Mas que belezas mais espantosas não há por estas terras! - Quão tentador e enlevo para os amantes da natureza, da fotografia e dos namorados! -E então agora que até o telemóvel permite o registo das imagens. Tenho imensas fotos e sinto pena de não poder editar mais algumas.

- Claro que os concelhos vizinhos não ficam atrás: Meda, Moncorvo, Freixo de Espada à Cinta e Figueira de Castelo Rodrigo - A chamada região da Terra Quente, toda ela é contemplada por estas maravilhas.
A PÉ, DE BICICLETA, DE MOTA OU DE CARRO - HÁ MUITOS ITINERÁRIOS E TODOS ELES SUSCEPTÍVEIS DE ENCHER O CORAÇÃO DE ENTUSIASMO E OS OLHOS DE BRILHO E PASMO
Os
primeiros sinais da festa da amendoeira em flor, são ruidosos mas
alegres: estão previstos para o dia 16, domingo, com o “VI Passeio de
Motos TT das Amendoeiras em Flor”. Começa com o convite aos motoqueiros que
constituem uma extensa como heterógena família de adeptos, com
laços que se estendem por todo o país e no estrangeiro.
Que apetitosa não
é uma omelete de espargos silvestres! - Acompanhada de azeitonas, pão de trigo e um tinto maduro - Qual delícia
genuína da terra que os deuses pagãos não enjeitariam – É frugal, acessível, simples e
económica. Não esqueça de a pedir que vai chorar por mais.
Bom, mas, como é compreensível, todos estes sons, por demasiado familiares aos ouvidos das gentes locais, que os ouvem diariamente sob muitos suores e canseiras, pelo menos esperam, que, uma vez por outra, algo diferente lhes quebre a rotina - Que não sejam só as estafadas telenovelas ou o estendal das desgraças e polémicas políticas nos penosos telejornais das TVs. Aguardam por outras novidades. E, a bem dizer, o a Festa da Amendoeira em Flor, promete programa recheado: a nível de concertos musicais, de facto, há muito por onde escolher: está agendada a presença de Miguel Ângelo, Áurea, tunas académicas, a Banda de Freixo de Numão (uma das poucas que ainda vai sobrevivendo na região) e outras atuações musicais. Claro que o ponto alto dos festejos, espera-se que seja o tradicional desfile etnográfico. E, em tempo de crise, nada melhor que regressar às origens para esquecer o aperto do cinto dos tempos atuais.
VILA NOVA DE FOZ CÔA – O CONCELHO COM DOIS PATRIMÓNIOS DA HUMANIDADE

Castelo Melhor - E digam lá se não é um encantador presépio!

Os incêndios têm dado cabo de tudo . Mas não só eles: a concorrência da amêndoa importada de Espanha ou da Califórnia – que de modo algum rivaliza com o sabor da amêndoa duriense – mas como tem um grão maior, aí vai o vendedor e o comprador no engodo das falsas aparências. Daí algum desinteresse dos amendoais tradicionais. Esqueceram-se as podas e as limpezas e, em muitas amendoeiras, já nem sequer, se lhe vareja e apanha a amêndoa. Não dá para o trabalho. E é pena que assim seja – Só pela beleza que emprestam aos vales e às ladeiras, valia bem dar-lhes um pouco mais de atenção.
De Chãs- Estas são algumas das panorâmicas que desde criança moldaram o que sou hoje
cobrindo-te de flores, de branco e rosa,
se a nada
nos conduz tanta canseira?
Vale a pena insistir e ser teimosa?!
Vê bem… O lavrador, desesperado,
não tem compensação para os produtos,
e já não te dá mais o seu cuidado,
nem retira dos ramos os seus frutos.
Pelos vistos, não tens qualquer valia.
P´la amêndoa que nos dás ninguém dá nada.
Se eu fosse a ti, para o ano nem floria…
Ficava muda, queda e ensimesmada…
E só tal não faria , se um sinal
nos desse alguma esperança renascida
que fizesse alegrar o amendoal
e te desse razões para estares florida.
- Extraído do Livro A PORTA DO LABIRINTO
Um livro de “poemas, textos e teatro”
De Manuel Daniel
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