Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Foz Côa . Sim, cumpriu-se mais um belo sonho, que se concretizou neste último domingo, no salão nobre do seu quartel.
Por Jorge Trabulo Marques - Jornalista
Sim, cumpriu-se mais um belo sonho da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Foz Côa - O que é prometido é devido - Em 20 de Dezembro, último, aquando da sua festa natalícia, que contou com a presença de muitos dos familiares e antigos dirigentes e Antigos Presidentes da Câmara, e ainda se procedeu à bênção de uma nova viatura de 9 lugares, na mesma cerimónia em que era inaugurada a exposição fotográfica de algumas das suas admiráveis e abnegadas páginas desde a sua fundação, anunciava-se o propósito da publicação de um livro, sobre o “ Memorial do Bombeiros Voluntários de Foz Côa de 1933 a 2015 ao serviço da Humanidade"
E foi justamente o lançamento, que decorreu, neste último domingo, dia 17, no salão nobre, do seu quartel - Numa cerimónia, igualmente muito participada e da qual aqui lhe mostramos algumas imagens que tomei a liberdade de extrair da página do Facebook, de Amélia Lourenço, esposa de António Loureço, Presidente da Direção, além de outras fotos de minha autoria, anteriormente editadas neste site, já que é minha intenção aproveitar para editar um excerto de autoria de Artur Saraiva, também ele um dos cofundadores desta humanitária Associação, e que transcrevi do extinto jornal ECÔA, onde fui um dos seus colaboradores -
E também o excerto de um texto, editado no FOZCOENSE, pelo Dr. Manuel Daniel, uma das personalidades do nosso concelho, que é também um dos rostos desta humanitária associação, natural de Meda, mas que aqui casou em Foz Coa, aqui tem feito a sua vida, quer como advogado, quer nos vários cargos que tem desempenhado, na vida da autarquia e da misericórdia local – Mas também como poeta, como escritor e colaborador da Imprensa local e regional.
LONGE VÃO OS DIAS DE POVO ACUDIR A APAGAR O INCÊNDIO COM OS SINOS A REBATE
Quando eu nasci, já Vila Nova de Foz Côa tinha o seu Corpo Voluntário – modestamente equipado e, praticamente, para socorro da própria vila. Nas aldeias, com as vias de acesso, ainda do tipo de calçada romana ou ainda pior, não chegava lá a carripana dos bombeiros, nem as suas maquinetas com as suas bombas manuais.
Sim, aos bombeiros, o que lhe sobra em dedicação e espírito de voluntariedade, escasseia-lhe nas ajudas materiais. Pois, "com as receitas a diminuir para cerca de metade e alguns custos a crescer, só com muito esforço dos dirigentes, comando e a generalidade dos bombeiros, tem sido possível dar a devida resposta à população" - Palavras ditas, há três anos, por António Pimentel Lourenço, Presidente desta Associação, e, por certo, ainda muito atuais.
Só na festa de Nossa Senhora da Veiga, em Setembro de 1933, é que a ideia de se criar uma Associação Humanitária, com o respectivo Corpo de Bombeiros, começou a criar corpo. Juntaram-se alguns homens de boa vontade. A dar ânimo à iniciativa lá estavam José Joaquim de Almeida Pinheiro e Júlio António Lopes. Em Novembro havia já inscrições para o primeiro Corpo Activo. Em Janeiro de 1934, no dia 14, saíram à rua, pela primeira vez, já fardados, para simular um ataque a um incêndio, suposto na Câmara Municipal. Feitos os estatutos, organizados os seus corpos sociais, com José Augusto Pinto à frente da Direcção, a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Foz Côa nasceu finalmente no dia 22 de Junho de 1934, (.).
OS BOMBEIROS VOLUNTÁRIO DE VILA NOVA DE FOZ CÔA - "Quantos, por vezes, chegam a casa com queimaduras, outros meios intoxicados pelos fumos emanados pelas chamas." (..) Por tudo isto, lhes foi atribuído o glorioso nome de "SOLDADOS DA PAZ". - Escreveu no ECÔA, Artur Saraiva, em 1 de Junho de 1995
Todos os anos, no Verão, temos assistido a incêndios grandiosos que devastam hectares das nossas lindíssimas e frondosas florestas.
