Sempre que
posso, saio do bulício da floresta de betão
Em demanda
dos largos horizontes
da minha
amada terra natal.
E dou um
saltinho aos seus puríssimos ares!
Afasto-me da
confusão com a certeza
de poder
viver algo diferente.
E dificilmente
me posso enganar
- Quando,
sozinho, sob o teto dos Céus
vagueio sem
destino pelos campos cheirosos,
estes, invariavelmente,
me saúdam
e me recebem
muito bem! -
Tudo quanto
se desprende
do seu
silêncio é etéreo e divino, propício
à
comunicação da vida e fala a verdadeira voz de Deus!
Em tudo
experimento sempre uma renovada emoção
ou
ressuscito memórias antigas que o meu coração,
então livre
como um passarinho, já viveu!
Todavia, aqui já não possuo sequer um palminho de terra,
a que possa chamar meu,
nem uma casinha, humilde e térrea, a que possa chamar minha - Quando aqui vou, ainda me alojo na centenária casa que era dos meus avós e dos meus pais, que agora está desabitada e já me não pertence. Há muito que o destino me levou os olhos dos meus
amados. Pelo soalho dos quartos e da sala, às vezes, quando aqui pernoito em colchão de folhas de milho e envolto por mantas de burel marcadas pelo uso e pelo tempo, ao acordar pela manhã, e se é domingo ou dia santo,
sim, às vezes, ao ouvir o repicar do sinos, simultaneamente, parece-me que ainda ouço passos antigos, andando às voltas pelo corredor e por todos os cantos da casa, e até fico com a ideia de que estou a escutar as suas vozes, algo impacientes, algo atarefadas, vozes de vidas de um quotidiano difícil e
atribulado, quando os sinos, do antigo campanário, ao terceiro toque, davam as últimas três badaladas, chamavam, pela última vez, os fiéis à santa missa e os mais retardatários, sentindo que estavam
atrasados, se impacientavam, se inquietavam!
Oh, abençoada luz dos domingos santificados,
místico brilho que, em cada alvorada que resplandece,
o disco em fogo as humanas mágoas doira, desfaz ou estremece! -
Jorge Trabulo Marques
Excerto de OS SINOS DA MINHA ALDEIA
JORGE TRABULO MARQUES - Jornalista - E filho desta terra
Dizia eu, há sete anos, que "o mês de Agosto, além de ser o pleno do Verão é também o da emigração: - Muitas das aldeias, praticamente desertas ao longo do ano, renovam-se, voltam animar-se. Já não é a mesma coisa de outros tempos, mas dá para matar as saudades aos que chegam e para alegrar um pouco mais a alma aos que estão. A aldeia de Chãs, do concelho de Vila Nova de Foz Côa, é mais um desses muitos exemplos de um país tolhido e esmagado por severa austeridade - Salvo seja: a banca e amigos, os de cofres e carteira a transbordar, já que a esmagadora maioria da população portuguesa, toca a apertar o cinto ou deitar contas à vida. - Daí que, o 15 de Agosto, tenha vindo a dar o ar de sua graça - Aproveita-se o tradicional feriado para a festa. Nomeadamente, onde o feriado se associa à festa religiosa do burgo ou da aldeia
Infelizmente, longe de se
imaginar que o 15 de Agosto de 2020 fosse, pudesse vir a quebrar a tão desejada
festa do meu torrão natal. .
Nos dias 14, 15 e 16 de Agosto, costuma ser a tradicional Festa de Nª Srª da Assunção da minha aldeia - Este ano, embora tendo regressado muitos emigrantes, prevalece mais o silêncio sobre as ruas de que alegria de outros anos - Aqui ficam algumas imagens para recordar esses belos dias, que desta vez não se vão repetir. - Eu ainda hoje nem sai de casa. - Alguns destes meus conterrâneos, que desfilam na procissão, já não estão entre nós, pelo que maior ainda é a saudade. -Tanto assim, que ao rever estas imagens, meus olhos se toldaram de lágrimas
Orgulho de ser português estampado nas ticharts ou o distintivo da seleção nacional, parecem ser os únicos símbolos a que se vão agarrando os emigrantes e os seus filhos - Já que pouco mais haverá em que se sentirão tentados a identificar-se, com país à deriva e sem rumo. Mas valha ao menos a tradicional festinha para que os corações desapontados se animem e façam esquecer, que mais não seja por um dia, o penoso calvário de um ano de sacrifícios e agruras.
