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sábado, 10 de agosto de 2024

PARQUE ARQUEOLÓGICO DO VALE DO CÔA - Celebra 28 anos -Em 10 de Agosto de 1996 - decorreu o ato inaugural da criação do Parque Arqueológico do Vale do Côa (P.A.V.C.) - Neste dia 10-08-2024. Prevista a presença do Ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, e uma série de atividades que prometem enriquecer a experiência dos visitantes

                                    Jorge Trabulo Marques  - Jornalista e e investigado



Prestei o meu apoio desde a descoberta das gravuras, em cujos achados também colaborei, tendo publicado dezenas de artigos no ECÔA e feito largas centenas de fotografias.

Em 10 de agosto de 1996, o então primeiro governo de António Guterres inaugurava formalmente, e com toda a pompa e circunstância, o primeiro parque arqueológico português, assegurando uma virtual proteção legal ao que já então constituía o complexo de arte rupestre do Vale do Côa.

A arte do Côa foi classificada como Monumento Nacional em 1997 e, em 1998, como Património da Humanidade, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).

Como uma imensa galeria ao ar livre, o Vale do Côa apresenta mais de 1.200 rochas, distribuídas por 20 mil hectares de terreno com manifestações rupestres, sendo predominantes as gravuras paleolíticas, executadas há mais de 25.000 anos, e distribuídas por quatro concelhos: Vila Nova de Foz Côa, Figueira de Castelo Rodrigo, Pinhel e Mêda

Meus Parabéns – Aos arqueológos e técnicos auxiliares. Aos Jovens da Escola Secundária Adão Carrapatoso de Foz Côa e seus professores, que estiveram unidos numa luta e objetivo comum: defender um dos maiores tesouros da Humanidade -



Aida Carvalho, Presidente da Fundação Côa Parque – entidade gestora do Museu do Côa e Parque Arqueológico do Vale do Côa – continua empenhada nas continuidade das escavações, designadamente no sítio de arte paleolítico do Fariseu [rocha 9] e na Cardina-Salto do Boi, onde foi evidenciada uma ocupação pelo Homem de Neanderthal desde 100.000 anos.


O Vale do Côa é considerado “o mais importante sítio com arte rupestre paleolítica de ar livre”. Aventure-se pelas belíssimas paisagens que emolduram o rio Côa e venha conhecer a arte primitiva da Humanidade!


COMEMORAÇÕES NESTE DIA 10- 08- 2024 - O Parque Arqueológico do Vale do Côa celebra o seu0 28.º aniversário no dia 10 de agosto, destacando-se como um marco na preservação do património arqueológico em Portugal. Prevista a v apresença do Ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, e uma série de atividades que prometem enriquecer a experiência dos visitantes.

As comemorações começaram às 16h30 com a apresentação do projeto OliveCoa, que visa a valorização das oliveiras centenárias da região. Às 17h00, será apresentado o Catálogo das Oliveiras Centenárias, um compêndio detalhado das árvores mais antigas e simbólicas do vale



INICIATIVAS DO MUNICÍPIO - Paralelamente, o executivo da CM de V. N de Foz Côa, presidido pelo Dr. João Paulo Sousa, tem vindo a organizar várias iniciativas, através do programa Coa Culto - Uma das quais é a Noite Branca, 𝗱𝗶𝗮 𝟭𝟰 𝗱𝗲 𝗮𝗴𝗼𝘀𝘁𝗼, a partir das 21H00, com a abertura da noite na Praça do Tablado.






Maior museu do mundo a céu aberto do Paleolítico criado há 28 anos no Côa



Há pelo menos 80 mil anos os humanos já andavam pelo Vale do Côa  "Arqueólogos e outros especialistas internacionais apresentaram no Museu do Côa as últimas descobertas no que toca à arte rupestre. Thierry Aubry representou a equipa da casa para falar de mais uma rocha com “gravuras animadas” e de um “buraco” que faz recuar a ocupação humana do vale. Já sabíamos que os neandertais por lá tinham passado, mas não sabíamos que o tinham feito tão cedo.

As gravuras sempre foram conhecidas dos pastores locais que jamais imaginariam que "os riscos" com que conviviam nas rochas das margens do Côa eram arte classificada, em 1998, como Património da Humanidade pela UNESCO, a organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura.


