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segunda-feira, 4 de abril de 2016

Escritor Jorge Amado - 1988 – Entrevista – Livro Sumiço de Santa – Da Bruxaria na Baía; Brasil: “os valores materiais pertencem a uma minoria”; Amazónia: “cabe a nós brasileiros, decidir”; Fernando Namora, seu grande amigo; Condenação pelo Irão a Salman Rushdie – A forma mais violenta, até hoje no mundo!.. O seu desacordo acordo ortográfico


Entrevista a Jorge Amado, 1988 – Para a História da Literatura Luso-Afro-Brasileira 

ENTREVISTA A JORGE AMADO PARA A HISTÓRIA DA LITERATURA –LUSO BRASILEIRA – 2ª parte - Nesta segunda parte: fala do  seu livro Sumiço de Santa: uma história de feitiçaria, que só podia ocorrer na Baía,  com personagens portuguesas; refugia-se em Paris, porque “é difícil para mim poder escrever no Brasil”, onde “tenho muito pouca privacidade e  pouco tempo livre” – Situação no Brasil: A divida externa é imensa!... É a maior do mundo!... Uma inflação terrível!... “; Os valores materiais,  pertencem a uma minora muito pequena da população!... 

"A Amazónia sofre os atentados desde que ela existe!... Desde que os portugueses, lá chegaram…”  “Agora, o que eu acho é que, cabe a nós brasileiros, decidir sobre a Amazónia!..”  Da Gastronomia Portuguesa: “Chego aqui… começo a comer… Faço um esforço para emagrecer!... Mas não é possível!...” De  Fernando Namora:  “um grande amigo de Jorge Amado: uma perda muito grande para a língua portuguesa!”... Da condenação por irão a  Salman Rushdie– É a forma mais violenta, que houve, até hoje no mundo!.. Você escreve um livro e o Chefe de Estado!... Decreta que ele deve ser morto e oferece uma quantia enorme em dinheiro para o assassinar!... É uma coisa, nunca vista!... Você tem a impressão. Que, de repente, o mundo, andou para trás!...”  Sou contra qualquer espécie de censura: “ Tive os meus livros proibidos! E queimados em praça pública!... Em Portugal, os meus livros, durante anos e anos, não puderam ser publicados, aqui… E eram vendidos às escondidas!.. E no Brasil, também!... “ – Jorge Trabulo Marques – Jornalista

Jorge Amado - Sumiço de Santa – Com nomes de personagens portuguesas “É uma história de feitiçaria, que só podia ocorrer na Baía: é um livro sobre a formação da cultura brasileira, que é resultante da culturas europeias, portuguesas, fundamentalmente. E africanas e indígenas declarou-me Jorge Amado, na entrevista que me concedeu, por ocasião do 1º no Hotel Estoril-Sol, por ocasião do 1º Congresso de Escritores Lusófonos.


JORGE AMADO – E A RESIDÊNCIA EM PARIS – Para ter a privacidade que não encontrava no Brasil

JTM - Jorge Amado, refugia-se um pouco em Paris, porque?
JA – Por  é difícil para mim poder escrever no Brasil: eu no Brasil, tenho muito pouca privacidade e muito pouco tempo livre!... Sou muito solicitado pelas coisas mais diversas: televisão! Rádio!...Jornal!... Gente!... Sou uma pessoa que tem muitos amigos… E no Brasil é muito difícil!...
JTM – Isso perturba-o na sua escrita?
JÁ – Você para escrever… quando  não é jovem!... você precisa de tempo, de tranquilidade!...Não é!... No Brasil é muito difícil!...
Eu passei agora quatro meses no Brasil, não pude fazer nada!