Este é o evento mais aguardado do povo da freguesia de chãs - A Festa de Nª Srª de Assunção, padroeira desta aldeia - É também o dia em que muitas famílias se reúnem, com os vários membros que vivem noutras terras ou emigram nomeadamente para França e Brasil -Começou na véspera, dia 14, pouco depois do pôr do sol, com a missa campal junto à capela daquela imagem, seguida de procissão de velas.
- Depois foi a vez da diversão e baile, animado pelo grupo MAGMA, que durou até às tantas, apenas com a interrupção do fogo de artificio - Naturalmente, com os comes e bebes habituais, ali com o assador a fumegar quase ao lado, proporcionando excelentes momentos de convívio
O dia 15 começou com alvorada de foguetes - Depois seguiu-se o programa agendado: missa solene, recolha das oferendas pela Banda Filarmónica Municipal de Alfândega da Fé, com o gingar habitual e divertido dos foliões, após o que houve a rematação das mesmas, com ótimas oportunidades, sobretudo bons vinhos, quase dados, pois, os tempos vão de crise e as bolsas também não dão ares de andarem fartas.
O que vale ainda são os emigrantes, já que, quem vive do campo, senão fosse o vinho generoso era quase trabalhar para aquecer. Mas quem é que quer deixar morrer a tradição?!... Com muito esforço e a carolice de uns poucos, os chamados mordomos, lá se vai fazendo todos os anos. Porém, o momento alto o dia, foi a procissão solene, que percorreu as ruas da aldeia, desde a igreja à capela e desta de volta à igreja -E, naturalmente, o sermão atentamente escutado, proferido pelo Cónego Manuel, filho desta freguesia. Obviamente que a festa continua na noite de 15 e ainda nos dias 16 e 17 - E, pelos vistos, promete, já que motivos de diversão não faltam no programa - Aqui ficam, por agora, alguns vídeos e imagens.
Na imagem, o Eng.º Gustavo Duarte, Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Foz Côa, que não quis deixar perder a ocasião de se associar e de conviver num momento festivo dos seus munícipes.
TESTEMUNHO SONORO DE UM EPISÓDIO INSÓLITO NA VIDA DE FIDEL
CASTRO, QUE NASCEU HÁ 94 ANOS - A FUGA PARA A GALIZA EM 1992 Com desembarque de
voo em Portugal - Cuja viagem solitária seguiria depois de táxi.-
JORGE TRABULO MARQUES - JORNALISTA
Fidel Castro Alejandro Castro Ruz, mais conhecido por Fidel Castro, nasceu no vilarejo cubano de Birán, província
de Holguin, no dia 13 de agosto de 1926 -Morreu há quatro anos, em 25 de novembro de
2016. - Observadores argumentam que “não
mudou nada. Pelo contrário: houve uma paralisação, e em alguns casos, um retrocesso”,
- Esta era a análise ao fim do ano, de
Carmelo Mesa-Lago, professor de economia da Universidade de Pittsburgh..
Mas não é desta questão que eu venho falar: - é de um episódio que continua envolto em densa penumbra e que pessoalmente pude testemunhar.
Fidel Castro, foi afastado, em 1992,por seu irmão Raul Castro – Registo histórico: - Este episódio continua a ser ignorado dos biógrafos e da imprensa, que continuam a dizer que Fidel Castro “apenas esteve emPortugal por duas vezes: em 1998 e 2001.
Desembarcara, sozinho do voo MX 714 proveniente de Havana, tendo logo sido rodeado por um forte aparato militar de segurança. Ninguém lhe dirigia a palavra ou lhe batia a pala, a formal continência, embora viesse vestido com a sua farda habitual de alta patente das Forças Armadas, ostentando uma expressão altiva mas sisuda, sem evidenciar qualquer sorriso, mas também sem dar mostras de que fosse esse facto, humilhante e de desconfiança, como estava a ser recebido, que mais o desgostasse ou contrariasse
Cada
passo que dava ou movimento que ele fazia com os braços, quando eu o
interrogava, tal era a atrapalhação que se exteriorizava junto dele,
que até parecia que ia dali rebentar alguma granada ou que ele era
algum homem-armadilha. Cercado de rígidas posturas armadas por todos os
lados.
