu, freguesia que ele bem conhece e tem estudado e onde tem parte das  suas raízes familiares e ancestrais, tendo também já sido agraciado pela Câmara Municipal de Mêda , com a medalha de Mérito Cultural e o seu nome dado a uma rua

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S

terça-feira, 14 de junho de 2022

Solstício do Verão 21-06-2022 – No Stonehenge Português, aldeia de Chãs. V.N. de Foz Côa - É celebrado junto ao monumental megalítico esférico alinhado com os raios solares do pôr-do-sol no maior dia do ano, em ação evocativa, antecedida, com uma homenagem ao Prof. Adriano Vasco Rodrigues

 Jorge Trabulo Marques - Jornalista e investigador - Coordenador dos eventos

Pormenores da celebração https://templosdosol-chas-fozcoa.blogspot.com/2022/06/celebracao-ao-solsticio-do-verao-chas.html

 

 

 


Prevista uma singela homenagem no Santuário Rupestre da  Pedra da Cabeleira de Nª Srª ao Prof. Adriano Vasco Rodrigues, ao, prestigiado Arqueólogo, Etnógrafo e Historiador, a quem se deve o primeiro estudo do mítico monumento  – Agora, com 94 anos, feitos em Maio passado - Uma referência emblemática na investigação histórica, arqueológica e antropológica regional, nacional  e internacional   


A sua última visita a este local, ocorreu em 23 de Setembro de 2014, na celebração do equinócio do Outono, na homenagem que então prestamos à poetiza Maria da Assunção Carqueja,   à saudosa  e sua muito querida esposa, antiga diretora   do Centro de Docência Científica do Instituto de Investigação Científica de Angola. Metodóloga, e, posteriormente, Técnica Científica da União Europeia na área da Filosofia da Schola Europaea. –


Gaitarolas de Sreikibeta

O Solstício de Verão, o dia mais longo do ano para o Hemisfério Norte, e  que marcará o início da estação estival,  ocorre  às 10 h 14, dia 21 de junho (terça-feira) em Portugal -  Vai ser celebrado  a partir das 18 horas, desde o adro da igreja da aldeia em direção aos monumentais calendários pré-históricos, com o tradicional  cortejo celta, composto por personagens  envergando túnicas brancas, representando o papel dos lendários sacerdotes druidas, lembrando os seus antigos rituais ou tradições, ação evocativa esta abrilhantada pelos Gaitarolas de Strekibeta, grupo de gaiteiro de Miranda do Douro - Evento que conta com o inestimável apoio da Câmara Municipal de V. N. de Foz Côa, além do  que se espera vir a ser prestado pela  Junta de Freguesia

PROGRAMA Celebração do Solstício do Verão –  No "Stonehenge português" - On the Stone of the Summer Solstice, na Pedra do Solsticio, em  Chãs. V.N. de Foz Côa,  com festejos à despedida do pôr-do-sol no dia maior do ano - Nesta coordenada - 40º 59' 39.94'' N - 7º 10' 35.46'' W.  17.30 Horas – Em Chãs - Arruada pelos  Gaitarolas de Strekibeta, grupo de gaiteiro de Miranda do Douro, nas ruas da aldeia - 18.00 – Partida do cortejo celta do adro da igreja 19.00 – visita à  Pedra da Cabeleira de Nª Srª  Das  19.45   às 20.45 – Celebração do dia maior do ano na Pedra do Solstício, com a leitura de poemas a condizer com o espírito da estação -21.00 horas – Última sessão de poesia,  no Altar dos Poetas 


O Vale do Côa, não é só já famoso pelas suas gravuras rupestres mas também por dois magníficos templos solares, já apontados por estudiosos como a Rota do Sol ou o “Stonehenge Português”   –  Um é a   Pedra do Sol ou Pedra do Solstício, um enorme monólito; o outro, é o Santuário Rupestre da Cabeleira de Nossa Senhora, apontado aos equinócios da Primavera e do Outono, classificado, há vários anos, pelo historiador Adriano Vasco Rodrigues, como antigo local de culto do crânio e de sacrifícios, e, posteriormente, em 2002, como um  verdadeiro calendário astronómico primitivo –

