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sexta-feira, 7 de outubro de 2022

Convento da Graça de Torres Vedras – Oferece concerto de música clássica indiana, nesta sexta-feira às 19.30 pelo grupo LUSO SANGEET, dirigido pelo Stephen Bull – Oportunidade a não perder para momentos de música fina relaxante - sangeet” significa em várias línguas indianas “música fina”

JORGE TRABULO MARQUES - JORNALISTA 

Para os apreciadores de uma música que buscam  um ambiente musical diferente para relaxar, poderão dispor dessa oportunidade, nesta sexta-feira, dia 7, num concerto sob o título Um cartão-postal da Índia (pelo grupo LUSO SANGEET, dirigido pelo Stephen Bull) que terá lugar nos claustros do Convento da Graça em Torres Vedras pelas 19.30

O convite  foi-nos enviado  por José Eduardo Mateus, pedindo-nos que partilhássemos a notícia de tão sugestivo concerto da música clássica indiana, com os seus virtuosos instrumentistas Além das composições, a música indiana dá um papel central à improvisação, com ou sem palavras, com ou sem ritmo, e os talas (os ciclos rítmicos) também introduzem um outro eixo nesta elaboração.

Luso Sangeet é composto por músicos portugueses, ou residentes em Portugal ou viajantes frequentes a este país: Stephen Bull (violino e composição), Riky Choudhuri (flauta indiana), Elsa Braga (voz), Miguel Lourenço (tabla), e uma presença para nós muito especial, Tarun Chattopadhyay (tabla).

 

Tal como é reconhecido, “apesar de trabalhar dentro dos valores tradicionais da música hindustani, Luso Sangeet inclui atualmente nos seus programas textos de autores portugueses. Luso Sangeet (“sangeet” significa em várias línguas indianas “música fina”) é um agrupamento de músicos portugueses, residentes em Portugal ou que viajam frequentemente para o nosso país

A música clássica hindustani é a música do norte da Índia, a música de ragas.
Cada raga tem uma maneira subtil de se mover entre notas, com caminhos diferentes para subir e descer, e frases que captam uma atmosfera única - quase sempre ligada a uma certa altura do dia ou noite.

Além das composições, a música indiana dá um papel central à improvisação, com ou sem palavras, com ou sem ritmo, e os talas (os ciclos rítmicos) também introduzem um outro eixo nesta elaboração.

O ensemble Luso Sangeet, apesar de trabalhar dentro dos valores tradicionais da música hindustani, inclui actualmente nos seus programas textos de autores portugueses. A poesia de Camões e Pessoa tem sido bem recebida nos círculos musicais indianos, por isso é mais do que oportuno aproximar a música hindustani do público português.

Acredita-se que as origens musicais da Índia sejam tão antigas quanto os próprios Vedas (textos em sânscrito que fazem parte das escrituras sagradas no Hinduísmo). A música indiana se desenvolveu a partir da interação de diversos povos, de diferentes raças e culturas, que povoaram o país ao longo dos séculos.

Os sons eram criados principalmente com foco na religião do país e foram evoluindo à medida que novos recursos instrumentais iam se formando. Foi em meados de 250 a.C. a 600 d.C., com o final do domínio budista e helenista na região, que peças musicais famosas surgiram, como o Brhaddesi e o Sangitaratnakara.

Mas foi por volta do século XIV, com a vigência do Islamismo, que a música árabe incorporou a Índia trazendo novas vibrações e cores aos ritmos.

Um fato curioso é que a música indiana praticamente não tem influência Ocidental, com exceção de alguns instrumentos musicais que foram incorporados aos sons. Diferentemente do próprio Ocidente que tem em suas músicas influências indianas, como o estilo criado pelos Beatles, por exemplo. Os integrantes da banda tinham muita afinidade com esse ritmo

 

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