SITUAÇÃO POLITICA NO  BRASIL E AMAZÓNIA

JTM – O que é que diz da atual situação politica no Brasil?
JA – O Brasil vive um momento muito difícil!... Mas não económico!
Politicamente, é a perfeita transição da ditadura para um Estado Democrático e de Direito, com a proclamação da nova Constituição!...
Foi perfeita!... É uma democracia exemplar, no Brasil… nesse particular!... No sentido da liberdade!....
Agora, há uma situação económica muito difícil!.. A divida externa é imensa!... É a maior do mundo!... Uma inflação terrível!... Muita miséria!... Um país riquíssimo, como é o Brasil!... Está na economia maior do mundo!... Mas, os bens, os valores materiais,  pertencem a uma minora muito pequena da população!..
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JTM – Aqueles atentados, que se estão a cometer na Amazónia?...
JA - A- Amazónia sofre os atentados desde que ela existe!... Desde a Descoberta!... Desde que os portugueses, chegaram lá, começaram!...
Eu sou contra e qualquer forma de violência contra a Natureza!... Não só na Amazónia...mas em qualquer parte do Brasil e em qualquer parte do mundo!... E acho que, a obrigação do Governo Brasileiro, é preservar a Amazónia... Completamente, não é!... 
O que não quer dizer que não utilize a Amazónia para o progresso do Brasil!... – Há uma diferença muito grande...
Agora, o que eu acho é que, cabe a nós brasileiros, decidir sobre a Amazónia!..
Acho que todo o mundo pode dar palpites!... – Estou de acordo que venham os ecologistas do mundo todo e que defendam a Amazónia!... Porque isso é muito bom para o Brasil e para o Povo Brasileiro!...

Agora nós não podemos é abrir mão em nenhum instante!...Porque, às vezes, por detrás da ideia mais generosa?!... Está o interesse de impedir o progresso do país!... Porque, às vezes, esses que criticam, não têm tanto direito a criticar: e porquê?!... Onde é que estão as florestas europeias?!... Acabaram-se, não é!...  
Agora, eu sou pela preservação da Amazónia! E não só da Amazónia!... Do Planalto Central e de todo o território brasileiro!...

JTM – Teve conhecimento deste  encontro dos índios?!...
JA – Tive e vi!... Acompanhei pela imprensa!.. Parece que é uma boa coisa!...
 Tudo o que ajude a preservar é uma boa coisa!... Agora... tem um limite!... O da soberania do Brasil!... Do seu direito, do Povo Brasileiro!... Da sua obrigação, dos seus direitos, sobre a Amazónia!... E da sua obrigação de perseverar a Amazónia!...

NÃO ESTAVA A ESCREVER MAS TINHA MILHARES DE COISAS PARA FAZER

JTM – Está a escrever alguma coisa!... Naturalmente que não deixa de escrever: é o seu oficio!... O que é que está a escrever?
JA – Eu não estou a escrever, no momento, nada!...  Eu terminei este livro, o Sumiço da Santa, em Setembro do ano passado e entreguei-o ao editor… E depois fiquei no Brasil a partir de Novembro e não escrevi nada!...Tenho sempre ideias!... Mas não tenho nada começado, nem  nada … Eu vou escrever, tal livro!...

JTM – Neste momento, como é que ocupa o seu tempo?... É apenas uma questão de descansar?!...
JÁ – Ah!... Não!... Eu tenho milhares de coisas a fazer, sempre!... Não  imagina!... Estou aqui neste congresso!...
Não me faltam afazeres!... Sobram afazeres!...

JTM – Mas tem algum hobby, para além da literatura?..
JA - Olhe, no momento, eu gosto de estar com os meus amigos!... Às vezes eu não tenho tanto tempo, como eu desejaria!... Outros, apenas eu bom dia!..à pressa, não é.

EM PORTUGAL – ATRAÍDO PELAS GENTES E PELO ARTESANATO

JTM – Que mais o cativa neste país?!...
JA – Portugal é um Povo que é admirável… Portugal é um País belíssimo!... De uma beleza, extrema!... Cada recanto de Portugal, é belo!
Mas, sobretudo, o Povo, que é uma doçura!... De uma gentileza!...
Portugal lindo e amoroso!...

JTM – Gosta da nossa arte?!...
JA - De Júlio Pomar!... Gargaleiro, Francisco Relógio!... Se eu fosse falar de todos os pintores… - eu peço desculpa daqueles que eu não citei! - , pois são muitos!