No
entanto, era, deveras surpreendente, senão mesmo chocante, ver ali
chegar o mais carismático líder da atualidade mundial, como se fosse um
perigoso marginal ou algum temível foragido, que de seguida
tivesse que dar entrada nalgum cárcere em vez de ir tranquilamente à
sua vida, sem lhe serem prestadas quaisquer honras militares ou mesmo
que algum militar ou oficial lhe estendesse a mão ou se dignidade
bater-lhe a continência.
Estou certo que, se eu não estivesse a fazer a reportagem em direto, com
o microfone na mão e com os auscultadores nos ouvidos, que ninguém me
deixava passar. eu queria aproximar-me, um pouco mais junto dele e só
recebia encontrões e empurrões. Mas ambos nos vimos bem de frente e o
suficiente para não me recusar as suas palavras, que, de resto, foram
pronunciadas, como se estivesse empunhando algum megafone, tal a forma
como se expressava.
Mas,
pelo que pude observar, também não deveria ser esse facto o que mais o
deveria estar a incomodar mas, talvez, o profundo sentimento de mágoa e
de revolta que deveria estar a sentir desde que terá sido obrigado a
deixar Havana e se via noutro país, onde era recebido, senão
hostilmente mas de uma forma dura, atabalhoada e nada cordial.
Por
isso mesmo, recordo, que, quando o questionei, não hesitou em
voltar-se para mim e exteriorizar o que lhe ia na alma, parecendo ter
encontrado, no único repórter que o inquiria - sobre as razões que o
haviam levado a deixar Cuba - , o interlocutor ideal para desabafar da
afrontosa traição e humilhação que o havia forçado a abandonar a sua
amada pátria pela qual tanto se batera e arriscar a vida
NOTA INTRODUTÓRIA - As condições técnicas do registo, não foram as melhorares: além ter sido copiado, 27 anos depois de um
simples gravador de cassetes para um digital acrescido de ruídos de
fundo, é que, enquanto eu falava com o microfone na mão, e a minha voz
era nítida e audível, a voz de Fidel Castro, estando a uns metros
afastado de mim, ecoava na sala, como se tivesse algum megafone nas mãos
- Em todo o caso, percebe-se perfeitamente a sua revolta, o sentimento
de humilhação onde nenhum oficial lhe prestara a menor atenção, nem
qualquer saudação ou honras militares, e estava ali o mais carismático
chefe de Estado mundial, sendo rodeado por um forte aparato militar como
se fosse algum perigoso criminoso
A CAMINHO DA GALIZA - TERRA ONDE HAVIA NASCIDO O SEU PAI REVOLTADO, CULPABILIZAVA OS EUAPELO SEU AFASTAMENTO - Mas o complô era de origem interna e não externa
Barafustando e manifestando a sua ira contra “o imperialismo americano”: só que, pelos vistos, a origem da contra-revolução, terá sido de origem interna, bem familiar e não externa, tendo partido de seu irmão, Raul Castro, alegando que havia sido Fidel a renunciar às suas funções
É realmente o que então podia depreender-se pela interpretação do comunicado, lido em Cuba, cujo conteúdo, não deixava dúvidas de que a decisão, o simulacro, havia partido do irmão do próprio Fidel - Naturalmente que para tudo ficasse abafado e não causasse qualquer agitação social ou eventual guerra civil, com este arquitetado argumento:
Comunicado de Conselho de Estado: Havana 31 de Março de 1992, Ano da Revolução Produtiva
O Conselho de Estado da República de Cuba, reunido em Sessão Planária e presidido pelo companheiro FidelCastro Ruz, há decidido:
1º Aceitar o período de renúncia provisional pelos postos de Presidente do Conselho de EstadoPrimeiro-ministro, ComandanteFevere(??Forças Armadas Revolucionarias do companheiro Fidel Castro Ruz
2ª Nomearprovisionalmente, Presidente do Conselho de Estado, o compañero comandante José Ferandes
3ª Nomear provisionalmente , Primerio-ministro e Comandante-Chefe das FARC, o companheiro general de Brigada, RaúlCastro Ruz
Pessoalmente, soube através de um encontro casual com um amigo cubano, muito bem relacionado com o regime, que me informou que, o Comandante, havia sido afastado pelo seu irmão e que acabara de sair num avião com destino a Portugal - Depois, através de vários telefonemas que se fizeram na redação, pude saber o aeroporto em que ia desembarcar, tendo sugerido à Redação da Rádio Comercial para ali ser enviado
Na verdade, pesem as dificuldades, com que me depareipara me aproximar do carismático líder, dado o aparato militar que o rodeava, mesmo assim, logrei falar com ele, ambos nos olhando olhos nos olhos, respondendo às minhas perguntas, com a sua voz bem timbrada, que ecoava altissonante, no interior da aerogare, denunciando sentir-se algo revoltado, com o exilio que havia sido forçado, atribuindo as culpas ao “imperialismo americano”, com os argumentos do costume, já que, que, como é do domínio púbico, alémdo Embargo dos Estados Unidos a Cuba –, entretanto extinto ONU - Aprovado fim do embargo a Cuba. EUA admitem:″Não estava) ..., (se bem que com algumas reservas do colosso vizinho americano), tem albergado a oposição ao regime cubano e donde se diz terem partido várias tentativas para o derrubarem.