No interior do seu recinto amuralhado, celebrou-se, no passado dia 21 de Março, o Equinócio da Primavera. – Agora é a vez de saudarmos o dia mais longo do ano

Depois de uma arruada pelas ruas da aldeia, que terá início às 17, 30 horas, pelos Gaitarolas de Strekibeta, seguir-se-á  às 18 horas, o cortejo celta, pelo antigo caminho romano, desfilando até ao Maciço dos Tambores, já conhecido pelo planalto dos Templos do Sol, por aqui se situarem alguns dos mais belos calendários solares da humanidade,  erguidos pelos povos, que, nos períodos  do Neolítico e Calcolítico, por aqui se refugiaram, se abrigaram,  de que existem abundantes vestígios, cultuando os seus deuses, festejando  e orientando a sua vida, simples e humilde, em estreita ligação com a natureza e o ritmo das estações do ano

Com a primeira paragem no altar sacrificial da Pedra da Cabeleira de Nª Srª, onde será prestada uma singela Homenagem ao Professor Adriano Vasco Rodrigues e, deste santuário rupestre, rumando à Pedra do Solstício, onde, às 20.45, os participantes, poderão testemunhar a passagem dos raios solares sobre a crista do esférico megálito,. justamente no momento em que  o sol se despede do maior dia do ano, na margem esquerda  da colina sobranceira ao magnifico vale da ribeira centeeira, ao som do grupo de gaiteiros e acordes de violinos, que servirão de acompanhamento a  momentos de poesia . Neste lugar, e, por último, na Pedra dos Poetas.

  Prevista a leitura de poemas de Maria da Assunção Carqueja, natural de  Moncorvo, saudosa esposa do Prof. Adriano Vasco Rodrigues, que ali  acompanhou o seu marido em 2006, bem como dos poetas Manuel Daniel, natural de Mêda, de  Amadeu Ferreira,  concelho de  Miranda do Douro,  Orlando Marçal, de Foz Côa, já falecidos. - - E dos poetas vivos: Manuel Alegre, natural de Águeda e de  Hamilton Tavares, natural do nosso concelho - Se houver disponibilidade, poderão ser lidos também  poemas de outros autores - Ao som dos acordes da violinista Raquel Cravino,  docente de violino no Conservatório de Música da Metropolitana e na Escola de Música do Conservatório Nacional de Lisboa -Ao som dos acordes da violinista Raquel Cravino,  docente de violino no Conservatório de Música da Metropolitana e na Escola de Música do Conservatório Nacional de Lisboa

As cerimónias evocativas solsticiais, serão abrilhantadas por  um grupo de Gaiteiros de Miranda do Douro e sons de violino  - Previstos momentos de poesia e uma  singela homenagem ao Prof. Adriano Vasco Rodrigues, com a sua honrosa e amável presença -  O primeiro investigador e estudar e classificar um destes monumentais templos solares, com 94 anos, completados no passado dia de Maio  – Uma referência emblemática e muito admirada na investigação histórica, arqueológica e antropológica, quer no nosso distrito, quer a  nível  nacional  e internacional.


De facto,  foram os seus valiosos contributos científicos, nomeadamente o seu estudo do Santuário Rupestre da Pedra da Cabeleira de Nossa Senhora, que me levaram a questionar, se não haveria por ali, algo mais – algo  maravilhoso - ,  escondido pela poeira das eras, e ainda por desvendar. E não estava enganado. Depois de tanto matutar e de tantas voltas por aqueles lugares, direi mesmo, de inúmeras peregrinações (direi mesmo, desde os tempos do pé descalço), por fim, lá deparei com a última decifração do enigma da Pedra da Cabeleira de Nossa Senhora 

E tudo isto, em boa parte, graças ao génio inspirador de Adriano Vasco Rodrigues. É que ele, além de ser um comunicador nato, por excelência, cuja palavra é sempre um grato prazer escutar, tem o dom de infundir o saber e o entusiasmo pelas coisas do passado – Obrigado Prof. Adriano Vasco Rodrigues – Que os deuses antigos o inspirem e sejam os seus divinos protetores. Lhe proporcionem ainda muitos anos de vida –  Com saúde, e a alegria que lhe conhecemos. Pois certamente que ainda haverá muitos segredos arqueológicos que esperam por si.





