Dizia eu, há sete anos, que "o mês de Agosto, além de ser o pleno do Verão é também o da emigração: - Muitas das aldeias, praticamente desertas ao longo do ano, renovam-se, voltam animar-se. Já não é a mesma coisa de outros tempos, mas dá para matar as saudades aos que chegam e para alegrar um pouco mais a alma aos que estão. A aldeia de Chãs, do concelho de Vila Nova de Foz Côa, é mais um desses muitos exemplos de um país tolhido e esmagado por severa austeridade - Salvo seja: a banca e amigos, os de cofres e carteira a transbordar, já que a esmagadora maioria da população portuguesa, toca a apertar o cinto ou deitar contas à vida. - Daí que, o 15 de Agosto, tenha vindo a dar o ar de sua graça - Aproveita-se o tradicional feriado para a festa. Nomeadamente, onde o feriado se associa à festa religiosa do burgo ou da aldeia
Infelizmente, longe de se
imaginar que o 15 de Agosto de 2020 fosse, pudesse vir a quebrar a tão desejada
festa do meu torrão natal. .
Nos dias 14, 15 e 16 de Agosto, costuma ser a tradicional Festa de Nª Srª da Assunção da minha aldeia - Este ano, embora tendo regressado muitos emigrantes, prevalece mais o silêncio sobre as ruas de que alegria de outros anos - Aqui ficam algumas imagens para recordar esses belos dias, que desta vez não se vão repetir. - Eu ainda hoje nem sai de casa. - Alguns destes meus conterrâneos, que desfilam na procissão, já não estão entre nós, pelo que maior ainda é a saudade. -Tanto assim, que ao rever estas imagens, meus olhos se toldaram de lágrimas
Orgulho de ser português estampado nas ticharts ou o distintivo da seleção nacional, parecem ser os únicos símbolos a que se vão agarrando os emigrantes e os seus filhos - Já que pouco mais haverá em que se sentirão tentados a identificar-se, com país à deriva e sem rumo. Mas valha ao menos a tradicional festinha para que os corações desapontados se animem e façam esquecer, que mais não seja por um dia, o penoso calvário de um ano de sacrifícios e agruras.
Este é o evento mais aguardado do povo da freguesia de chãs - A Festa de Nª Srª de Assunção, padroeira desta aldeia - É também o dia em que muitas famílias se reúnem, com os vários membros que vivem noutras terras ou emigram nomeadamente para França e Brasil -Começou na véspera, dia 14, pouco depois do pôr do sol, com a missa campal junto à capela daquela imagem, seguida de procissão de velas.
- Depois foi a vez da diversão e baile, animado pelo grupo MAGMA, que durou até às tantas, apenas com a interrupção do fogo de artificio - Naturalmente, com os comes e bebes habituais, ali com o assador a fumegar quase ao lado, proporcionando excelentes momentos de convívio
O dia 15 começou com alvorada de foguetes - Depois seguiu-se o programa agendado: missa solene, recolha das oferendas pela Banda Filarmónica Municipal de Alfândega da Fé, com o gingar habitual e divertido dos foliões, após o que houve a rematação das mesmas, com ótimas oportunidades, sobretudo bons vinhos, quase dados, pois, os tempos vão de crise e as bolsas também não dão ares de andarem fartas.
O que vale ainda são os emigrantes, já que, quem vive do campo, senão fosse o vinho generoso era quase trabalhar para aquecer. Mas quem é que quer deixar morrer a tradição?!... Com muito esforço e a carolice de uns poucos, os chamados mordomos, lá se vai fazendo todos os anos. Porém, o momento alto o dia, foi a procissão solene, que percorreu as ruas da aldeia, desde a igreja à capela e desta de volta à igreja -E, naturalmente, o sermão atentamente escutado, proferido pelo Cónego Manuel, filho desta freguesia. Obviamente que a festa continua na noite de 15 e ainda nos dias 16 e 17 - E, pelos vistos, promete, já que motivos de diversão não faltam no programa - Aqui ficam, por agora, alguns vídeos e imagens.
- Depois foi a vez da diversão e baile, animado pelo grupo MAGMA, que durou até às tantas, apenas com a interrupção do fogo de artificio - Naturalmente, com os comes e bebes habituais, ali com o assador a fumegar quase ao lado, proporcionando excelentes momentos de convívio
O dia 15 começou com alvorada de foguetes - Depois seguiu-se o programa agendado: missa solene, recolha das oferendas pela Banda Filarmónica Municipal de Alfândega da Fé, com o gingar habitual e divertido dos foliões, após o que houve a rematação das mesmas, com ótimas oportunidades, sobretudo bons vinhos, quase dados, pois, os tempos vão de crise e as bolsas também não dão ares de andarem fartas.
O que vale ainda são os emigrantes, já que, quem vive do campo, senão fosse o vinho generoso era quase trabalhar para aquecer. Mas quem é que quer deixar morrer a tradição?!... Com muito esforço e a carolice de uns poucos, os chamados mordomos, lá se vai fazendo todos os anos. Porém, o momento alto o dia, foi a procissão solene, que percorreu as ruas da aldeia, desde a igreja à capela e desta de volta à igreja -E, naturalmente, o sermão atentamente escutado, proferido pelo Cónego Manuel, filho desta freguesia. Obviamente que a festa continua na noite de 15 e ainda nos dias 16 e 17 - E, pelos vistos, promete, já que motivos de diversão não faltam no programa - Aqui ficam, por agora, alguns vídeos e imagens.
Na imagem, o Eng.º Gustavo Duarte, Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Foz Côa, que não quis deixar perder a ocasião de se associar e de conviver num momento festivo dos seus munícipes.
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