Antes de terminar esta primeira parte referente aos nossos Bombeiros Voluntários municipais ou sapadores (parte mais perigosa e por vezes injusta) e antes de entrar na segunda parte, quero que todos os nossos leitores fiquem a saber duma terrível verdade ao lerem este artigo e depois de meditarem um pouco, também os vossos olhos se encherão de lágrimas com o final deste episódio.
Por Jorge Trabulo Marques - Jornalista
Sim, cumpriu-se mais um belo sonho da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Foz Côa - O que é prometido é devido - Em 20 de Dezembro, último, aquando da sua festa natalícia, que contou com a presença de muitos dos familiares e antigos dirigentes e Antigos Presidentes da Câmara, e ainda se procedeu à bênção de uma nova viatura de 9 lugares, na mesma cerimónia em que era inaugurada a exposição fotográfica de algumas das suas admiráveis e abnegadas páginas desde a sua fundação, anunciava-se o propósito da publicação de um livro, sobre o “ Memorial do Bombeiros Voluntários de Foz Côa de 1933 a 2015 ao serviço da Humanidade"
E foi justamente o lançamento, que decorreu, neste último domingo, dia 17, no salão nobre, do seu quartel - Numa cerimónia, igualmente muito participada e da qual aqui lhe mostramos algumas imagens que tomei a liberdade de extrair da página do Facebook, de Amélia Lourenço, esposa de António Loureço, Presidente da Direção, além de outras fotos de minha autoria, anteriormente editadas neste site, já que é minha intenção aproveitar para editar um excerto de autoria de Artur Saraiva, também ele um dos cofundadores desta humanitária Associação, e que transcrevi do extinto jornal ECÔA, onde fui um dos seus colaboradores -
E também o excerto de um texto, editado no FOZCOENSE, pelo Dr. Manuel Daniel, uma das personalidades do nosso concelho, que é também um dos rostos desta humanitária associação, natural de Meda, mas que aqui casou em Foz Coa, aqui tem feito a sua vida, quer como advogado, quer nos vários cargos que tem desempenhado, na vida da autarquia e da misericórdia local – Mas também como poeta, como escritor e colaborador da Imprensa local e regional.
LONGE VÃO OS DIAS DE POVO ACUDIR A APAGAR O INCÊNDIO COM OS SINOS A REBATE
Quando eu nasci, já Vila Nova de Foz Côa tinha o seu Corpo Voluntário – modestamente equipado e, praticamente, para socorro da própria vila. Nas aldeias, com as vias de acesso, ainda do tipo de calçada romana ou ainda pior, não chegava lá a carripana dos bombeiros, nem as suas maquinetas com as suas bombas manuais.
Sim, já lá vai o tempo em que, em vez do grito
da sirene, se ouvia o repicar dos sinos, chamando homens, mulheres e crianças,
trazendo pela mão ou à cabeça, cântaros ou caldeiros de água para apagarem o
incêndio - Ainda conheci esse tempo na minha aldeia.
Quase um século de esforço e de dedicação, em defesa da
comunidade, pondo em risco as suas vidas, dando o melhor da sua generosidade, abnegação e sacrifício, acorrendo sempre à
chamada, no momento mais crítico ou difícil, sem olhar a quem .
Sim, aos bombeiros, o que lhe sobra em dedicação e espírito de voluntariedade, escasseia-lhe nas ajudas materiais. Pois, "com as receitas a diminuir para cerca de metade e alguns custos a crescer, só com muito esforço dos dirigentes, comando e a generalidade dos bombeiros, tem sido possível dar a devida resposta à população" - Palavras ditas, há três anos, por António Pimentel Lourenço, Presidente desta Associação, e, por certo, ainda muito atuais.
"Nª SENHORA DA VEIGA ESTÁ NO MOMENTO DA SUA CRIAÇÃO" - Escreve Manuel Pires Daniel - que, já em 1994, proferia esta afirmação: "O sonho do Quartel levou 40 anos para se construir" (...) "Todos temos o dever de ajudar"
"Um pouco da
história dos nossos Bombeiros recordada nas Jornadas de
Solidariedade, quando completaram 60 anos (em 1994)
Os nossos
bombeiros “nasceram” em 22 de Junho de 1934
Até aí não havia
bombeiros? Pois não. O povo acudia impulsiva e improvisadamente, chamado pelos
sinos a rebate, para actuar, depois, de forma desorganizada, com prejuízo para
os sinistrados.
