Jorge Trabulo Marques - Jornalista e dinamizador do evento - Videos da celebração
Maravilha Pré-Histórico de Portugal - Equinócio da Primavera 2023 nos Templos do Sol
Celebrado nos dias 19 e 20, no Santuário no Santuário Rupestre da Pedra da Cabeleira de Nª Srª, aldeia de Chãs- Foz Côa com momentos de maravilhoso esplendor solar e de belos momentos poéticos alusivos à Primavera e ao dia do pai
Com poemas de Miguel Torga, Natália Correia, Manuel Daniel, David Mourão Ferreira, António Lobo de Almada Negreiros, pai de Almada Negreiros, de Manuel Alegre, Maria de Assunção Carqueja, esposa do Prof Adriano Vasco Rodrigues, a quem ficamos a dever o primeiro estudo da Pedra da Cabeleira de Nª Sra. Dom Manuel dos Santos, ex-Bispo da diocese de STP, que já nos deu o prazer da sua visita a este antiquissimo santuário, de Sophia de Mello Breyner Andresen, de Joaquim Trabulo e de minha autoria
A cerimónia teve início às 07.00 horas da manhã, momentos antes dos raios solares atravessarem a gruta do majestoso megálito Pedra da cabeleira de Nossa Senhora
Imagem de celebrações anteriores |
O templo sacrificial, está orientado no sentido nascente-poente, ergue-se no alto de um maciço rochoso, próximo de um antigo castro, no perímetro do Parque Arqueológico e a curta distância da Pedra do Solstício.
Tem a forma de um gigântico crânio, atravessado, na sua base, por uma gruta em forma de semi-arco, com cerca da 4,5 metros de comprimento, que é iluminada pelo seu eixo no preciso momento em que o Sol nasce.
Situa-se nos arredores da aldeia de Chãs, no monte dos Tambores, cenário mítico, e já habitual, para assinalar a entrada da estação mais florida do ano
Verdadeiro observatório astronómico primitivo, que os antigos povos sabiamente teriam aproveitado não só como calendário, mas também para ali realizarem os seus cultos, festividades e rituais, com uma forte ligação à agricultura, à fertilidade e às estações do ano".
Equinocio do Outono 2014, com Adriano V. Rodrigues |
Da mesma opinião partilha também o Prof. Adriano Vasco Rodrigues, que já em 1956 havia visitado o recinto, que então o classificou como “um local de sacrifícios ou culto do crânio”, remontando ao período "da transição do paleolítico para o neolítico". O investigador, profundo conhecedor do passado histórico da região, no estudo que então efetuou, aludiu ainda à lenda cristianizada, pela qual, na tradição popular, passou a ser conhecida de Pedra da Cabeleira de Nossa Senhora. Isto, pelo facto do povo associar a existência de uma pintura rupestre, “que parece a pintura de uma cabeleira humana” aos cabelos da Virgem Maria, ”na sua caminhada para o Egipto”.
Poucos, mas imbuídos por uma forte e calorosa espiritualidade – Numa cerimónia simples, mas prenhe de esplendor e magia, precisamente no momento em que a graciosa gruta em forma semicircular era atravessada pelos raios solares do nascer do sol
Neste video, poemas do saudoso poeta Manuel Daniel, bem como um de autoria de Dom Manuel António Mendes dos Santos, com votos de parabéns pelos seus 63 anos, completados neste dia 20 de Março - Natural de São Joaninho, concelho de Castro Daire, diocese de Lamego
A alvorada do dia, tanto do dia de ontem, como de hoje, foi um bocada fria mas de um céu azul purríssimo, que, à medida que o sol ia subindo no horizonte, ia também iluminado a extensa cordilheira da margem do maravilhoso vela da ribeira centeeira, e, naturalmente, também a superfície granítica planáltica das quebradas, mancheia e maciço dos Tambores, onde se localizam os ancestrais templos do sol
Hoje, tivemos a presença de António Filipe, um estudioso e dedicado radiestesista, apaixonado por estes antiquíssimos calendários solares, que aqui se tem deslocado, com frequência, e que, desta vez, veio prevenido com um drone fotográfico, tendo registado maravilhosos imagens, cujos vídeos teve a gentileza de nos oferecer - Membro do IPRAD, a primeira instituição portuguesa dedicada inteiramente à promoção da divulgação e desenvolvimento da Radiestesia, Radiónica e Geobiologia.
Ontem dia 19, não podemos contar com alguns dos nossos habituais peregrinos, por motivos inadiáveis, José Lebreiro e Agostinho Soares, a quem dirigimos o nosso abraço amigo e votos de dias felizes e com saúde
Foi, pois, com a preciosa colaboração de António Lourenço, que, ao longo de mais de 30 anos serviu a causa autárquica desta nossa freguesia e que tem sido também um inestimável e dedicado animador e colaborador das nossas já tradicionais celebrações – Além dele, esteve também Carlos Palma, um fervoroso Peregrino, residente nas proximidades de Vila Franca de Xira, e que já aqui se deslocou pela segunda vez.
O nosso abraço amigo, igualmente, à preciosa colaboração de Pedro Daniel, filho do saudoso poeta Manuel Daniel, também ele outro dos fervorosos peregrinos destes sagrados espaços