O MISTERIOSO VOO MX714 PROCEDENTE DA CIDADE DE HAVANA - “RESPEITO O VOSSO TRABALHO MAS DEVE COMPREENDER QUE A MINHA MISSÃO, NESTE MOMENTO, NÃO É A MELHOR – Respondeu-me o comandante das operações da Base Aérea,de Monte Real, o Capitão Tavares – O que traduz, de facto, a tensão e a confusão que por ali ia.
Repórter - Sr. capitão, tenho informações de que o Sr. Presidente, Fidel Castro, sevai dirigir para a Galiza, pode-nos confirmar esta informação?
Capitão - Neste momento, não lhe posso responder nada.
Repórter - Mas a verdade é que temos a indicação, aliás, jáo vimos há momentos, de que se vai dirigir para a Galiza: Senhor Capitão, já agora gostaria que nos informasse esta informação que nós temos
Capitão- O Sr. jornalista, vai-me desculpar mas não lhe posso adiantar mais nada!... Respeito o vosso trabalho mas devem compreende que a minha missão, neste momento, não é a melhor.
Repórter- Mas, enão, oficialmente não sabe nada?
Capitão - Só lhe posso dizer o seguinte: Por indicação superior, o comando da base aérea, autorizou a aterragem e o trágico, portanto, o voo do voo MX7na14, proveniente da cidade de Havana. Pois só lhe posso dizer absolutamente isso.
Além da breve mas muito significativa entrevista, divulgo também o registo do comunicado, do chamado Conselho de Estado, que declarava, os citados poderes ao irmão de Fidel Castro, a que, então, a Rádio Comercial RDP, teve acesso através de uma estação de rádio cubana.
REPORTAGEM EM DIRECTO - NINGUÉM MAIS DEU A NOTICIA OU SE REFERIU À INSÓLITA PASSAGEM DE FIDEL CASTRO PARA O EXÍLIO NA GALIZA, COM DESEMBARQUE EM PORTUGAL PARA DEPOIS DAQUI SEGUIR DE CARRO - O que veio contradizer as afirmações de que, Fidel Castro, apenas estivera duas vezes em Portugal – Ignorando-se o histórico percurso, que terá sido o primeiro após a revolução dos cravos.
Pelos vistos,a avaliarpelas muitaspesquisas que efetuei na Internet, não constam quaisquer referências bibliográficas ou jornalísticasa mais uma das muitas tentativas para liquidarem Fidel Castro ou o afastarem do poder – Todavia, como referirei mais à frente, depareicom elementos curiosos que dizem que, naquele ano, Fidel Castro, foi visitar a antiga casa de seu pai e avôs paternos, na pequena aldeia de , a convite de Manuel Fraga Iribarne , presidente da Junta da Galiza durante quinze anos (1990-2005) e senador às Cortes Gerais eleito pelo Parlamento da Galiza, falecido em 15 de Janeiro de 2012.
.
Recordo que foi um autêntico furo jornalístico – Fui o único repórter a presenciar e a inquirir o carismático comandante, na aerogare, daquela base área das Forças Armadas Portuguesas, situada no distrito de Leiria, momentos depois de desembarcar no voo ,MX 714, proveniente de Havana, para dali partir de automóvel a caminho de Vigo, na Galiza, comunidade autónoma espanhola, na qual herdara profundos vínculos familiares, região onde nascera o seu pai.