Havia, desde há
muito, em Foz Côa, o sonho de ter bombeiros, à semelhança do que sucedia em
muitas terras.
E esse era, de
facto, outro sonho que vinha de longe. O Cónego José Marrana, através do jornal
"Notícias de Foz Côa" que se publicava nesta terra entre os anos 20 e
30, foi animando a sua possível criação. Mas todas as tentativas ficavam pelo
caminho. A terra não estaria suficientemente adubada para receber tão excelente
semente.
É certo que já
havia uma bomba, maltratada, que andava por aí aos baldões do rapazio. Ninguém
cuidava dela e foi preciso repará-la. Nas horas dos incêndios, como S. Bárbara,
é que se lembravam da sua utilidade e se falava da falta dos bombeiros ..
Nº Srª da Veiga
está no momento da sua criação
Só na festa de Nossa Senhora da Veiga, em Setembro de 1933, é que a ideia de se criar uma Associação Humanitária, com o respectivo Corpo de Bombeiros, começou a criar corpo. Juntaram-se alguns homens de boa vontade. A dar ânimo à iniciativa lá estavam José Joaquim de Almeida Pinheiro e Júlio António Lopes. Em Novembro havia já inscrições para o primeiro Corpo Activo. Em Janeiro de 1934, no dia 14, saíram à rua, pela primeira vez, já fardados, para simular um ataque a um incêndio, suposto na Câmara Municipal. Feitos os estatutos, organizados os seus corpos sociais, com José Augusto Pinto à frente da Direcção, a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Foz Côa nasceu finalmente no dia 22 de Junho de 1934, (.).
Nos tempos da II
Guerra Mundial
A partir daí, os
Bombeiros de Foz Côa e os seus problemas andaram juntos por vários anos. Não se
conheciam uns sem os outros. Os homens que dão "vida por vida", à
medida em que melhoravam os seus serviços, viam multiplicadas as suas
dificuldades. As guerras de 1936-1939 (em Espanha) e de 1939-1945 (na Europa)
marcaram indelevelmente a sua história, mal conseguindo sobreviver. Foi
necessário, inclusivamente, nomear comissões administrativas.
Grandes homens
foram aparecendo, entretanto. Dr. Amílcar de Sousa Donas Botto, Dr. José
Augusto Saraiva de Aguilar, Dr. António Augusto Correia Farinhotc, Moisés
Martins, Herculano Pais, Cipriano Saraiva, Adão Mário Salgado, José Joaquim
Torres Teles, Manuel José Pires, Loisik José Candoso, Amílcar Chéu, Jorge
Coelho, Mário José Salgado, José Augusto dos Santos, e para encurtar uma lista
que seria extensa, o nome inesquecível do antigo Presidente da Câmara
fozcoense, Dr. Manuel Gonçalves dos Santos.
Fazia falta um
quartel condigno
Era preciso
construir um Quartel, no lugar onde funcionara a antiga Central
Eléctrica:Enquanto o não havia, os Bombeiros ocuparam precariamente o Clube
Fozcoense, que deixara de ter actividade. As obras, entregues ao empreiteiro
Abílio Araújo Soares, foram andando com as dificuldades financeiras típicas
destes empreendimentos. Os próprios Paços do Concelho iniciaram um processo de
remodelação. E foi no edifício do Quartel, então em vias, de acabamento, que a
Câmara se instalou, antecipando a sua utilização pelos Bombeiros.
E é curioso que
foi aqui, neste salão nobre, ainda inacabado, e no gabinete da Direcção, que se
fizeram reuniões que conduziram à criação do Apoio Domiciliário a Idosos,
quando o Lar ainda era um sonho, o Hospital estava em obras e a Misericórdia
não tinha um lugar próprio para as suas reuniões.
O sonho do
Quartel levou 40 anos para se construir
A inauguração do
Quartel fez-se, mais tarde, em 1982, num dia em que Nossa Senhora da Veiga era
trazida para a Vila. Um dia grande para os Bombeiros e, sobretudo para um
elenco de homens de Foz Côa, que se agarrou de alma e coração a esta benemérita
Associação, mantendo-a em pleno até aos nossos dias.