JTM– Gosta da nossa arte e da nossa gastronomia!...
JA– A única coisa que eu acho, que se podia dizer, de contra à admirável cozinha portuguesa – maravilhosa! – é que se come demais!...Chego aqui… começo a comer… Faço um esforço para emagrecer!... Chego aqui não é possível!...

JTM – No entanto, a gastronomia brasileira… essa, enfim!…
JA – Também, come-se muito bem no Brasil!... Mas, Portugal, é um país que tem uma culinária extraordinária!
JTM – Costuma fazer umas viagens pelo Norte!... Naquelas visitas que fazia, àquela célebre, Rosa Ramalho!..
JA – Ah!... Fala da ceramista?!... Da minha amiga, querida!...Eu tenho uma grande coleção de cerâmica popular!...Existe, aqui um homem, em Sobreiro,   um grande! grande! Ceramista, que construiu aí uma verdadeira jóia!... De cidade!... Que é um querido!, querido amigo meu!... Ele esteve na Baía e fez um grande sucesso!...

JTM – Fez uma pequena cidadela!... Eu já vi na televisão!...
JÁ – É muito famoso!... Vão milhares de pessoas lá a visitar… Deste homem, eu tenho na minha casa, acho que mais de 50 ou 60 peças!
JTM – Quer dizer, que é um apreciador do artesanato?...
JÁ – Sou!... Muito grande!... E o artesanato português é muito bonito!...

FERNANDO NAMORA –  "A MORTE DELE FOI UM GOLPE MUITO  GRANDE"

JTM – Fernando Namora, um grande amigo de Jorge Amado: uma perda muito grande para a língua portuguesa!... Já agora, gostaria de registar aqui algumas palavras, desse grande escritor, que foi Fernando Namora.

JA- Para mim foi um golpe muito grande!.... Apesar de que se esperava!...Ele vinha sofrendo!... Sofrendo muito!... Com a enfermidade, com a doença!.. Mas eu quando tive a notícia, no Brasil, foi um jornal Português que me telefonou para me comunicar…. Depois, foi também uma rádio!.. Para mim foi um golpe  muito grande!... Namora foi uma das figuras mais admiráveis!.. Humanas, que eu conheci!... Foi um amigo de toda a vida!.. E um extraordinário, amigo! … Além de ter sido um grande escritor da língua portuguesa!... Mas o que ele escreveu, não sei se até persistirá… mas para mim a falta imensa é do ser humano... De Fernando Namora.

ESCRITOR INGLÊS CONDENADO PELO IRÃO Salman Rushdie “a forma mais violenta do mundo, decretado por um Chefe de Estado”

JTM – Uma última questão: esta prende-se com a polémica levantada, sobre um escritor inglês, que foi condenado pelo Irão: o que é que acha dessa atitude?

JA– É a forma mais violenta, que houve, até hoje no mundo!.. Você escreve um livro e o Chefe de Estado!... chama ao assassinato  desses escritor!... Decreta que ele deve ser morto e oferece uma quantia enorme em dinheiro para o assassinar!... É uma coisa, nunca vista!... Você tem a impressão. Que, de repente, o mundo, andou para trás!...

Eu sou contra qualquer espécie de censura!... Acho que a censura não deve existir de nenhuma maneira!... Agora, imagine uma censura que chega a este ponto, a este nível… De pagar para matar!!...Imagina, você!...

JTM – Jorge Amado, foi uma das vítimas da censura!... Teve que se exilar!...
JA – Fui!... Precisamente por isso é que sou muito contra a censura!... Fui!... Tive os meus livros proibidos! E queimados em praça pública!... Em Portugal, os meus livros, durante anos e anos, não puderam ser publicados, aqui… E eram vendidos às escondidas!.. E no Brasil, também!...
De forma que eu, exatamente por sentir na pele, como você diz… exatamente pro ser vitima da censura é que eu sou contra a censura!
JTM – E   a doze anos do final deste milénio!...É realmente de espantar!....
JA – Eu acho espantoso!... Eu acho uma coisa inacreditável!... É preciso que a gente veja… e saiba para acreditar!.., Mas é difícil de acreditar!
JTM – Que ações, digamos assim,  é que os países, enfim, civilizados ou a nível de escritores, acha que deveriam ser tomadas?
JA – Acho que se deve protestar!... Que você pode fazer outar coisa, senão pode pedir que se invada o Irão!... Seria mais absurdo!... Seria responder com um absurdo maior a outro absurdo!... Não. A gente tem que protestar: dizer que não possível aceitar isso!

