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quinta-feira, 17 de novembro de 2022

Arte Sem Limites – Tema da exposição do Vale do Côa e Siega Verde, no Museu Arqueológico Nacional, em Madrid - Vestígios fronteiriços entre Portugal e Espanha - Ambos pela UNESCO, declarados Patrimónios da Humanidade - De 15 de Novembro a 12 de Fevereiro

 Jorge Trabulo Marques - Jornalista


Estação Rupestre de Siega Verde 

O objetivo da exposição temporária é divulgar a arte paleolítica através dos sítios do Vale do Côa (Vila Nova de Foz Côa, Portugal) e Siega Verde (Villar de la Yegua, Salamanca), ambos considerados uma revolução na conceção da arte paleolítica, vindo testemunhar de forma singular a produção durante o Paleolítico Superior (entre 30.000 e 12.000 anos atrás) de manifestações artísticas ao ar livre.


Vale  do Côa

Inaugurada oficialmente, nesta última terça-feira,  contou  com as presenças  de Garcia Gallardo - Vice-Presidente da Comunidade Autónoma de Castilla e Leon, Joao Paulo Sousa - Presidente Câmara V. N. Foz Côa; Juan Carlos Prieto - Director Geral de Património Cultural da Junta de Castilla e Leon Carla Simões; Diretora Marketing Territorial e Negócios Turismo de Portugal Aida Carvalho;  Diretora Fundação Côa Parque António Carvalho;  Director do Museu Nacional de Arqueologia Andrés Carretero Perez ;  Director do Museu Nacional de Arqueologia – Espanha Isidoro Alanís;  Alcaide Fuentes de Oñoro, Luis Angel Moro; Alcaide Villar de Argañan – Além dos curadores, Thierry Aubry, André Santos, Xavier Moreno e  Cristina Vega Maeso -r Moreno e  Cristina Vega Maeso -

Na cerimónia inaugural,  García-Gallardo sublinhou que este projeto “é o resultado do projeto Paleoarte, que tem como enquadramento o programa Interreg Espanha-Portugal do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, do qual esta é uma boa amostra e que é fruto da colaboração entre o Ministério da Cultura, Turismo e Desporto da Junta de Castilla y León, a própria Fundação COA e também o Centro Nacional de Investigação da Evolução Humana". Igualmente, o vice-presidente salientou que ao longo do percurso desta exposição podem ser encontradas peças originais, bem como réplicas dos sítios ao ar livre do Paleolítico Superior "mais antigos do mundo", e destacou "aquele espírito de colaboração" que existe entre Portugal e Espanha, de que "é um bom exemplo esta exposição conjunta, que já teve o seu momento em Lisboa e que agora inaugura uma segunda etapa em Madrid".

 Nesse sentido, García-Gallardo, segundo relatos da Junta, destacou suas felicitações ao país vizinho, bem como ao diretor do Museu Arqueológico Nacional, Andrés Carretero, embora segundo o vice-presidente "sentimos falta de uma maior cooperação ou instituição de maior respeito pelo Ministro da Cultura". "Teríamos gostado de dar uma conferência de imprensa nas condições, como seria conveniente, e mais tendo em conta que é a Junta de Castilla y León que financiou a maior parte desta exposição que queríamos trazer para a capital da Espanha", lamentou. No entanto, o vice-presidente insistiu que espera que a exposição “seja um ponto de encontro e uma fonte de cultura e riqueza para os espanhóis e visitantes”.


Gravura de Siega Verde 
Gravura do Vale do Côa

Considerando estes sítios como uma das grandes descobertas arqueológicas do último quartel do século passado, a exposição pretende dar a conhecer estes espaços únicos, capazes de aproximar o espectador de uma das mais antigas formas de expressão artística da Humanidade, combatendo a ideia de disso, essas imagens foram produzidas apenas dentro de cavernas e abrigos. Durante o percurso, organizado em sete áreas temáticas, dá-se a conhecer não só esta arte paleolítica ao ar livre, mas sobretudo uma visão dos grupos humanos que a realizaram, os seus modos de vida e o contexto em que foi realizada fora é oferecido.que se desenvolveu. Dessa forma, pretende-se também combater a ideia ainda difundida de que essas expressões artísticas -as mais antigas da humanidade- foram produzidas apenas dentro de cavernas e abrigos.

Depois de passar por Lisboa de junho a outubro, 'Arte sem limites: Côa e Siega Verde' chega ao MAN, onde poderá ser visitado de 15 de novembro a 12 de fevereiro de 2023. Será complementado com visitas guiadas gratuitas e um ciclo de conferências em que participarão vários especialistas. A exposição terá um catálogo que poderá ser adquirido na loja do museu.

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