Jorge Trabulo Marques - Jornalista - Reportagem com vários videos
UM EXEMPLO CULTURAL E AUTÁRQUICO POUCO COMUM
TRIBUTO Â MEMÓRIA DO POETA DR MANUEL DANIEL - Um belo exemplo de sensibilidade cultural e gesto democrático, demonstrado, entre dois municíp
Uma iniciativa promovida pelo município desta cidade, onde o
poeta nasceu e o de V. Nova de Foz Côa, onde passou grande parte da sua vida,
tributo que constou da apresentação da edição ampliada e comemorativa do livro
“Caminhada Imperfeita”, obra lançada pelo autor em 1960, que marcaria o
primeiro grande passo do seu percurso literário, bem como noutra sessão,
subsequente, que iria decorrer no parque municipal e passaria a ostentar um
busto de Manuel Daniel e o seu nome associado ao aprazível e frondoso jardim
Manuel Daniel - Mêda 18-11-1934 - Guarda 21-01-2021 - Autor de uma vasta obra - “Caminhada Imperfeita”; “Mar da Minha Terra” ; "Coração Acordado"; "A Porta do Labirinto"; Intermitências". "Auto da Juventude"; "Eram meninos como nós" (teatro); " "O Feriado Muncipal de S. Martinho" - Entre outros livros - Com cerca de uma vintena de peças de teatro para crianças e jovens, algumas das quais, inéditas - Advogado, poeta, escritor, ensaísta, dramaturgo e jornalista na imprensa e na rádio
Na
abertura das cerimónias, que tiveram lugar no passado dia 25, inicialmente no anfiteatro do referido centro cultural,
num
Destacando, ainda, que, Manuel Daniel, na sua obra literária, expressa de modo inequívoco o seu profundo amor telúrico, as emoções que detinha pela terra que o viu nascer: nas inúmeras conferências, que teve oportunidade de proferir, emergem instruções eivadas de belos recursos estilísticos e artifícios, com elementos congelados em livros, construídos de forma indelével para a salvaguarda e da identidade e organização da história local do concelho"
Diz, Anselmo
Sousa, Presidente da CM de Meda, no prefácio de “Caminhada Imperfeita”, de
autoria de Manuel Daniel, estas palavras: “Fazer uma edição comemorativa do
livro de estreia do escritor Manuel Daniel "Caminhada Imperfeita",
conjuntamente com o Município de Vila Nova de Foz Côa é exemplo modelar de
sinergia e de coesão municipal, à semelhança do que sucedeu em tempos idos com
o projecto de execução da barragem de Ranhados, e do Boletim intermunicipal
"Terras e Gentes"; foi uma ideia criativa que teve por móbil prestar
tributo e homenagem a Manuel Daniel, o homem excepcional que gravitou ao longo
da sua vida, balizada temporalmente entre 1934 e 2021, de um modo especial
entre estes dois concelhos vizinhos.
Falar de
Manuel Daniel é falar de um ilustre medense e de uma personalidade
incontornável da história recente da Meda, um escritor polivalente, prolixo e
de qualidade literária por todos reconhecida, multifacetado enquanto homem
social, político, da comunicação, do direito, um homem profundamente religioso,
da cultura literária, das artes, da história local. A sua volatilidade
literária surpreendia pela forma com que nos apresentava livros de teatro
infantil ou para adultos, de poesia, contos, textos de cariz histórico ou
etnográfico, e, mais surpreendente ainda, o ritmo de produção e de criação
editorial, isto apesar das suas crescentes limitações auditivas e visuais.
Manuel Daniel na sua obra literária expressa de modo inequívoco o seu profundo
amor telúrico, as emoções que nutria pela terra que o viu nascer, considerando
mesmo estigmatizado esse destino pela providência divina no poema "Minha
Terra", do livro "Intermitências":
V.
Nova de Foz Côa – A intervenção elogiosa do Presidente do Município, e também
por um poema de Emília Batista, que recitou algumas quadras da sua autoria.
“O Dr, Manuel era uma
referência, o melhor de nós todos pela sua craveira intelectual mas também pela
sua amizade aos verdadeiros amigos e pela sua disponibilidade, recordando os
anos que dedicou à causa pública” - Destacou, Gustavo Duarte, Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Foz Côa, cidade
onde Manuel Daniel, passaria grande parte da sua
vida, começando por sublinhar, que, “esta homenagem ao Dr
Manuel Daniel não é uma homenagem que não é alguém; é a um amigo ao longo de muitos e muitos anos.
Frisando,
que, Manuel Daniel, foi “aquele que
conseguiu, como raramente acontece, traduzir a alma duriense com palavras simples
carregadas de emoção, de realismo, da incauta descoberta da contemplação da
natureza e do ser humano, no fundo das interrogações e dos fenómenos sociais, concluindo, com a sugestão de um prémio
literário com o nome do poeta Manuel Daniel, comum aos dois municípios
Gustavo de
Sousa Duarte, escreve estas palavras no prefácio de Caminhada Imperfeita, de
Manuel Daniel:
"Se a
Terra onde o Douro encontra a Serra viu nascer o Dr. Manuel Daniel, Vila Nova
de Foz Côa testemunhou a riqueza da sua personalidade ao longo do seu percurso
de vida.
