Jorge Trabulo Marques - Jornalista - Autor da descoberta e dinamizador do evento
O solstício de verão de 2024 ocorre a 20 de junho (quinta-feira) em Portugal, marcando oficialmente o início do verão. Marca o dia mais longo do Hemisfério Norte e o dia mais curto do Hemisfério Sul. Define o momento em que o Sol atinge a maior declinação em latitude, medida a partir da linha do Equador
Não foi sem razão que os antigos Persas edificaram
Observado de véspera |
Na vertente de um antigo castro e no mesmo perímetro de dois dos principais núcleos de gravuras paleolíticas do Parque Arqueológico: a Ribeira dos Piscos e Quinta da Barca. -É um local mágico, pleno de história e de misticismo, dos poucos lugares da terra onde a beleza e o esplendor solar se podem repetir à mesma hora e com a mesma imagem contemplativa de há vários milénios pelos povos que habitaram a área.
Além das habituais presenças dos peregrinos e colaboradores, bem como dos representantes da junta de freguesia e o município, que nos têm concedido o seu apoio, entre outros convidados e personalidades, desta vez contamos também com a participação de Carlos Nascimento, figura carismática nos grandes acontecimentos culturais.
Escritor, poeta, pintor, escultor e ator, Natural de Freixo de Espada à Cinta, Trás-os-Montes. Estudou pintura e escultura na Escola Artística do Porto. Trabalhou em Madrid com o pintor espanhol mestre José Freixanes. Autor de vários livros Expôs individual e coletivamente em mais de 70 exposições e bienais de arte em Portugal e Espanha
Olinda Beja, a poetiza embaixatriz Luso-Santomense, deu-nos o prazer da sua presença, na celebração do solsticiodo Verção, em 2021 declamou, cantou e encantou, acompanhada à viola pelo mestre Luís de Almeida – Com belos poemas de longe e de perto - Uns inspirados e dedicados a estas terras durienses, outros das suas raízes e memórias de África, bem como das terras beirãs, Mangualde, distrito de Viseu, que a adotaram desde criançaFoi proferida a leitura de um dos seus poemas por Olinda Beja e palavras de tributo à sua memória pelo Vereador da Cultura do Município Fozcoense João Paulo Lucas Donas Botto Sousa e por António Lourenço, ex-Presidente da Junta da Freguesia de Chãs e atual Presidente da Associação dos Bombeiros Voluntário de Vila Nova de Foz Côa.
MARAVILHA DE UM PORTUGAL DE MISTÉRIOS E DE VALIOSA HERANÇA ANCESTRAL- É umas das enormes pedras que os povos da pré-história terão erguido para celebrar o dia maior do ano, cultuar os seus deuses, num dos cruzamentos ou veios da Terra, que os radiestesistas classificam de pontos nodais, com propriedades telúricas, energéticas ou talvez mesmo curativas.
A partir do ponto onde o sol então se pôs ( e voltará a pôr-se) começa o Verão e, de igual modo, a grande estrela-fiel inicia o movimento aparente da sua declinação para o Hemisfério Sul – E, até atingir esse ponto extremo, no Solstício do Inverno, distam vários quilómetros: ou seja, desde o ponto do horizonte, onde ele se vai pôr, em perfeito alinhamento com a crista do esférico bloco e o centro do pequeno círculo que se encontra cavado, a alguns metros a oriente, na mesma laje da sua base de apoio
NASCER DO SOL NA PEDRA NO SANTUÁRIO RUPESTRE DA PEDRA DE Nª SRª DA CABELEIRA, ASSINALA A ENTRADA DA PRIMAVERA E DO OUTONO
Aparentemente, mais lembra terra de ninguém, parda e vazia paisagem de um qualquer pedaço lunar, porém, estou certo que não haverá alguém que, ao pisar o milenar musgo ressequido destas cinzentas fragas, ao inebriar-se com os seus bálsamos, subtis fragrâncias, e volvendo o olhar em torno dos vastos horizontes que se rasgam por largos espaços, fique indiferente ao telúrico pulsar, à cósmica configuração e representação divina, que ressalta em cada fraguedo ou ermo penhasco
Um coração de poeta, muito admirado e querido, cuja sua obra intelectual, se estende em todos os géneros literários, perfeitas maravilhas de naturalidade , de graça, finura e sensibilidade, que encanta, sorri e toca profundamente quem glosa a sua poesia ou a sua prosa
Poeta Fernando Assis Pacheco, que também marcou a sua presença nestes sagrados alatres, um mês antes da sua partida para a eternidade. Em Outubro de 1995 - Emcontrámo-nos, por um feliz acaso, num bar em Foz Côa. Ao vermo-nos, como já nos conhecíamos das lides jornalísticas, cumprimentámo-nos calorosamente, tendo-o convidado a visitar estes maravilhosos espaços da minha aldeia, que já haviam merecido a atenção de Adriano Vasco Rodrigues, antigo Prof da Universidade Portucalense, em Gaia, que, num estudo publicado em 1982, sobre a História Remota da Mêda, classificando a Pedra da Cabeleira de Nª Sra., que tem a forma de um gigantesco crânio, encimada no altar de um recinto amuralhado, onde parece desafiar as leis da gravidade, como um local de sacrifícios, integrado cronologicamente na revolução neolítica - Se bem que, só, em 2001, por um feliz casso, eu pudesse constatar que os raios solares do nascer do sol, atravessavam a sua graciosa gruta, em forma semicircular, no primeiro dia do Equinócio da Primavera e do Outono.
E foi, então, quase ao fim da tarde daquele dia, acedendo, amavelmente, ao meu convite, acompanhado pelo repórter fotográfico, José Oliveira, se deslocou ao santuário Rupestre da Pedra da Cabeleira de Nª Srª, bem como a outros locais da área, que o deixariam verdadeiramente encantado, tendo prometido ali voltar - E, naturalmente, ainda longe de se saber, que existiam os tais calendários solares, que mais tarde, haveria eu de descobrir - E muito menos de se imaginar que esta seria a sua última despedida para sempre, deste local
- Rosa Ruella - Filha de Fernando Assis Pacheco |
Sim, ele adorou. Ficou muito contente por ver aquelas pedras. Tendo chegado a perguntar-me, se o poeta Miguel Torga, também já ali havia estado.. Respondi-lhe que desconhecia; no entanto, anos depois, vim a saber, que até andou por ali à caça. segundo me confessou outro grande e saudoso poeta, Manuel Daniel, natural de Meda, que também ali se descolou a esta pedra a prestar-lhe a sua homenagem, que nos deixou em Janeiro passado – Natural da cidade da Mêda, onde nasceu em 18 de Novembro de 1934. Faleceu em 21 de Janeiro 2021, vitima da Covid 19 - Já depois de alguns anos de penosa situação de invisual, sem, n
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