Joge Trabulo Marques - Jornalista
Tive o grato prazer de ter colaborado em muitos dos seus programas da noite, nos anos 80 que tiveram assinalável popularidade, tais como Fantástico, A Noite é Nossa, e, ultimamente, «Meia Noite e uma Guitarra», um espaço preenchido com o fado mais tradicional, transmitido através da RDP Internacional, onde colaborou, longo tempo
Faleceu no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, depois de ter sofrido uma queda no passado fim de semana.
Ruy Castelar, alfacinha nato, nascido e criado em Lisboa – Diz que não trocaria outra cidade por esta, senão no Brasil – Sonhou em ser ator mas acabou por ser locutor e realizador de rádio, depois de várias viagens pelos mares: “Aos 18 anos abandona o Instituto Industrial de Lisboa e ingressa por vontade do pai na Marinha de Guerra, onde acabou por tirar o curso na área da Engenharia de Máquinas Navais.
Fez muitas viagens pelo mundo ao serviço da Marinha, numa delas atracou nos Açores, onde começou a sua atividade na Rádio Clube de Angra. Ao longo da sua carreira, de mais de mais de 50 anos, recebeu numerosas distinções das quais o «Microfone de Ouro» (RCP), o maior galardão da Rádio, e o prémio da Casa da Imprensa para o Melhor Locutor de Rádio. Em 1991, conquista o primeiro lugar, a nível do País, num concurso de popularidade, por votação dos ouvintes, organizado pela Rádio Comercial. Ruy Castelar era um apaixonado pela vida noturna e um solteirão inveterado, apesar de ter vivido com várias mulheres, tem duas filhas, a Paula e a Sandra. Ruy Castelar é, por direito, um dos maiores comunicadores deste país.” – Os meus sentidos pêsames à sua filha Paula Castelar e demais familiares
NOITE EM QUE, COM O HERDEIRO DA CASA DE BRAGANÇA, SUBIMOS UMA PAREDE PARA APAGAR UM INCÊNDIO QUE PROVAVELMENTE TERIA ACABADO DE SER ATEADO
De entre as muitas reportagens que gravei ou que fiz em direto, entre as quais uma entrevista ao escritor Manuel da Fonseca, de sua casa e pouco antes da sua morte, cujo registo também ainda conservo, aproveito para recordar uma interessante entrevista de cabine, conduzida por Ruy Castelar e com a minha colaboração, a Dom Duarte Duque de Bragança, que, depois, no final do interessante e amável diálogo, e já em horas adiantadas da noite, eu e o Mário Marques, assistente de realização, fomos levar, na viatura da RC, conduzida pelo motorista de serviço, a sua casa em Sintra. Curiosamente, pelo caminho, apercebemo-nos de um principio de incêndio, e não é que, naquele momento, D. Duarte, diz: Sr. motorista! Pare por favor a viatura, vamos apagar o incêndio - e lá fomos, trepando o muro de uma parede, e, pegando, numas giestas, prontos a dar combate ao incêndio, evitando que o mesmo alastrasse e pudesse atear-se à floresta que ficava já relativamente próxima.
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