É de facto
um nome indeclinável da história do concelho de Foz Côa, dada a sua dedicação
em diversas esferas da sociedade, tendo desempenhado funções como Presidente da
Assembleia Municipal, Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Vila Nova de
Foz Côa, Presidente da Assembleia Geral da Associação Humanitária dos Bombeiros
de Foz Côa, Chefe dos Escuteiros, Tesoureiro da Fazenda Pública, Dirigente
Superior da Direção Geral do Tesouro, entre muitos outros distintos cargos.
Dotado de uma capacidade multifacetada, acresce a estas funções múltiplas
outras como advogado, poeta, escritor, ensaísta, dramaturgo e jornalista, tendo
sido distinguido com o Diploma de Mérito pela Câmara Municipal de Vila Nova de
Foz Côa.
Conseguiu,
como raramente acontece, traduzir a alma duriense com palavras simples
carregadas de emoção, de realismo, da incauta descoberta da contemplação da
natureza e do ser humano, no fundo, das interrogações e dos fenómenos da vida.
A sua entrega e dedicação em tudo que os seus olhos e coração pousavam, eram sinónimo de honestidade intelectual. Entusiasta pelas letras, homem de fé, com devoção ao bem comum e altruísmo à causa pública, as suas reflexões germinavam naturalmente como as águas procedentes do Douro e Côa ou do xisto que afloram neste concelho.
João Jorge
Lourenço, Presidente da Assembleia Municipal da Mêda, declamou de forma
calorosa, o poema “LABIRINTO”, dedicado por Manuel Daniel, no Livro A PORTA DO
LABIRINTO” ao Embaixador Dr. Adriano António de Carvalho - Embaixador de
Portugal no Brasil, 1981-89, natural de Meda, formado em Direito, muito considerado pelos
seus pares, quer pelo conhecimento que tinha dos assuntos em pauta, quer pelo
seu bom companheirismo: bem disposto, apreciador de uma boa piada, sempre
pronto a ajudar um colega momentaneamente a braços com qualquer dificuldade do
ofício e sempre mais atento à pessoa do que ao assunto. Alto, corpulento,
culto, sagaz, frontal nos seus juízos, Adriano dominava naturalmente qualquer
meio em que estivesse inserido. Tais condições permitiam-lhe trilhar
confiadamente a estreita senda que separa o colega do concorrente, a simpatia
da disciplina e a amizade do serviço. Exigente consigo próprio e com os outros,
em matéria de serviço não transigia, atitude que o fez geralmente respeitado
mas levou alguns memorialistas da carreira diplomática a atribuir-lhe «mau
feitio». Não era o caso, mas nem toda a gente aprecia o fino humor https://abemdanacao.blogs.sapo.pt/embaixador-adriano-de-carvalho-1321650
Manuel Daniel – “VIveu guiado pela verdade, inteligência e sabedoria!
"A família representa a melhor herança,
que Manuel Daniel nos deixou: continua a ser uma família exemplar" -
"Manuel Daniel, viveu guiado pela verdade, com inteligência e sabedoria” –
Palavras de Jorge António Lima Saraiva, prestigiado estudioso e autor de várias
obras do Concelho de Meda, onde nasceu, depois de destacar a interação
especial, existente entre os dois concelhos, essencialmente entre pessoas mas
que se refletia nos dois poderes autárquicos, dando como exemplo o seu caso,
procedimento que considerou benéfico e que deverá ser ainda mais benéfico no
futuro depois desta homenagem que se faz a um grande homem, frisando que a
família representa aqui a melhor herança que o Dr, Manuel Daniel nos deixou;
apontando-a como uma família exemplar: um modelo! E nós precisamos, cada vez
mais de modelo, após o que recordou o percurso de Manuel Daniel
Por fim, no termo da sessão, o Neto, mais velho de Manuel Daniel, tomaria a palavra para agradecer a homenagem prestada ao seu avô
Carlos Proença, – Fez apresentação
formal da reedição de Caminhada Imperfeita, além de cantar e declamar um dos
seus poemas, destacando que, o seu livro
de estreia, com ramificações a livros posteriores, é fruto de um amadurecimento do autor, do
experimentalismo vivido, das boas práticas bem sabiadas, da sua ânsia de saber
mais, que o levariam, indubitavelmente, a um outro patamar do conhecimento,
sempre prosseguido por si, com modéstia, humildade e os condicionalismos, que
viveu
MANUEL DANIEL - "UM HOMEM UNIVERSAL"
Carlos Pedro - A voz e a viola do músico medense, que se
tem notabilizado em variadíssimos espetáculos
locais e regionais, protagonizaria os
momentos mais acalorados com três belos poemas de Manuel Daniel
Na parte final da cerimónia, Paula Neto na qualidade de moderadora passou a palavra a João Heitor que, falando na
qualidade de amigo, de livreiro e de editor, teceu palavras muito elogiosas e
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