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sábado, 30 de março de 2024

Chãs- Foz Côa - Tempo Pascal ... Aleluia! Aleluia! - Procissão Pascal - As aldeias vão-se despovoando mas as festas religiosas ainda continuam a ser os dias grandes nas pequenas aldeias de Portugal

                                                 Jorge Trabulo Marques - Jornalista 

Sábado de vigília pascal eu peregrino vos exalto de graça e alegria!
Do fundo da brecha que se abre do sepulcro e ressuscita! Aleluia!
Me elevo ao altar destes destroços que se abrem de luz e claridade!
Do corpo subtil que se ergue e transforma em outro corpo, aleluia!
Escutai-me, Senhor Deus! Sê o meu abrigo e o meu divino protetor!
Neste ermo amontoado e desértico, ao menos possa alcançar
um instante renascido pleno de paz e de luminosa eternidade!


Apontamento, em vídeo, da Procissão Pascal de 2012 e ainda outro da Festa de  Nª Srª de Assunção, assim como algumas imagens da Primavera florida nesta região  - As aldeias vão-se despovoando mas as festas religiosas ainda continuam a ser os dias grandes nas pequenas aldeias de Portugal, em vias de desertificação - É o único elo de a diáspora conviver com familiares e amigos - Aldeia de Chãs. é um dos muitos exemplos num Portugal, cada vez mais se vai desertificando envelhecendo e perdendo a genuína identidade com as suas raízes

Natal, Páscoa, festa da padroeira, em Agosto, que marca também o regresso dos emigrantes em França, é quando a aldeia se renova e mostra, que, por enquanto, ainda existe - Até quando... Aqui deixo o registo de algumas imagens - especialmente dedicadas aos meus conterrâneos, que, por qualquer razão, não puderam aqui estar neste dia, revejam os que lhe são queridos e matem deste modo um pouco da saudade da ausência que não puderam suprir.





O apelo dos  sinos da minha aldeia

Há muito sou um prisioneiro na grande cidade
porque o meu coração bate ao ritmo do  sinos da minha aldeia
foi o primeiro som que ouviu ecoar na vastidão do céu,
 ouviu-o ressoar ainda no ventre materno e quando nasceu.
Por isso, só ouvindo a ressonância do seu tanger,
só  ouvindo as suas pancadas e o  bater
do relógio da torre da igreja
à mistura com o ruídos dos chocalhos
e dos balidos das ovelhas,  meu coração
deprimido freme e se agita, acalorado
faz as pazes consigo próprio,  liberta-se
das adversidades e agruras da vida,
readquire a tão merecida e  desejada tranquilidade,
a doce harmonia, que o envolve, a serenidade e paz !















 É certo que o antigo campanário da minha infância, já  não existe,
foi demolido com a velhinha igreja!... – Era em pedra talhada de granito,
e não em cimento armado, quase tombado, como o que lhe sucedeu!
- Que heresia essa, que impropério e atentado esse, Deus Meu!                    
Porém, os sinos são os mesmos – O  repicar não se alterou.
Passou a ter o relógio que não existia – Nos sons, nada mudou.
O som é igual - Dlão! Dlão! Dling! Dling! Dlong! Dlão Dlão!







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