Embora tendo nascido no hospital da Guarda, cidade capital do nosso distrito, onde sua mãe, foi professora e enfermeira, sim, tal como ele recorda, que «dedicou a sua vida aos outros», bem como o pai, que até «aprendeu a dar injeções para também poder socorrer» e esta cidade representasse  para si  “um ideal de vida e um ideal de solidariedade», fazendo alusão aos tempos em que «havia umas cinco ou seis mil pessoas» razão pela qual o município já o distinguiu com a medalha de mérito do IPG e medalha de ouro da cidade, considerando-o um símbolo do guardense devotado à causa da sua terra». a verdade é que a sua origem é de Longroiva, onde foi gerado e cresceu, freguesia que ele bem conhece e tem estudado e onde tem parte das  suas raízes familiares e ancestrais, tendo também já sido agraciado pela Câmara Municipal de Mêda , com a medalha de Mérito Cultural e o seu nome dado a uma rua

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O território delimitado pelos concelhos de Meda e de Vila Nova de Foz Côa é de comprovada antiguidade, oferecendo por vezes surpresas e imprevistos arqueológicos. Há mais de 50 anos que venho estudando a Pré-História desta região, tendo em 1956 encontrado testemunhos da presença do Homem do Paleolítico, num abrigo conhecido por Gruta do Cavalinho, onde estava representada a gravura de um cavalo. Esta gruta situa-se perto da Ribeira Teja, na freguesia do Poço do Canto, Meda. Outros testemunhos da arte paleolítica vieram juntar-se a este, principalmente no Vale do Côa e mais a norte do Douro e Vale do Sabor.

Em 1957, tive oportunidade de estudar a fraga conhecida com o nome da Cabeleira de Nossa Senhora, que classifiquei como santuário pré-histórico, integrado cronologicamente na revolução neolítica. Pelas suas características sugere a existência de um culto ao crânio, característico, na Península Hispânica, da transição do Paleolítico para o Neolítico, segundo o Prof. Pericot. A identificação com uma entidade feminina, que sofreu consagração à Virgem Maria, acompanhada de lenda popular, sugere um culto inicial à Deusa Mãe, símbolo da fertilidade


O jornalista Jorge Trabulo Marques, natural das Chãs, do concelho de Vila Nova de Foz Côa, que meritoriamente tem pesquisado toda esta área, levantou o problema de se tratar de um calendário solar, tendo o homem pré-histórico aproveitando este monumento natural e adaptando-o, como se comprovou pela presença da pedra, que atrás referi. Esta hipótese não foi levantada despropositadamente, pois está comprovado por testemunhos de períodos coevos em que foram levantados calendários relacionados com a marcação de solstícios de Verão e de Inverno. O culto ao Sol é fundamental nas sociedades primitivas e o conhecimento do calendário das estações para poderem fazer as sementeiras. O culto à Deusa Mãe e ao Sol dos primeiros agricultores está relacionado.