Como poderá verificar-se, através dos sons do vídeo, tendo comsuporte várias fotografias dasações e percursos do líder cubano Fidel Castro e do seu companheiro Che Guevara ,conquanto se trate de um breve registo radiofónico, creio que assumirá, contudo,um importante significado histórico, por constituir-se como testemunho na biografia da principal figura da revolução cubana,consideradoum dos homens mais carismáticos e controversos da História política do século XX, considerado a última grande figura do comunismo ocidental
FIDEL DE CASTRO, TÃO MAL RECEBIDO EM 1992, TINHA BASTAS RAZÕES PARA NÃO FAZER ESTE ELOGIO MAS O TEMPO TUDO APAGA - "Gosto muito dos portugueses, esta estada ultrapassou as minhas expetativas". Era 19 de outubro de 1998 e Fidel tinha acabado de se reunir com o empresário Américo Amorim, partindo depois para Lisboa, no final de uma visita de três dias a Portugal, no âmbito da VIII Cimeira Ibero-Americana, que decorreu no Porto.Fidel Castro: Um homem que gostava muito dos Portugueses
De entre as centenas de entrevistas que fiz, a gente anónima e às mais diversas personalidades, sim, desde entrevistas aos mais célebres cadastrados fora e no interior das cadeias, tendo mesmo chegado a pernoitar uma noite de Natal no Estabelecimento Prisional de Pinheiro da Cruz, facto inédito na reportagem jornalística, sim, passando por entrevistas em casa das mais diversas personalidades: - poetas, como António Ramos Rosa, Fernanda de Castro, Mário Cesariny, Natália Correia e José Gomes Ferreira, entre outros, além dos escritores, tais como Fernando Namora, Vergilio Ferreira, Oliveira Marques, Jorge Amado, Lídia Jorge, José Saramago, muitos pintores e escultores, como Dorita Castelo Branco, Carlos Botelho, Francisco Relógio, Júlio Pomar, e tantos outros, ou políticos, tais como Franco Nogueira, Marechal Costa Gomes, Adelino Palma Carlos, PM no pós 25 de Abril; Comentador Cupertino de Miranda, Jorge de Melo, recebendo em sua casa, o mesmo sucedendo com Amália Rodrigues, José Ary dos Santos, Rui Veloso, entre outros artistas, além da interessante entrevista ao Presidente da Fundação Gulbenkian, José Azeredo Perdigão, sim, de entre as centenas de entrevistas e reportagens, apraz-me aqui recordar a que me foi possível fazer ao líder da Revolução Cubana - Não tanto pela perceptibilidade das suas palavras, que acabam por se perder no eco do tenso e agitado ambiente, em que era recebido, mas pelo significado histórico que assumem
Sim, recordo hoje a breve mas muito importante entrevista que pude fazer a Fidel Castro, momentos depois de haver desembarcado de um voo, num avião mexicano, procedente de Havana para Portugal, tendodepois - segundo informações que pude apurar no local - daqui seguido de automóvel para a Galiza, terra da sua ancestralidade, episódio que os biógrafos ignoram até hoje, tal como então o ignoraram as agências noticiosas, que não deram qualquer notícia, admitindo, porventura, tratar-se de mais um boato. Até porque o mais certo é que nada se dissesse, em Cuba, sobre a ausência do Comandante.
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QUANDO SE CORRIGE ESTA INADMISSÍVEL OMISSÃO?O carismático líder da Revolução Cubana, esteve em Portugal por três vezes e não apenas duas – Pessoalmente testemunhei a primeira vez em que ele pisou solo português
Vá lá, Senhores biógrafos e historiadores ou jornalistas que se limitam mais a replicar de que a investigar, não ignorem ou façam vista grossa de facto, bem real e testemunhado – Não voltem a repetir a mesma ignorância de que Fidel Castro somente visitou Portugal em 1998 e 2001. Referindo que: “ em 98, participou na Cimeira Ibero-Americana, que aconteceu a 17 e 18 de Outubro. Aterrou no Porto, foi a uma festa em Matosinhos promovida por associações ligadas a Cuba e visitou a fábrica de Américo Amorim em Vila Nova de Gaia.