Na Canada do Inferno encontra-se um dos principais núcleos do Parque Arqueológico, a rocha descoberta pelo arqueólogo Nelson Rebanda com as primeiras de 17 quilómetros de gravuras a céu aberto com mais de 20 mil anos. Na mesma paisagem permanece o esqueleto do paredão da barragem inacabada e suspensa com uma indemnização de milhares de euros à concessionária EDP.



Em Abril de 2020  - Equipa de Arqueólogos, liderada por  Thierry Aubry , descobrem no Vale do Côa uma das maiores figuras rupestres do mundo -  A descoberta de um painel de figuras rupestres, entre as quais está a de um auroque que é “maior figura da arte do Vale do Côa e da toda a Península Ibérica, e uma das maiores do mundo, apenas comparável com os auroques da gruta de Lascaux,  provas que mostram “com clareza” que o homem de Neandertal ocupou de forma continuada aquele território antes da chegada do ‘homo sapiens sapiens’.


A presença continuada do homem de Neandertal, em acampamento ao ar livre, no Vale do Côa, ficou comprovada com este registo arqueológico, composto para sondagens arqueológicas, o que torna este sítio único na Europa”, disse esta à Lusa o arqueólogo Thierry Aubry, um dos especialistas da Fundação Côa Parque envolvidos na investigação.

Depois de se percorrer cerca de 25 quilómetros por estradas sinuosas, chega-se ao sítio arqueológico do Salto do Boi/Cardina, nas proximidades da aldeia de Chãs, onde foi descoberta, através de um conjunto de sondagens, esta “novidade para a arqueologia”.


Para o investigadores, ao longo das várias camadas evidenciadas nas sondagens arqueológicas feitas no lugar do Salto do Boi/Cardina, é possível perceber que o homem de Neandertal e o ‘homo sapiens sapiens’ ocuparam o mesmo sítio durante milhares de anos, de forma contínua, o que permite comparar o seu modo de vida e dar um contexto à arte rupestre do Côa. 




“Até agora, sabíamos que os últimos Neandertais ocuparam o Vale do Côa no período entre 60.000 e 35.000 a.C.. No entanto, no fim desta última campanha ultrapassamos aos cinco metros de profundidade onde foram encontrados vestígios de ocupações mais antigas e sucessivas dos sítios pelos Neandertais”, vincou o arqueólogo.

Segundo Thierry Aubry, no interior da Península Ibérica há pouco sítios arqueológicos datados do Paleolítico Médio, e o que se conhece são ocupações únicas e não continuadas.

Neste lugar, temos dezenas de níveis que mostram uma ocupação contínua dos caçadores-recoletores do Côa que conseguimos demonstrar com o estudo do material recolhido. É possível descodificar a transição entre os últimos Neandertais e os primeiros homens modernos [os artistas do Vale do Côa] que ocuparam a Península Ibérica”, enfatizou o arqueólogo.



ESTE O TITULO DE UM DOS NOSSOS ARTIGOS  NO ECOA
Entretanto, é noticiado que "as descobertas recentes no Parque Arqueológico do Côa, resultado da investigação permanente ao longo dos últimos 30 anos, revelam a existência de uma continuidade entre os períodos Paleolítico e Neolítico, o que coloca essa investigação na vanguarda a nível europeu.

Com um registo  1.511 rochas com motivos", identificadas no Parque Arqueológico do Vale do Côa. https://www.publico.pt/2020/04/25/culturaipsilon/noticia/arqueologos-descobrem-vale-coa-maiores-figuras-rupestres-mundo-1913873


As gravuras rupestres de Foz Côa foram descobertas em 1994, quando já estava em construção a barragem no rio, localizada a norte do distrito da Guarda.
A história deste processo é longa, mas teve como ponto alto outubro de 1995 quando o Governo de António Guterres ordenou a suspensão da construção da mega barragem na Foz do Côa devido aos achados arqueológicos.

Com a identificação de diversos núcleos de gravuras e depois de vários protestos e debate público, nasceu, em 10 de agosto de 1996, o parque arqueológico que se proclamou como o maior museu do mundo ao ar livre do Paleolítico, contabilizando um milhão de visitantes em 20 anos.
O Movimento para a Salvaguarda das Gravuras de Foz Côa, que adotou o slogan "as gravuras não sabem nadar", foi "determinante" para a preservação dos achados.





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