Adriano Vasco Rodrigues - Diretor Jubilado da Schola Europaea , U.E. Bélgica. Ex-Professor Associado da Univ. Portucalense. Trabalhou em Angola, na década de 1960/70 como Inspector Provincial Adjunto da Educação e colaborou com o Instituto Superior de Investigação Cientifica de Angola. Estas funções levaram-no a percorrer de automóvel mais de trezentos mil quilómetros naquele território, adquirindo profundo conhecimento. Além de responsável pela planificação de cursos de aperfeiçoamento e atualização de docentes do Ensino Secundário e Básico, realizou prospeções e escavações arqueológicas e subaquáticas no mar de Luanda e também estudos no Deserto do Namibe. Organizou com a Dr. Maria da Assunção Carqueja Rodrigues, sua Esposa, a secção de arqueologia do Museu de Angola e a primeira carta da Pré-história daquele país. Publicou trabalhos sobre educação, pré-história, arqueologia e arte africana, relacionados com Angola. É autor do livro de memórias, De Cabinda ao Namibe,(2010- seg.Edi. 2011)

O aprofundamento das questões arqueológico-históricas levam-no a elaborar a 1ª. Carta Pré-histórica de Angola, tendo realizado escavações, nomeadamente nas ruínas de um antigo embarcadouro de escravos para o Brasil, e no deserto do Namibe, onde localizou os destroços de uma embarcação da carreira das Índias

O STONEHENGE PORTUGUÊS

Enquanto em Stonehenge, os neodruídas e milhares de seguidores e de curiosos, se reúnem à volta do famoso círculo de pedras, por trás da famosa Heel Stone, ao nascer do sol, para saudarem a entrada do dia maior do ano, em Portugal, o Verão, é festejado, ao pôr-do-sol, junto a um antigo altar de pedra localizado no patamar da uma impressionante vertente rochosa, numa das faldas de zona castreja, conhecida pelo castro do Curral da Pedra








O convite é dirigido não só  à população da aldeia e às gentes do concelho e redondezas, convidando-as evocar as festas dos ciclos da natureza dos seus antepassados, e fazendo com que as mesmas continuem a fazer parte do seu património cultural, como também a  todos aqueles que se interessem pelo estudo e pesquisa do passado longínquo da História do Homem e das particularidades desta região, cheia de misticismo e de um passado riquíssimo, contribuindo com o seu testemunho e partilhando num acontecimento de rara beleza e significado. 

ALINHAMENTO SAGRADO COM O PÔR-DO-SOL NO SOLSTÍCIO DE VERÃO

Esta extraordinária imagem,  configurando uma gigantesca esfera terrestre ou a esplendorosa configuração de um enorme globo solar  projectando os seus dourados raios, a poente, foi registada, pela primeira vez, cerca das 20.45 horas do dia 21 de Junho de 2003 e poderá ao fim do dia mais longo do ano e à mesma hora, caso as condições atmosféricas o permitam. 

A partir do ponto onde o sol então se pôs ( e  voltará a pôr-se) começa o Verão e, de igual modo,  a grande estrela-fiel inicia o movimento aparente da sua declinação para o Hemisfério Sul – E, até atingir esse ponto extremo, no Solstício do Inverno, distam vários quilómetros: ou seja, desde o ponto do horizonte, onde ele se vai pôr, em  perfeito alinhamento com a crista do esférico bloco e o centro do pequeno círculo que se encontra cavado, a alguns metros a oriente, na mesma laje da sua base de apoio.

 TALVEZ DOS ÚNICOS OU POUCOS LUGARES DA TERRA ONDE AINDA PERSISTEM ALINHAMENTOS SAGRADOS COM TODAS AS ESTAÇOES DO ANO



Local mágico, pleno de história e de misticismo, dos tais lugares  da terra onde a beleza e o esplendor solar  podem repetir-se à mesma hora e com a mesma imagem contemplativa de há vários milénios pelos povos que habitaram a área.


São conhecidos por alinhamentos sagrados, remontam ao período megalítico e existem em várias partes do mundo, mas sobretudo na Europa. Sendo o mais famoso o Stonehenge. Muitos destas gigantes estruturas estão em perfeito alinhamento com os corpos celestes, especialmente com os Equinócios e os Solstícios - Perpetuam memórias de verdadeiros calendários astronómicos, que antigas civilizações elegeram como especiais locais de culto – No maciço dos Tambores