Em Maio de 2001, voltou a Portugal e desta vez esteve em Lisboa. Passou por São Bento, onde conversou com António Guterres e jantou no Palácio de Belém, com Jorge Sampaio. Uma visita que teve a duração de um dia
DN - “Duas visitas de Fidel a Portugal: "Gosto muito dos portugueses -"26 de Novembro de 2016 - Líder cubano, que morreu hoje aos 90 anos, visitou o país em 1998 e 2001
Fidel Castro dirigiu os destinos de Cuba durante quase meio século mas apenas esteve em Portugal duas vezes, uma de passagem, quando elogiou o clima e outra mais longa, que terminou com a frase "gosto muito dos portugueses".
"Gosto muito dos portugueses, esta estada ultrapassou as minhas expetativas". Era 19 de outubro de 1998 e Fidel tinha acabado de se reunir com o empresário Américo Amorim, partindo depois para Lisboa, no final de uma visita de três dias a Portugal, no âmbito da VIII Cimeira Ibero-Americana, que decorreu no Porto.
Fidel voltaria a Portugal menos de três anos depois, breves horas entre viagens com oportunidade para se encontrar com o então primeiro-ministro António Guterres e Jorge Sampaio, presidente na altura, com quem jantou.
Chegou ao fim do dia e partiu de madrugada, quase discreto não fosse Fidel Castro. Ainda assim nada como quando da cimeira do Porto e dos longos discursos, um no evento e outro num espetáculo de solidariedade para com Cuba, quando chegou perto da meia-noite e discursou duas horas e meia.
EXPRESSO - Fidel Castro só veio a Portugal duas vezes, mas nunca deixou de estar presente na política portuguesa: desde as guerras coloniais às cimeiras ibero-americanas, passando pelos tempos do PREC. Seis histórias sobre o Comandante Expresso | O meu Fide
NOTICIAS QUE CONFIRMAM A VISITA DE FIDEL CASTRO À ANTIGA CASA ONDE NASCEU O SEU PAI - Desconhecendo-se, porém, que o carismático líder histórico cubano, havia sido deposto por seu irmão Raul Castro e em que local se exilou, nos 4 meses seguintes, quando decidiu, publicamente, fazer publicamente a romagem aos locais, mais signficativos, da ancestralidade familiar
Estas algumas das noticias se vide da então mediática visita, que efetarura nos finais de Julho do mesmo ano
29/07/1992 - Castro fue vitoreado en Láncara, la aldea de Lugo donde nació su padre. Castro foi aplaudido em Láncara, a aldeia de Lugo, onde seu pai nasceu
Ele País "O líder cubano, Fidel Castro, declarou-se "filho legítimo da Galiza" ontem e prometeu que nunca decepcionará seus pais durante o dia mais emocional de sua viagem à terra de seus antepassados, onde conheceu pessoalmente a terra de seu pai. . Castro, sempre acompanhado pelo presidente da Xunta, Manuel Fraga, confessou que sua estada ontem em Láncara (Lugo), onde foi aplaudido pelos vizinhos, já está registrada como um dos dias mais importantes de sua vida.
Aclamado por um grupo incondicional de adictos que o seguem como coro em todos os lugares, o líder cubano finalmente cumpriu seu desejo de conhecer a peça em que nasceu seu pai: Láncara, uma pequena aldeia localizada a 20 quilômetros de Lugo.Castro y Fraga rodeado por um impressionante dispositivo policial, chegou a Láncara pouco antes da uma da tarde. Eles passaram um pouco mais de 20 minutos na cidade e visitaram a casa, agora desabitada, onde Ángel Castro y Argiz, um emigrante de extração humilde que fez sua fortuna na ilha, nasceu.
...) O líder revolucionário lembrou seu pai em suas intervenções públicas ontem, mas insistiu em se declarar "neto de camponeses pobres" em vez de ser filho de um emigrante galego que fez fortuna na América. Ele revelou que seu pai pensava em voltar sempre para Láncara, mas não conseguiu, e foi por isso que ontem foi para ele um dia de grande emoção. O presidente da Xunta recordou as vidas paralelas de ambas as famílias e, dirigindo-se a Castro, comentou que os galegos são pessoas que sabem distinguir entre público e privado, pessoas dedicadas ao trabalho, poupança e iniciativa individual, e invocaram a Deus. para que a ilha encontre rapidamente a reconciliação entre suas duas comunidades opostas.