ENTREVISTA PARA A HISTÓRIA DA LITERATURA LUSO-BRASILEIRA – 1ª PARTE - COM JORGE AMADO  – Lisboa, 1988  - Em desacordo com o acordo: “os acordos ortográficos feitos até hoje, têm resultado em nada!... E porquê?... Não  atendem aos interesses, à realidade da língua falada e escrita nos diversos países (..) como escritor, não me atinge em nada… também publicada em http://www.odisseiasnosmares.com/2015/05/escritor-jorge-amado-lisboa-1988-em.html


Lisboa, 1988 – Jorge Amado:  

"Eu não estou apaixonado pela unidade ortográfica. Eu acho, como não há uma unidade literária de todos os elementos que formam as diversas nações, eu não vejo porquê esta tendência de unidade ortográfica compreende?...Porque, se vocês dizem facto, não podem escrever como nós escrevemos fato. O fato para vocês é uma peça de roupa e facto é  um acontecimento, não é!.” – palavras do um dos mais famosos e traduzidos escritores brasileiros,  numa entrevista que me concedeu, na qualidade de repórter da então Rádio Comercial-RDP, acerca do Congresso de Escritores Portugueses, que decorreu naquele ano, em Lisboa


Com obras publicadas em 55 países e vertida para 49 idiomas - Biografia | Fundação Casa de Jorge Amado





PORTUGAL - ROTA OBRIGATÓRIA DAS VIAGENS DE JORGE AMADO


Depois do 25 de Abril. Jorge Amado, deslocou-se várias vezes a Portugal: vindo, nomeadamente, de Paris, onde passava algumas temporadas, sobretudo na década de 80, numa fase, literáriamente,  ainda muito ativa – Não era que gostasse mais de viver na Europa de que no Brasil; o motivo não era esse mas a falta de privacidade e o necessário isolamento, que não conseguia encontrar na sua cidade natal, onde era constantemente solicitado     - Nascido em Tabuna,  a 10 de Agosto de 1912, Estado da Baía, e, em cujas terras,  havia também de falecer:  Em Salvador, 6 de Agosto de 2001

Confessou-me que adorava o nosso país:   deliciar-se com a sua gastronomia, admirava o artesanato do Minho  (nomeadamente o da cerâmica),  as belezas naturais, o nosso sol,  nosso clima, a simpatia das nossas gentes, onde contava com  bons amigos, alguns dos quais, fonte de inspiração, como personagens nas suas obras: é o caso, por exemplo, de Nuno Lima de Carvalho, diretor da Galeria de Arte do casino Estoril

Tanto ele, como Zélia Gattai, sua esposa, deram-me o prazer de me concederem várias entrevistas, que aguardo no meu arquivo. Uma das quais feita por ocasião do Congresso de Escritores Portugueses, em 1988 (creio que o 2º), ou seja, dois anos antes da assinatura do então já  polémico acordo ortográfico – Obviamente, que o tema não deixou de vir à baila,  gerando acaloradas discussões, tal como, de resto, ainda hoje continua a suscitar, agora sobre uma data em que termina o  período de transição.. e entra definitivamente em vigor,  depois de adiado, há 3 anos, pela  presidente Dilma Roussef , Polêmico, o Novo Acordo Ortográfico só entrará em vigor em 2016

Naturalmente, que, ao entrevistar Jorge Amado,  temas como a língua portuguesa e a questão do acordo ortográfico, eram das tais perguntas incontornáveis, logo para começar  – E, assim, decorreu a entrevista: - Encetado o diálogo, muitas outras perguntas se seguiram. .