Não pode nem deve
ficar sem o devido_ relevo o nome de António Ferreira Sebadelhe, no seu posto
de Presidente da Direcção desde 3 de Fevereiro de 1979 (já lá vão 14 anos), ao
lado de Mário Raúl Ferreira, Fernando Anacleto Veríssimo, Amílcar Fernandes
Chéu, António Eurico Flor Guerra, José Silvério Maximino de Almeida, José dos
Santos Pires, e outros, não podendo deixar de lembrar também os nomes de Dr.
Jorge Caldeira, Tenente Coronel José Clementino Pais, José Ilídio Antão,
António Fernando Mimoso, Adriano Manso, Alberto Coelho, Elói Ernesto Manso,
António Lourenço e outros mais recentemente chegados.
Tem sido enorme o
esforço desenvolvido por este punhado de homens dedicados à sua terra e à
solidariedade.
Todos temos o
dever de ajudar
Agora (estávamos
em 1994) já sabemos: o Quartel-sede já não chega para as viaturas, amanhã vamos
inaugurar uma nova garagem, temos várias necessidades de melhoria de serviços,
está aí a barragem com a mais extensa albufeira do País, estamos longe dos
principais hospitais distritais e as ambulâncias não chegam para as encomendas
... Os Bombeiros são chamados para tudo o que é necessidade ...
O seu rosário é,
infelizmente, uma oração que só com insistência os santos escutam.
Manuel Daniel (Excertos
de uma palestra proferida nas “Jornadas de
Solidariedade”, em 1994 – no livro “Foz Côa Solidária”
OS BOMBEIROS VOLUNTÁRIO DE VILA NOVA DE FOZ CÔA - "Quantos, por vezes, chegam a casa com queimaduras, outros meios intoxicados pelos fumos emanados pelas chamas." (..) Por tudo isto, lhes foi atribuído o glorioso nome de "SOLDADOS DA PAZ". - Escreveu no ECÔA, Artur Saraiva, em 1 de Junho de 1995
"Logo à entrada do 'Hall", encontra-se
uma fotografia ampliada, onde podemos ver em primeiro plano, sentado da
esquerda para a direita, os seus primeiros fundadores: José Pinto, José
Pinheiro, Júlio António Lopes, José António Saraiva Caldeira e por último, o Luiz Moura, todos já falecidos, nomes que
muitos ainda se devem recordar até com saudade.
Estes, com escassos meios que na altura
dispunham, conseguiram operar verdadeiros milagres, chegando até a pôr em risco
as suas próprias vidas, em prof das nossas populações.
Para todos estes, já falecidos não podemos
ficar indiferentes, devendo sempre manifestaremos a nossa eterna gratidão.
(…)Estes briosos bombeiros são voluntários
e sem quaisquer remunerações a não ser as que auferem nos seus serviços onde de
trabalham.
Todos os anos, no Verão, temos assistido a incêndios grandiosos que devastam hectares das nossas lindíssimas e frondosas florestas.
É com tristeza que percorremos quilómetros
e quilómetros de terra queimada.
A maior parte destes são provocados por
mãos criminosas, ficando os responsáveis na maior parte fora da alçada da
Justiça.
Outros há' que são provocados por incúria
da nossa parte que inadvertidamente ao conduzirmos o carro ou a moto atiramos
para o lado, uma ponta de cigarro ainda acesa, não pensando no acto
irreflectido que cometemos.
Estes gloriosos Soldados da Paz chegam por
vezes, ao deflagrarem-se estes violentos incêndios, a estarem 24 horas e mais
sem conhecerem o conforto dos seus lares, deixando os seus familiares em estado
de grande tensão e ansiedade por tão funesto resultado, acabando muitas vezes
em grandes tragédias.
De facto é preciso ter amor a esta
perigosa profissão que abraçaram voluntariamente e pela qual prestaram um
juramento solene.
Ei-los, logo que a sirene começa a
retumbar, a correrem para o quartel, deixando os seus empregos para poderem
chegar a tempo da chamada, afim de evitar que um incêndio já incontrolável se propague
aos seus vizinhos.
Quantos, por vezes, chegam a casa com
queimaduras, outros meios intoxicados pelos fumos emanados pelas chamas.