Foi um apelo velado para fazer mudanças na ilha, mas Castro - que ontem suspendeu uma aparição surpresa diante da mídia - não respondeu. Fraga, finalmente, ofereceu-lhe "a nossa casa", em alusão à Galiza, "não sem problemas, mas aberto a todos e com todos em paz", e convidou-o a adaptar-se aos novos tempos, o que é interpretado como uma chamado velado pela democratização da ilha. O dia começara com uma visita de uma hora a Lugo, onde Fidel foi homenageado por sua prefeitura e visitou as muralhas romanas.
Terminou com uma peregrinação popular, na qual participaram mais de mil pessoas, na cidade de Armea de Arriba, em Lugo. Castro e Fraga provaram vinhos da terra e tiveram empanadas, polvos, sardinhas, pimentos assados e donuts. Ambos fecharam o dia com um jogo de dominó. Fraga venceu. Castro fue vitoreado en Láncara, la aldea de Lugo donde nació su ...
Castro aproveita seu primeiro dia na Galícia para dizer que o regime cubano resistirá sem mudanças - Santiago de Compostela 28 de julho de 1992
O comandante cubano Fidel Castro aproveitou ontem a sua estadia na Galiza, terra dos seus antepassados, que visitava pela primeira vez, para proclamar em diferentes actos, com a esquerda nacionalista e a classe dominante conservadora, que resistirá até ao fim, o que significa que Não pretende fazer qualquer tipo de mudança em direção à democracia no regime que personaliza. Castro também respondeu a seu anfitrião e amigo Manuel Fraga, presidente da Xunta, que momentos antes oferecera em sua presença pela reconciliação de todos os cubanos. Excerto de Castro aprovecha su primer día en Galicia para decir que el régimen ...
Fidel Castro Ruz cumpriu ontem um antigo sonho de seu pai, Fidel Castro Argiz: retornar à «terriña». O comandante vivia em Lugo, e particularmente no pequeno "concello" de Láncara (apenas três mil vizinhos), a 30 quilômetros da capital de Lugo, um dia inesquecível. Não em vão, eu estava em casa. Foi o segundo e último dia de sua estada em Gálicia.
O próprio Castro, que após um breve passeio pelas muralhas de Lugo, foi a Puebla de San Julián, capital de Lancara, para recolher o título de "filho adotivo", lembrou: "Quantas vezes ouvi em minha casa a ideia de visitar este lugar? " 60 anos se passaram e meu pai não conseguiu. "Não há maior honra do que a nomeação de" filho adotivo "deste povo." ermitiu se estreitar. Ele recebeu um banho de massa da popular Galiza.- Excerto de
ÁGATHA DE SANTOS - VIGO Dezoito anos depois da visita que Fidel Castro fez à Galiza, pátria do pai do ex-presidente cubano, o director galego Manuel Fernández Valdés (Pontevedra, 1979) recria os seus passos com um jornal e arquivo de bota no documentário "Fraga e Fidel, no entanto", cuja estréia está prevista para o final deste ano. O então presidente da Junta, Manuel Fraga, foi seu anfitrião durante os dois dias intensos (27 e 28 de julho de 1992) de que o líder cubano vivia na comunidade e que Fernandez se qualifica como um "encontro sentimental de dois mitos opostos". - Excerto http://www.farodevigo.es/sociedad-cultura/2010/07/02/pasos-fidel-castro-galicia/452761.ht
Fidel Alejandro Castro
Ruz morreu há quatro anos, em 25 de novembro de 2016. . Observadores argumentam
que “não mudou nada. Pelo contrário: houve uma paralisação, e em alguns casos,
um retrocesso”, - Esta era a análise ao fim do ano, de Carmelo Mesa-Lago, professor de
economia da Universidade de Pittsburgh.. - Mas não é propriamente disso que venho falar mas de mais um episódio sobre a qual tem pairado uma densa cortina de sombras, visto não constar na sua biografia ou em artigos da imprensa.
Desde a morte do homem
que determinou a história de Cuba desde 1959, viveu-se um ano “no qual não
aconteceu nada transcendente na área econômica nem política, com a exceção da
passagem há dois meses do furacão Irma”, diz Omar Pérez Villanueva, ex-diretor
do Centro de Estudos da Economia Cubana. “A economia não sai da recessão em que
se encontra, e os principais problemas estruturais estão intactos no tempo. Há
planos para longo prazo, até 2030, e clareza em relação ao que se aspira, mas a
população não vê melhora em seu nível de vida.”