O  objetivo deste acordo é  do  decriar uma ortografia unificada para o português, a ser usada por todos os países de língua oficial portuguesa. Foi assinado por representantes oficiais de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe em Lisboa, em 16 de Dezembro de 1990.1 Depois de recuperar a independência, Timor-Leste aderiu ao Acordo em 2004. O processo negocial que resultou no Acordo contou com a presença de uma delegação de observadores da Galiza" Acordo Ortográfico de 1990 

JORGE AMADO NÃO CHEGOU APAIXONAR-SE PELO ACORDO ORTOGRÁFICO -

Como é compreensível, a linguagem é um fenómeno vivo e evolutivo. Se assim não fosse, o mundo era uma babel de dialetos primários. E, na verdade, quanto mais pessoas falarem a mesma língua mais essa língua evolui e ganha importância no contexto das nações. Saudamos a sua entrada em vigor – aliás, já o adotámos, há algum tempo – Há, porém,        quem tenha opinião contrária - perfeitamente respeitável. Era também essa  a posição de Jorge Amado, que, antes do acordo assinado, já discordava dele.


CONGRESSO DE ESCRITORES DE LÍNGUA PORTUGUESA, COM PARTICIPAÇÕES QUE SE ESTENDIAM DESDE DA EUROPA., GOLFO DA GUINÉ, ÁFRICA, AMÉRICA E OCEANIA.

Jorge Amado - Eu não estou apaixonado pela unidade ortográfica. Eu acho, como não há uma unidade literária de todos os elementos que formam as diversas nações, eu não vejo porquê esta tendência de unidade  ortográfica, compreende?...Porque, se vocês dizem facto, não podem escrever como nós escrevemos fato. O fato para vocês é uma peça de roupa e facto é que é um acontecimento.. Então,  não vejo  porquê essa ansiedade de fazer uma ortografia que será sempre artificial.

JTM – Mas, perante as instâncias internacionais, nos congressos, por vezes a língua portuguesa é um pouco esquecida ou marginalizada!,,Não acha importante que houvesse uma acordo que desse alguma unidade?..

JA -  É possível… Se bem que eu pense   que a língua portuguesa não é discriminada por isso. Eu acho que a importância da língua portuguesa, que é uma língua muito importante, falada por uma enorme quantidade de milhões, centenas de milhões de pessoas, uma língua na qual se desenrola uma vida de países importantes, uma língua que projeta literaturas igualmente importantes,  eu acho que a sua importância, a sua presença no mundo se tornará mais sensível na proporção, que é economicamente, que os nossos países pesem  na  vida mundial,  pelo que a ortografia é secundária..
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Em todo o caso, o argumento que você dá é um argumento que tem certo peso..


JTM – Nomeadamente na UNESCO onde o Português tem sido posto, de algum modo, de lado, por falta dessa unidade. Em que interpretam o português falado de uma maneira, o português falado aqui, em Portugal, de outra… Isso tem dado, a que, em certos congressos internacionais, português não seja utilizado como língua oficial…
JA – Eu não sei… É possível… Eu não vou diminuir o peso do seu argumento que é válido… Porém, o que eu noto, que os acordos ortográficos feitos até hoje, têm resultado em nada!... E porquê?... Não  atendem aos interesses, à realidade da língua falada e escrita nos diversos países, me parece…

JM – Acha que os especialistas se esquecem de contatar os escritores ou ter outros contactos, enfim, de outra ordem!... Evitando, assim, polémocas desnecessárias.
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JÁ – Eu não sei!... Não estou tão a par que pudesse ser.... Como lhe digo,  pessoalmente, o acordo, como escritor, não me atinge em nada…. Eu continuo a escrever. Inclusive, na minha vida de escritor, que é bastante longa – é quase  60 anos de trabalho de escritor, eu vi tanta ortografia, quando eu comecei a escerver com dois “pês”, com dois mm, de forma que o que, o  posso dizer é que eu não sei nada de ortografia!... cada vez eu sei menos, porque cada vez é mais complicado


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