É este o espírito de solidariedade destes
bravos heróis, que os leva a sacrificar as suas próprias vidas pelas dos seus
semelhantes.
Por tudo isto, lhes foi atribuído o
glorioso nome de "SOLDADOS DA PAZ". r
Antes de terminar esta primeira parte referente aos nossos Bombeiros Voluntários municipais ou sapadores (parte mais perigosa e por vezes injusta) e antes de entrar na segunda parte, quero que todos os nossos leitores fiquem a saber duma terrível verdade ao lerem este artigo e depois de meditarem um pouco, também os vossos olhos se encherão de lágrimas com o final deste episódio.
Quando os voluntariosos os bombeiros, na época
destes calores abrasadores que de ano para ano vão sendo mais quentes, são
chamados para tentarem extinguir um flagrante incêndio, num monte coberto de majestosas
florestas, lá conseguem chegar com os seus Auto-Tanques, antigos ou modernos ao
sopé destes, sentem-se impotentes para extinguirem as chamas assustadores que
vão subindo até ao cume, sem que lhes permitam entranharem-se no meio delas.
Após o acto consumado, apenas se vê terra
queimada, negra e perante estes flagelos, os nossos bravos soldados, com
lágrimas a deslizarem pelas faces e raivosos porque não conseguirem atingirem o
seu objectivo, parecem que ouvem com voz bastante ténue uma ou outra árvore
rachada ao meio, antes de dar o último suspiro dizer muito baixinho:
"Não choreis meus amigos! Fizestes os
possíveis e os impossíveis, nada vos poderá roer nas vossas consciências. O
Governo tudo tem feito ao seu alcance para vos ajudar construindo belíssimas auto-estradas
e pontes maravilhosas, para que vós possais chegar mais depressa junto de nós
chegar sem estragarem os vossos meios de locomoção".
"Também aparecem uns pássaros
voadores (a que lhe dão o nome de Helicópteros) com um saco pendurado cheio de
água, mas estes também a maior parte das vezes inúteis para nós, mas lucrativos
para os seus proprietários e para os pilotos que (estes não são voluntários)
trabalham à hora".
"Não percais nem a Fé nem a Esperança
porque o Governo todos os anos estuda meios de nos salvar''.
''Hoje morremos nós, mas amanhã serão
plantadas outras e a vida continua num ritmo acelerado aguardando melhores
dias".
"E sabeis uma coisa?
Mesmo depois de queimadas, ainda somos
produtivas para alguém".
Para terminar a parte 1, quem não se
lembra de há pouco tempo 4 soldados da paz perderam a vida enorme incêndio.
Mas infelizmente estes não foram os
primeiros nem serão os últimos.
Quantas mães ficam sem filhos? Quantas
esposas ficam sem os maridos? Quantas crianças ficam sem os pais?
(...) Portanto, lanço desde já um apelo: Deixem-se de colóquios, de projectos e entrem imediatamente em acção, antes que seja tarde e vejamos mais
uns hectares das nossas florestas a arder por esse país fora sem meios
suficientes para os debelar.
Não se esqueçam de que para tudo há sempre
uma solução, apenas para uma não existe. “A MORTE”.
Não deixem que as nossas florestas
morram!...
Quando à parte Directiva dos Bombeiros
Voluntários desta vila, são já quase todos veteranos e sobejamente conhecidos,
começando pelo Presidente (António Sebadelhe) um jovem embora de meia idade,
inteligente, dinâmico, impulsionador e há vários anos à frente desta Direcção,
estimado pelos seus subordinados, pelas populações de Foz Côa e de todo o nosso
Concelho, sempre pronto a dialogar, a acatar sugestões que porventura sejam em
proveito da melhoria dos nossos “SOLDADOS DA PAZ”.
É nesta faceta de um dirigente que tem
sabido com a colaboração de Mário Ferreira, José Naldinho e tantos outros
orientar com eficiência e dedicação toda esta grande cooperação
Na parte técnica também não podemos
olvidar os nomes dos seus comandantes, Francisco Gouveia, Aníbal Carvalho,
Adriano Beijoco que se esforçam para os manter fisicamente em boa forma a fim
de estarem aptos a actuarem para qualquer emergência que de momento surja. -Excerto - Artur Saraiva
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